My Little Gift ('The Orphan' - Season 2) escrita por Stéfane Franco


Capítulo 16
Capítulo 15 – Nightmare


Notas iniciais do capítulo

Um aquecimento antes da segunda tarefa??
Boa leitura!!



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Capítulo 15 – Nightmare

“Pesadelo”

- Harry – 15 de fevereiro de 1995 –

- Harry... Você está bem? – perguntou-me Hermione durante a aula de feitiços.

- Não... Eu... Eu descobri uma coisa sobre o Snape e o Moody...

- O que? – indagou Rony.

- Invadiram a sala do Snape semana passada...

- Deve ser algum dos alunos em busca de diversão...

- Não era um aluno. Eu não conseguia dormir, então fui andar pelo castelo...

- Eles te pegaram?

- Não, eu estava com a capa e o mapa. A questão é: eu ouvi o Snape e o Moody conversando nada amigavelmente, e pelo que pareceu, se conhecem muito bem...

- Mas quem invadiu a sala do Snape?

- Crouch.

- O quê? Mas ele está doente!

- Eu vi no mapa! Se estivesse realmente doente não viria á Hogwarts quando bem entendesse... Muito menos invadiria a sala do Snape! – sussurrei.

- Flashback on –

- Quem iria querer invadir sua sala?

- Um estudante, eu diria. Já aconteceu antes. Desapareceram ingredientes para poções do meu estoque particular... Sem dúvida estudantes tentando fazer misturas ilegais...

- Acha que eles andavam atrás de ingredientes para poções, é? – perguntou Moody – Não está escondendo mais nada em sua sala, está?

- Você sabe que não estou escondendo nada, Moody – respondeu ele num tom de voz suave e perigoso – Afinal, você revistou pessoalmente a minha sala, e exaustivamente.

Moody sorriu.

- Privilégio de auror, Snape. Dumbledore me mandou ficar vigilante...

- Acontece que Dumbledore confia em mim – disse entre os dentes cerrados – Recuso-me a acreditar que tenha dado ordens para revistar minha sala!

- Claro que Dumbledore confia em você... Ele é um homem de boa fé, não é? Acreditar em dar uma segunda oportunidade. Mas eu... Eu digo que certos traços de uma pessoa não mudam nunca Snape. Traços que não mudam nunca... Entende o que eu quero dizer?

Nesse momento, subitamente, Snape segurou o braço esquerdo convulsivamente com a mão direita, como se alguma coisa nele o incomodasse. Moody deu uma risada.

- Flashback off –

- Foi então que eles encontraram o Mapa... Por sorte o Prof Moody percebeu que era meu e evitou que o Snape fizesse algo...

- Talvez seja apenas aquela implicância por causa do cargo de professor de DCAT...

- Não, tem algo a mais...

- Flashback on –

- Potter, não lhe aconteceu, por acaso, ver quem invadiu a sala do Snape? Neste mapa, quero dizer?

- Hum... Vi, vi sim... – admiti – Foi o Sr. Crouch.

- Crouch? Tem certeza Potter?

- Absoluta.

- Bem, ele não está mais aqui... Crouch... isso é muito... muito interessante...

Moody ficou calado por cerca de um minuto, encarando o mapa amarelado. Percebi que aquela notícia significava algo para o professor, e por mais que quisesse perguntar, não tive coragem, ele realmente era assustador... Se bem que ele me ajudou e evitou uma grande confusão seguida de diversas detenções...

- Hum... Prof Moody... Por quê o senhor acha que o Sr. Crouch queria dar uma olhada na sala do Prof Snape? – perguntei receoso.

- Vamos por a coisa desta maneira Potter... – disse Moody após longos segundos – Dizem que o velho Olho-Tonto é obcecado em apanhar bruxos das trevas... Mas Olho-Tonto não é nada, nadinha comparado à Bartô Crouch...

- O senhor acha que isso poderia ter alguma ligação com... talvez o Sr Crouch pense que tem alguma coisa acontecendo...

- O quê, por exemplo?

- Não sei... Tem coisas estranhas acontecendo ultimamente, não é? Tem saído do Profeta Diário... A Marca Negra na Copa Mundial, os Comensais da Morte e todo o resto...

- Você é um garoto perspicaz Potter... Crouch poderia estar pensando mais ou menos nesse sentido – disse ele lentamente – Muito possível... Tem havido boatos esquisitos circulando por aí ultimamente, com a ajuda de Rita Skeeter, é claro. Eu reconheço que isso está deixando muita gente nervosa – falou com um resquício de sorriso formando-se em seu rosto – Ah, se tem uma coisa que eu detesto – murmurou mais para si mesmo – é um Comensal da Morte que continuou em liberdade...

- Flashback off –

- Que?! Então você acha que o Moody está aqui para ficar de olho no Snape e no Karkaroff? – perguntou Rony.

- Bem, não sei se foi isso que Dumbledore pediu a ele para fazer, mas não tenho dúvida de que é isso que ele está fazendo. Moody falou que Dumbledore só deixa Snape continuar aqui porque está dando a ele uma segunda chance ou algo assim...

- Harry... Vai ver o Moody acha que foi o Snape quem pôs o nome da Violet no Cálice de Fogo!

- Rony, já achamos que Snape estava tentando matar o Harry e acabou que estava tentando salvar a vida dele, lembra? Além do mais, ele é o pai dela!

- Mas é o Snape... Pode-se esperar tudo dele.

- Não importa o que Moody diz, Dumbledore não é burro. Teve razão em confiar no Hagrid e no Prof Lupin, mesmo que um monte de gente não quisesse dar emprego aos dois, então por que não estaria certo a respeito do Snape? Mesmo que ele seja um pouco...

