Amor Verdadeiro Sobrevive Até ao Tempo escrita por Sokane Limiku e Fujisaki Nina


Capítulo 1
Depois de vinte anos...


Notas iniciais do capítulo

Bem vindos, meus caros leitores! Espero que gostem dessa one que eu fiz com tanto carinho.Também agradeço muito a Teffy-chan por me emprestar os personagens, você é ótima senpai ^^Bom, não quero mias tomar o tempo de vocês. Tenham uma boa leitura ^^



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"Já se passaram vinte anos"– Pensava Tsukasa olhando pela janela de seu escritório com uma expressão terrivelmente séria, quase triste.

Ele via os alunos, desde o primeiro até o ultimo ano, comemorando a data que aquele dia representava: O dia dos namorados. Tsukasa tentava não pensar nisso, mas era inevitável. Todos os anos, sempre nesse mesmo dia, aquela lembrança retornava. Uma lembrança boa o suficiente para fazer seu coração pular de alegria, se não fosse... se não fosse não fosse pelo fato de que, o que tornava essa lembrança tão pura e boa, não esivesse lá com ele. Ela não estava lá com ele.

Tsukasa foi tirado de seus devaneios pelo som do sinal, que indicava a entrada dos alunos para suas salas.

"Você deve estar louco, Tsukasa"– Repreendeu a si mesmo em pensamento, saindo de sua sala e andando em direção ao Royal garden.

O diretor chegou ao jardim e abriu a porta com cautela para ter certeza de que os guardiões não estavam ali. Chegou perto da mesa, ficou atrás da cadeira do rei e respirou fundo antes de começar.

– Um, dois, três, quatro... - Ele contava seus passos como fazia uma criança. Deu exatos quinze passos e parou bem a frente de um maço de galhos, os distanciou um pouco e adentrou em uma parte oculta do Royal garden.

O lugar continuava exatamente como Tsukasa se lembrava dele, mesmo com algumas alterações causadas pelo tempo. As árvores em volta fechavam todo o local, permitindo que apenas um pouco de luz entrasse por entre os galhos; um banco de pedra branca meio desgastado, com as raízes de plantas próximas começando a se entrelaçar nele... Mas o principal e o que menos mudou ao longo dos anos, para alívio de Tsukasa, foram as duas árvores que estavam atrás do banco. Elas eram bem simples, não eram nada raras, mas seus formatos era o que realmente encantava, as duas se entrelaçavam tomando a forma de um coração.

Tsukasa fechou os olhos e ficou a relembrar o que podia chamar simplesmente de "o momento mais importante de sua vida".

Flashback on:

– Ei Aruto-kun. - Midori chamou o amigo. - Aquela garota nova está mesmo na sua sala?

– Ehim? Garota nova? - Indagou o pequeno Tsukasa curioso, esquecendo por um momento do bolinho de arroz que comia.

– Está, sim. - Respondeu Aruto, olhando para Tsukasa em seguida. - Lembra que ouvimos falar sobre dois novos alunos?

– Ah, é mesmo! - Exclamou Mikoto, entrando na converça. - Os irmãos Yuiki, não é?

– Isso. A garota, Yuiki Meilin, está na classe do Aruto-kun. - Explicou Midori. - E o garoto, Yuiki Daisuke, está no sexto ano.

– Ei, é aquela ali? - Indagou Mikoto, apontando para uma garota de cabelos ruivos claros com uma franja que cobria um dos olhos.

– Ela mesma.

– Coitada, deve ser difícil estar em horários diferentes do irmão e ter de lanchar sozi... Ué, cadê o Tsukasa? - Eles olharam para o lugar onde o menor estava a um segundo atrás, também estranhando sua repentina sumida.

– Ei, minna! - Os três se viraram, ficando surpresos pela cena. Tsukasa se aproximava juntamente com Yuiki Meilin, que o seguia meio hesitante apesar do sorriso no rosto. - Convidei a Yui-chan para lanchar conosco, tudo bem?

– Yui-chan? - Repetiram eles. Tsukasa nunca usava o sufixo "chan" com ninguém, nem mesmo com seus amigos.

– Esse é meu apelido, podem me chamar assim se quiserem. - Explicou ela.

– B-bem, muito prazer, Yui-chan. - Midori foi a primeira a falar.

– Senta aí com a gente. - Mikoto convidou.

