My Little Gift ('The Orphan' - Season 2) escrita por Stéfane Franco


Capítulo 27
Capítulo 26 – What About Me?


Notas iniciais do capítulo

Vamos ao último antes do prólogo??? Que triste... Acabou tão rápido... :(
Bom, espero que gostem desse capítulo... Me diverti bastante com a parte do Moody/Violet...



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Capítulo 26 – What About Me?

“E quanto à mim?”

– Violet –

Era mais um dia de verão e todos os alunos do quarto ano aguardavam no saguão de entrada lotado as carruagens que nos levaria à estação de Hogsmead.

O clima ainda era de tristeza, tanto pela perda de Cedrico quanto pelas despedidas, afinal, mais um ano acabava. Conheci pessoas maravilhosas, tive oportunidades incríveis e experiências que levaria para a vida toda, no entanto, o preço cobrado foi alto demais. Vi Cedrico ser assassinado na minha frente, vi o Lord das Trevas ressurgir e fiz parte disso.

Mesmo que as meninas dissessem o contrário, me sentia extremamente culpada.

Por todos os cantos os alunos se despediam e choravam. Os professores, por sua vez, apenas observavam, ou, assim como McGonagall, sorriam para as crianças que em breve encontrariam os pais.

Fleur entrava rapidamente no salão atrás da irmã Gabrielle, que corria na minha direção. Eu já sabia o que ela queria e abaixei-me de modo que a recebi nos braços, ajoelhada.

– Vou sentir saudade... – disse ela enquanto me abraçava.

Não sei porque, mas eu tinha uma facilidade incrível com crianças.

– Eu também princesa... – respondi.

– Ela está agitada hoje... – explicou Fleur aproximando-se sem graça.

– Imagino... – sorri para a menina.

– Eu gostaria de agradecê-la mais uma vez... – começou Fleur

– Não precisa... Eu fiz o que achei que era certo... – respondi levantando-me com a garota no colo

– Mesmo assim, obrigada. – falou sorrindo – Vamos Gabrielle? Madame Maxime está nos esperando...

– Não se esqueça de mim... – disse à garotinha antes de beijá-la e pô-la no chão.

– Nos veremos outra vez, espero... – falou abraçando-me – Adeus Violet, foi um prazer conhecê-la...

– Digo o mesmo... – sorri vendo-as se afastar.

– O que você tem com as crianças? – perguntou Alessa ao meu lado – Elas te adoram!

– Acho que é natural... – virei-me.

– Então volte a ser natural porque outro baixinho está chegando... – apontou para minhas costas – Volto depois... – sorriu maliciosamente.

– Palhaça! Vai ter troco hein! – gritei enquanto a ruivinha se afastava.

– Arranjando encrenca logo cedo? – perguntou uma voz infantil atrás de mim.

– Eu?! – fingi-me de ofendida – Mas eu sou um anjo...

– Só se for de aparência... – respondeu David.

– Vitor! Influenciar o garoto desse jeito é feio sabia? – debochei abaixando-me novamente.

– É apenas a constatação da verdade... – respondeu o garoto fazendo-nos rir.

– Você vai ficar parado aí ou vai me abraçar logo? – perguntei – Posso ter cara feia, mas não mordo não...

– Você não tem cara feia... – respondeu David abraçando-me envergonhado – Meu irmão sempre diz que você é muito bonita... – sussurrou deixando-me vermelha.

– E você não é de se jogar fora... – brinquei tentando contornar a situação.

– Adeus Violet... – disse ele.

– Como assim adeus? Nem pensar! Pode me prometer que vai me mandar cartas e, quem sabe, vir me visitar... – falei autoritariamente – Ouviu Sr. Krum II?

– Sim senhora! – falou batendo em continência.

– David, é melhor você ir logo, nossos amigos estão esperando... Pode ir que já vou... – mandou Vitor para o pequeno.

– Até depois Violet! – gritou correndo na direção contrária assim que Vitor ajudou-me a levantar.

– O mesmo vale para você! – mandei

– Sim senhora... – falou calmamente. – Vou sentir sua falta... É a primeira garota que conseguiu se aproximar desse grandão aqui e fazer amizade...

