A Vida (caótica) De Uma Adolescente Em Crise. escrita por Helena


Capítulo 16
Capítulo 16: As desavenças de uma Aster.


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeeeeeeeeeeyyyyyyyyyyyy!!!!!!!!!!! Povo lindo, como estão??? Voltei aqui!!!! Acho que o capítulo ficou gigantesco, então me perdoem! Em não sei se as letras estarão diferentes, já que eu Ctrl+C Ctrl+v aqui do Wordy e não sei como vai aparecer para vocês! Espero que gostem!



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O fim de semana se foi alegremente. Com a permissão dos pais de cada uma das garotas, ambas passaram os dois dias na casa dos Aster. Todas se divertiram muito se enchendo de doces e assistindo a filmes patéticos juntas. O irmão de Cloe, Daniel, quase não ficou na casa. Retornou apenas após a festa e, em seguida, saiu com os amigos dele, o que deu a elas mais liberdade na casa.

Quando chegou a segunda-feira, estavam todos os estudantes no mesmo clima de sempre: tédio absoluto. As garotas deixaram a casa de Cloe pela manhã e retornaram para as próprias casas, na tentativa de se arrumarem e irem juntas para o colégio.

Carly e Laila se arrumaram rapidamente, despediram-se do turbilhão de perguntas do Sr. Wigon, que queria de todas a maneiras saber de como havia sido o fim de semana delas. Em outras palavras, ele queria saber se envolveram garotos. Já a Sra. Wigon, sabendo bem do por quê da filha e sobrinha terem saído na sexta-feira para a “casa de uma amiga”, só fez com que ambas promettesem que contariam tudo a ela.

Correram para fora assim que Cloe buzinou da rua. Entraram no carro, sob altos protestos de Bob Wigon, que julgava deseducado as duas mal terem falado com ele e já partirem. No carro estavam Sam e Alysone, obviamente, Cloe ao volante.

Entre conversas alheias, elas chegaram no colégio. Todos que estiveram na festa as fitava na escola. Creio que ninguém nunca jamais as havia visto tão lindas, já que elas iam à poucas festas e Laila era nova no pedaço. Os garotos principalmanete. As rodeavam como urubus, e isso era ,de certo modo, muito incomodo.

Caminharam lado a lado até certo ponto no corredor, onde elas tiveram de se dispersar cada uma para seu armário. Cloe, como sempre fazia, caminhou com Laila até o armário da garota, não sem, de tempos em tempos, olhar para trás e para os lados, totalmente desconcertada com os olhares que eram lançados a elas.

– Qual é o problema desse povo? - questionou ela em voz baixa à Laila enquanto a mesma abria seu armário. – Eu, por acaso, estou suja?

– Não boboca! Acho que eles estão impressionados, só isso. - explicou Laila sorrindo.

– Com o quê exatamente?

– A festa Cloe. Você estava linda na festa. Linda e bêbada. Creio que não é sempre que eles veem Cloe Certinha Aster com roupas curtas e bêbada, veem? - riu-se Laila fechando o armário.

– Ai meu Merlim! Que vergonha! Por favor, nem me lembre que eu fiquei bêbada! - choramingou a loira.

Laila revirou os olhos para a amiga, pousando as mãos em seus ombros.

– Para de ser boba Cloe! Isso acontece! Vai me dizer que nunca havia ficado chapada! - brincou Laila.

Cloe escondeu o rosto com as mãos e assentiu.

– Espera, você nunca havia ficado chapada antes? - perguntou Laila em tom surpreso.

Cloe a encarou com o rosto escarlate e negou com a cabeça. Laila encancarou a boca estupefata.

– Mas então por que você bebeu igual louca na sexta-feira? - perguntou Laila.

Cloe gaguejou, sem encontrar as palavras certas para tal ato. Bom, Laila vai ficar sem saber, mas nós saberemos....

Flashback, sexta-feira a noite....



Cloe estava tensa parada em um canto. Ela e suas amigas Carly, Sam, Laila e Alyson haviam chegado na festa e se dispersado em meio a multidão. Ela se sentia desconfortável ali. Não tinha costume de frequentar festas. Quem fazia isso geralmente eram Carly, Alyson e Sam. Cloe só a as ajudava a sair de encrencas e permitia a estadia delas em sua casa pôs festa. Mas , mesmo assim, raramente ela se envolvia nas festas que suas amigas iam. Preferia um bom e velho livro e sua cama quentinha a pessoas bêbadas dançando feito loucas e se esfregando. Mal sabia ela que, nesta noite, ela se tornaria uma delas.