O resto do intervalo foi mais animado do que poderiam imaginar. Meilin e Midori se deram super bem e tentavam puxar Mikoto para a conversa, que para o azar da Ás era sobre roupas da moda.

Tsukasa era o mais feliz dali, todos os sorrisos de Meilin o faziam sentir um calor único e especial, sem falar dos sorrisos bobos que às vezes escapavam. Aruto não pôde acreditar no que estava vendo, será que era realmente o que ele pensava? Pelo sim, pelo não, não deixaria essa oportunidade de irritar o amigo passar em branco.

– Bem bonitinha ela, ehim? Vai dar uns pegas Tsukasa?? - Sussurro para que só o menor ouvisse.

Tsukasa se engasgou com o suco que bebia ao escutar aquelas palavras. Aruto só podia estar brincando!

– N-não! - Sussurrou de volta. - E-eu jamais faria isso c-com... Eu mal a conheço!

– Então por que esse olhar de peixe morto? Não me diga que é pra Midori ou pra Mikoto.

– Muito menos isso! - Tsukasa acabou gritando dessa vez, chamando a atenção das três meninas.

O mais novo abaixou o rosto extremamente vermelho, parecendoprocurar algum buraco no chão para se enfiar. Enquanto Aruto apenas ria da situação em que botara o amigo.

Uma semana depois:

Quem diria que Aruto estava certo? Que uma brincadeirinha besta pudesse estar dizendo a verdade? Sim, Tsukasa acabou se apaixonando pela Yuiki e agora estava prestes a se declarar para ela.

Há muito tempo tinha descoberto um lugar secreto na estufa que era a sala do conselho estudantil, um lugar bonito com luz entrando pela parte de cima já que as árvores em volta não permitiam sua passagem, um banco de pedra no estilo de filmes românticos e para completar duas árvores que se entrelaçavam, tomando a forma de um coração. Não poderia existir lugar melhor para uma declaração.

– Tem certeza absoluta de que eu devo fazer isso hoje, Mirai? - Questionou Tsukasa ao seu chara pela décima vez.

– Confie em mim, Tsukasa. Não tem porque esperar mais.

– Mas semana que vem é dia dos namorados. Eu deveria esperar só até lá.

– Agora não dá mais.

– Por quê?

– Porque ela está vindo aí.

– Tsukasa-kun! - Ao ouvir aquela doce voz, o coração do moreno simplesmente disparou.

– Y-Yui-chan, vo-você veio.

– Claro que vim, você não me chamou?

– Sim, ele chamou. - Mirai interrompeu o gaguejar do dono. - Vamos dar uma volta Loli? - Ele perguntou para a chara da garota.

– Vamos! - Loli concordou na hora. - Tchau Yuizinha, e não se esqueça de...

– Tá bom, Loli! Eu me lembro! – Gritou Meilin sentindo as maças do rosto começarem a arder.

Os charas voaram para longe, deixando seu donos sozinhos.

– Vamos? – Perguntou Tsukasa e a garota assistiu. – Faça tudo o que eu fizer. – Ele deu vinte passos exatos e abriu a passagem escondida.

– Nossa aqui é lindo, Tsukasa-kun! – Exclamou a garota se sentando no banco.

– Etto, Yui-chan. Eu te chamei aqui porque tenho uma confissão a fazer.

– Diga.

– Bem, i-isso é meio complicado de...

– Tsukasa-kun. - Ela o interrompeu. - Antes de você falar eu também tenho que te dizer uma coisa.

– Pode falar então.

– É meio estranho o que venho sentindo ultimamente. Tenho ficado vermelha com facilidade, meu coração dá umas piruetas malucas e eu não sabia o que era isso até perceber um detalhe crucial: essas coisas só acontecem... elas só acontecem quando estou perto de você, Tsukasa-kun. – Completou com seu rosto atingindo um incrível tom de vermelho. Tsukasa a olhava incrédulo. Ela se sentia da mesma maneira?

– Droga! – Foi tudo o que ele conseguiu dizer.

– Como disse? - Indagou a Yuiki. Ela só podia ter ouvido errado, ele não respondeu á sua declaracão desse jeito, não é?!

– É isso mesmo que você ouviu! - Respondeu cruzando os braços como uma criancinha emburrada - Droga, Yui-chan! Era eu que ia me declarar pra você!! – Completou só se dando conta do que falara depois que pouco da raiva passou. Ele olhou para Meilin e, para sua surpresa e felicidade, ela estava dando mais um de seus lindos sorrisos, daqueles que ele adorava ver.

