The Surviver 2 escrita por NDeggau


Capítulo 11
Capítulo 10 — Progredindo


Notas iniciais do capítulo

OI.
Gente, demorou, eu sei, mas esse capítulo é comprido.
Aproveitem.



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Progredindo

—QUE RAIO DE IDEIA É ESSA? —Esbravejei.

Chris se colocou de pé na minha frente, como se posicionasse para sair correndo a qualquer instante.

—Veja bem, Ashley. Por algum motivo, Jamie se aproximou e se apaixonou por você, e se bem sei da história, virou seu cachorrinho desde então. Não se esqueça de que as Almas não conseguem lidar muito bem com as emoções humanas, e se o corpo já a amou uma vez...

—Jamie não era meu cachorrinho. —Sem rodeios, soltei o torturante fato. —E temos um probleminha: Matthew está se apaixonando pela “doce” FS.

Melanie franziu as sobrancelhas.

—Quem é FS?

—Flores Silvestres. —Sibilei, como se o nome tivesse gosto azedo. —Aquele projeto de Alma insignificante e exibida.

—Todos já percebemos que você não vai com a cara dela. —Interrompeu Sharon.

—Deve ser por que FS é gostosa. —Proferiu Chris.

Arremessei as mini-“bolas de Newton” no estômago dele, e só me senti vingada quando ouvi seu chiado de dor.

—Babaca. —Sibilou Mel.

Chris deu um sorrisinho falso para ela.

Peg estava observando nossa violência bárbara com os olhos prateados arregalados, e limpou a garganta antes de falar – tão baixo que tive que me concentrar para ouvir sua voz de passarinho.

—Talvez a ideia de Chris não seja tão descartável assim. Digo, Ashley pode ser o único meio de nos ligar a Matthew.

—E quanto a mim? —Rezingou Melanie. —Eu sou a irmã dele. Também não sou descartável.

—Na verdade. —Interrompi. —Você é uma das nossas peças fundamentais, Mel.

—O que quer dizer?

—Digo, conheço Jamie há pouco mais de dois anos. Vocês se conhecem a vida inteira. Posso ser eu quem vai se aproximar de Matthew, mas o papel de recorda-lo, bem... É intransferivelmente seu.

Ela sorriu.

—Bem, e quanto a nós? —Ian gesticulou para o restante. —Ficamos de braços cruzados esperando que tragam Matthew?

—Não. Ian e Peg poderiam ser a “distração” de FS. Ela nunca vai deixar Matthew em paz. E Peg pode enrola-la com seu papo de Alma.

—Que grande papel. —Resmungou Ian.

Fiz uma careta para ele.

—Para mim está bom. —Disse Peregrina, sorrindo. —Se isso ajudar no plano.

—Ah, Peg. —Suspirei. —Sua vontade insaciável de ajudar pode ser irritante, mas tão útil.

Não sei se ela percebeu que aquilo era uma provocação disfarçada, mas sorriu mesmo assim. Ian semicerrou os olhos para mim. Não dei mais atenção a eles.

O medo fazia meu corpo inteiro tremer incontrolavelmente. Talvez a queda tenha ajudado, mas eu tinha quase certeza que era o medo. O teto caíra. Jamie tinha ficado no corredor. E se... E se? Percorria meus olhos entre as pessoas, mas parecia que o mundo inteiro estava ali. Menos ele.

Até que encontrei. O chocolate. Abri caminho entre o mundo inteiro até seus braços. Ele me apertou contra si, querendo garantir que eu era real, e que ficaria ali.

—Jamie, eu... —Sussurrei, tão baixo que não tinha certeza se ele escutava. —Pensei que talvez você estivesse... Eu fiquei preocupada.

O chão sumiu debaixo dos meus pés quando ele me segurou no colo, minhas pernas firmes sobre os ossos do quadril dele. Seu rosto afundou no meu cabelo, e eu escondi meu próprio rosto na curva do seu pescoço.

Meu esconderijo. Minha proteção.

Tudo estava brilhante e vivo, e não era por causa do Corta Dor, mas sim por nossos corações que batiam alegre e aceleradamente um contra o outro.

Acordei num salto.

Meu coração descompassado parecia sair pela garganta. Eu estava na cama de um hotelzinho barato no qual nos abrigamos, todos amontoados dentro do quartinho.

Coloquei a mão sobre o peito, prendendo a respiração para me acalmar.

Tudo bem, pensei. Foi só um sonho.

Acordei todo mundo fazendo barulho enquanto me arrumava, e a maioria reclamou que ainda era muito cedo. Mas eu não me importava. Tínhamos um plano a seguir.

Ás sete da manhã, nós nos reunimos para tomar café no mesmo estabelecimento que encontrei Matthew. Pedi um sanduíche e um copo de mate de morango.