A música soava alto em seus ouvidos e suas roupas, por mais confortáveis que fossem, eram incomodas no tamanho. Sentia os olhos nada inocentes dos homens a encarando e isso, definitivamente, era vergonhoso. Suas amigas haviam sumido após Laila esbarrar em Nico, ou ele esbarrar nela. Eles tiveram uma leve discussão e, após Laila deixa-lo sem fala, ela puxou Alyson, Sam, Carly e ela, Cloe, para a pista de dança. Ela perdeu as amigas de vista após a primeira música.

Estava, em seu canto com um copo com nada mais que água na mão, olhando para os lados esperando encontrar uma de suas amigas ali quando alguém a abraçou por trás e sussurrou em seu ouvido.

– Devo admitir que você está linda vestida assim Aster. - sua voz tão sedutora e galanteadora que Cloe odiava com todas as forças. O hálito dele batia em seu pescoço, fazendo-a inevitávelmente se arrepiar e se desvencilhar dele.

– O quê você quer, hein Valdez! - ela sibilou seu sobrenome com todo o desprezo que tinha.

Leo levantou as mãos , como forma de rendição e sorriu torto, aquele mesmo sorriso que fisgava milhões de garotas pelo mundo. Mas , é claro que isso não funcionava com ela. Não mais.

– Calma ae loirinha! - brincou ele se aproximando dela com seu sorriso se expandindo pelos lábios.

Ela revirou os olhos e cruzou os braços.

– Não me chama de loirinha, seu mané!

– Okay, okay! Sem loirinha! - disse ele dando mais um passo e ficando a centímetros de Cloe.

– Afinal, o quê você quer aqui? Não devia estar comendo alguma coitada pelos cantos? - sibilou Cloe arisca, como sempre era com Leonard.

– Ui, essa doeu! - fingiu ele fazendo uma careta. – Você já deve estar cansada de saber que eu amo, mas amo mesmo te irritar e que sim, eu podia estar comendo alguém agora, mas escolhi te pertubar, que tal?

Cloe revirou os olhos e os desviou para um ponto qualquer no salão lotado.

– Sério mesmo que você vai passar a festa toda no meu pé? - perguntou ela entediada. Ele sorriu abertamente.

– Pode apostar que vou sim Aster! - e ele deu um espiada no líquido transparente no copo de Cloe. – Tá bebendo vodca? Não é um pouco forte para a mocinha?

Cloe deu uma olhada no conteúdo de seu copo e se sentiu ligeiramente constrangida. Provavelmente ela era a única na casa inteira bebendo água.

– Q-que te interessa o quê eu bebo? - gaguejou ela olhando de relance para Leo.

Ele mais uma vez olhou o copo da garota e, como se sua ficha tivesse caído, começou a rir feito hiéna.

– O quê é tão engraçado Valdez? - ralhou ela sentindo faícas queimarem suas bochechas.

– Você bebendo água! - riu-se ele.

Ela revirou os olhos e, quando se cansou de ser chacota simplesmnete deu as costas para ele.

– Ei, espera! - ouviu-o chama-la. Ela não hesitou, porém Leonard a puxou pelo pulso, ainda com um sorriso idiota nos lábios.

– Não fica bravinha! - brincou ele. – Só que é engraçado, só isso.

– O quê é engraçado? - irritou-se ela.

– O fato de estarmos numa festa, minha festa, e você estar bebendo água.

– E o quê isso tem de engraçado? - irritou-se ela mais ainda.

– Ora Cloe, eu realmente achei que você tinha vindo aqui para curtir e não para ficar no canto como uma esquisitona bebendo água. - explicou ele.

– Primeiro ponto: eu nem queria vir nessa sua festa estúpida, okay? Fui obrigada e chantagiada para isso. Segundo ponto: esquisitona é a senhora sua mãe, Valdez! - disse ela.

– Ei, não meta minha mãe nisso! Eu só quero ajudar! - justificou-se ele.

– Ajudar no quê? - Cloe elevou sua voz a ponto de quase todos ouvissem.

