My Little Gift ('The Orphan' - Season 2) escrita por Stéfane Franco
Notas iniciais do capítulo
Boa tarde!!! Eu ia postar apenas amanhã, mas fiquei tão feliz com os 10 comentários no ultimo capítulo que resolvi dar-lhes um "adiantamento"...
Espero que gostem... ^^
Capítulo 8 – The Truth Comes Afloat
“A Verdade Vem à Tona”
– Violet – 10 de novembro de 1994
Depois do episodio com o Malfoy, todos os alunos passaram a me encarar com medo e deboche. Assim como meu pai aconselhou, ignorei cada mal olhado e cada ofensa, e realmente deu certo, afinal, pouco a pouco ninguém mais lembrava.
Draco Malfoy parou de me ofender e mantinha-se afastado o tempo todo, mas sempre que nos encontrávamos, dirigia-me um sorriso irônico e até mesmo vitorioso. Harry, por sua vez, deixou bem claro que não estava nem um pouco satisfeito com os resultados do Torneio.
Vitor Krum mostrou-se extremamente gentil e espontâneo, o que fez com que eu mudasse totalmente minhas opiniões a seu respeito. Vitor transformou-se num grande amigo, e assim como Luna, confiava em mim.
– Estou faminta! – brinquei enquanto caminhávamos pelos corredores de Hogwarts em direção ao Salão Principal.
– E quando não está? – disse Luna docemente.
Como ela consegue ser tão fofa?!
Assim que entramos no Salão, todos os olhares voltaram-se para mim, alguns cochichavam, outros riam e outros apenas me encaravam.
– Nossa, o que aconteceu aqui? – perguntou Luna.
– A pergunta certa é: por que estão me encarando desse jeito? – corrigi.
Alessa, Mary e Sophie, assim que me viram, correram ao meu encontro com algo nas mãos. Harry fez o mesmo, mas antes que me alcançasse, as meninas pegaram no meu braço e tiraram-me de lá.
– Luna, não deixa o Harry nos seguir, olha isso – disse Mary rapidamente entregando-lhe um pedaço de papel.
– Mas... O que estão fazendo?! – perguntei sendo praticamente arrastada do salão pelas três.
– Salvando sua pele... – respondeu Alessa
– Violet! – gritou Harry, tentando seguir-nos.
– Corre! Depois te explico! – sussurrou Sophie.
Corremos como loucas pelos corredores até o Salão Comunal da Sonserina, onde fui trancada no quarto com três garotas afoitas.
– Tá, dá para me explicar o que está acontecendo? – perguntei impaciente.
– Olha isso... – disse Alessa, entregando-me uma edição do Profeta Diário, onde uma foto minha ocupava cerca de 1/3 da primeira página.
Violet Eileen Evans Prince
A quarta campeã do Torneio Tribruxo
Por Rita Skeeter
Como todos sabem, o Torneio Tribruxo foi criado há 700 anos como uma competição amistosa entre as três maiores escolas europeias de bruxaria: Hogwarts, Beauxbatons e Durmstrang, porém, com a alta taxa de mortalidade, o torneio foi extinto. Durante séculos houve várias tentativas de reiniciar o torneio, tentativas essas falhas.
No entanto, os Departamentos de Cooperação Internacional em Magia e de Jogos e Esportes Mágicos decidiram que já era hora de fazer uma nova tentativa, porém, com imposições mais rígidas com o intuito de garantir a segurança dos campeões.
O Torneio Tribruxo finalmente está de volta, e dessa vez será sediado por Hogwarts.
Como manda a tradição, os três campeões que representariam suas escolas foram escolhidos no último mês, porém, este ano trouxe diversas surpresas. Os campeões de Durmstrang, Beauxbatons e Hogwarts, respectivamente Vitor Krum, Fleur Delacour e Cedrico Diggory, foram surpreendidos por um quarto campeão.
Contrariando todas as novas regras impostas, uma aluna do quarto ano de Hogwarts foi selecionada para participar do Torneio: Violet Eileen Evans Prince. Mas não pensem que essa história acaba por aqui! Há muitas surpresas esperando para serem reveladas sobre a “princesinha mestiça”.
Não é novidade para ninguém de Hogwarts que a Srta. Prince cresceu num orfanato, a vida toda sozinha e sem ninguém que a amasse. Porém, o que ninguém sabe é que Violet Eileen tem uma família, e esta família está em Hogwarts.
Para entendermos a dramática história dessa jovem menina, precisamos voltar à raiz do problema: sua mãe.
