My Little Gift ('The Orphan' - Season 2) escrita por Stéfane Franco


Capítulo 4
Capítulo 3 – The Unforgivable Curses


Notas iniciais do capítulo

Heyyy!! Fiquei triste de ver que, dentre 26 leitores, apenas 3 comentaram o último capítulo...



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Capítulo 3 – The Unforgivable Curses

“As Maldições Imperdoáveis”

- Violet – 10 de setembro de 1994 –

- Violet, o que aconteceu entre você e o Harry? – perguntou-me Sophie alguns dias depois.

- Vocês mal se falam... – comentou Mary.

- Ele quer controlar a minha vida, mesmo não tendo direito algum...

- Mas ele é seu irmão...

- Mas eu sou a mais velha! Ele não é meu pai para querer controlar onde fui e com quem fui. Harry se recusa a pedir desculpas e desde então não estamos nos falando... Meu aniversário foi apenas um “momento de fraqueza”...

- Meninas! Vocês precisam ver isso! Venham! – gritou Alessa no corredor.

Eu, Mary e Sophie corremos à ruivinha até chegarmos nos jardins de Hogwarts, onde uma doninha era levitada pelo professor de DCAT.

- Nunca...mais...torne...a fazer...isso... – dizia ele, destacando cada palavra para a doninha que batia no piso de pedra e tornava a subir.

- Ele está brigando com uma doninha? – ri

- Prof Moody! – exclamou Minerva, que descia as escadarias com livros nos braços.

- Olá Profª McGonagall – cumprimentou ele calmamente, fazendo a doninha quicar ainda mais alto.

- Que... O que o senhor está fazendo? – perguntou a professora, seguindo com o olhar os movimentos do animalzinho no ar.

- Ensinando – respondeu ele.

- Ensinan... Moody, isso é um aluno?! – gritou Minerva, os livros despencando de seus braços.

Por Merlin!Agora ela tem um infarto!

- Sim.

- Não! – exclamou ela, aproximando-se rapidamente e puxando a própria varinha.

Um momento depois Draco Malfoy apareceu, caído embolado no chão com uma expressão de terror e vergonha em seu rosto.

- Malfoy?! – exclamei surpresa com um sorriso no rosto.

- Moody, nunca usamos transformações em castigos! – repreendeu ela. – Certamente o Prof Dumbledore lhe disse?

- É... Talvez ele tenha comentado algo... Só pensei que um choque seria...

- Para isso temos detenções! Ou falamos com o diretor da casa do faltoso!

- Vou fazer isso imediatamente! Imagino que o diretor de sua casa seja o Snape certo? – perguntou a um Malfoy humilhado.

- Sim. – respondeu friamente.

- Hmm... Um velho amigo... – falou Moody. – Vamos – disse ele pegando o colarinho da blusa do Malfoy e levando para dentro.

Minerva o acompanhou com os olhos e, apenas em um movimento, os livros voltaram para seus braços e logo entrou novamente.

- Isso foi incrível! Moody com certeza ganhou pontos comigo por isso... – riu Alessa.

Pelo restante da manhã não se falava em outra coisa a não ser “Draco Malfoy, a fantástica doninha quicante”. Durante o almoço não resisti e fui até ele.

- Olá Draquinho! – exclamei com um biquinho fofo

- O que você quer Prince? – perguntou entediado.

- Só queria te fazer uma pergunta... – falei inocentemente – Como é ser um animal pequeno e indefeso sob as garras de um gavião?

Todos que estavam por perto riram, Alessa gargalhava e Draco ficou vermelho imediatamente.

- Talvez eu deva te transformar em um! – reclamou ele.

- Ah não, não se incomode Draquinho... Se eu precisar peço ao Prof Moody. – ri, voltando para o meu lugar.

- Meninas, sabem de uma coisa? – começou Sophie – Hoje tem aula de DCAT... Com a Grifinória!

- Finalmente teremos aula com ele! – exclamou Mary – Estou muito curiosa para saber se ele é melhor que o Lupin ou tão bom quanto dizem...

Os alunos estavam tão eufóricos com a primeira aula do Moody que, assim que terminaram o almoço, fizeram fila em frente à porta da sala.

