My Little Gift ('The Orphan' - Season 2) escrita por Stéfane Franco


Capítulo 6
Capítulo 5 – The Fourth Champion


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde!!!



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Capítulo 5 – The Fourth Champion

“A Quarta Campeã”

– Violet –

Todos no salão viraram seus rostos em minha direção. Eu não conseguia me mover, não sabia o que falar ou o que fazer.

Não... Isso só pode ser brincadeira... Como... O quê... Mas que droga, isso não tem graça!

Snape e Minerva levantaram-se imediatamente, ambos assustados e extremamente preocupados. A máscara de indiferença de Severo caiu no exato momento que meu nome foi chamado. Todos me encaravam e um burburinho maldoso começou a tomar conta do salão.

– Violet Prince! – tornou o diretor a chamar – Violet, por favor! – chamou-me, indicando a saleta atrás da mesa.

– Vai logo – sussurrou Alessa ao meu lado, também preocupada.

Levantei-me calmamente e caminhei até Dumbledore, que olhava-me extremamente confuso e irritado ao mesmo tempo.

Quando passei pela mesa percebi os olhares de todos os professores sobre mim, sendo os mais intensos os de Snape e Minerva. Passei pela porta e encontrei-me num pequeno quarto com suas paredes repletas por retratos, a lareira trazia um belo e forte fogo, que aquecia a todos.

Vitor Krum estava apoiado numa das mesas de madeira com o semblante preocupado, Cedrico Diggory observava as chamas da lareira, assim como Fleur Delacour. Nenhum deles percebeu minha entrada até que Ludo Bagman adentrou a sala, segurou-me pelo braço e levou-me até os outros.

– Extraordinário! – murmurou ele – Absolutamente extraordinário! Senhores... senhora... Gostaria de lhes apresentar, por mais incrível que possa parecer, a quarta campeã do Torneio Tribuxo. – exclamou.

Meu rosto incendiou-se imediatamente. Vitor me encarava carrancudo e divertido ao mesmo tempo, Cedrico estupefato e Fleur com extrema indiferença.

– Grande piada, Senhor Bagman – disse ela com seu sotaque francês carregado.

– Piada? – repetiu ele confuso – Não, não, não é piada! O nome dessa mocinha acabara de sair do Cálice de Fogo!

– Mas evidentemente houve um engano! Ela não pode competir... É jovem demais... – falou com desdém.

Será que sou jovem demais para deixar uma marca roxa nesse rosto de patricinha?!

– Bom... É surpreendente... Mas, como sabem, o limite de idade só foi imposto este ano como medida suplementar de precaução. E como o nome dela saiu do Cálice de Fogo... quero dizer, acho que...

Nesse momento a porta foi aberta, dando espaço para um numeroso grupo de pessoas: Dumbledore, Sr. Crouch, Karkaroff, Madame Maxime, Minerva e Snape.

– Madame Maxime! – chamou Fleur no mesmo instante indo ao encontro de sua diretora – Eston dizando que essa garrotinha vai competirr tambá!

– Garotinha? – perguntei incrédula.

– Que significa isso, Dumbledore? – perguntou imperiosamente – Dois campeões de Hogwarts? Não me lembro de ninguém ter me dito que a escola que sediasse o torneio poderia ter dois campeões, ou será que não li o regulamento com devida atenção? Impossível! Hogwarts não pode ter dois campeões!

– Tivemos a impressão de que a sua linha etária deixaria de fora os competidores mais jovens, Dumbledore – disse Karkaroff – Do contrário, teríamos, naturalmente, trazido uma seleção de candidatos mais ampla de nossas escolas.

– Não culpe Dumbledore pela determinação da Srta. Prince em desobedecer regras.

– Espera, eu o que?! – perguntei incrédula.

Como ele fala assim comigo??

Dumbledore olhou-me profundamente, como se quisesse ver por meus olhos.

– Você depositou seu nome no Cálice de Fogo, Violet? – perguntou-me o diretor.

– Não – respondi com extrema segurança.

– Pediu a um estudante mais velho para depositá-lo no Cálice para você? – tornou a perguntar-me.

– É claro que não! Posso ser propensa a quebrar regras, mas não sou louca a ponto de fazer algo assim – rosnei diretamente à Snape, que mantinha um olhar culpado sobre mim.

– Mas é claro que ela está mentindo! – exclamou Maxime.