– Você está dizendo... que também... que também me ama? – Perguntou Meilin, já com lágrimas nos olhos.

– Sim. E-eu te amo, Yuiki Meilin! Minha Yui-chan!

Meilin não pôde mais se conter, chorou abertamente e deu um forte abraço em seu amado. Mesmo ficando mais vermelho que um tomate maduro, Tsukasa correspondeu ao abraço. Momentos depois Meilin se afastou um pouco de Tsukasa, sem realmente soltá-lo, e deu-lhe um pequeno selinho, agora sim se afastando e tentando cobrir o rosto corado com a franja.

Tsukasa estava em choque com a repentina ação da garota, mas quando recuperou a consciência não deixou por aquilo. Segurou o queixo da ruiva e se aproximou de vagar, os dois fecharam os olhos e quando seus lábios se encostaram não foi diferente. Continuaram lá em um beijo inesperiente, porém doce e apaixonado por parte de ambos.

– Etto, Yui-chan. – Tsukasa a chamou, encostando suas testas e olhando fundo naqueles olhos. – De agora em diante, quer namorar comigo?

– Eu... e-eu... – Meilin não sabia direito o que dizer, era tanta felicidade junta, por tantos motivos. - Quero! É o que eu mais quero no mundo.

Mais uma semana depois:

– Já que amanhã é feriado e não temos trabalho no conselho, que tal sairmos todos juntos? – Sugeriu Midori.

– Eu topo! – Exclamou Mikoto animada.

– Por mim tudo bem. – Disse Aruto dando de ombros. - Mas temos que ver se o casalzinho já não tem planos, ou nesse caso não iríamos todos.

– Nós estamos bem aqui, Aruto-kun. – Falou Tsukasa com uma gota na cabeça.

– Eu sei, por isso mesmo. Já estou comentando e perguntando ao mesmo tempo.

– Não combinamos nada para amanhã, Aruto-kun. E adoraríamos ir com vocês, não é Tsukasa-kun?

– Claro.

– Então nos vemos amanhã. – Disse Midori entrando na rua de sua casa.

– Tchau, tchau! – Gritou Mikoto, indo na mesma direção da amiga.

– Tchau. – Falou Aruto deixando os dois a sós.

– Tsukasa-kun. – Meiling o chamou. – Antes de sairmos amanhã eu vou precisar falar uma coisa com você.

– Fale agora se é tão importante.

– Não, é melhor amanhã mesmo.

– Tudo bem, se acha melhor. Até amanhã. – Ele já ia se retirar quando Meiling o puxou pelo braço e lhe deu um selinho demorado.

– Eu te amo, Tsukasa-kun. Nunca se esqueça disso. – Ela disse séria e chorosa, como se implorasse.

– Eu também te amo, Yui-chan. Muito mesmo. - Ele apenas sorriu para reconfortá-la

Dia seguinte:

No canto secreto onde pediu Meilin em namoro, Tsukasa agora esperava sua amada.

– Você não faz mesmo a mínima ideia do que possa ser, Mirai? – O moreno perguntou ao seu chara.

– Nenhuma você vai ter de esperar.

– Tsukasa-kun!

– Yui-chan! – Ele se virou e deu um rápido beijo em Meilin. – O que queria falar comigo?

– Bem, eu tenho uma péssima notícia para dar a você e aos outros, mas eu queria que você fosse o primeiro, a saber.

– Está me deixando preocupando Meilin, diga logo.

– E-eu vou... eu vou me mudar hoje. – Disse em sussurro, cobrindo os olhos chorosos com a franja.

– Nani?! Como assim você vai se mudar? Sua família não esta aqui a nem um mês! – Questionou Tsukasa.

– É sempre assim Tsukasa-kun, tão rápido quando chegam também vamos embora. – Meilin explicou, dificilmente contendo as lágrimas.

– Mas vocês nunca mais vão voltar? Isso quer dizer... que nunca vou te ver? – Tsukasa pronunciou as últimas palavras com imensa dificuldade.

– Provavelmente. - Meilin desistiu de bancar a durona e desabou em lágrimas. – Eu não quero te prender, Tsukasa-kun, você tem de seguir com sua vida. Não dá para manter um relacionamento a distancia e...

