My Little Gift ('The Orphan' - Season 2) escrita por Stéfane Franco


Capítulo 2
Capítulo 1 - Back To Hogwarts


Notas iniciais do capítulo

Aqui estou com a segunda temporada... Tenho várias ideias e um caminho pré-definido... Espero que gostem!!



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Back To Hogwarts

"De volta à Hogwarts"

Havia um ar inquestionável de tristeza de fim de férias quando Violet acordou na manhã de 1º de setembro. A chuva forte continuava a castigar a janela enquanto os garotos vestiam suas roupas, trocaria pelas vestes de escola no Expresso de Hogwarts.

A viagem foi desconfortável, porque todos os Weasley, Harry, Hermione e Violet viajaram espremidos aos seus malões no banco traseiro dos taxis. Sentiram um grande alívio ao desembarcar na estação, embora a chuva caísse mais forte que nunca e eles tivessem se encharcado para atravessar a rua movimentada para entrar na estação com os malões.

- Harry querido, você primeiro. – disse Molly.

Um a um, todos atravessaram a parede entre as plataformas 9 e 10, finalmente chegando ao Expresso de Hogwarts, que os aguardava.

- Violet – 1 de setembro de 1994 -

- Talvez eu volte para ver vocês mais cedo do que pensam – disse Carlinhos, rindo, enquanto abraçava Gina.

- Por quê? – perguntou Fred.

- Você verá – respondeu – só não digam ao Percy que eu falei isso, “afinal, é informação privilegiada até o Ministério resolver divulgá-la”...

- É eu até sinto vontade de estar estudando em Hogwarts esse ano – disse Gui.

- Por quê?! – perguntou Rony

- Vocês terão um ano interessante – respondeu Gui – Talvez eu até peça licença para ir dar uma espiada...

- Uma espiada em quê criatura? – Jorge demonstrava sua curiosidade.

O apito do trem soou.

Está na hora...

- Obrigada por nos convidar, Sra. Weasley – disse Hermione.

- Obrigado por tudo, Sra. Weasley – complementou Harry.

- E desculpe qualquer coisa... – falei.

- O prazer foi meu, queridos... – respondeu – Eu os convidaria para o natal, mas... Bem, imagino que vocês vão querer ficar em Hogwarts, por causa... de uma coisa ou outra... – disse mantendo o suspense e claramente segurando-se para não contar.

- Mamãe! O que vocês três sabem que nós não sabemos? – perguntou Rony novamente.

- Vocês vão descobrir hoje à noite – sorriu – Será bem excitante... Estou muito contente que tenham mudado as regras...

- Que regras? – dessa vez era Gina quem indagava a mãe.

- Tenho certeza que o Prof Dumbledore contará a vocês... Agora, comportem-se! Ouviu bem Fred? E você também Jorge!

- Faltou a Violet – disse Fred.

- Hey! Deixem-me fora disso! – exclamei rindo.

- Vamos pessoal, o trem sairá em poucos minutos! – disse Gui.

- Antes conta o que vai acontecer em Hogwarts! – insistiu Rony.

- Deixa de ser curioso Ron! À noite Dumbledore nos explica... – repreendeu-o Hermione.

Assim que entramos no Expresso senti-me em casa novamente.

- Vou procurar as meninas – avisei – Vejo vocês em Hogwarts!

Não foi muito difícil encontrá-las, afinal, Alessa discutia com Malfoy.

O ano mal começou...

- Não é da sua conta Malfoy! – disse ela.

- O trem nem saiu e vocês já estão discutindo? – falei.

As meninas viraram-se imediatamente, todas com um sorriso no rosto.

- Violet! – exclamou Sophie, indo ao meu encontro e abraçando-me, logo em seguida Mary e Alessa fizeram o mesmo.

- Eu não terminei com você Chambers! – disse Malfoy.

- Mas eu sim. Vamos meninas? Temos muito que conversar – riu Alessa.

Logo encontramos uma cabine vazia e passamos a conversar sobre as férias.

Alessa passou a maior parte delas em Paris com a irmã, Julianne. Sophie e os pais fizeram um “tour” pelo mundo trouxa e Mary permaneceu em casa com os pais.

- Vocês viram o Profeta Diário? – disse Alessa um tempo depois.

- Sim, parece que os seguidores de você-sabe-quem voltaram com força... – comentou Mary. – Minha mãe disse que cada vez mais é chamada para prender Comensais, e agora que o Alastor Moody se aposentou, a maior responsabilidade caiu sobre ela...