– Ela não poderia ter atravessado a linha etária... Tenho certeza de que todos concordamos com isso... – interveio Minerva.

– Dumbledore deve ter se enganado ao desenhar a linha... – insinuou Maxime.

– É perfeitamente possível – disse Dumbledore polidamente.

– Dumbledore, você sabe muito bem que não se enganou! – exclamou Minerva, aborrecida – Francamente, que tolice! Violet não poderia ter cruzado a linha pessoalmente, e tenho plena confiança de que não pediu a um aluno mais velho a fazer isso por ela, decerto isto deveria bastar para todos nós! – falou ela, extremamente irritada, dirigindo seu olhar severo à Snape.

– Sr. Crouch... Sr. Bagman – começou Karkaroff – Os senhores são nossos juízes objetivos. Certamente os senhores concordarão que isto é extremamente irregular?

Fleur e Maxime encaravam-me com tamanha soberba e superioridade, que adquiri raiva de ambas instantaneamente.

– Mas eu... – tentei, logo em seguida interrompida pelo Sr. Crouch.

– Devemos obedecer ao regulamento, e ele diz claramente que as pessoas cujos nomes saírem do Cálice de Fogo devem competir no torneio.

– Eu insisto em tornar a submeter os nomes do restante de meus alunos. Vocês prepararão novamente o Cálice e continuaremos a depositar nomes até cada escola ter dois campeões. Seria o justo, Dumbledore. – insistiu Karkaroff, que mantinha uma expressão extremamente raivosa.

– Mas Karkaroff, a coisa não funciona assim – comentou Bagman – O Cálice de Fogo se apagou, e não voltará a arder até o início do próximo torneio...

– ... no qual Durmstrang certamente não participará. Depois de todas as negociações e reuniões, tantos compromissos, não esperava que algo assim acontecesse! É ultrajante! Tenho até vontade de me retirar agora mesmo! – exclamou Karkaroff indignado.

– Eu... – tentei novamente.

– Uma ameaça inútil, Karkaroff – rosnou Moody próximo à porta – Você não pode abandonar seu campeão agora. Ele tem que competir, todos têm que competir. Um ato contratual mágico, conforme disse Dumbledore. Conveniente, não é mesmo? – disse ele mancando para dento da sala ameaçadoramente.

– Conveniente?

– É muito simples Karkaroff. Alguém depositou o nome dela naquele cálice sabendo que a garota teria que competir se saísse seu nome.

– Mas... – novamente fui interrompida.

– Evidentemente alguém queria dar uma chance à mais para Hogwarts! – reclamou Maxime.

– Eu concordo Madame Maxime – concordou Karkaroff – Vou reclamar com o Ministério da Magia e a Confederação Internacional dos Bruxos...

– Se alguém tem razão para reclamar é a Prince. – rosnou Moody – Mas... O que é engraçado... Não estou ouvindo ela dizer uma única palavra...

– É claro, eu...

– Por que ela iria reclamar? Ela tem a chance de competir não é? Durante semanas vivemos a esperança de ser escolhidos! A honra de nossas escolas! Mil galeões de prêmio, é uma chance pela qual muitos morreriam!

– Talvez alguém tenha esperança de que Violet morra – disse Moody com um leve sorriso.

– Como é?! – finalmente consegui falar.

– Moody, isso não é coisa que se diga! – repreendeu-o Crunch.

– Parece que alguém ficou com medo... – debochou Vitor Krum.

– Cala essa boca Krum! – retruquei.

– Por favor, vocês dois... – pediu Dumbledore. – Como foi que essa situação surgiu, não sabemos. Parece-me, no entanto, que não temos alternativa alguma senão aceitá-la. Os dois, Cedrico e Violet, foram escolhidos para competir no torneio, e é o que farão.

– Bom, vamos agilizar isso, então? – disse Bagman, aparentemente excitado – Temos que dar nossas instruções aos campeões não é mesmo? Bartô, quer fazer as honras da casa?

– Sim, é claro... – suspirou – A primeira tarefa destina-se a testar o arrojo dos campeões, por isso não vamos lhes dizer qual é. A coragem diante do desconhecido é uma importante qualidade num bruxo... A primeira tarefa se realizará em 24 de novembro, perante os demais alunos e a banca de juízes. É proibido aos campeões pedirem aos seus professores, ou aceitarem deles, ajuda de qualquer tipo para realizar as tarefas do torneio. Os campeões enfrentarão o primeiro desafio apenas armados de varinhas. Receberão informações sobre a segunda tarefa quando a primeira estiver concluída. Por força da natureza árdua e demorada do torneio, os campeões estão dispensados dos exames do fim do ano letivo. Acho que é isso não é Alvo?

