My Little Gift ('The Orphan' - Season 2) escrita por Stéfane Franco


Capítulo 26
Capítulo 25 – Roses


Notas iniciais do capítulo

Oiiii!!! Hoje é feriado, e o que seria melhor para passar um feriado do que uma boa leitura???
Peguem um livro, abram na primeira página, e viajem no mundo da imaginação...

Mas antes, vamos ao próximo capítulo??? Espero que gostem!!



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Capítulo 25 – Roses

“Rosas”

– Violet – julho de 1995

Durante os próximos dias em que permaneci na enfermaria recebi inúmeras visitas. Snape continuava a passar em meu quarto todas as noites, porém, não quis comentar o pedido de Dumbledore. Minerva vinha uma vez ao dia, conversávamos coisas banais e logo ia embora.Moody, que descobri estar na cama ao lado apenas no dia seguinte, não ficou por muito tempo. Na mesma tarde recebeu alta, deixando-me sozinha naquela sala enorme.

Sophie, Mary e Alessa ficavam quase a tarde toda, traziam livros, jogos e faziam de tudo para me distrair. Funcionava. Luna também me visitava, sempre tão fofa e gentil. Fred e Jorge não vinham todos os dias, mas sempre que o faziam davam um jeito de me fazer rir. Fred não mostrava qualquer resquício de mágoa por eu ter rejeitado seu convite no natal, estava até feliz, já que seu par começou a se aproximar lentamente depois do Baile de Inverno. Harry, Rony e Hermione também me visitavam com frequência. Rony sempre trazia piadas sem graça e acabava discutindo com Hermione. Algo estava realmente acontecendo com eles, e se não estava, era questão de tempo. A pior delas foi o casal que entrou na manhã seguinte. Os pais de Cedrico.

Eu esperava que me culpassem, que gritassem ou até mesmo agissem com ignorância, mas nada disso aconteceu. Eles me agradeceram por ter trazido o corpo do filho de volta. O Sr. Diggory soluçou a maior parte do tempo e a dor da Sra. Diggory parecia ter ultrapassado o consolo das lágrimas.

– Ele sofreu pouco, então – disse ela depois que contei como ele havia morrido – Afinal Amos, ele morreu no momento em que venceu o torneio. Devia estar muito feliz... – falou.

Assim que levantaram-se, contrariando-me novamente, não expressaram qualquer resquício de indiferença ou raiva.

– Cuide-se bem Violet... – sorriu ternamente a Sra.. Diggory antes de deixar a enfermaria.

Duas visitas que me também me surpreenderam foram Flor Delacour e sua irmãzinha, Gabrielle. Ambas vieram num fim de tarde e trouxeram-me um delicado lenço bordado com minhas iniciais. V.S.

Gabrielle queria muito te ver novamente, e eu queria te parabenizar. Apesar de tudo, venceu o Torneio”, dissera Fleur.

Logo depois delas entrou uma terceira pessoa que, como estava distraída com um dos livros que Hermione deixara, não percebi entrar.

– Dizem que os livros são um escape do presente... – disse ele.

– Vitor! – abaixei o livro.

– Como você está? – perguntou sentando-se na ponta da cama, porém, com os braços nas costas.

– Fisicamente, muito melhor... Psicologicamente... péssima... – respondi – Mas vou melhorar...um dia.

– Vai sim... Pessoas alegres como você não se deixam abater por muito tempo... – sorriu, as mãos ainda para trás.

Já estava ficando curiosa, tanto que afastei-me ligeiramente do encosto improvisado e tentei ver o que tinha nas mãos, mas Vitor recuou e impediu-me.

– O que tem aí atrás? – perguntei vencida pela curiosidade.

– Você é muito curiosa Violet! – brincou.

– E mesmo assim você gosta de mim não é? – falei impulsivamente, arrependendo-me logo em seguida – Mostra logo o que é!

– Pior que é verdade... Eu gosto mesmo dessa baixinha – murmurou seriamente.

– Baixinha?! – exclamei atirando-lhe uma das almofadas que estavam ao meu lado.

– Pelo jeito já está melhor não é? – riu assim que desviou da almofada

– Isso é muita maldade... – falei vencida – Já que não vai responder... Como você está? A última vez que te vi foi em situações nada boas... – comentei

– Estou bem... Você realmente salvou minha vida lá dentro... – disse recuando o torço e evitando ainda mais minha visão. – Cedrico, apesar de sempre me respeitar, parecia disposto a me deixar morrer... Minerva apareceu segundos depois que você saiu. Quando contei o que tinha feito, ela pareceu ficar muito orgulhosa... Você é muito nobre...