- Meu pai também está sobrecarregado... – disse Sophie.

Pierce Seyfried e Catherine Addams eram os melhores aurores do mundo bruxo, só perdiam para o tal do Moody.

- Você viu Violet?

- Não só vi como estava lá... – falei.

- Como assim estava lá? – espantou-se Alessa.

Durante o resto da viagem expliquei tudo que havia acontecido naquela noite, falei sobre Rodolphus, sobre a tal “Belinha”, sobre meu pai e tudo que passei na casa dos Weasley.

- Olá meninas... Sou Gemma Farley, a nova monitora da Sonserina... Só vim para avisar que estamos quase chegando, portanto, coloquem o uniforme sim? – disse a garota antes de sair rapidamente.

Gemma era uma garota muito bonita, tinha cabelos loiros e olhos castanhos. Aparentemente, também era simpática.

Em poucos minutos finalmente o trem parou na estação de Hogsmead. Os alunos saiam em polvorosa de seus vagões. Novamente Hagrid esperava os novatos, porém, quando me viu, acenou e sorriu, o que retribui de bom grado. Logo fomos conduzidos até os barcos e, em seguida, até as carruagens.

- Apesar de já conhecer Hogwarts, ela fica cada vez mais incrível! – exclamou Sophie enquanto atravessávamos os portões e entrávamos no castelo.

Tudo estava exatamente do mesmo modo. Minerva conduziu-nos ao salão principal e, com um sorriso direcionado a mim, voltou para recepcionar os novatos.

O salão tinha o aspecto esplêndido de sempre, decorado para a festa de abertura do ano letivo. As quatro mesas longas das Casas estavam cheias de alunos que falavam sem parar, entre eles o “Trio de Ouro Grifinório”. No fundo do salão os professores e outros funcionários sentavam-se a uma quinta mesa.

O minúsculo Prof Flitwick, professor de feitiços, sentava-se numa alta pilha de almofadas ao lado da Profª Sprout, a mestra de Herbologia. Esta conversava com a Profª Sinistra, do Departamento de Astronomia. Do outro lado de Sinistra estava o mestre de poções. Snape mantinha uma expressão de poucos amigos, como sempre. Ao seu lado havia um lugar vago, logo, deveria ser da Minerva. Bem ao centro da mesa sentava-se o Prof Dumbledore, sorrindo alegremente.

Assim que eu e as meninas nos aproximamos de nosso costumeiro lugar, percebi que Snape encarou-me, porém, diferente do ano passado, ele não era apenas um dos professores, e sim meu pai. Lancei-lhe um sorriso e sentei-me.

- Espero que não demore muito, estou morta de sono! – reclamou Sophie.

- E quando você não está? Parece um urso hibernando! – debochou Alessa.

- Melhor ser um urso hibernando do que uma cacatua falante! – retribuiu a loirinha.

- Agora isso é pessoal – disse Alessa, lançando um pedaço de papel no rosto de Sophie.

- Parem com isso! Sophie, desde quando você revida quando brigam com você? – perguntou Mary sorrindo.

- Desde que meus pais tiveram uma longa e séria conversa comigo... Mamãe era da Sonserina e papai da Corvinal... Disseram que eu tinha que ser um pouco mais... Violet.

- Hey! Que tipo de referência é essa? - reclamei – Palhaça! – novamente começamos uma briguinha de papel.

- Já vi que esse ano sou a única responsável por aqui... – suspirou Mary.

- Então fica quieta senhora responsável, que os novatos já estão entrando! – riu Alessa.

Os novos alunos estavam encharcados pela chuva, muitos tremiam e com certeza a maioria estava nervosa. Um aluno por vez foi chamado à frente e selecionado para sua respectiva casa. Assim que a seleção acabou, o banquete começou. O falatório no salão ficava cada vez mais alto.

- Vocês viram que tem um lugar vago na mesa dos professores? – comentou Mary.

- Sim... É o do professor de Defesa Contra as Artes das Trevas... Até agora nenhum sobreviveu... – riu Alessa.

Quando as sobremesas também tinham sido destruídas e as últimas migalhas desaparecidas dos pratos, Dumbledore tornou-se a levantar. Imediatamente o burburinho cessou, de modo que somente se ouviam o uivo do vento e o batuque da chuva.