– Mas o que está dizendo?? – Exclamou Tsukasa, ficando sério de repente. – Não me importa que você vá para o outro lado do mundo, eu nunca deixarei de te amar!

– M-mas Tsukasa-kun...

– Meilin, me escute, e escute bem. – Ele falou incrivelmente sério. – Mesmo que se passem vinte anos eu nunca vou te esquecer, muito menos deixar de te amar e ficar com outra pessoa.

– Como pode saber disso?

– Eu não sei. – Ele admitiu. – Mas vou prometer. Se você e sua família realmente não voltarem mais, daqui a vinte anos vou te mandar uma carta, falando que ainda me lembro de você e que ainda te amo. É uma jura!

Meilin o olhava surpresa. Tsukasa não poderia estar falando sério, poderia?

– Você promete? – Ela perguntou. - Jura de coração que fará isso daqui a vinte anos?

– Eu juro pela minha vida. – Tsukasa sorriu.

Flashback off:

Hoje o prazo de Tsukasa se esgotou, mas ele nunca a esqueceu. Agora tudo o que lhe falta é coragem para manda a tal da carta, a carta que passou uma semana escrevendo, mas uma duvida persistia em sua mente:

Será que ela ainda se lembra? – Era tudo o que se passava na cabeça de Tsukasa. Ele podia não tê-la esquecido, mas e ela? Será que sua Meilin, sua querida Yui-chan, já estaria casada com outro?

Novamente, o sinal indicando o término das aulas tirou o diretor de seus pensamentos. Ele retornou para sua sala antes que os guardiões chegassem, mas ao chegar lá, teve uma visita inesperada.

– Tsukasa-san. – Tadase estava na porta o esperando.

– Tadase, o que foi?

– A Yuiki-san me pediu para entregar isso. – Tadase entregou uma carta ao tio.

– Ah, obrigado. – Tsukasa sorriu falsamente ao ouvir o nome Yuiki. Ele sabia que Yaya era filha de Daisuke, o irmão de sua amada, mas nunca teve corajem de perguntar a ela algo sobre Meilin.

Tadase se retirou e Tsukasa entrou em sua sala para ler a carta. A abriu e assim que começou a ler, arregalou os olhos.

“Yoo Tsukasa-kun! Caso não se lembre de mim, vou refrescar sua memória: Você fez uma promessa há vinte anos. Estou te mandando essa carta através de minha sobrinha pra dizer que estou de volta à cidade e adoraria te encontrar, se tiver tempo.

Espero uma resposta. Beijos, da sua querida Yui-chan.”

O coração de Tsukasa parecia que iria pular para fora a qualquer momento. Não podia acreditar que ela havia voltado que sua Yui-chan havia voltado!

Yaya ficou preocupada quando recebeu um chamado do diretor pedindo para ir até sua sala. Não poderia ser assunto dos guardiões, pois todos sabiam que até Rima seria mais adequada do que ela.

– Queria falar comigo? – Perguntou a ruiva entrando devagarzinho na sala.

– Sim Yaya-san. Sua tia voltou mesmo à cidade? – Ele perguntou com a maior esperança no coração.

– Voltou, ela e o namorado. – O mundo de Tsukasa parou. Tudo o que podia ouvir eram as palavras “ela e o namorado”.

– Namorado? – Perguntou ele em sussurro.

– É um tal de Ronny. Ele veio dos Estados Unidos quando acabou de cursar... Ah, acho que o nome da faculdade era Harvard. Passou com mérito e ganhou uma viajem pra cá.

Muito bem, vamos ver as opções:

1°: Um diretorzinho de colégio. Ou

2°: Um universitário formado com mérito na mais prestigiada universidade do mundo.

Para Tsukasa a decisão de Meilin era óbvia.

– Obrigado Yaya-san, pode ir.

Yaya ficou com um ponto de interrogação invisível sobre a cabeça, mas não iria desobedecê-lo, embora a curiosidade fosse muita. Assim que ouviu a porta se fechando Tsukasa cedeu às suas pernas que já estavam bambas e caiu sentado na cadeira. Segurava os braços da cadeira com mais força que o necessário e apertava os olhos para tentar conter as lágrimas, mas algumas rolavam por seu rosto. Porque ela queria vê-lo se já tinha outra pessoa? Só para humilhá-lo e dizer que a esperou a toa? Não, Meilin não era assim. Mas então, por quê?