– Eu tenho meus dotes... – gabei-me.

– Claro que tem – respondeu mais numa afirmativa que numa ironia, deixando-me vermelha – Agora eu preciso ir...

– Faça uma boa viagem... E não se esqueça de mim colega! – brinquei assim que Vitor puxou-me para um abraço de urso.

– Impossível esquecer... – sussurrou no meu ouvido – Boa sorte com toda essa história... Você vai superar, sei que vai... – sorriu soltando-me.

– Obrigada... Te vejo depois Vitor...

– Te vejo depois baixinha...

Vitor beijou minha bochecha e afastou-se. Assim que voltou seu rosto na minha direção, acenou e juntou-se aos amigos.

– Você precisa me ensinar a fazer isso... – comentou Alessa ao lado das meninas.

– Fazer o quê?

– Deixar os homens babando desse jeito... – respondeu Mary

– Parem de besteira vocês três! Somos apenas amigos!

– Amigos que dão presentes como trufas raras, rosas VERMELHAS... Que apresenta a família para o outro... – insinuou Sophie – São amigos por enquanto.

Sua última frase fez meu rosto ferver, situação frequente nos últimos dias.

– Ohhh ela corou! – exclamou Alessa puxando-me para um abraço – Que lindo!!! Nunca pensei que iria viver para ver essa cena... – debochou. – O Snape parecia que iria voar no pescoço do Vitor a qualquer momento... – riu. – Mary, já ouviu essa música: “Well who'd have thought? Well bless my soul”…? - cantou.

Well who'd have guested they'd come together on their own? – continuou Mary.

It's so peculiar – cantou Sophie - We'll wait and see, a few days more

There maybe something there that wasn't there before.... – terminou Alessa.

– O que foi isso? – perguntei envergonhada com os olhares que se dirigiam à nos depois do “show”.

– É uma música de um filme trouxa... “A Bela e a Fera”, conhece? – brincou Alessa.

– Sorte a sua que não sou louca o suficiente para correr atrás de vocês agora mesmo...

– Nós também te amamos maninha... – piscou Sophie.

– Vocês não vão me deixar em paz com essa história, vão? – arrisquei.

– Nem pensar... Até nas cartas vamos te importunar... – riu Mary.

– Falando em cartas... Onde você vai ficar? – perguntou Sophie.

– Não sei... Meu pai me mandou esperar que ele queria falar comigo sobre isso...

– Ótimo, então vai lá agora que nós esperamos... – disse Alessa.

Assim que me afastei percebi olhares interrogativos de meu pai, outros ternos de Minerva e alguns bem sugestivos de Moody, que estava ao lado de meu pai.

– Será que dá para explicar mocinha? – perguntou Snape levantado as sobrancelhas.

– Até você? Ele é só um amigo! – exclamei.

– Espero que sim...

– Contenha-se Severo... – disse Minerva. – Não é o fim do mundo...

– É ciúmes de pai Minerva, normal... Até para o morcegão... – brincou Moody fazendo-me rir.

O Moody verdadeiro parecia muito mais divertido que Rodolphus, até mesmo menos assustador. Nesse momento percebi que ele e meu pai eram realmente amigos, afinal, quem se arriscaria a debochar do professor Severo Snape senão um velho amigo?

– Já vou avisando que eu sempre quis fazer isso... – alertei divertida - Não se preocupe papai... Nunca deixarei de ser sua garotinha... – falei fazendo biquinho e abrigando-me em seu abraço.

– É Severo... Ela tem senso de humor... – riu Moody.

– Você não viu nada Alastor... – ironizou Minerva puxando-me para um abraço rápido e fazendo com que eu ficasse entre Snape e ela.

– E quanto a mim? – perguntou Moody encarando-me.

Minerva e Snape encararam-no com evidente surpresa, assim como eu.

– O quê? Eu ser um ex-auror rabugento não exclui o fato de que sou o padrinho da garota... – explicou-se. – Também preciso de carinho... – debochou.

