My Little Gift ('The Orphan' - Season 2) escrita por Stéfane Franco


Capítulo 20
Capítulo 19 – Dream


Notas iniciais do capítulo

Só cinco reviews??? Fiquei triste agora... :'(



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Capítulo 19 – Dream

“Sonho”

- Violet –

Na manhã seguinte contei tudo que tinha acontecido às meninas e, por mais que quisesse esconder, Harry tinha muito a ver com o que Crouch me disse, logo, tive que contar a ele também.

- Onde estava com a cabeça de andar pela Floresta escura à noite e sozinha com Vitor Krum? – disse Harry numa das aulas entre Sonserina e Grifinória – Você poderia ter morrido! – sussurrou

- Você pode não acreditar, mas eu não corria perigo algum com o Vitor, ele é meu amigo! – sussurrei – E estou viva, não estou? O que importa agora é o que Crouch disse...

- Voldemort está ficando mais forte... – concluiu – Violet, eu tenho tido sonhos estranhos ultimamente, é como se eu estivesse num lugar frio e úmido... Onde não existisse felicidade... Ando sonhando muito com você-sabe-quem...

- Talvez por isso Crouch citou o seu nome e o meu... Nós claramente estamos na mira daquele lunático! – respondi – Ainda não sei porque, não tenho nada a ver com essa história!

- Você é minha irmã... Acho que já é um bom motivo...

- De qualquer forma, mais tarde vou com as meninas falar com o Prof Moody, talvez ele tenha encontrado o Sr. Crouch ou tenha alguma novidade...

- Eu vou com você.

- Não precisa... Acho que quatro alunas da Sonserina já assustam qualquer professor não é? – debochei.

Alessa, Sophie, Mary e eu decidimos que o melhor horário para conversar com o Moody era durante o intervalo.

- Olá Snape... – rosnou Moody acompanhando alguns alunos que passavam no corredor. – Entrem.

- Desculpe incomodá-lo professor... é que – começou Sophie.

- O senhor o encontrou? – perguntei sem rodeios.

- Não – suspirou sentando-se atrás de sua mesa. – Usei até o mapa que seu irmão gentilmente me emprestou, e nos terrenos da escola não tinha sinal de que Crouch estivesse lá... Se não fossem testemunhas como você e o Sr. Krum, eu jamais acreditaria que Bartô esteve aqui...

- Mas como ele pode desaparecem desse jeito? – indaguei

- Desaparatando não foi... – disse Alessa – Apenas os professores mais velhos e Dumbledore podem aparatar no território de Hogwarts...

- Nem com as próprias pernas... Se ele estava tão ruim como você disse, não teria forças de derrubar o Vitor e fugir sem deixar rastros... – disse Mary.

- Então alguém o ajudou...?

- Talvez... Não podemos descartar nada por enquanto... – respondeu ele encarando-me de um modo estranho – Não há nada que vocês possam fazer por Crouch, agora é com o Ministério. E você Snape, trate de se concentrar na terceira tarefa. – mandou.

- Ah... Claro... – sorri lentamente.

- Pelo que Dumbledore me disse, é uma garota muito racional... Sabe decifrar um enigma quando é preciso... – elogiou logo pousando o olho metálico nas meninas – E com a ajuda de suas amigas, fica ainda mais fácil, não é? – acrescentou. – Fiquem de olho nela... – apontou para mim – Pelo que vi, alguém está na sua cola Snape... Vigilância constante!

Moody mesclava atitudes de um padrinho e de um professor, naturalmente não deixando de lado suas maneiras de auror. Por mais estranho que fosse, eu até simpatizava com ele, afinal, Moody me deu as dicas que eu precisava para as tarefas anteriores...

Isso significa que ele se importa comigo... Não é?

- Violet, estou começando a me preocupar com você... – disse Sophie durante o resto do almoço no Salão Principal

- Sophie, ninguém tentou me atacar esse ano! Não fizeram absolutamente nada!

- Exceto colocar seu nome no Cálice de Fogo – rebateu Mary – quem fez isso teve bons motivos para se arriscar... Eu não queria ser pessimista, mas... Talvez estejam esperando a hora certa para atacarem...

- Mais o eu tenho de mais para despertar tanto ódio? – respondi calmamente – Se fosse com o Harry, eu até entenderia, mas comigo?

- Você não acha muito estranho as coisas que vêm acontecendo? – disse Alessa – Primeiro os pesadelos constantes com dois irmãos, aí alguém coloca seu nome no Cálice e você é selecionada... O Sr. Crouch desapareceu misteriosamente e agora reaparece na Floresta Negra, totalmente perdido e lunático, pedindo para falar com Dumbledore... Ele tinha algum aviso, alguma coisa está acontecendo! Pelo que você disse, Voldemort está de volta ainda mais forte e quer você e o Harry! – sussurrou – Não é estranho que, bem na hora que ia alertar Dumbledore, Crouch desaparece misteriosamente e o Vitor aparece estuporado? São coincidências demais!