– Com o fato de você ser travadona para festas! Anda, vamos ali no bar. - e ele a puxou pelo pulso por entre as pessoas.

Cloe não entendia onde o garoto queria chegar, mas o acompanhou de bom grado.

Quando chegaram no balconete do bar extremamente lotado, tiveram de se expremer por entre as pessoas para, finalmente, visualizarem o barthender.

– Duas vodcas, por favor Horácio! - pediu Leo ao homem que aparentava uns 22 anos atrás do balcão.

Enquanto o homem preparava, lançou um olhar furtivo e cheio de segundas intenções em Cloe, parada atrás de Leo. O garoto olhou de Horácio para Cloe parecendo desconfortável com isso. Então, quebrou a conexão do olhar deles pigarreando um pouco alto. Cloe corou e passou a encarar alguma coisa além deles. Horácio riu de lado para a garota e colocou os dois copinhos com o líquido transparente no balcão.

– Obrigado. - disse Leo entredentes ao barthender.

Ele puxou Cloe para si, até quase colar seus corpos, algo como que para mandar um “recado” ao barthender de que ela, mesmo sendo mentira, era dele, Leo. Cloe o encarou arqueando uma das sobrancelhas, talvez como sinal de que estranhava a proximidade que estavam um do outro. Leo a encarou e limpou a garganta, de repente adquirindo um certo nervosismo de se aproximar tanto da loira.

– Hãn... bem... aqui está o seu. - ele gaguejou sob o olhar divertido dos olhos azuis de Cloe antes de lhe entregar a dose de vodca.

Ela estendeu a mão e fechou-a em volta do copinho. Encarou o líquido, e depois Leonard, insegura.

– Vá em frente Aster! - disse ele bebendo a sua dose de uma vez. O líquido transparente desceu como fogo por sua garganta, mas essa sensação já era conhecida sua.

– Eu não acho que isso seja uma boa ideia Leo. - ela, magicamente estava tão insegura de um simples copo com vodca que esqueceu-se o quanto odiava Leonard Valdez que o chamou de algo que ela nunca havia chamado: seu apelido.

– Ah, qual é Cloezinha! É só um copinho com vodca! Isso não induzir você a beber todo o álcool do mundo! Ande, chega de ser a Santa Cloe e faça algo diferente!

– Ei, eu não sou a “Santa Cloe” okay? - justificou-se ela sentindo-se ofendida.

– Ah não? Então por que está com medo de uma simples dose de vodca? - retalhou ele.

Com o orgulho parcialmente ferido e irritação, Cloe estreitou os seus olhos azuis para Leonard.

– Eu não estou com medo.

– Então prove! - quase que imediatamente, ela virou a dose em um gole só. O líquido que aparentava-se tão inofensivo desceu rasgando em sua garganta, mas ela não cuspiu nem engasgou. Ao contrário, sorriu e soltou um suspiro.

– Topa outra rodada? - brincou ela sorrindo de um jeito travesso, cujo Leonard nunca a vira sorrir. Um jeito que ele fazia sempre mas que em Cloe tornava-se totalmente sexy.

Ele humedeceu os lábios.

– Sempre topo loirinha!

Eles retoranaram ao balconete e pediram mais duas. E em seguida mais quatro. Mais seis e assim sucessivamente. Até fizeram uma competição de quem bebia mais. Cloe ganhou e nunca se sentiu tão alegre e feliz. Talvez pela bebida ou apenas por satisfação.

Tudo podia ter continuado perfeito. Ela e Leonard estavam se dando tão bem que era inacreditável aos olhos alheios. Brincavam e, por uma fração de segundo chegaram ao ponto de se beijar. Chegaram, porém nada aconteceu e vocês saberão o porquê.

Na décima quarta rodada, Cloe já via estrelinhas cor-se-rosa brotarem das paredes e dançarem com os convidados. Tudo girava lentamente e ela ria feito doida ao lado de Leo quando ela se aproximou.

– Oi Leo. - disse uma voz enjoada de uma garota parada à frente de Leonard e Cloe.

– Oi. - gritou Leo com voz mole. - Quem é você?

– Sou eu, bobinho, a Emily! - a garota riu e jogou os cabelos loiros para trás. Cloe sentiu uma vontade repentina de vomitar.

– Oi Amélia, tudo bem? - cumprimentou Leo.

– É Emily, bobinho!