– Você... – começou Minerva – O que quer dizer?

– Que eu saiba, Severo convidou Alastor Moody para ser o padrinho da filha, e ele aceitou. A não ser que prefira um Comensal da Morte morto como padrinho, terá que se contentar comigo garota... – disse ele encarando-me debochadamente.

Então fiz algo que ninguém esperava, nem mesmo eu. Soltei-me dos braços de Minerva e Snape e aproximei-me de Moody, abraçando-o pela cintura. Os poucos olhares que nos observavam antes se multiplicavam. Quando percebi a besteira que tinha feito, fiz menção de me afastar, porém, fui impedida pelos braços do professor, que rodearam-me rapidamente.

– Realmente, esse ano trouxe muitas surpresas... – brincou Minerva.

Meu rosto queimava de tão vermelho que estava.

– Não precisa ficar vermelha garota, ainda vai passar muita vergonha ao lado desse seu velho padrinho... – disse Moody arrastando-me para seu lado, porém, sem tirar um de seus braços do meu ombro. – Perderam alguma coisa? – perguntou ele para os alunos que estavam nos encarando descaradamente, fazendo todos recuarem.

– Pai... Onde é que eu vou passar esse verão? – perguntei ainda abraçada ao professor.

– É sobre isso que eu queria conversar... – começou ele – Eu já preparei tudo, inclusive os feitiços de proteção e até providenciei um “cão de guarda”...

– Exijo uma casinha confortável... – brincou Moody seriamente. -

Você vai para casa comigo... – terminou Snape depois de encarar Alastor ameaçadoramente.

– Sério? – perguntei sorrindo – E quem será meu “cão de guarda”?

– Acho que já ficou bem claro que o morcegão aí me chamou de cachorro...- respondeu Moody

– Você não era um santo na época de escola... Minerva que o diga... – respondeu Snape, fazendo-a corar violentamente.

– É melhor se despedir das suas amigas, as carruagens já chegaram... – mandou Moody finalmente soltando-me.

Lancei-lhe um sorriso cúmplice e recebi uma piscadela antes de me afastar e me encontrar com meus amigos.

– Violet, eu falei sério quando disse que você precisa me ensinar, ouviu? – disse Alessa rindo.

– Então... O que aconteceu exatamente? – perguntou Harry.

– Aconteceu que eu estava conversando com meu pai e meus padrinhos... – dei de ombros.

– Então o verdadeiro Moody aceitou?

– Sim – respondi.

– Parabéns então Srta. Snape... – brincou Sophie – Já descobriu onde vai ficar?

– Sim... Vou para a casa do meu pai... E parece que ele e o meu mais novo padrinho vão dividir a casa... – falei, deixando-os de boca aberta – O quê? Eles são velhos amigos... Os três. E você Harry?

– Dumbledore disse que eu preciso voltar para a casa dos Dursley por enquanto... Depois vou para a Toca. – falou.

– Quero cartas, ouviu Sr. Potter? – falei abraçando-o. – Até depois Harry...

– Até depois Violet... E boa sorte com... enfim, você sabe... – falou envergonhado.

– Violet, meninas... – começou Hermione – Vou sentir a falta de vocês... E Sophie, me passa aquele livro que você falou...

– Ah não! Duas viciadas em bibliotecas eu não aguento! - exclamou Rony fazendo-nos rir. – Hmm... Tchau meninas... – falou envergonhado.

Segundos depois todos tínhamos nos despedido. Harry, Rony, Hermione e Gina foram numa das carruagens enquanto Sophie, Alessa, Mary e Luna em outra.

– Não se preocupe, ele não mora numa masmorra como parece... – sussurrou Moody aproximando-se e passando um dos braços sobre meus ombros.


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Notas finais do capítulo

Alastor x Violet x Snape... O que acham que vai acontecer com esses três morando na mesma casa?? Mutas confusões e uma surpresa.... *o*


Como o próximo é o prólogo, dessa vez não terá Preview, mas já adianto: nele veremos a "família feliz" chegando em casa... kkkkk

Bjjs e não deixem de comentar!!!