A Vida (caótica) De Uma Adolescente Em Crise. escrita por Helena


Capítulo 15
Capítulo 15 : O que fez na festa noite passada?


Notas iniciais do capítulo

Hey hey hey! Demorei, mas voltei! Poh gentis! Tem uns 20 leitores na fick e nem metade da metade comenta! Isso me entristece! Cadê vocês povo? Vocês não querem me deixar paranoica, né? Então, por favor eu suplico, não sejam preguiçosos e COMENTEM! Ótimos, vou parar de enrolar!
Enjoy



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Na manhã seguinte, entre gemidos e enxaqueca, Laila despertou. Seus olhos se abriram devagar e se fecharam bruscamente com a luz que lhe penetrou nas pupilas.

– Minha cabeça! - gemeu ela cobrindo os olhos fechados com as mãos.

– Não é para menos, né Laila? Você bebeu como se nunca houvesse ouvido falar de álcool. - constatou uma voz em algum lugar.

– Ally? - perguntou Laila ainda com os olhos fechados.

– Quem mais seria? - disse a morena.

Laila grunhiu, remexendo-se na cama improvisada, um colchão ao lado da cama de Cloe.

– Onde eu to? - perguntou Laila em meio a um bocejo enquanto sentava no colchão, encostando-se na parede atrás de si.

– Na casa da Cloe, é claro. Esqueceu que nós viríamos para cá após a festa? - perguntou Alyson, que estava sentada na ponta do colchão com os pés para fora.

– Eu sei disso, mas como vim parar aqui? Não me lembro de quase nada de ontem... - murmurou Laila pensativa abrindo os olhos lentamente, mas voltando a fecha-los quando sentiu uma martelada na cabeça.

– Sam, Daniel e eu tivemos de carregar você e Cloe para cá ontem. Vocês estavam tão chapadas que desmaiaram! - riu-se Ally.

Laila , numa terceira tentativa, abriu os olhos novamente. Desta vez, não voltou a fecha-los, mas os estreitou como forma de amenizar a enxaqueca.

Estava de fato no quarto de sua amiga Cloe. Aquele com paredes cinzas e um tapete fofinho branco.

Laila olhou ao redor e suspirou.

– Meu Deus, eu não me lembro de quase nada... - murmurou para si mesma, encostando a nuca na parede e fitando o alto.

Flashbacks falhados da noite passada repercutiram em sua mente. Lembravam apenas disso. Flashs. Lembrava com nítida clareza da hora em que chegara na festa e , de cara, se encontrara com o babaca do Nico - coisa que fez um gosto amargo ferver no fim da garganta. Nico era tão fútil e superficial que, só de ver a garota com uma roupa "diferente" ficou de 5 por ela. Lembrou-se também que sentiu uma vontade gloriosa de esmurra-lo, mas isso já não era novidade.

A nitidez de suas memórias iam se perdendo após a primeira garrafa de vinho que ela se lembrava de ter tomado. Daí por diante, eram apenas trechos que lhe ocorriam a memória.

– O que você lembra de ontem? - perguntou Alyson despertando Laila de seu transe. Alyson a fitava com seus grandes olhos azuis à espera de uma resposta.

– Foi o que eu disse: quase nada. - declarou Laila. - Lembro de tudo, com perfeição, até antes de começar a beber. Depois, apenas pedaços confusos me vem a memória.

– Bom, eu me lembro de ter te visto dançando igual uma demente na chuva, junto com Cloe.

– Ontem choveu? - perguntou Laila fazendo à dos olhos azuis rir.

– Sim e você e Cloe nem se importaram. Continuaram dançando.

– Por falar nela, onde está Cloe? - perguntou Laila. Ally soltou uma risada pelo nariz e apontou com um gesto de cabeça para a cama, onde ela estava encostada.

– Desmaiada na cama, onde mais?

Laila riu enquanto jogava as cobertas para o lado e se preparava para levantar. Precisou escorar-se na parede e no criado-mudo ao lado da cama de Cloe para não encontrar o chão de cara.

Caminhou cambaleante até o meio do quarto. Dali, lançou um olhar ao emaranhado de cobertas e cabelos loiros na cama de Cloe.

A garota tinha o rosto coberto pelo edredom de cor claro e seus cabelos estava espalhados pelo travesseiro. Ela dormia de barriga para cima e com os braços e pernas abertos, ocupando todo e qualquer espaço na cama.

– Vai ser difícil de acorda-la, não acha? - perguntou Laila olhando para Alyson por cima do ombro.

Um sorriso malévolo arranhou os lábios da garota.

– Eu dou meu jeito. E quanto a você, faça um favor às pessoas que tem o dom da visão e tome um banho, tá?

Laila revirou os olhos e saiu do quarto, não sem antes mostrar o dedo médio à garota de olhos azuis.

Enquanto isso, no sofá dos Valdez..

Nico se recusava a acordar e isso já estava cansando Chase de todas as maneiras.