- Então! – exclamou ele, sorrindo para todos – Agora que já comemos e molhamos também a garganta, preciso mais uma vez pedir sua atenção para alguns avisos. O Sr. Filch, o zelador, pediu-me para avisá-los de que a lista dos objetos proibidos no interior do castelo este ano cresceu. A lista inteira tem uns 437 itens, creio eu, e pode ser examinada na sala do Sr. Filch, caso alguém queira lê-la.

Quem em sã consciência iria até a sala daquele lunático?

- Como sempre, eu gostaria de lembrar a todos que a floresta que faz parte da nossa propriedade é proibida para todos os alunos, e o povoado de Hogsmead, àqueles que ainda não chegaram à terceira série. – novamente passou os olhos ao redor do salão e continuou – Tenho ainda o doloroso dever de informar que este ano não realizaremos a tradicional Copa de Quadribol entre as casas.

- O quê?! – exclamei.

Todos os alunos reclamavam da notícia, obviamente não gostaram nem um pouco de saber que a Copa fora cancelada.

- Isto se deve a um evento que começará em outubro e prosseguira durante todo o ano letivo, - continuou Dumbledore - mobilizando bastante energia e muito tempo dos professores, mas eu tenho certeza de que vocês irão apreciá-lo imensamente. Tenho o enorme prazer de anunciar que este ano Hogwarts...

Dumbledore foi interrompido por uma trovoada ensurdecedora pelo salão, seguida pelo estrondo da grande porta do Salão Principal ser aberta. Dela apareceu um homem apoiado em um longo cajado e coberto por uma capa de viagem preta, repentinamente iluminado por um relâmpago que cortou o teto. Observou os alunos mais próximos, como se procurasse por alguém, e começou a caminhar em direção à mesa dos professores. A cada passo ouvíamos um ruído metálico.

Assim que alcançou a ponta da mesa, virou e mancou até Dumbledore, que o recebeu de braços abertos. Mais um relâmpago cruzou o teto e, com o canto dos olhos, percebi que Sophie prendia a respiração.

O relâmpago revelou nitidamente as feições do homem. Cada centímetro da pele do estranho parecia ter cicatrizes. A boca lembrava um rasgo diagonal e faltava um bom pedaço do nariz, porém, seus olhos eram os mais assustadores. Um deles era miúdo, escuro e penetrante. O outro era grande, redondo como uma moeda e azul-elétrico vivo. O último movia-se continuamente sem piscar, revirando-se para cima, para baixo e para os lados.

- Eu não acredito! – sussurrou Mary – É ele!

- Ele quem? – perguntei.

- Alastor Moody, o melhor e mais temido auror de todos os tempos! Azkabán está cheia graças à ele! – explicou Sophie, também sussurrando.

- Minha irmã me disse uma vez que ele é terrível no julgamento, ninguém consegue derrubá-lo! – comentou Alessa.

Moody estendeu a mão direita, tão cheia de cicatrizes quanto o rosto, para Dumbledore, ambos conversando animadamente. Após alguns segundos o diretor assentiu e indicou ao homem o lugar vazio à sua direita.

- Gostaria de apresentar o nosso novo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas, Prof Moody.

Normalmente, os novos membros do corpo docente eram recebidos com aplausos, porém, ninguém, exceto Dumbledore e Hagrid, o fizeram. Todos pareciam hipnotizados pela aparência do velho homem.

- Então esse é o famoso Olho-Tonto Moody? – perguntei - Realmente... É assustador!

- Como eu ia dizendo – recomeçou o diretor, sorrindo para todos – teremos a honra de sediar um evento muito excitante nos próximos meses, um evento que não é realizado há um século. Tenho o enorme prazer de informar que, este ano, realizaremos o Torneio Tribuxo em Hogwarts.

- O senhor está BRINCANDO!  - exclamou Fred, praticamente gritando.

- Não estou brincando Sr. Weasley, embora, agora que o senhor menciona, ouvi uma excelente piada durante o verão sobre um trasgo, uma bruxa má e um leprechaun que entram num bar...

Minerva pigarreou alto, devolvendo o foco ao diretor.