- Talvez a terceira tarefa seja a que vão te pegar... – sussurrou Sophie

- Tá, suponhamos que isso seja verdade... – falei – Digamos que alguém realmente atacou o Vitor para sequestrar o Crouch. Seja lá quem for, esperou que eu saísse para atacar não foi? Logo, o alvo não era eu... Como eu disse, não tenho nada a ver com isso...

- Se te atacassem na Floresta não pareceria um acidente... Mas se for durante a tarefa...

- Mas isso não faz sentido! – exclamei, chamando a atenção dos alunos e professores mais próximos, que incluía meu pai e meu padrinho. – Me atacar na Floresta era a oportunidade perfeita! – falei abaixando meu tom de voz - Estava sozinha, à noite, com um dos inimigos da escola... Poderiam muito bem fazer parecer que Vitor me atacou por conta do Torneio...

- Todo mundo sabe que vocês dois são grandes amigos... Alguns dizem até que são namorados! Não faria sentido ele te atacar e você perder! – argumentou Sophie.

- Violet, eu sei que você não acredita, mas muitas coisas estranhas estão acontecendo e, querendo ou não, você está envolvida! – insistiu Mary – Desde que o Rabicho fugiu você começou a ter esses pesadelos. Na Copa os Comensais se mostraram publicamente e lançaram a Marca Negra, onde misteriosamente um deles te persegue e tenta te matar!

- Queima de arquivo! – rebati impacientemente – Eu vi a marca sendo lançada!

- Como você é teimosa! – brigou Alessa em voz alta, porém, diminuiu o tom assim que recebeu olhares curiosos dos professores – Rodolphus te perseguiu dizendo que “Belinha” ficaria satisfeita, que você tinha os olhos de outra mulher, que o Snape era seu pai... Violet, ninguém sabia dessa história, mas ele, um Comensal, sabia seu nome, sua personalidade e sabia sobre seu pai! – insistiu – Aí esse ano, de repente, o Torneio volta, você é selecionada, o melhor auror que o Ministério já teve começa a dar aulas em Hogwarts e se torna seu padrinho, você volta a sonhar com mortes, Rita Skeeter, sem motivo algum, começa a te perseguir com matérias diárias, o Sr. Crouch desaparece e reaparece tendo alucinações e depois desaparece deixando um dos alunos de Durmstrang estuporados na Floresta Negra... – falou rapidamente - É muita coincidência!!

- Eu sei! – rebati em voz alta novamente – Mas ainda não entra na minha cabeça o porquê de EU ser a escolhida! – sussurrei – Quando eu nasci Voldemort ainda estava vivo! Eu não influenciei em nada o que aconteceu com ele! Nada! A única opção seria atingir o Harry por mim, mas mesmo assim, não faz sentido!

- Minha mãe disse que os Comensais começaram a agir novamente, como nos velhos tempos... Ela tem trabalhado em dobro nas últimas semanas... – comentou Mary.

- Meu pai também... Ele está bem preocupado com essa história... E minha mãe disse que o Ministério está bem agitado com o desaparecimento do Sr. Crouch... Algo está realmente acontecendo... – disse Sophie.

- E querendo ou não, tudo envolve o seu nome. – completou Alessa. – O Prof Moody está certo, você precisa se concentrar na terceira tarefa e evitar que nossas suspeitas se concretizem... – falou encerrando o assunto.

Nos dias que se seguiriam passei a maior parte do tempo livre na biblioteca com as meninas. Moody novamente deu-me seus “conselhos de ordem geral”, ajudando-me com os feitiços que deveriam ser praticados.

O tempo era algo que já não era contado, e as aulas de adivinhação contribuíam bastante. A sala da professora Sibila era quente e abafada, sem contar que todas as janelas eram trancadas e diversas velas aromáticas eram espalhadas pelo lugar.

- Essa aula é a pior de todas! – sussurrou Sophie ao meu lado enquanto a professora explicava sobre a posição dos astros e seus significados.

A sala parecia estar cada vez menor e mais abafada. Repentinamente senti minha cabeça pesar e meus olhos lacrimejarem. Logo as paredes pareceram se mexer e tudo começou a rodar, a professora não passava de um borrão à minha frente, e o som dos alunos eram apenas ruídos que mal chegavam aos meus ouvidos.