O moreno suspirou frustrado. Tentou sacudir Nico, grita em seu ouvido, colocar música alta... mas de nada adiantou. Até simulou um incêndio gritando sem parar coisas do tipo 'Ande Nico! Fogo! A sala está em chamas! Você está em chamas! Acorda! ' mas era o mesmo eu nada. Foi quando uma ideia diabólica lhe cogitou a mente. Ele sabia que devia ter pensando nisso antes. Na verdade, não conseguia acreditar que não pensara!

Também estava ciente de que, se seu amigo Parker acordasse - o que de fato aconteceria - ele estaria numa baita encrenca.

Chase abandonou a sala correndo. Rumou para a área da piscina, apanhou um dos baldes com água e cubos de gelo - que na noite anterior guardava bebidas - e voltou a passos rápidos para dentro da casa.

Estava impressionado , e contente até, que ainda sobraram alguns poucos cubos de gelo, o que tornava a brincadeira que ele estava prestas a exercer mais engraçada.

Voltou para a sala, ficando de frente para o sofá onde Nico se encontrava desmaiado.

– Nico! Hora de acordar! - sussurrou Chase antes de virar o balde com água gelada na cabeça do amigo, que acordou com um salto.

– O QUE? COMO? ONDE? POR QUE? - balbuciava Nico olhando para os lados, assustado.

Quando percebeu que se tratava de Chase, que não conseguia respirar de tanto gargalhar, cerrou os punhos e trincou o maxilar.

– Daniels. - sibilou Nico perigosamente.

Chase apertava a barriga de tanto que ria. Seus joelhos estavam quase cedendo, mas ele se empertigou, ficando ereto, e tentou lançar um olhar sério para Nico.

– EU VOU TE MATAR! - gritou Nico começando a perseguir Chase em círculos pela sala ( sim, Nico Parker tinha mais coisas em comum com Laila do que pensava).

Chase, que conseguia equilibrar o fato de estar chorando de rir e de correr, escapou para a área da piscina, levando Nico em seu encalço.

15min se estenderam até aparecer alguém, este sendo Leo.

– Ah, qual meninas! Vão ficar brincando de pega-pega? - riu-se ele quando Chase passou por ele como um raio. - Nico, por que se tá todo molhado cara?

– PERGUNTA PARA ESSE IDIOTA! - gritou Nico em resposta parando um segundo para fitar Leonard e voltando a perseguir Chase em círculos em volta da piscina.

– Ah Nicozinho! Banho gelado alivia ressaca! Só estava tentando ajudar! - conseguiu Chase dizer estas palavras em meio a seus risos.

Leo revirou os olhos para os amigos enquanto voltava para dentro da casa.

– Parem com isso meninas! O café da na mesa! Andem! Depois vocês brincam de pagar! - gritou Leonard antes de desaparecer pela passagem que levava ao interior da casa.

Nico e Chase pararam e rumaram, lado a lado até a porta, paralelos à piscina. Um sorriso mínimo brincou nos lábios de Nico.

– É Chase, tem razão. Banho frio cura mesmo ressaca!

– Eu disse que cur.... - mas sua voz foi cortada quando Nico apenas "esbarrou" em seu ombro um pouco forte demais, fazendo-o mergulhar de lado na piscina.

Agora era Nico que não se aguentava em risos. Dobrou-se ao meio com as gargalhadas, o que irritou Chase assim que o mesmo emergiu.

– VOCÊ TÁ MORTO PARKER! - grunhiu ele jogando água no amigo.

– Estamos quites. - declarou Nico dando as costas e seguindo para dentro da casa.

XXXXX

– Ah, me sinto muito melhor! - exclamou Laila ao entrar na cozinha dos Aster após seu banho revigorante. A cozinha, assim como os outros cômodos, era composta por cores claras tanto de móveis quanto dos utensílios e das paredes.

As paredes eram divididas. Na parte de baixo, eram tomadas por um bege cor pastel. Uma linha invisível dividia o bege-pastel das pastilhas estampadas de flores que variavam entre laranja e bordô, que subiam após a linha invisível até o teto.

Uma mesa pequena e quadrada com apenas quatro cadeiras ao redor jazia do maio da cozinha. A direita, uma janela repousava acima de uma pia branca, um gabinete e um escorredor de pratos. A esquerda, um armário de cor semelhante à da parede na parte de baixo. Nele via-se, por detrás das frestas de vidro das portas, pratos, copos e algumas tigelas.

Sentadas à mesa, estavam Carly e Sam com suas canecas de café. Ambas lançaram um sorriso à Laila quando a mesma adentrou a cozinha sorrindo.

– Eu não. - grunhiu uma voz mal-humorada atrás dela. - Estou um caco!

Cloe e Laila se sentarem nas duas cadeiras vagas, cada uma exibindo uma expressão diferente.

– Você não tá um caco, amiga, só bebeu ontem como se fosse uma ex-presidiária sedenta. - justificou a voz irônica de Alyson que entrava na cozinha.

– Há há, engraçadinha! - disse Cloe sem muita emoção.