Ficar sentado lá não adiantaria de nada. Levantou-se e foi embora, mas não para sua casa. Tinha de ver Meilin novamente. Saber se estava bem; feliz com o tal Ronny; se queria manter uma amizade ao menos.

Chegou a casa de Yaya, tocou a campainha e esperou poucos segundos até que a mãe da menina, Nodoka, apareceu com o pequeno Tsubasa no colo.

– Pois não? – A mulher perguntou, mas antes que pudesse falar algo, ela o reconheceu. – Tsukasa-kun. A que devo essa visita?

– Estou procurando a Yui-san, ela está?

– Ah, claro. – A mulher alargou seu sorriso. – Ela está no quintal dos fundos, pode ir até lá.

Tsukasa agradeceu, se dirigiu aos fundos da casa e lá teve a mais linda das visões: Yui-chan vestia um vestido rosa choque com alguns babados laranja, bem seu estilo. Seus cabelos ruivos continuavam do mesmo jeito, longos e com a franja sobre um dos olhos. Mas o que Tsukasa não pode deixar de reparar, mesmo usando todo o seu pudor, foi o corpo incrível da moça. Ela já não tinha mais corpo de menina, seus seios eram fartos e sua cintura, fina.

A única coisa que o entristeceu foi ver que, ao lado dela, estava um homem que deveria ser Ronny. Os dois se abraçavam e gargalhavam, Meilin parecia muito à vontade com ele.

– E então, não vai falar com ela? – Tsukasa tomou o maior susto ao ver Nodoka atrás dele.

– Eles parecem em ali, melhor não interromper. E formam um belo casal. – Tsukasa cuspiu as ultimas palavras, mostrando toda a dor contida nelas.

– Que casal? – Nodoka perguntou.

– Yaya-san me disse que eles estão namorando.

Nodoka o encarou por alguns segundo perplexa, sem nenhuma reação e quando Tsukasa ia perguntar se estava tudo bem, a mulher se disparou a rir.

– Só poderia ser a Yaya mesmo! Ela adora provocar a Meilin-chan e o Ronny-kun falando isso. Acredite Tsukasa-kun, não existe a menor possibilidade de ter alguma coisa entre esses dois. O Ronny-kun é... – Nodoka se calou ao perceber o que iria fala e ficou com o rosto corado. Parecia até aquela garotinha tímida que era quando conheceu Daisuke e os outros. - D-digamos que ele tem um gosto um tanto diferente.

Tsukasa entendeu o que a mulher queria dizer, mas não se importou tanto com esse detalhe. Se Ronny era mesmo aquilo então quer dizer que ele e Meilin não estavam mesmo namorando, e saber disso foi o suficiente para o coração de Tsukasa tomar um banho de alegria e voltar a sorrir.

– Ronny-kun, pode vir aqui um segundo? – Nodoka chamou o rapaz. Ele tinha um porte bem atlético, cabelos castanhos que iam até o pescoço, olhos verdes como os de um gato e vestia uma calça jeans e um suéter de Harvard.

– Chamou? – Ele perguntou com um tom de voz elegante, mas que era completamente arruinado pelo sotaque.

– Poderia cuidar do Tsubasa por um minuto?

– Claro. E que é esse? – Ronny perguntou olhando para Tsukasa. Ele fez isso por questão de educação, pois não pareceu tão interessado no que viu. O que foi meio que um alívio para Tsukasa.

– Esse é o Tsukasa-kun. Aquele que a Meilin-chan te falou. – O diretor arregalou os olhos ouvindo aquilo. Meilin falava sobre ele?

– Ah claro, fico feliz em finalmente conhecê-lo. Yui sempre me enche os ouvidos falando de você.

– Muito prazer.

Nodoka e Ronny entraram, deixando Tsukasa com o coração na mão. Agora que sabia que Meilin não tinha namorado parecia que não sabia mais o que fazia ali. Olhou em direção a ela, que só não o notou até agora porque estava mexendo em algumas plantas.

– Y-Yui-chan? - Ele a chamou, se aproximando meio hesitante.

– Tsukasa-kun? – A ruiva se virou para ele e abriu o maior sorriso, daqueles que Tsukasa havia sentido tanta falta de ver e apreciar. Ela correu até o moreno e o abraçou forte, pousando a cabeça em seu ombro quando o mesmo correspondeu. – Estava com tantas saudades! Você... – Meilin parou de falar para tentar segurar o riso, algumas coisas realmente nunca mudam. Tsukasa estava parecendo mais um tomate do que qualquer outra coisa, seu rosto havia atingido um tom escarlate berrante com a ação dela.