Lílian Evans era noiva de Thiago Potter, ambos viviam felizes e sonhavam em construir um lar. Porém, o conto de fadas não era tão sólido como sempre pensamos. O casal grifinório estava sempre discutindo devido aos ideais diferentes e, na mesma noite em que separaram-se, a garota ruiva correu para os braços de seu melhor amigo sonserino, Severo Snape. Dessa noite de erros e futuros arrependimentos, nasceu nossa querida quarta campeã, que foi abandonada pela mãe num orfanato trouxa assim que nasceu. Ninguém, nem mesmo o próprio pai, sabia de sua existência. Lily voltou para os braços do então ex-noivo e finalmente casaram-se, tendo um segundo filho no ano seguinte: Harry Potter, o menino que sobreviveu.
Quando interrogada sobre os pais, já com os olhos úmidos, Violet recusou-se instantaneamente a lembrar do passado no qual foi rejeitada. Quem não se entristeceria?
É praticamente insana qualquer insinuação a respeito do mau caráter da doce Lily Potter, porém, os fatos são concretos.
Analisando os nomes Violet Eileen Evans Prince, Severo Prince Snape e Lilian Evans (seu nome de solteira), encontramos facilmente diversas particularidades.
Para os bruxos mais velhos, os nomes Eileen e Prince juntos trazem muitas memórias não? Pois eu explico. Eileen Prince foi uma das bruxas mais célebres de sua época, aluna Sonserina exemplo de Hogwarts. Outra coincidência é sua linha familiar. Assim que formou-se casou-se com um trouxa chamado Tobias Snape, e juntos tiveram seu primeiro e único filho: Severo Prince Snape.
Outro detalhe extremamente relevante é a aparência de nossas “personagens”.
Eileen Prince tinha cabelos negros como pistache, olhos azuis como o céu, pele alva e lábios carnudos. Aluna sonserina da ‘Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts’, foi premiada diversas vezes como “Melhores batedora da década”, agraciando sua casa com a Taça de Quadribol três vezes consecutivas. Dotada de extrema inteligência, suas melhores matérias eram aquelas que exigiam esforço intelectual e raciocínio lógico.
Violet Eileen, por sua vez, possui cabelos escuros como a noite, olhos azuis como safiras, pele clara e feições delicadas. Aluna sonserina da ‘Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts’, em seu ano de estreia conquistou o posto de “Melhor batedora da década” no quadribol, sendo uma das favoritas para o próximo campeonato. Extremamente explosiva e impulsiva, para alguns é apenas uma “menina insolente e atrevida”, para outros, uma verdadeira “garota prodígio”. Tendo melhor desempenho em Poções, Feitiços e Transfiguração, Violet é recordista em detenções no primeiro bimestre de aulas.
Com todas as evidências aqui demonstradas, não nos restam questionamentos sobre seu passado. Violet Eileen é filha legítima de Severo Snape e Lillian Evans, assim como meia-irmã de Harry Potter.
A “princesinha mestiça” será capaz de vencer os perigosos desafios impostos pelo Torneio Tribruxo e garantir a gloria eterna para Hogwarts?
Logo no fim do artigo tinha uma foto minha abraçada ao meu pai no mesmo dia em que duelei com o Malfoy.
– Não... Eu não... Não pode ser... Como... – gaguejei sem saber o que falar ou pensar.
– Violet, você tem ideia da repercussão que isso vai dar? E não só em Hogwarts, mas sim em todo o mundo bruxo! – alertou Alessa.
– Essa matéria envolve muitas pessoas... Mesmo não sendo o foco, atinge Dumbledore e a escola, o Prof Snape e o Harry, o Torneio e, consequentemente, o Ministério... – disse Sophie.
– Essa foi uma verdadeira bomba que explodiu, na escola toda não se fala em outra coisa... – completou Mary.
– Eu não acredito que isso está acontecendo... Como a Skeeter descobriu tudo isso?! E ela sabe todos os detalhes, não tem como ela ter descoberto tudo isso do nada! – descontrolei-me.
– Vamos por partes... Quem sabia dessa história? – perguntou Alessa.
– Vocês três... Que obviamente não contariam nada...
– Quem mais? – insistiu Sophie.
– Fred e Jorge, Hermione, Luna... – falei impacientemente.
– Fred e Jorge. Eles não têm motivos pelos quais abrirem a boca. – analisou Sophie.
– Hermione é certinha demais para fazer fofoca... Ainda mais para uma jornalista – disse Mary.
– E Luna... Bom, ela não teria benefício algum com isso... Além de ser extremamente sincera... – completou Alessa – Quem mais?
– Snape, Dumbledore, Minerva, Lupin, Sirius, Pettigrew... – continuei.
– Snape e Dumbledore jamais fariam isso. Snape porque é extremamente reservado e Dumbledore porque não arriscaria o nome da escola. Minerva tão pouco. – disse Sophie.