- Hum... Mas talvez não seja hora... Onde é mesmo que eu estava? Ah sim, no Torneio Tribuxo... Bom, alguns de vocês talvez não saibam o que é esse torneio, de modo que espero que aqueles que já sabem me perdoem por dar uma breve explicação, e deixem sua atenção vagar livremente. – suspirou e continuou – O Torneio Tribruxo foi criado há 700 anos como uma competição amistosa entre as três maiores escolas europeias de bruxaria: Hogwarts, Beauxbatons e Durmstrang. Um campeão foi eleito para representar cada escola e os três campeões competiram em três tarefas mágicas. As escolas se revezaram para sediar o torneio a cada cinco anos, e todos concordaram que era uma excelente maneira de estabelecer laços entre os jovens bruxos e bruxas de diferentes nacionalidades... Até que a taxa de mortalidade se tornou tão alta que o torneio foi interrompido.

- Taxa de mortalidade? – surpreendi-me.

- Durante séculos houve várias tentativas de reiniciar o torneio – continuou Dumbledore -, nenhuma foi bem-sucedida. No entanto, nossos Departamentos de Cooperação Internacional em Magia e de Jogos e Esportes Mágicos decidiram que já era hora de fazer uma nova tentativa. Trabalhamos muito durante o verão para garantir que, desta vez, nenhum campeão seja exposto a um perigo mortal. – garantiu – Os diretores de Beauxbatons e Durmstrang chegarão com os competidores de suas escolas em outubro e a seleção dos três campeões será realizada no Dia das Bruxas. Um julgamento imparcial decidirá que alunos terão mérito para disputar a Taça Tribuxo, a glória de sua escola e o prêmio individual de mil galeões.

Todos os alunos estavam eufóricos com a notícia, principalmente os do primeiro ano. Vi que Fred e Jorge falavam entre si animadamente, provavelmente confirmando que participariam.

- Violet, não olhe agora mas... O Moody não para de encarar você e o Harry... – avisou Alessa.

- O quê? – perguntei – Como sabe?

- Ele fica o tempo todo te observando, aí passa a olhar para o Harry e depois volta para você...  – disse Mary.

- Por que todos têm que ficar te encarando? – exclamou Sophie.

- E como eu vou saber? Ele que olhe... – ri.

Assim que virei-me para observá-lo, percebi seu olhar me encarando profundamente. Com a ideia de provocá-lo, retribui e sustentei o olhar até que Moody fez uma careta e voltou à atenção ao diretor, que voltara a falar.

- Ansiosos como eu sei que estarão para ganhar a Taça para Hogwarts, os diretores das escolas participantes, bem como o Ministério da Magia, concordaram em impor este ano uma restrição à idade. Somente os alunos que forem maiores, isto é, tiverem mais de 17 anos, terão permissão de apresentar seus nomes à seleção. – imediatamente começou uma onda de reclamações vinda do salão, principalmente dos gêmeos Weasley – Isto é uma medida que julgamos necessária, pois as tarefas do torneio continuarão a ser difíceis e perigosas, por mais precauções que tomemos, e é muito pouco provável que os alunos abaixo da sexta e sétima séries sejam capazes de dar conta delas. Cuidarei pessoalmente que nenhum aluno menor de idade engane o nosso juiz imparcial e seja escolhido campeão de Hogwarts. – o diretor passou os olhos para os alunos desapontados e continuou – Portanto, peço que não percam tempo apresentando suas candidaturas se ainda não tiverem completado 17 anos. As delegações de Beauxbatons e de Durmstrang chegarão em outubro e permanecerão conosco a maior parte deste ano letivo. Sei que estenderão as suas boas maneiras aos nossos visitantes estrangeiros enquanto estiverem conosco e darão o seu generoso apoio ao campeão de Hogwarts quando ele for escolhido. Enquanto nossos novos colegas estiverem aqui, serão divididos nos dormitórios das quatro casas. – avisou – E agora já está ficando tarde e sei como é importante estarem acordados e descansados para começar as aulas amanhã de manhã. Hora de dormir! Vamos andando! – disse ele, voltando a conversar com Moody e dispensando os alunos.

Todos se levantaram e seguiram seus monitores. Gemma nos disse a senha e voltou sua atenção aos novatos.

- Ainda bem que eles diminuíram a idade... Nós do 4º ano com certeza não duraríamos um dia nesse torneio! – brincou Alessa.

Dei uma última olhada na mesa dos professores e encontrei dois pares de olhos me encarando, Moody olhava-me com curiosidade, e Snape com certo alívio.

Por que as pessoas precisam me encarar desse jeito?!


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Notas finais do capítulo

E então?? Quais as apostas para esse ano?