Tinha deixado meu cabelo com seu ruivo claro natural, desejando que isso despertasse alguma lembrança em Matthew.

—Ashley. —Chamou meu pai. —Eu, Sharon, Ian e Peg iremos nas imobiliárias para procurar.

Decidimos alugar uma casa maior, já que nossa estadia em Page seria longa.

—Ok. Voltem para o jantar.

Charles sorriu para mim, e percebi que havia tempo que não agíamos como pai e filha. Fiquei de na ponta dos pés e passei os braços ao redor do pescoço largo dele.

—Tome cuidado. —Sussurrei.

—Você também. —Ele acariciou meus cabelos. —Amo você, minha garotinha.

—Eu também, pai.

Eles saíram e me deparei com um par de olhos cinzentos questionadores.

—Perdeu alguma coisa? —Sibilei.

—Parece que Charles consegue amansar a fera.

—Parece que alguém quer levar um soco.

—Quietos vocês dois. —Censurou Melanie, assim que FS e Matthew entraram no café.

—Não se esqueça do plano. —Murmurou Chris.

Ajeitei-me na cadeira, alisando meu short. Tinha que parecer o mais calma, inocente e doce possível.

“Ashley vai ter que fazer Matthew se apaixonar por ela”.

Era uma ideia tola, mal pensada e pouco provável. Como um ser radiante com aquele que adentrara o café com graça iria se apaixonar por alguém como...

—Eu nem sei como agir perto dele. —Admiti.

—Seja você. —Opinou Melanie.

—Não posso ser eu, Mel, ou um enxame de Buscadores virá atrás de mim. Preciso ser...

—Uma Alma. —Sussurrou Chris, as sobrancelhas ainda mais tensas sobre os olhos. —Como Bruma.

—Mas eu não sou Bruma.

Um silêncio pesado caiu no café inteiro quando eu disse a frase.

Soou tão alta e eloquente que todos olharam para mim, inclusive o casal 20.

Dei um sorriso amarelo.

—Eu quero dizer... Que antes meu nome era... Diferente desse, e não tem tradução para essa língua... E às vezes me esqueço. Tão desastrada.

Algumas almas sorriram, outras mudaram foco de sua atenção, e Matthew riu e se aproximou.

—Bom-dia.

—Bom-dia. —Respondi, sorrindo abertamente para ele.

Melanie ficou levemente sem ação, e chutei o pé dela por debaixo da mesa.

—Bom-dia. —Ela respondeu, ainda um pouco vidrada em Matthew.

—Essa é Alecrim.

—Muito prazer. —Matthew sorriu para Mel/Alecrim.

—O prazer é todo meu. —Ela respondeu, agindo como uma Alma.

—Eu sou Matthew e essa é Flores Silvestres.

—Por que não se sentam conosco? —Ofereci.

Matthew abriu a boca para responder, mas uma mão pequena e com unhas rosas apertou seu ombro.

—Eu e Matthew temos outros planos. —Disse FS. —Não é, querido?

Então ela fez uma cara melosa e tascou um beijo na bochecha dele.

Chris apertou a mão sobre a minha para impedir que eu me levantasse e socasse a cara daquela desgraçada até não sobrar mais dentes.

—Bem. —Articulou Melanie, com um pouco de dificuldade. —Divirtam-se.

Flores Silvestres deu um sorriso doce para Mel.

—Obrigada. Adorei conhecer você, Alecrim. —Falsete.

—O mesmo de você, Flores Silvestres. —Um falsete ainda mais exagerado. Melanie não deixava nada barato.

O doce e ingênuo Matthew continuava sorrindo, decerto fascinado com a “simpatia” presente entre as duas.

Eles se despediram, pegaram seus pedidos e saíram. Antes que alguém me impedisse, me pus de pé e corri até a saída.

FS não me viu, então puxei Matthew pelo braço.

—Você quer jantar conosco hoje à noite? —Perguntei, mantendo meu tom de voz baixo.

—Eu não tenho planos, então...

—Você vai?

Ele sorriu para mim, e não resisti em sorrir de volta.

—Vou, claro. Aonde?

—Eu... Lhe passo o endereço no almoço. Aposto que vamos nos encontrar.

—Mal posso esperar. —Ele respondeu, e se afastou.

Meu coração estava alvoraçado como um pássaro recém-capturado.

Voltei para o café meio flutuante.

—Então?

—Temos que ter uma casa até o meio-dia, porque vou passar para ele o endereço para o jantar.

—Ele vai jantar conosco? —Mel estava tão alvoroçada quanto eu.

—Parece que sim.

Chris depositou a xícara no pires e me encarou seriamente.

—Não sei está ciente, Ashley, mas Matthew não se apaixonará por você desse jeito.

