My Little Gift ('The Orphan' - Season 2) escrita por Stéfane Franco


Capítulo 23
Capítulo 22 – After All This Time? Always…


Notas iniciais do capítulo

Devido aos probleminas que o Nyah! passou, estamos um pouco atrasados nos capítulos não é?
Pois aqui vai o próximo... Espero que gostem!!

No final eu coloquei o link de uma música, pf, abram e ouçam junto à leitura... A letra tem tudo a ver com a situação da Violet ^^



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Capítulo 22 – After All This Time? Always…

“Depois de todo esse tempo? Sempre...”

– Violet –

Rabicho aproximou-se do lugar onde Cedrico e a taça estavam, pegou minha varinha e entregou-me a contragosto. Contrariando minhas expectativas, Bellatrix pegou no meu braço bom e ajudou-me a levantar. Posicionou-se à minha frente e segurou meu rosto em suas mãos.

– Violet, não faça isso... – pediu – Aceite a proposta...

Olhei em seus olhos e, pela primeira vez, percebi que ela não estava brincando. Algo dentro de mim ainda tinha esperança de que ela havia se afeiçoado à “garota insolente”...

– Bellatrix... – respondi encarando-a – Por um bom tempo você era a única família que eu tive, me ensinou tudo que sei... Mesmo com péssimas intenções... E apesar de tudo... Eu ainda gosto de você. – admiti – Mas não posso aceitar essa proposta... Não posso...

– Você não tem chances contra o Lord Voldemort... – disse numa última tentativa, era visível a tensão em sua voz.

– Então morrerei tentando... – sorri tristemente. Bellatrix suspirou e, com tristeza nos olhos, afastou-se.

Agora eram apenas eu e Voldemort, frente a frente, com as varinhas em punho. Os demais Comensais organizaram-se em meia lua ao nosso lado. Com o canto dos olhos percebi que o caminho para Cedrico e a Taça estava livre, porém, obviamente não teria nenhuma chance.

– Bellatrix te ensinou a duelar não? – perguntou Voldemort suavemente – Nos cumprimentamos com uma curvatura, Violet – disse ele inclinando-se ligeiramente, porém mantendo seu rosto no meu. – Vamos, as boas maneiras devem ser observadas... Dumbledore gostaria que você demonstrasse educação... Curve-se para a morte, Violet...

Todos os Comensais riram, menos Bellatrix, que mantinha seus olhos concentrados em cada movimento.

– Eu disse curve-se... – repetiu Voldemort erguendo a varinha.

Senti minha coluna curvar-se, porém, não daria o gostinho á ele. Voldemort não brincaria comigo antes de me matar. Aguentei com todas as forças e não me curvei. Os Comensais já não riam mais.

– Bellatrix, pensei que tivesse ensinado bons modos à garota... – disse ele.

– Vamos duelar ou conversar? – endireitei-me.

– Tem coragem... – observou – Muito bem, já que não irá se curvar... Agora você me enfrenta como homem, com costas retas e orgulho. Ah, perdoe-me, você não é um homem... – riu

– E mesmo assim derrotei todos eles na seleção – ironizei.

– Não sem ajuda... Agora, vamos ao duelo. – disse rapidamente erguendo sua varinha antes mesmo de eu erguer a minha.

A Maldição Cruciatus atingiu-me novamente, e aparentemente estava ainda mais forte. Era como se facas em brasa perfurassem cada centímetro de minha pele, minha cabeça certamente explodiria e minha perna machucada ardia e implorava por repouso. Fechei meus olhos e cerrei os dentes.

Posso até morrer, mas não vou dá-lo a satisfação de me ver gritar e implorar...

Então tudo parou. Abri os olhos e vi que sua varinha estava abaixada.

– Isso doeu não? Não quer que eu faça novamente, quer? – perguntou ele

Todos me encaravam com diversão nos olhos, principalmente Lúcio. Bellatrix continuava sem expressão alguma.

– Eu perguntei se doeu, e quero uma resposta... – insistiu erguendo sua varinha.