– Acho que sim. Prof Karkaroff, Madame Maxime, um último drinque antes de nos recolhermos? – disse Dumbledore.

Entretanto, Maxime e Fleur já saíam da sala, conversando rapidamente em francês. Karkaroff fez sinal à Vitor e eles, também agitados, saíram em silêncio.

– Violet, Cedrico, sugiro que vocês vão se deitar – falou Dumbledore sorrindo – Tenho certeza de que Sonserina e Lufa-Lufa estão aguardando vocês para comemorar, e seria uma pena privá-los dessa chance de fazer barulho e confusão – riu.

– Professor Dumbledore, eu não...

– Não se preocupe Sra. Prince, eu acredito na senhorita – sorriu ternamente.

– Obrigada... Com licença. – falei, seguindo Cedrico através da porta sem ao menos olhar para Snape.

Como ele pode?! Minerva e Dumbledore acreditaram em mim, e ele que é meu pai praticamente condenou-me!

O Salão Principal estava totalmente vazio, todas as velas apagadas e um profundo silêncio reinava.

– Então... Violet... – disse Cedrico assim que chegamos ao saguão de entrada – Pode dizer a verdade, como foi que você conseguiu inscrever seu nome?

– Eu já disse que não fui eu. – falei ríspida, ainda confusa pelo que acabara de acontecer.

– Então tá... – disse descrente – Boa noite Violet, até amanhã! – gritou enquanto subia as escadas.

– Droga! – sussurrei, descendo as escadas até a masmorra onde ficava meu quarto.

Quem teria feito algo assim? Poderia ser apenas uma brincadeira de algum aluno mais velho... Não, eles não desperdiçariam uma chance dessas comigo! Será que Moody está certo em dizer que alguém me quer morta? Ou querem que eu pague o maior mico da história? Mas isso não faz o menor sentido!

– Meus parabéns Srta. Prince, parece que finalmente a Sonserina será reconhecida por algo que não sejam as trevas... – disse-me o quadro da entrada do dormitório. – Foi muito astuta em se inscrever... Fico me perguntando como conseguiu...?

– Eu não me inscrevi! – repeti. – Sangue-puro. – disse a senha.

Assim que entrei encontrei quase todos os alunos da Sonserina e de Durmstrang no Salão Comunal. Alessa foi a primeira a me ver, seguida pelas meninas.

– Quebrando as regras de novo Prince? – ironizou Draco.

– Não se mete Malfoy! – rosnei.

– Rápido, tragam o caderno de autógrafos! Duvido que essa daí dure um dia! Metade dos campeões do Torneio Tribuxo morreu... Quanto tempo você acha que vai durar Prince? – debochou ele.

– Talvez o suficiente para acabar com a sua raça seu loiro ensebado! – tentei atacá-lo, porém, Vitor Krum segurou-me antes.

– Me solta! – gritei furiosa.

– Por que não disse que tinha se inscrito? – perguntou Mary calmamente.

– Porque eu não me inscrevi – repeti.

– Conta outra Prince! – ironizou Malfoy.

– Cala essa boca podre Malfoy! – gritei. – Será que dá para parar de perturbar pelo menos uma vez?!

– Alguém ficou bem nervosa... – riu Vitor.

– E você Vitor, não se meta no meu caminho! – avisei. – Estou cansada, vou dormir... – avisei a todos, subindo para meu quarto e jogando-me na cama.

– Violet... – disse Alessa segundos depois abrindo a porta.

– Se você veio para me condenar, pode dar meia volta...

– Não, eu acredito em você... – disse ela, sentando-se ao meu lado – O que aconteceu? – perguntou preocupada.


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Notas finais do capítulo

E então??

Quem vocês acham que vai acreditar nela?
Será que as consequências de uma Sonserina ser escolhida são maiores que as de um Grifinório??

Próximo capítulo: "The Fight"
O título é bem sugestivo não?? Quem será que vai brigar e por que??

Como fiz no capítulo anterior, aqui está um trechinho do próximo:
"- O que... apareceram Minerva e Snape, que estagnaram ao ver a cena à sua frente."

*o*

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