– Yui-chan, você... me mandou essa carta. – Ele pegou a carta dobrada com todo o cuidado que estava no bolso. – Mas nosso trato era que eu mandaria uma carta para você.

Agora Meilin não pôde mais segurar o riso, Tsukasa usava um tom de criança mimada, nem parecia aquele homem sério e controlado que todos viam, ou aquele garotinho que ela se lembrava.

– Pensei que já tivesse esquecido. Como eu não esqueci você, resolvi mandar a carta.

– Você continua muito ingênua! – Tsukasa falou dando-lhe um sorriso de derreter corações. – Eu prometi que escreveria a carta justamente para provar que ainda me lembrava de você e que ainda te amava, não foi?

– Mas, se você se lembrava de mim, onde está a carta que você tanto disse que iria escrever? – A expressão de Meilin era indecifrável, parecia uma mistura de esperança, medo e uma pitada de raiva.

– Bom... –Tsukasa voltou a corar. Ele já estava escrevendo a carta perfeita a semanas, mas quando finalmente conseguira amassou o papel sem querer.

– E então Tsukasa? – Tornou a perguntar a ruiva, já meio apreensiva

O moreno respirou fundo umas duas vezes antes de tirar do outro bolso um papel todo sujo e amassado.

– Eu juro que iria passar para outra folha antes de mandar. – Disse ele, entregando a folha para Meilin.

A garota desamassou o papel o máximo que deu e começou a ler. A carta dizia:

“Yui-chan, meu querido amor, senti sua falta por todos os segundos desses vinte longos anos. Como prometido, aqui está a prova de que você não continua só em minha mente, mas também em meu coração.

Espero qualquer dia poder te ver de novo, nem que seja por um momento, apenas por um segundo, para que possa dizer as três palavras que resumem todos os meus sentimentos por você e que, como jurei, continuaram intactos por todo esse tempo: Eu te amo!

Você sempre foi minha razão de viver, mesmo depois que foi embora isso ainda continuou e tenho certeza de que continuará até eu te encontrar e não ficara por aí.

Até algum dia. Para sempre seu, Amakawa Tsukasa.”

Terminando de ler, os olhos de Meilin estavam cheios de lágrimas e seu coração a mil por hora. Jogou a carta no chão e pulou nos braços de Tsukasa, lhe dando um beijo apaixonado. O mesmo ficou surpreso e corado com a repentina ação dela, mas não deixou de coresponder.

Aos poucos, o beijo que era só um carinho para matar a saudade foi esquentando. Suas línguas se entrelaçavam em uma dança conhecida apenas pelos dois, Yui acariciava a nuca de Tsukasa enquanto ele a segurava pela cintura, colando mais seus corpos.

– Tia?! – O momento dos dois foi interrompido por um grito vindo da janela, eles olharam em direção a mesma e viram Yaya com o queixo caído de tão chocada. – Mas o que é isso?!?

– Y-Yaya-san...

– Deixa comigo. – Meiling se soltou de Tsukasa e disse para Yaya.

– Escute Yaya, se você prometer não contar a ninguém sobre o que viu aqui eu compro uma loja de doces pra você.

A ruiva menor pensou por um tempo e disse:

– Tá legal, mas é bom me explica direitinho essa história depois, ouviu?

– Claro. Agora entra. –Disse e fechou a janela na cara da menina

– Você leva jeito pra isso, sabia? Daria uma boa mãe. – Pela primeira vez em toda sua vida, Meilin corou com as palavras de Tsukasa.

– D-deixa de ser bobo! – Ela tentou fingir raiva, mas se calou quando Tsukasa voltou a juntar seus lábios.

Os dois ficaram lá pelo que pareceram horas, somente sentindo o amor e o carinho um do outro. Nenhum deles tinha pressa, pois teriam o resto da vida para ficarem juntos e aproveitar esse amor eterno e verdadeiro. Um amor tão verdadeiro que sobrevive até ao tempo.


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Notas finais do capítulo

Bueno, es esto! Espero que tdenham gostado e se puderem mandar um review agradeceria imensamente.Caso tenham gostado dos personagens originais e queiram ver mais sobre eles, está aqui o link da fic:http://fanfiction.com.br/historia/345728/Hajimaru/



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