As outras quatro riram enquanto Cloe atacava seu café-da-manhã com ferocidade. Alyson deixou a cozinha por um instante, depois retornou com uma cadeira de um modelo diferente das outras que estavam ao redor da mesa.

Laila já começara a comer seus ovos com bacon enquanto Alyson encaixava sua cadeira junto das outras.

– De onde você tirou isso? - perguntou Laila referindo-se a cadeira , enquanto enchia a boca com ovos.

– Sou uma bruxa, esqueceu? - brincou Allyson. - Eu venho aqui a anos Laila! Eu sei das coisas!

As outras riram e continuaram a refeição em silêncio.

Quando todas já haviam terminado e se agrupado no sofá da sala, Sam perguntou animada.

– Então, me contem, como foi a festa de vocês?

– Como assim "nossa" festa? Você estava lá! - respondeu Laila franzindo o cenho.

– Claro que estava lerdinha - começou Carly revirando os olhos para a prima - mas não ficamos todas junta!

– Ah tá.

– Então, como foi sua festa Laila? - perguntou Sam, em êxtase.

– A verdade é que eu não lembro de quase nada sobre ontem. - declarou - De verdade. Foi preciso até que a Ally me contasse que choveu, se não nem disso eu lembraria!

As outras se entreolharam não tão surpresas. Cloe mesmo não se demonstrava estupefata com o fato. Afinal, ela mesmo não se lembrava de muita coisa.

– Mas do que você lembra afinal? - perguntou Sam.

Laila apertou os lábios e estreitou os olhos, como que para aguçar suas lembranças.

– Me lembro... me lembro de beber muito vinho e também que alguns garotos não saiam de cima de mim. Pareciam abutres! Lembro-me de esbarrar nas pessoas quando estava pulando na pista de dança. gora comecei a me lembrar da chuva. Me lembro bem pouco, mas sei que estava dançando com alguém no meio da chuva... e acho que era a Cloe - a loira estreitou os olhos, como que para se lembrar também - Depois.... me lembro de um cheiro. Um cheiro muito forte. Marcante. E do esboço de um rosto. Um garoto. E um lugar apertado...

Suas amigas trocaram olhares maliciosos e riram, o que fez Laila revirar os olhos.

– Quem era o garoto? Você lembra? - perguntou Alyson.

Laila negou com a cabeça.

– Lembro só do cheiro dele. Whisky. Só isso. Também me lembro de achar ele bonito, mas realmente não sei quem ele é!

– Ah, que coisa romântica! Laila pegou alguém e nem se lembra quem é! - riu-se Cloe levando todas, inclusive Laila, a rir também.

– Cala a boca! E você Carly, como foi sua noite? - perguntou Laila.

A voz de sua prima ecoava distante em seus ouvidos. Sua mente estava voltada para a noite anterior. Quem era o garoto?, perguntava-se a si mesma. Ela se lembrava claramente do cheiro, mas não do rosto. Admitiu, não em voz alta, as palavras de Cloe: sim, ela havia ficado com ele e se lembrava de tê-lo beijado ferozmente, como nunca havia feito. Talvez pelo efeito da bebida. Ela se lembrava da sensação maravilhosa que teve e da mais profunda satisfação que sentiu depois dos beijos. Mas por quê? Por que, se o beijo havia sido bom, lembrou-se que sua mente deu piruetas ao para-lo?

Realmente não se lembrava dele. E o pior é que era o que ela mais queria: lembrar-se.

XXXX

– Então você não sabe quem foi a fulana que você deu uns amassos ontem?

– Leonard, experimente falar de boca vazia. É melhor! - disse Nico.

Leo deu de ombros e voltou a devorar seu bacon.

– Mas, tipo, você não lembra quem é ou você não conhecia? - perguntou Chase.

– Eu acho que a conhecia sim, mas não me lembro quem é. - disse Nico terminando seus ovos com bacons.

– E isso é ruim? - arriscou Chase.

– É péssimo! Cara, você devia estar lá. Nunca beijei uma garota feito ela! - exclamou Nico.

Um silêncio se estendeu. Apenas os barulhos irritantes de Leonard devorando seu terceiro prato de ovos com bacon era ouvido.

– Mas não se lembra de nada dela? - perguntou Chase.

– Lembro que ela tinha cheiro de vinho. E de lírios. - declarou Nico.

– Uhu, ajudou muito Parker! - balbuciou Leo enfiando uma e depois outra colherada na boca.

– Não fala de boca cheia Valdez! É nojento! - repreendeu-o Nico. Leo deu de ombros novamente.

– Mas é. É só isso que me lembro dela. - murmurou Nico.

– E você acha que pode voltar a vê-la? - perguntou Chase.

Um sorriso conhecido travesso brincou nos lábios de Nico.

– Não sei se vou reconhece-la, mas, pode apostar que sim. Nós voltaremos a nos encontrar!


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Notas finais do capítulo

E é agora que Nico&Laila começa! Espero que tenha gostado!



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