Ergui o queixo e desviei os olhos, sem revidar, porque sabia que era verdade.

Encontrei Matthew no café pouco depois do meio-dia, com a endereço da nossa nova casa, antes mesmo de vê-la com meus próprios olhos.

A casa era linda. Com dois andares, excesso de janelas e paredes da cor de neve recém caída. Era larga e simétrica, com as mesmas janelas quadriculadas em ambos os lados. O interior parecia ainda maior. Um teto alto com acabamento em gesso para onde quer que olhasse, e mobília branca, simples e elegante. O que mais me chamou atenção foi um sofá tecido suede marrom-claro. Sorri para ele, imaginando o momento que eu pularia ali e praticamente desmaiaria.

Havia cinco quartos, e dividimos em: Peg e Ian, Charles e Chris, Sharon e Melanie e eu. Disseram que – se eu viesse a conquistar Matthew logo – precisaria de um quarto só para mim. O olhar no rosto do meu pai fez com que minhas faces queimassem.

Quando entrei no meu quarto, fiquei feliz por não ter que dividir. Mobília branca e fosca, cama de casal king size box absurdamente magnífica e uma sacada com vistas para os cânions. Apaixonei-me, mesmo que minha verdadeira casa fosse as cavernas.

Tomei um banho demorado na minha banheira de hidromassagem, lavando meus cabelos com o shampoo caro que Sharp comprou – as gargalhadas – na boutique. Roupas e mais roupas, e todos os tipos de cacarecos luxuosos me foram trazidos. Tínhamos que aproveitar.

Vesti uma roupa nada tradicional para mim: Sapatos de salto baixos e um vestidinho de tecido leve. Vestidos são extremamente desconfortáveis para mim. Não era possível correr ou bater direito com um negócio daqueles, mas respirei fundo e me convenci que era por uma boa causa.

Chegou a hora mais complicada: O jantar. Pensamos em pedir comida, mas Chris negou, dizendo:

—Não queremos que as Almas saibam que moramos aqui.

E todos acabaram concordando.

—Ashley sabe cozinhar.

Encarei meu pai com os olhos semicerrados.

—Pai.

—É verdade. Antes, ninguém cozinhava na casa além dela.

—Pai! Faz anos que eu não cozinho.

—Você consegue, Ash.

Ash.

Bufei e suspirei.

—Tudo bem. Mas você me ajuda. —Puxei Charles para a cozinha.

Cavei a memória para lembrar de uma receita da minha avó que era infalível, e tratei de picar, ferver e assar.

Fiz uma torta de massa folhada de aspargos, que toda a família adorava, e uma salada caesar para acompanhar.

Quando terminei, já estava quase na hora combinada.

Meu pai sorriu orgulhoso ao tirar minha torta do forno.

—Mamãe faz isso melhor. —Resmunguei, mas ele só beijou o topo da minha cabeça e não respondeu.

Ajeitei meu vestido e fui até a sala, ao encontro de Mel, Peg e Sharp. Chris não iria aparecer, meu pai e Ian só ficariam por perto, e só as garotas que fariam a maior parte do trabalho.

Eu só rezava para que a senhorita nariz-em-pé não viesse junto com Matthew.

Quando passava das oito horas da noite, e minha perna já estava dolorida de tanto pular de ansiedade, a campainha tocou.

Todos pularam de pé imediatamente, mas fui mais rápida.

—Eu atendo! —Quase gritei.

Corri até a porta e a abri com demasiada força.

E me deparei com o sorriso mais lindo do mundo.

—Matthew. —Cumprimentei. —Entre, fique a vontade.

—Com licença.

Ele entrou, cumprimentou a todos.

Agimos como uma “família” normal. Comemos, conversamos coisas fúteis, rimos um pouco.

—Você está gostando da Terra? —Perguntou Mel.

—É muita gentileza perguntar, Alecrim. —Respondeu Matthew.—Mas eu não posso afirmar, já como esse é o primeiro planeta que habito.

—Conte mais sobre isso. —Pediu Peg, com toda a delicadeza.

—Minha mãe habitava o Mundo Cantor, e era sua septuagésima-quarta vida lá. Como podia ser Mãe, ela decidiu procriar. Todos seus descendentes foram separados pelos planetas.

—O que você lembra sobre sua Mãe? —Perguntei.

Matthew limpou a boca no guardanapo.

—Acho que ela estava cansada de viver.

—Isso é possível? —Perguntou Mel, divagando um pouco. —É possível se cansar da vida?

Olhei Matthew de relance.

—Quando não se tem algo pelo qual viver.

Ele concordou, e voltou a comer.