– Okay, o quê quer? - arrastou-se a voz de Leo.

– Oras, o que fazemos em todas as festas! - ela riu de forma maliciosa.

– O quê? Beber? - Leo perguntou franzindo o cenho.

Emily Jenkings se aproximou dele, fazendo sua saia vermelha farfalhar enquanto jogava os cabelos dourados por cima do ombro. Ela se aproximou dele, quase sentando em seu colo.

– Isso, bobinho. - e ela o beijou de forma feroz. Ele tardou a corresponder, mas logo o fez trazendo-a para seu colo.

Os olhos de Cloe inundaram e ela não fazia ideia exata do por quê. Levantou-se do banco abaixo do balconete cambaleante e chamou por Horácio.

– Me dá uma garrafa Horácio! De qualquer coisa! - pediu ela. Ele a lançou aquele mesmo olhar furtivo e entregou a garrafa de vodca. Cloe olhou para o lado, vendo Emily e Leonard quase se engolindo. Deu um longo gole e ia saindo dali, quando pintou uma ideia em sua mente.

Voltou ao banco, mas dessa vez ficou em pé nele. Sentou no balcão, coisa que fez o casal que se beijava prestar atenção nela. Cloe, induzida por uma força desconhecida, agarrou Horácio pelo colarinho e o beijou. Mas não um beijo qualquer, um beijo tira-folêgo, aqueles que estala e todos olham para você. Horácio era um homem bonito. Barba escura por fazer, cabelos com corte militar, musculos revelados pela regada preta e olhos profundos e claros, talvez cinzas. Ele não hesitou em retribuir o beijo e logo Cloe estava ajoelhada no balcão e ele com as mãos na cintura da garota.

Uma sensação estranha percorreu o corpo de Leo ao vê-la beijando o barthender. Ele desviou dos beijos de Emily apenas para encarar Cloe e Horácio.

Quando Cloe largou os lábios do barthender, com os lábios vermelhos e inchados, lançou-lhe um sorriso travesso.

– Obrigada pela garrafa. - sussurrou com voz rouca e, em seguida pulou do balcão.

Lançou um olhar de total desprezo à Emily e rumou, na companhia de sua garrafa, para o lado de fora da casa. Leo e Horácio continuaram a encarar as costas da loira Aster até que a mesma sumisse do campo de vista de ambos. Horácio, após isso, sorriu de lado e soltou um longo assovio, e voltou a servir bebidas. Leo foi deixado para trás com aquela mesma sensação estranha que tomou seu estômago quando se virou para o barthender, deixando Emily de lado.

– Uma, dupla por favor! - pediu.



No lado de fora da casa, no hall da piscina, Cloe encontrou todas suas amigas. Sam, Alyson e Carly aparentavam estarem sóbrias, já Laila cantava a plenos pulmões a música que tocava nas caixas de som.

Cloe repartiu alguns goles de sua garrafa com suas amigas. Até mesmo Laila , que terminava talvez sua terceira garrfa de vinho aceitou uns goles. Todas ficaram unidas do lado de fora até começar a chover, que foi quando Sam, Carly e Aly entraram as pressas, deixando Cloe e a amiga mais que bêbada Laila do lado de fora dançando na companhia de outros desconhecidos.

Minutos mais tarde, foi a vez de Laila sumir, deixando Cloe sozinha. A loira terminou sua garrafa sozinha e, horas depois, acabou adormecendo em um dos bancos no bar, dentro da casa.



Flashback off.

– Cloe? Terra chamando Cloe! Alô! - a voz insistente de Laila chamava Cloe , enquanto estalava os dedos a frente dos olhos azuis vidrados da amiga. – CLOE! - gritou ela “acordando” a amiga. – Estava pensando no quê?

– Eu... bem... hãn.... - gaguejava Cloe. Mas, felizmente, o sinal soou e ela pôde respirar aliviada. – Anda, temos aula agora!

– Mas você nem me respondeu. - lamentou-se Laila enquanto ambas arrastavam os pés pelo corredor e depois pelas escadas.

– Nada de mais, te respondo depois! - mentiu Cloe correndo para sua sala.

– Promete? - perguntou Laila, mas a amiga loira já havia sumido pelo corredor. – Aster esquisita! - disse virando-se para sua sala e entrando.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Mereço reviews? Bye bye!



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