– Alguns entendem por burrice... – debochei. – Será que dá para mostrar as mãos? Está me deixando muito curiosa! – falei.

– Eu entendo por corajem. – falou levantando-se e finalmente revelou o que tinha nas mãos – Eu trouxe para você...

Vitor tinha nas mãos um delicado e pomposo buquê de rosas vermelhas maravilhosas.

– Eu não acredito! – murmurei com um sorriso no rosto

– Eu nunca escolhi flores para alguém antes... Não sei nem se você gosta... – tentou se explicar enquanto colocava-as em meu colo. – E eu as enfeiticei para que nunca murchem...

– É claro que eu gosto! – respondi – São lindas! Você sabe que não precisava. Agora terei que recompensá-lo...

– Esse sorriso no seu rosto já é o suficiente...

Com o último comentário fiquei ainda mais vermelha.

– Obrigada Vitor... Eu... Eu realmente adorei! – respondi com um sorriso que recusava-se a deixar meus lábios. – Você sabe deixar uma dama vermelha quando quer... – debochei

– Dama? Que dama? – perguntou inocentemente.

– Se eu pudesse andar iria te perseguir por essa escola agora mesmo... MAS, como estou presa nessa cama... Aguarde. – ameacei.

Vitor aproximou-se ameaçadoramente, curvando-se e apoiando os braços em ambos os lados de meu corpo de modo que seu rosto ficou a centímetros do meu.

– Essa eu pago para ver... – sussurrou com um sorriso.

– Não duvide muito de mim Sr. Krum... – murmurei em resposta.

Por alguns segundos ficamos nos encarando naquela mesma posição e, por um breve segundo, inexplicavelmente senti meu coração bater mais rápido.

– Violet nós... – começou Alessa entrando pela porta da enfermaria com as meninas, porém, parou assim que viu a cena. – Oops...

Vitor recuou instantaneamente. Sophie enrubesceu fortemente e Mary claramente não sabia onde enfiar a cara. Alessa, por sua vez, mantinha uma expressão surpresa mesclada a um sorriso malicioso, passando os olhos de mim para Vitor, dele para as flores e depois para mim novamente.

– Ah, oi meninas... Pensei que só viriam à tarde...

– Não é que... N-nós... – gaguejou Alessa – Nós... Nós voltamos mais tarde... Desculpe interromper – sorriu abertamente e puxou as meninas para fora, que riram assim que fecharam a porta.

– Elas são sempre assim? – perguntou Vitor sentando-se à minha frente na cama novamente.

– Elas costumavam ser mais sensatas... Mas então alguém entrou na vida delas e agora veja no que deu... – debochei

– Alguém? - ironizou

– É... Não faço ideia de quem seja... – falei inocentemente.

– Claro que não... – ironizou novamente – Acho melhor eu ir, suas amigas aparentemente querem um “relatório”... – riu levantando-se

– Com certeza... – gemi - Por quanto tempo vocês vão ficar?

– Depois que o Prof Karkaroff fugiu... – falou sentando-se novamente

– Ele fugiu? – surpreendi-me – Por quê?

– Não sei se você já sabe, mas ele é um ex-Comensal... E depois do que aconteceu, ele ficou com medo e fugiu... – deu de ombros – Digamos que ele não foi corajoso o suficiente...

– E vocês já tem um novo diretor?

– Não, ainda não...

– Você sabe que sou curiosa, então, não me leve a mal... Era ele quem controlava o navio... Como vão voltar agora?

– Acho que já me acostumei com sua curiosidade... – riu – E ele não era o único que sabia, os mais velhos aprenderam há um tempo...

– Ahh...

– Posso falar agora? – debochou.

– Por quê? Não tem boca? – falei com a expressão surpresa.

– Você se surpreenderia com o que posso responder... – exclamou deixando-me ainda mais vermelha. – Como eu dizia... Agora que não temos mais um diretor, são os alunos mais velhos que decidem...

– Além de tudo você ainda vai mandar nos mais novos?! – exclamei debochadamente.

– Será que dá para me deixar falar?! Se você não estivesse machucada eu te acertaria essa almofada... – ameaçou.

– Nossa, senti uma pontada agora... – falei inocentemente.

– Voltando... – rolou os olhos – Dumbledore conversou com todos e concordamos em partir no último dia de aula, assim como Beauxbatons e Hogwarts.