– Sirius é fugitivo de Azkaban, não colocaria sua liberdade em jogo, e Pettigrew está teoricamente morto, não pode simplesmente aparecer e conversar com uma jornalista... – argumentou Alessa.
– E Lupin... Bom, eu duvido que ele falaria qualquer coisa que te prejudicasse...
– E isso nos deixa sem saída! Se quem sabe não abriu a boca, quem foi? Como aquela bruxa da Skeeter descobriu que sou filha do Snape e irmã do Harry?! Ela não pode simplesmente ter olhado na minha cara e dito “Ela é filha do Severo”. É impossível!! – exclamei.
– Bom, vamos às informações... Para saber esses detalhes, alguém com certeza deu à ela a história... As pessoas que sabem vivem em Hogwarts, logo, nós conhecemos...
– O artigo te descreve como extremamente explosiva e impulsiva, garota insolente e atrevida, menina prodígio, recordista em detenções no primeiro bimestre de aulas... princesinha mestiça... – Alessa demonstrou sinais de que estava começando a entender, assim como eu.
– Só uma pessoa me chama de garota insolente e princesinha mestiça... – falei incrédula.
– O Malfoy? Mas ele não sabe quem você é... Ou sabe? – disse Mary.
– As pessoas que sabem não contaram... Logo, alguém descobriu... – raciocinei
– Mas para descobrir algo assim tem que ter no mínimo alguma suspeita... E para isso... – sugeriu Sophie.
– Ele deveria ter ouvido alguma coisa! – completou Mary.
– Nos últimos dias eu sinto como se estivesse sendo observada o tempo todo... Mas nunca tinha alguém por perto...
– É isso! O idiota do Malfoy deve ter ouvido alguma conversa sua, ficou curioso, investigou e descobriu! Depois entregou tudo de bandeja para a Skeeter! – completou Alessa.
– Mas quais seriam os motivos? – indagou Sophie.
– E desde quando ele precisa de motivos para humilhar alguém? – ironizou Mary.
– Eu sei por quê... – falei – Ele nunca pegou detenção por algum erro dele... E da última vez que duelamos ele ficou logo de 3 meses com o Snape! Além, é claro, de ter sido massacrado por mim na frente dos alunos, dos professores e dos diretores de Beauxbatons e Durmstrang...
– Pensando bem... Desde aquele dia ele não implica tanto com você... Eu diria até que ele exibe um sorriso irônico de orelha à orelha... É como se ele estivesse se vangloriando por algo... – observou Alessa.
– E essa é a oportunidade perfeita para se vingar de você! Além de expor para todo mundo seu parentesco com o Snape, de quebra “sujou” o nome do Harry usando a Lillian... Afinal, no artigo diz apenas que ela te abandonou num orfanato... – falou Mary.
– Com isso ele cria um caos, coloca você, o Snape e o Harry na linha de fogo e ainda sai ileso... – disse Sophie.
– Que filho da...
– Mas como vamos provar? – disse Mary antes que Alessa terminasse a frase.
– Pelo enorme ego que ele tem. – sorri
– Oh não... Eu conheço esse olhar... O que vai aprontar? – perguntou-me uma Alessa extremamente travessa.
– Vou apenas insinuar que ele entregou tudo, fingir que já sei como, quando e onde... Depois de uma pequena discussão ele acaba falando...
– Ele precisa se vangloriar de sua “vitória”... E esse será seu grande erro – sorriu Mary.
– Ótimo, temos um plano. Mas antes... – começou Sophie.
– O que você vai fazer agora? – perguntou-me Alessa.
É incrível como nós quatro completamos o pensamento uma das outras...
– Bom, não vou fugir como da primeira vez... Muito menos ficar acanhada e demonstrar medo. – falei segura me mim – Vamos voltar para aquele salão agora de cabeça levantada! Vou ignorar cada comentário e mostrar que sou superior às fofocas... Ninguém vai me tirar do sério hoje... – sorri.
– É isso aí! – concordou Mary – Então vamos que estou faminta!!
– E quando não está? – falaram Alessa e Sophie ao mesmo tempo, rindo.
Logo saímos do quarto e nos dirigimos aos corredores, todas rindo e conversando.
– Sabe... Agora que eu me toquei... Somos praticamente a elite da escola! – brincou Alessa ao meu lado
– Por quê? – perguntou Sophie.
– Minha irmã é a melhor e mais conceituada advogada do mundo bruxo, o pai da Sophie é um dos maiores aurores da nossa época, assim como sua parceira, a mãe da Mary. A mãe da Sophie e o pai da Mary trabalham no Ministério e são praticamente braços direitos do Ministro da Magia... Depois da Dolores Umbridge são eles quem mandam – riu – E você – disse apontando para mim – É a filha de um dos mais conhecidos professores de Hogwarts e tem como madrinha Minerva McGonagall, vice-diretora da maior e melhor escola de Magia e Bruxaria! – riu assim que entramos no salão.