- Vamos, temos que conseguir bons lugares! – exclamou Alessa enquanto corríamos até a classe.

Assim que entramos passamos à frente de alguns grifinórios e nos sentamos na segunda fileira de carteiras. Em poucos minutos ele apareceu, o som metálico rangendo contra o chão.

Moody parecia ainda mais assustador que da última vez.

- Certo então... – começou ele após fazer a chamada – Tenho uma carta do Prof Lupin sobre esta turma. Parece que vocês receberam um bom embasamento para enfrentar criaturas das trevas, estudaram bichos-papões, barretes vermelhos, hinkypunks, grindylows, kappas e lobisomens, correto? – todos concordaram – Mas estão atrasados, muito atrasados, em maldições. Então, estou aqui para pôr vocês em dia com o que os bruxos podem fazer uns aos outros. – completou. – Então, vamos direto ao assunto. Maldições. Elas têm variados graus de força e forma.

- Isso será interessante... – sussurrou Alessa ao meu lado.

- Segundo o Ministério da Magia, eu devo ensinar a vocês as contramaldições e parar por aí. As maldições ilegais seriam apenas a partir do sexto ano. Mas o Prof Dumbledore tem uma opinião mais favorável e acha que vocês podem aprendê-las, e eu digo que quanto mais souberem o que vão enfrentar, melhor. Como vão se defender de uma coisa que nunca viram? Um bruxo que pretenda lançar uma maldição ilegal sobre vocês não vai avisar, muito menos lançá-la de forma suave e educada. Vocês precisam estar preparados. Precisam estar alertas e vigilantes. A senhorita deveria guardar isso, Srta. Brown, enquanto eu estiver falando.

Ele parece enxergar muito melhor que os outros professores...

- Então... Algum de vocês sabe quais maldições são mais severamente punidas pelas leis da magia? – perguntou ele.

Vários braços foram estendidos hesitantemente, porém, Moody indicou que Alessa respondesse.

- Minha irmã me disse algo sobre uma delas há um tempo... Maldição Imperius, correto?

- Ah sim... – Moody pareceu satisfeito – Sua Irma é Julianne Chambers não é? Grande advogada... Ela deveria mesmo conhecer essa.

Moody abriu a gaveta da escrivaninha e tirou um frasco de vidro com três enormes aranhas negras.

Alessa estava certa. Isso será muito interessante!

Ele meteu a mão dentro do frasco, apanhou uma das aranhas e segurou-a na palma de sua mão. Apontou então a varinha para o inseto e murmurou “Imperius!”. A aranha saltou de sua mão para um fino fio de seda e começou a se balançar furiosamente, esticando as pernas e obedecendo cada comando de sua varinha. Todos riram, menos o professor.

- Acham engraçado não é? – rosnou – Gostariam se eu fizesse isso com vocês? – todos pararam imediatamente.

Bando de covardes...

- Há alguns anos, havia muitos bruxos e bruxas controlados pela Maldição Imperius. Foi uma trabalheira para o Ministério separar quem estava sendo forçado a agir de quem agia por vontade própria. Creio que sua irmã se lembra Srta. Chambers. – Alessa acenou – A Maldição Imperius pode ser neutralizada, e vou lhes mostrar como, mas é preciso força de caráter real e nem todos a possuem. Por isso é melhor evitar ser amaldiçoado com ela se puderem. VIGILÂNCIA CONSTANTE! – gritou, assustando alguns alunos – Mais alguém conhece outra maldição ilegal?

Algumas mãos se levantaram, inclusive Sophie e Mary. Os pais delas são aurores, é óbvio que elas saberiam. Para a surpresa de todos, Neville também se ofereceu.

- Longbottom? – perguntou Moody encarando-o

- Maldição Cruciatus – respondeu Neville, numa fraca voz.

Moody devolveu a aranha de antes ao vidro e pegou outra. Usando o feitiço “Engorgio”, fez com que o pequeno animal triplicasse de tamanho. Colocando-a sobre a mesa do garoto, murmurou o feitiço.

- Crucio!

Imediatamente as pernas da aranha dobraram-se sob o corpo, fazendo-a virar de barriga para cima e contorcer-se horrivelmente, balançando de um lado para o outro. Neville se agarrava à cadeira, sua pele branca como um fantasma e seus olhos arregalados e horrorizados.