– Certas perguntas não merecem resposta... – falei com voz descompassada.

– Imperio! – exclamou. – Responda-me...

Minha boca abriu-se contra minha vontade, porém, som algum saiu dela. Fechei meus olhos e concentrei-me.

Eu não posso responder... Não quero...

– Responda!

– NÃO! – gritei, tomando o controle de minha voz novamente – SE QUISER ME MATAR, MATE LOGO! NÃO VOU ME REBAIXAR A SUAS VONTADES!

– Crucius! – gritou novamente, porém, daquela vez estava preparada.

Assim que lançou o feitiço joguei-me para o lado em que estava Cedrico, apoiando-me atrás de uma das lápides. Em meu lugar, Lúcio foi atingido e gritava de dor.

– Não estamos brincando de esconde-esconde Violet... Volte e lute! Encare sua morte! – disse em voz alta.

Olhei para frente e percebi o caminho livre até a Taça.

Só alguns metros... Preciso distraí-lo o suficiente para eu alcançar a Taça e conseguir sair...

Fechei meus olhos, suspirei fundo e, reunindo as forças que me restavam, levantei-me com a varinha em punho. Estava pronta.

– Sectumsempra! - gritei

– Avada Kedavra! - respondeu

Um jorro de luz verde saiu da varinha de Voldemort na mesma hora em que um jorro de luz também verde disparou da minha. Ambas se encontraram no ar e colidiram. Afastei para trás na direção que pretendia correr, porém, repentinamente, minha varinha começou a vibrar como se uma descarga elétrica estivesse entrando por ela.

Minha mão estava presa a ela e, mesmo que quisesse, não poderia soltá-la. Um fino feixe de luz dourado intenso e rico agora ligava ambas as varinhas, e até mesmo a de Voldemort vibrava. E então algo inexplicável aconteceu. Senti meus pés se elevarem do chão, assim como os de Voldemort. Estávamos sendo erguidos no ar, as varinhas ainda ligadas por aquele fio de luz dourada, afastando-nos do lugar repleto de túneis para pousarmos no campo ao lado.

Exatamente o lugar que eu precisava.

Estava a alguns passos de Cedrico, poucos passos! Os Comensais gritavam pedindo instruções a Voldemort, se aproximavam e reagrupavam em um círculo à nossa volta, sacando suas varinhas. O fio dourado que nos ligava fragmentou-se e, embora ainda continuássemos ligados, mil outros fios brotaram e formaram um arco sobre nós, entrecruzando a toda volta até enterrá-los em uma teia dourada como uma redoma, uma gaiola de luz.

– Não façam nada a não ser que eu mande! – gritou Voldemort para os Comensais.

Seus olhos se arregalaram com a situação. Ele lutava para romper o fio de luz que continuava ligando nossas varinhas. Eu sabia que, no momento em que o fio rompesse, eu morreria, portanto, apertei ainda mais minha varinha, mantendo o fio dourado inteiro.

Não posso romper... Não posso morrer, não ainda...

Nesse momento minha varinha começou a vibrar ainda mais violentamente, soltando grandes pontos de luz brancos e prateadas. Um deles aproximou-se da minha varinha, tornando ainda mais difícil mantê-la em minha mão. Fechei meus olhos, concentrando cada partícula de minha mente em obrigar o ponto luminoso a voltar para a varinha do adversário.

Voldemort, por sua vez, parecia perplexo e quase temeroso. Um dos pontos estremecia a centímetros da ponta de sua varinha. Eu não sabia o que significavam aqueles pontos ou até mesmo a ligação, mas eu sabia que não podia desistir. Minha vida dependia daquele duelo. Ainda de olhos fechados, no mesmo instante, agarrei o a pedra fria em meu pescoço.