– Isso é ótimo! – falei

– Agora eu realmente preciso ir... – disse levantando-se

– Obrigada por tudo... – agradeci enquanto ele se aproximava novamente

– Você salvou minha vida... Não tem o que agradecer... – sorriu puxando-me para um forte abraço.

Rimos novamente e Vitor logo soltou-me, beijou minha testa e saiu da enfermaria, deixando-me com um sorriso tonto no rosto. As meninas obviamente não demoraram a voltar.

– Violet Snape, você precisa nos contar tudo! – intimou Alessa assim que entraram cinco minutos depois e fecharam a porta.

– Bom dia para vocês também! – ironizei

– Não adianta fugir do assunto... – disse Mary sentando-se ao meu lado – O que aconteceu aqui?

– Nada...

– O que nós vimos com certeza era alguma coisa – riu Sophie

– Fala logo! – mandou Alessa.

– Tudo bem! – desisti – Eu falo...

E assim contei tudo que aconteceu aquela manhã, desde o susto que meu deu até o abraço. Obviamente elas permaneceram insistindo que Vitor queria algo comigo, principalmente depois de verem as flores na mesinha da cabeceira.

Assim que anoiteceu Snape entrou um pouco mais pálido que de costume, e, embora eu perguntasse, não quis me responder. Cerca de uma semana depois Madame Ponfrey finalmente me deu alta. Levei minhas flores para o quarto e fui muito bem recebida pelas meninas.

O restante do dia evitei ao máximo ficar perto de um aglomerado de pessoas, e aparentemente o sentimento era recíproco. A maioria dos meus “colegas” distanciava-se nos corredores e evitavam encarar-me. Alguns cochichavam tampando a boca e outros riam na minha cara, como a Parkinson. Prometi a mim mesma, meses atrás, que não ligaria para os comentários maldosos, mas dessa vez não conseguia. Dessa vez não era algo relacionado exclusivamente à mim, mas envolvia também a morte de um aluno.

Pela primeira vez, fiquei com medo da Festa de Despedida, que normalmente era motivo de comemoração, afinal, nela anunciavam o vencedor do campeonato entre as casas. O Salão Principal aquela tarde, geralmente enfeitado com as cores da Casa vencedora, tinha panos pretos na parede ao fundo da mesa dos professores. Um claro sinal de respeito por Cedrico.

O verdadeiro Olho-Tonto Moody estava à mesa, e apesar do que esperava, não estava nem um pouco assustado ou mesmo inquieto, mas sim distraído numa conversa animada com Minerva. O lugar de Karkaroff, por sua vez, estava vazio, e Madame Maxime continuava em Hogwarts, sentada ao lado de Hagrid.

Parece que se resolveram afinal...

O Salão Principal, que por sinal estava menos barulhento que de costume em uma Festa de Despedida, ficou extremamente silencioso quando Dumbledore levantou-se.

– O fim de mais um ano... – começou ele olhando demoradamente para a mesa da Lufa-Lufa – Há muita coisa que eu gostaria de dizer a todos vocês esta noite, mas primeiro, quero lembrar a perda de uma excelente pessoa, que deveria estar sentado aqui... Festejando conosco. Eu gostaria que todos os presentes, por favor, se levantassem e fizessem um brinde a Cedrico Diggory.

Uma lágrima caiu de meus olhos assim que todos se levantaram e ergueram suas taças, brindando à Cedrico.

– Cedrico era o aluno que exemplificava muitas das qualidades que distinguem a Casa da Lufa-Lufa. Era um amigo bom e leal, uma pessoa aplicada, valorizava o jogo limpo...

Mais lágrimas silenciosas caiam por meu rosto.

Quando machuquei a perna Cedrico poderia dizer que ficaria tudo bem, seguir em frente e vencer o Torneio.

Mas não fez.

– Sua morte afetou a todos nos, quer vocês o conhecessem bem ou não. Portanto, creio que vocês têm o direito de saber exatamente como aconteceu.

O quê?!

– Cedrico Diggory foi morto por Lord Voldemort.

Um murmúrio de pânico varreu o Salão Principal, todos encaravam Dumbledore incredulamente e até mesmo horrorizados.

– O Ministro da Magia – continuou – não quer que eu lhes diga isto. É possível que alguns pais se horrorizem com o que acabo de fazer, ou porque não acreditam que Lord Voldemort tenha ressurgido ou porque acham que eu não deva lhes informar isto por serem demasiado jovens. Creio, no entanto, que a verdade é, em geral, preferível às mentiras, e qualquer tentativa de fingir que Cedrico Diggory morreu em consequência de um acidente ou de algum erro que cometeu é um insulto à sua memória.