– Nossa... Só agora que eu percebi! – comentou Sophie inocentemente, fazendo-nos rir abertamente.
Por todo o salão as pessoas me encaravam como se eu fosse uma aberração, mas, como havia decidido, ignorei todos e dirigi-me para o meu lugar. Na mesa dos professores Snape parecia extremamente tenso, como se estivesse esperando por algo. Dumbledore, como sempre, sorria ternamente.
– Violet, é verdade o que diz aqui? – perguntou-me Harry com o jornal em mãos.
– Harry, aqui não é lugar para falar sobre isso... Depois das aulas conversamos sim? – falei animadamente enquanto pegava um pedaço e pão para comer. – Alessa, me passa a geleia, por favor.
O restante do dia foi, na medida do possível, normal. Os alunos ainda comentavam, mas todos os professores pareciam estar dispostos a acabar com qualquer gracinha dentro da sala de aula. Logo depois do jantar Harry me procurou.
– E então... É verdade?
– Boa noite para você também... – ironizei.
– Violet, não estou para brincadeiras... É verdade o que diz esse artigo? – perguntou um tanto desesperado.
Em seu rosto era clara a dúvida e a confusão... Certamente desejava mais que tudo que fosse mentira.
– Sim, é verdade... – assumi.
– Por que não me contou antes? Suas amigas, a Luna... Até a Hermione já sabia!! Poxa Violet, sou seu irmão!
– Primeiro, sei muito bem que você não gosta dele... Na verdade, até apostaria que o odeia! Segundo, nós estamos brigados não estamos?
– Eu pedi tanto que você me contasse quem era seu pai...
– Ele me contou tudo na noite em que Pettigrew fugiu, mas só conversamos e nos acertamos nas férias, mais especificamente depois do episódio da Copa de Quadribol. E ainda não estamos 100%, alguns detalhes precisam ser resolvidos... Acho que a ficha dele ainda não caiu totalmente...
– E teimosos do jeito que vocês são, com certeza não dão o braço à torcer não é? – debochou.
– Harry Potter, é impressão à minha ou o senhor está sorrindo? – brinquei – Não está com raiva por eu ser filha dele?
– Raiva não... Talvez frustração... Com tantos homens no mundo nossa mãe ficou justo com ele? – debochou novamente. – Mas enfim... Ele é o seu pai, e não posso fazer nada sobre isso a não ser desejar boa sorte... – suspirou.
– Obrigada.
– Eu... Eu também pensei bastante e decidi que... – Harry estava claramente nervoso.
– Decidiu que...?
– Me desculpe, exagerei um pouco nos cuidados... – admitiu – Mas é que nunca tive uma família que gostasse de mim, e agora que descobri uma irmã, quero que sejamos realmente uma família... – sorriu. – Me perdoa?
– Nunca mais faça isso... Entendeu Sr. Potter? – brinquei.
– Sim senhora! – debochou, puxando-me para um abraço – Mas e então... O que pretende fazer?
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Finalmente o Harry admitiu o erro não?? E agora, como será que as coisas ficarão depois dessa "bomba"?
Muitos apostaram que a Skeeter é quem estava espionando o Snape e a Violet... Surpreendi não é??
Agora um agradecimento especial... NathaliaLopezlobo, muito obrigada pela recomendação, fiquei extremamente feliz!!! Adorei cada palavra que disse sobre a fic!!
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Cenas do próximo capítulo:
"Capítulo 6 Please, Come Back For Me"
(...)
— Para de enrolar Sophie, se demorar muito conto eu - disse Mary.
— Tá, tudo bem! Bom, você sabe que, desde aquele artigo, as pessoas ficam cochichando pelos cantos, já ouvi tantas hipóteses envolvendo você e o Snape que até perdi a conta... - riu - Mas enfim... Ontem, justo na aula de poções, Pansy Parkinson perguntou diretamente a ele.
— Ela o quê?! - exclamei.
— Inicialmente ele disse "Creio que esse assunto não lhe diz respeito Srta. Parkinson". Mas depois os alunos começaram a cochichar mais...
— E ele estourou. - completou Alessa já impaciente. - Ele disse: "Vocês querem saber a verdade? Pois bem, lhes darei a verdade", aí encarou a Pansy com uma cara de ódio, que até eu fiquei com medo, e falou: (...)
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*o* O que será que ele fez??? Não percam o próximo capítulo... Está muito bom!! :D
Bjjss!! E não deixem de comentar!!