Meus amigos... Minha família... Todos estão me esperando... Não posso desistir! Eu preciso voltar para eles... Eu prometi ao meu pai que voltaria, prometi ao Hagrid que provaria minha força, prometi às meninas que eu ficaria bem, prometi ao Vitor que pegaria a Taça e venceria... Prometi a mim mesma que conseguiria.

http://www.youtube.com/watch?v=aCf_pp3eSxY

Instantaneamente gritos de dor e agonia começaram a inundar o lugar. Abri meus olhos e percebi que o ponto luminoso alcançara Voldemort e tentava se libertar. Uma mão, densa e fumegante, voou da ponta da varinha e desapareceu. Seus olhos arregalavam-se em choque.

Mais gritos de dor... Mais agonia...

E então algo maior começou a brotar da ponta de sua varinha. Era algo imenso e acinzentado, algo que parecia ser feito da mais sólida e densa fumaça. Era uma cabeça, depois um peito e os braços até tomar a forma de um homem. Cedrico emergia da ponta da varinha como se estivesse espremendo-se para fora de um túnel estreito. Ficou em pé e examinou o fio de luz dourada de uma ponta a outra. Quando seus olhos pousaram nos meus, senti lágrimas escorregarem por meu rosto.

Aguenta firme Violet... – ecoou sua voz.

Todos os Comensais gritavam amedrontados, Voldemort parecia extremamente assustado e novos gritos de dor ecoavam pelo campo. Então mais uma coisa surgiu em sua varinha, a sombra densa de uma segunda cabeça, rapidamente seguida de braços e tronco...

Era um velho homem que caia ao lado de Cedrico apoiado em sua bengala. Assim como o garoto, observou o fio luminoso.

– Então ele era um bruxo de verdade? – perguntou o velho encarando Voldemort – Maldito, ele me matou! Dê o troco garota! – encorajou-me.

Antes que eu pudesse raciocinar o que estava acontecendo, outra cabeça começou a aparecer... Dessa vez era uma mulher que caia ao chão e examinava tudo com atenção.

Era ela. A mulher dos meus sonhos, Berta Jorkins.

– Não solte! – exclamou em minha direção – Não deixe ele te pegar Violet, não solte a varinha!

Inúmeras outras sombras apareceram, todas rodeavam-nos e gritavam palavras de apoio a mim. Senti minhas forças voltarem lentamente e, novamente, novos pontos de luz saiam da varinha de Voldemort. A sombra esfumaçada de uma mulher jovem de cabelos longos caiu no chão assim como Berta, se endireitou e encarou-me.

Meu coração bateu ainda mais forte. Uma cópia minha aproximava-se e olhava-me carinhosamente.

– Vai dar tudo certo, aguente firme... – sussurrou Eileen sorrindo.

Minha atenção foi completamente desviada do duelo para a mulher de cabelos negros e olhos azuis que prostrava-se ao meu lado.

– Você realmente é igual a mim... – sorriu ternamente – Mas não faça as mesmas escolhas que eu, não ceda à tentação... – falou.

– Violet querida... – disse alguém do outro lado.

Assim que virei meu rosto deparei-me com a sombra de uma mulher de cabelos longos vermelhos ao lado de uma versão mais velha de Harry.

– Lillian? – sussurrei.

– Me desculpe... – sibilou.

Mesmo não ouvindo sua voz, eu sabia o que ela falava, eu sentia.

– Me desculpe por fugir quando descobri de você... – continuou – Eu era muito jovem e estava com medo... Acabei fazendo a pior idiotice da minha vida... Me perdoe. Não teve um dia no qual eu não me martirizei por tê-la abandonado... – falou numa voz chorosa em minha mente. – Eu te amo minha filha... Sempre estive com você...

– E você? O que faz aqui? – perguntei com os olhos extremamente úmidos para o homem.

– Você é filha dela... Apenas uma criança inocente... – respondeu ele – Mesmo que ela nunca tenha me dito sobre você, eu sempre soube que ela sofria por dentro. Ela chorava quase todas as noites...

Isso não a impediu de voltar e me buscar... Ou de ter uma família feliz enquanto eu sofria num orfanato, sozinha!

– Quando a ligação for interrompida, permaneceremos apenas uns momentos... Mas vamos lhe dar tempo – disse Eileen - Você precisa chegar à Chave de Portal, ela te levará para Hogwarts...