Os alunos permaneciam atordoados e temerosos, cada rosto apontado para Dumbledore.

– Há mais alguém que deve ser mencionado com relação à morte de Cedrico – continuou – Estou me referindo, naturalmente, a Violet Snape.

A sensação da noite em que fui selecionada voltou com força.

Todos viravam seus rostos na minha direção.

– Violet Snape conseguiu escapar de Lord Voldemort e arriscou a própria vida para trazer o corpo de Cedrico de volta a Hogwarts. Ela demonstrou, sob todos os aspectos, uma bravura que poucos bruxos jamais demonstraram diante de Lord Voldemort e, por isso, eu a homenageio. – disse ele virando-se solenemente para mim e erguendo seu cálice.

Quase todos os presentes seguiram seu exemplo. Murmuraram meu nome, assim como tinham feito com Cedrico, e beberam em minha homenagem. Normalmente eu ficaria vermelha com tanta atenção, mas aquela noite não era para comemorações. A única emoção que surgiu em meu rosto eram lágrimas e um sorriso fraco. Assim que todos se sentaram novamente, o diretor continuou.

– O objetivo do Torneio Tribruxo era aprofundar e promover o entendimento no mundo mágico. À luz do que aconteceu, o ressurgimento de Lord Voldemort, esses laços se tornam mais importantes do que nunca. – disse direcionando seu olhar para Madame Maxime e Hagrid, Fleur e as meninas de Beauxbatons e por fim os rapazes de Durmstrang – Cada convidado neste salão será bem-vindo se algum dia quiser voltar para cá. Repito à todos, à luz do ressurgimento de Lord Voldemort, seremos tão fortes quanto formos unidos e tão fracos quanto fomos desunidos. O talento de Voldemort para disseminar a desarmonia e a inimizade é muito grande. Só podemos combatê-lo mostrando uma ligação igualmente forte de amizade e confiança. As diferenças de costumes e língua não significam nada se os nossos objetivos forem os mesmos e os nossos corações forem receptivos. Creio, e nunca tive tanta esperança de estar enganado, que estamos diante de tempos negros e difíceis. Alguns de vocês, neste salão, já sofreram diretamente nas mãos de Lord Voldemort. As famílias de alguns já foram despedaçadas. Há apenas uma semana, um aluno foi levado do nosso meio. Lembrem-se de Cedrico Diggory. Lembrem-se disso quando chegar a hora de escolher entre o que é certo e o que é fácil.

Essa última frase foi dita diretamente para mim, e eu sabia o motivo. A profecia.

– Lembrem-se do que aconteceu com um rapaz que era bom, generoso e corajoso porque ele cruzou o caminho de Lord Voldemort. Lembrem-se de Cedrico Diggory.


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Notas finais do capítulo

E então?? Tenho certeza que estavam esperando o primeiro beijo Kriolet.... Eu acredito que, para nascer um sentimento tão forte como o amor, é preciso convivência, pequenos gestos e olhares... Violet e Vitor acabaram de se conhecer... Vamos esperar um pouquinho, ver o que acontece cada vez que se encontram... O que acham??

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Capítulo 26 What About Me?
(...)
— Ohhh ela corou! exclamou Alessa puxando-me para um abraço Que lindo!!! Nunca pensei que iria viver para ver essa cena... debochou. O Snape parecia que iria voar no pescoço do Vitor a qualquer momento... riu. Mary, já ouviu essa música: Well who'd have thought? Well bless my soul - cantou.
— Well who'd have guested they'd come together on their own? continuou Mary.
— It's so peculiar cantou Sophie - We'll wait and see, a few days more
— There maybe something there that wasn't there before.... terminou Alessa.
— O que foi isso? perguntei envergonhada com os olhares que se dirigiam à nos depois do show.
— É a música de um filme trouxa... A Bela e a Fera, conhece? brincou Alessa.
(...)
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*o*

Com certeza vocês já desconfiam o porque desse "shwzinho" das meninas, mas mesmo assim vou perguntar... O que acham que é??

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Uma notícia triste.... O próximo é último capítulo, antes do prólogo, da 2ª temporada....
Uma notícia feliz.... ^^ Terá 3ª Temporada!!!!! Já escrevi 7 capítulos dela e posso garantir que está imperdível!!!

Bjjss e até depois!!!

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Não deixem de comentar :D