Como ele pode fazer algo assim com um aluno?

- Pare com isso! – gritou Sophie antes que Hermione pudesse abrir a boca.

Moody levantou seus olhos e assim que percebeu o estado de Neville ergueu sua varinha e interrompeu o feitiço.

- Reducio – murmurou ele, fazendo com que a aranha voltasse ao tamanho real. – Dor. Não é preciso facas ou armas para torturar alguém quando se é capaz de lançar a Maldição Cruciatus... Ela também já foi muito popular. – parou – Certo... Mais alguém conhece alguma?

Finalmente chegou à parte interessante!

- Sim? – perguntou ele assim que viu minha mão levantada.

- Avada Kedavra. – respondi calmamente.

- Ah... A última e pior delas. A Maldição da Morte. – murmurou ele enquanto pegava a terceira aranha do frasco e a colocava sobre a mesa. Instintivamente, o pequeno inseto começou a correr, porém, Moody ergueu sua varinha.

Não... Ele não vai fazer isso aqui, vai?

- Avada Kedavra! – gritou

Um relâmpago de ofuscante luz verde saiu de sua varinha e atingiu a aranha, que caiu sem uma única marca, mas inconfundivelmente morta. Varias alunas abafaram gritinhos, inclusive Sophie, que aproximou seu rosto no ombro de Mary. Moody empurrou a aranha morta para fora da mesa e continuou.

- Nada agradável... E não existe contramaldição, não há como bloqueá-la. Somente uma pessoa no mundo já sobreviveu a ela e está sentada bem aqui na minha frente.

Harry.

Então um pensamento veio à minha cabeça... Líllian.

Ela fora morta exatamente como a pequena aranha caída ao chão. Será que ela foi assassinada friamente? Será que viu a luz verde chegando? Uma lágrima solitária escapou de meus olhos, porém, limpei-a rapidamente assim que o professor me encarou.

- Esta é uma maldição que exige magia poderosa para lançá-la. Vocês podem apanhar as varinhas agora, apontá-las para mim e dizer as palavras, mas duvido que consigam sequer que meu nariz sangre. Mas isto não importa. Não estou aqui para ensiná-los a lançá-la.

Tia Bella sempre me disse que sou muito poderosa... Já consegui lançar Imperius e Cruciatus perfeitamente, por que não conseguiria a Maldição da Morte?

- Ora, se não há uma contramaldição, por que estou lhes mostrando essa maldição? Porque vocês precisam conhecê-la, têm que reconhecer o pior. Vocês não querem se colocar em uma situação em que precisem enfrentá-la. VIGILÂNCIA CONSTANTE! – gritou novamente – Agora... Essas três maldições... Avada Kedavra, Imperius e Cruciatus, são conhecidas como As Maldições Imperdoáveis. O uso de qualquer uma delas em um humano é o suficiente para ganharem uma pena de prisão perpétua em Azkaban.  É isso que preciso lhes ensinar a combater, vocês precisam estar preparados, precisam de armas, mas acima de tudo, precisam praticar uma vigilância constante, permanente. Apanhem suas penas e copiem o que vou ditar...

Passamos o resto da aula anotando detalhes sobre as maldições imperdoáveis. Ninguém falou até a sineta tocar.

- Essa foi com certeza a melhor aula que já tive! – exclamou Alessa com um enorme sorriso no rosto depois da aula.


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Notas finais do capítulo

Eu sei... Não ficou muito grande, mas no próximo as coisas começam a esquentar....

Capítulo 4 - Triwizard Tournament!!!

Nesse capítulo já comecei a trabalhar com os pais das meninas, mas como foi apenas uma"apresentação", tem muito pela frente...

Lembrem-se: comentários me deixam muito feliz e extremamente tentada à postar o próximo capítulo.

Falando nisso... Aqui vai uma pequena prévia do que está por vir:

" (...) - Não se preocupe... Pessoas brutas têm a tendência a não olharem por onde andam... Principalmente quando são esnobes o bastante para não abaixarem o nariz um pouco... sorri ironicamente. (...)"

Até o próximo!!!