- Você está com sorte, Rabicho – disse uma voz fria e aguda do fundo da poltrona – Você tem de fato muita sorte. Seu erro não chegou a arruinar tudo. Ele está morto.

- Milorde! – ofegou o homem no chão – Milorde, estou... estou tão satisfeito... e tão arrependido...

- Nagini – disse a voz fria – Você está sem sorte. Afinal, não é hoje que vou lhe dar Rabicho para comer... Mas não se incomode... De acordo com sua escolha, ainda tem a garota Snape...

A cobra sibilou e pareceu se agitar em excitação.

- Agora, Rabicho – disse a voz fria – talvez mais um lembrete de por que não vou tolerar mais nenhum erro seu...

- Milorde...não...eu suplico...

- Crucio! – disse a voz fria novamente.

Rabicho berrou como se cada nervo de seu corpo estivesse num campo minado. Aquela cena invadiu meus olhos e inundou minha garganta.

- Violet! Violet o que aconteceu? – perguntou Sophie preocupada.

Abri os olhos e percebi que estava na sala de aula novamente, mas dessa vez meu corpo permanecia estirado no chão, inúmeros rostos me observavam, inclusive os da professora.

- O que você viu Srta. Snape? – indagou Sibila – Certamente uma visão influenciada pelos astros desta sala. Alguma premonição...

- Não... – cortei-a – Desculpe professora... – falei levantando-me - ...mas preciso falar com Dumbledore... Desculpe – disse novamente saindo da sala praticamente correndo, contendo-me para não chorar.

Por que comigo? Por quê?!

Assim que cheguei à gárgula que guardava a entrada da sala do diretor comecei a falar tudo que me vinha à cabeça. Para minha surpresa, funcionou. Logo que a escada mostrou-se subi, porém, vozes fizeram-me parar.

- Dumbledore, receio não ver a relação, não vejo mesmo! – dizia o Ministro da Magia, Cornélio Fudge – Ludo diz que Berta é perfeitamente capaz de se perder. Concordo que era de esperar que, a esta altura, ela já tivesse sido encontrada, mas mesmo assim não temos evidências de qualquer crime... Assim como o desaparecimento dela estar ligado ao de Bartô!

- E o que o senhor acha que aconteceu com Bartô, Ministro? – perguntou Moody.

- Vejo duas possibilidades, Moody – respondeu Fudge – Ou Crouch finalmente enlouqueceu ou então... Bom, a garota foi a única a vê-lo, e todos dizem que o garoto é o namorado dela... Essa menina já causou grande alvoroço no mundo bruxo depois dos artigos da Rita... Talvez seja apenas fruto da imaginação de uma adolescente confusa... – continuou Cornélio, porém, estava tão envolta com meus pensamentos que não ouvi uma palavra sequer do que veio em seguida.

Então não acreditam em mim. Era de se esperar... Devem estar pensando que quero mais fama e atenção... Como se a que tenho já não fosse o bastante.

Saí o mais rápido possível daquela escada e passei a andar pelos corredores.

Aquele homem... É o mesmo dos outros sonhos... Ele acusou rabicho de cometer um erro, mas este foi consertado e alguém morreu. Por isso Rabicho não ia servir de alimento para a cobra... Em seu lugar...

Se antes tinha dúvidas do que as meninas falavam, depois de ver e ouvir tudo aquilo, estou mais do que convencida. Voldemort realmente me quer... E dependendo de minha escolha, posso tomar o lugar de Rabicho e servir de alimento para a tal Nagini...

Essa história já estava indo longe demais.

Ele me quer? Pois então vamos ver se vai conseguir...

A partir daquele momento decidi que daria tudo de mim para vencer o torneio e calar a boca de todos que desconfiavam de mim. Se Voldemort realmente me queria, iria preparar alguma armadilha na terceira tarefa.

Mas dessa vez estarei pronta.

- Pois ele que venha... – sussurrei.


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Notas finais do capítulo

*o* Dessa vez ela está decidida...

A terceira prova será dividida em três capítulos, começando pelo próximo, que é.......

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Capítulo 20 The Labirinth
(...)
— Lutar não significa matar!! gritei levantando-me Depois dizem que a Sonserina é traiçoeira... Não é a casa que faz um bruxo Cedrico, ele mesmo que faz a casa. E aqui estamos. Sonserina tentando salvar o inimigo e Lufa-Lufa tentando matá-lo! Nunca pensei que fosse dizer isso, mas você é um idiota Diggory! falei encarando-o Você tem duas opções. Ou sai daqui agora e assume que é um covarde que mataria por uma taça, ou me ajuda com Vitor e prova que tem caráter. falei firmemente Então, o que vai ser?
(...)
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*o* O que será que aconteceu??