Quando já era tarde, e eu e Matthew estávamos numa conversa animada sobre o Planeta dos Pássaros de Gelo, os outros foram se despedindo pouco a pouco e sumindo. Em poucos minutos estávamos sozinhos.

O silêncio caiu como uma coberta sobre nós.

Eu lidava bem com o silêncio, mas pelo visto, Matthew não.

—Enfim... —Ele murmurou.

Esperei que ele continuasse, mas Matthew apenas me olhou dentro dos olhos. Ficamos alguns segundos assim, até que ele desviou o olhar. Apertei os lábios, frustrada.

Encarei a parede.

—O jantar estava delicioso. —Ele disse, por fim.

—Obrigada.

—Você que fez?

—É. —Olhei para o teto. —Fui eu quem fez.

—Você é uma ótima cozinheira.

Raio de conversa chata.

—Obrigada.

Mais silêncio. Matthew se mexeu desconfortável.

Percebi que ainda encarava o acabamento em gesso, e tive uma brilhante ideia.

Se Matthew gostava de Flores Silvestres, a patricinha metida, por que não gostaria de uma...

—Matthew?

—Sim?

Lancei a ele um olhar a la Mayfleet, coisa que minha mãe fazia.

—Estou adorando sua companhia.

Ele me encarou um pouco surpreso, medindo minhas palavras, então respondeu hesitante.

—Eu também gostei de conhecer você.

Moldei no rosto a melhor expressão sensual que conhecia e toquei seu ombro, abrindo um sorriso.

—Espero que possamos ser íntimos.

Matthew ficou visivelmente chocado, abrindo a boca e não encontrando palavras, e se inclinando para o lado oposto a mim. Aproximei-me dele. Nossos rostos estavam próximos, tão próximos que eu sentia a respiração acelerada dele.

—Bruma, eu...

—Sim?

—Eu não sei se devo... —Sua mão tocou meu braço. Meu coração se debateu como peixe fora d’agua e senti um forte arrepio se formando na base da minha coluna.

—Não deve...?

—Eu...

Caí. De cara no chão. Literalmente. Meu corpo estava tão inclinado sobre o dele, apenas apoiado em uma das pernas, e quando estremeci, tombei no chão.

Apertei com força os olhos e me controlei para não socar a primeira coisa que visse.

—Meu Deus, Bruma! Você está bem?

Ele me reergueu, e dei um sorriso amarelo.

—Como sempre digo: tão desastrada.

Matthew deu algumas risadas e apertou meu ombro.

—Nos vemos amanhã.

Então ele não me acha uma idiota completa! Ponto para Ashley. Abri um sorriso imenso.

—Com certeza.

Fui com ele até a porta e me despedi. Quando ele estava longe o suficiente, bati a porta com força e fiz um barulho desgostoso e arranhado com a garganta.

Uns pequenos ruídos vindos da escada me chamaram atenção, e descobri Chris mordendo a própria mão.

—O que foi agora, imbecil?

—Você... —Ele estava segurando risadas. —Você caindo...

Senti minhas bochechas corarem, mas franzi as sobrancelhas.

Chris mal conseguia ficar de pé e se aproximar.

—Eu estava tentando seguir o plano. —Expliquei-me. —E pensei que agindo daquele jeito...

—Bem. —Chris recomeçou a rir. —Você não é Marilyn Monroe, então... —Mais gargalhadas.

Minha carranca era tão forte que machucava os músculos.

—O que você esperava que eu fizesse? —Praticamente gritei.

—É que... —Que droga, esse cara não vai parar de rir? —Você agindo daquele jeito é muito engraçado e eu... —Ele se afogou com as gargalhadas. Tosse-risada-tosse.

—Você deveria é morrer engasgado. —Rezinguei. —Não conseguiria fazer diferente no meu lugar.

Ele continuou tossindo no punho, intercalando com as risadas.

Segurei os dois ombros dele, mantendo-o firme.

—Já chega agora.

Ele parou de rir, e manteve um sorriso no rosto, ainda achando graça da minha desgraça.

Encarei-o nos olhos. As sobrancelhas relaxadas e o sorriso, e Chris conseguia virar uma pessoa totalmente diferente, mais radiante.

Ele segurou meus antebraços para tirar minhas mãos de seus ombros, e não soltou.

Na verdade, ele deixou os olhos nos meus até minha zanga passar e meu rosto relaxar. Isso levou vários segundos.

Ele finalmente soltou meu antebraço esquerdo e tirou a franja que me cobria um dos olhos.

—Só acho que você deveria ser quem realmente é. —Nada de ironia na voz dele. —Isso sim a torna atraente.

Antes que eu pudesse dizer algo, ele subiu as escadas.


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Notas finais do capítulo

Não sei não, ham Chris.
Enfim, comentem o que acharam.
O próximo não demorará muito (:



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