– Eu não sei se consigo...

– Acredite em si mesma, pois eu confio em você Violet... - disse Eileen - Sei que consegue.

– Violet – sussurrou Cedrico – Por favor, leve o meu corpo com você? Leve-me para meus pais... – pediu.

Assenti para ambos e, ainda segurando meu colar, encarei Voldemort, que lutava contra as inúmeras sombras que ainda saiam de sua varinha.

– Tenho orgulho de compartilhar tudo que um dia me pertenceu com você... Gostaria de ter te conhecido... – sorriu Eileen. – Cuide do meu filho por mim, você é tudo que restou a ele. – pediu.

Assenti novamente.

– Você diz que me ama... Mesmo depois de tudo que fez... – murmurei para Lillian – Mesmo depois de todo esse tempo...?

Sempre. – respondeu a ruiva sorrindo tristemente.

– Prepare-se para correr no três. – avisou Thiago.

– Obrigada – respondi a ele, que acenou.

– Um...

– Tenho orgulho de você Violet... – sussurrou Lillian.

– Dois...

Fechei meus olhos para o que viria em seguida e concentrei-me.

– Três. Vai! – gritou Thiago

Ergui minha varinha rapidamente e, com um puxão violento, o fio dourado se rompeu e a gaiola desapareceu. Todas as sombras avançaram para Voldemort em minha defesa. Corri como nunca fiz antes. Usei toda a força que tinha restituído e avancei cada vez mais rápido.

Bellatrix era a única que poderia me impedir, já que estava no meu caminho, mas não o fez, pelo contrário: jogou-se no chão como se tivesse sido empurrada.

– Estuporem-na! – gritou Voldemort ao longe.

Faltavam poucos passos para chegar, empenhei-me ainda mais. Um dos feitiços pegou meu braço bom de raspão e cortou-o. Joguei-me bruscamente no chão ao lado de Cedrico, o que causou uma dor imensa. Estendi o braço rapidamente e agarrei seu braço ao mesmo tempo em que me esticava para alcançar a Taça.

– Afastem-se! Eu a matarei! Ela é minha! – gritou Voldemort.

Só um pouco... Só mais um pouco...

Estiquei ainda mais o outro braço, aquele que fora cortado por Rabicho, e arrastei-me para frente, finalmente agarrando a alça da Taça Tribruxo.

Minha última visão antes de desaparecer foram as sombras de Lillian e Eileen sorrindo para mim enquanto esvoaçavam-se. Senti meu estômago embrulhar num misto de agonia e alívio.

Agarrei-me ainda mais no braço de Cedrico e pus-me a chorar, soltando tudo que tinha acumulado desde que entrara naquele maldito labirinto...


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Notas finais do capítulo

E então, o que vocês acham da Lillian??

E a aparição da Eileen? Eu TINHA que colocá-la...

Falando em Eileen... Não é mentira o que Voldemort disse sobre ela... Eileen Prince realmente foi uma Comensal da Morte que recusou-se a continuar quando o filho estava indo pelo mesmo caminho... Mas essa história ainda irei explicar mais para frente... :D

O que será que acontecerá quando a Violet voltar??

No próximo capítulo finalmente saberemos quem é o Comensal disfarçado de Moody... Quais suas apostas???


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Capítulo 23 Masks Falls
(...)
Severo acariciou meu cabelo e apertou-me ainda mais.
— Não sabe o quão preocupado eu fiquei quando Delacour e Krum voltavam estuporados... sussurrou Ser pai é mais trabalhoso do que pensa... Por sua causa eu quase tive um infarto... debochou.
— Ainda bem que não teve... sorri
— Mesmo sabendo que esse Torneio acabou, algo me diz que meus infartos serão frequentes daqui pra frente... suspirou
— Quanta confiança... ironizei
— Se você tivesse uma filha como a minha, saberia do que estou falando... ironizou - Mas não se incomode em descobrir tão cedo... acrescentou rapidamente fazendo-me rir
(...)
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*o*

Não deixem de comentar!!
Bjjs e até o próximo :D