- ...maligno. – completou Rony. – Ora, vamos Hermione, então por quê todos esses captores de bruxos das trevas estão revistando a sala dele?

- Rony, ele é o pai dela! – insistiu Hermione.

Será que ele passaria por cima da “obrigação” de pai e colocaria em risco a vida da própria filha?

- Por quê o Sr. Crouch está fingindo que ficou doente? – perguntou Hermione, ignorando Rony – É meio estranho, não é, que ele não consiga comparecer ao Baile de Inverno, mas possa vir aqui no meio da noite quando dá na telha?

- Você não gosta do Crouch por causa daquele elfo doméstico, Winky – disse Rony.

- E você quer pensar que o Snape está armando alguma coisa.

- Eu só queria saber o que o Snape fez para receber uma segunda chance...

- Lembrem-se que ele é o pai da Violet... Não se precipitem, isso pode magoá-la... – disse Hermione.

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- Violet – 22 de fevereiro de 1995 -

Dois dias. Apenas dois dias.

Desde que descobrimos o enigma do ovo, eu e as meninas passamos a treinar toda semana. Com o tempo, Harry, Rony e Hermione comearam a ajudar. Minha força e agilidade estavam cada vez melhores, assim como meus reflexos.

Se eu não conseguir passar nessa prova, o esforço valerá à pena para o Quadribol... Com certeza terei grande vantagem no próximo campeonato.

Logo passamos à próxima fase: nadar.

Na primeira vez quase me afoguei, porém, com a ajuda constante de meus amigos e minha inquestionável determinação, progredi bastante na água.

Sophie e Hermione passavam o dia todo na biblioteca em busca de algo para me ajudar a respirar debaixo d’água, porém, decepcionavam-se.

O lago, que sempre via como apenas um elemento a mais na paisagem, atraía meu olhar sempre que me aproximava das janelas. A grande massa cinza-grafite de água e as profundezas sombrias e congelantes atormentava-me cada vez mais. Assim como na primeira tarefa, o tempo corria como se alguém tivesse enfeitiçado os relógios em alta velocidade.

- Você está bem Violet? – murmurou Hagrid, afastando-nos um pouco da turma em sua aula.

- Sim...

- Só nervosa, não é?

- Um pouco...

- Sabe, estive preocupado antes de você enfrentar aquele Rabo-Córneo, mas agora sei que você está à altura. Vai se dar bem... Já decifrou a nova pista, não?

- Sim...

- Você vai vencer. Sei disso... Posso até sentir! Você vai vencer Violet. – assegurou com um sorriso no rosto.

Na noite que antecedeu à tarefa quase não consegui dormir, tive pesadelos a noite toda.

- E a garota?

- Está preparada. Tudo corre bem.

- Ótimo. Nada pode dar errado...

- Violet! – gritou Mary, acordando-me. – Outro pesadelo?

- Sim... Isso está ficando cada vez mais frequente... – falei ofegante.

- Você tem que falar com Dumbledore sobre isso... – disse ela – Mas agora volte à dormir, amanhã precisará estar descansada. - sorriu.

Depois disso acordei outras três vezes. Era sempre o mesmo pesadelo. Via um homem careca e extremamente pálido conversando com alguém sobre um casal de irmãos, mais especificamente a garota. A quarta foi a pior.

Eu estava num cemitério úmido e escuro. Um grupo encapuzado permanecia ao redor de uma grande estátua de mármore. Um anjo esculpido. Aquele mesmo homem parecia cansado e fraco, e ao seu lado, uma enorme cobra grossa e comprida de olhos amarelos olhava na minha direção.

- Sua última chance Berta... – disse o homem debilitado.

- Já disse que não sei! Não tenho acesso a esse tipo de informação... Por favor, não me mate... Por favor! – choramingou a voz de uma mulher que, para minha surpresa, era eu.

- Nesse caso... – insinuou o homem.

Naquele instante, com um aceno do homem, a grande cobra começou a se aproximar. Ouvi novamente a mulher, eu, gritar e chorar, implorar por clemência. Em poucos segundos os longos dentes da serpente cravaram minha pele e rasgaram minha carne.

- Não!!!! Por favor!! – gritava

- Violet... – alguém chamou.

- Não!! Por favor! Está doendo... Por favor!!!

- Violet!! – gritaram novamente.

- Não!! – exclamei levantando-me subitamente. – Não... – lágrimas caiam incessantemente de meus olhos.

- Shhh... Foi só um pesadelo... – confortou-me Sophie enquanto me abraçava.

- Volte a dormir... São quase cinco da manhã – disse Mary – Você precisa descansar...

- Não... Terei pesadelos novamente... Não posso! – chorei

- O que aconteceu? No sonho? – perguntou Sophie – Falar ajuda...

- Era o mesmo homem... Ele... Ele tinha cobra... Uma cobra assustadora! – exclamei – Ele estava... i-interrogando uma mulher... Berta... Ela... Ela está morta! Ela foi...foi...foi assassinada! – minhas palavras saiam entrecortadas e fracas.

- É sério... Você precisa falar com Dumbledore... E vai ser agora! – falou Mary firmemente.

- Não... – neguei – Em poucas horas é a segunda tarefa, não quero atrapalhá-lo...

- Violet, você precisa contar à ele! Não é de hoje que vem tendo pesadelos! – exclamou Sophie

- E dessa vez você viu um assassinato! Isso é muito grave

- Eu não vi... Eu senti... De algum jeito, eu era a mulher, a tal Berta... Eu senti as presas da serpente rasgarem minha pele... – falei.

- Por isso mesmo! – disse Sophie. – Fiquem aqui, já volto... – falou ela deixando o quarto.

- Sophie! – tentei impedi-la.

- Violet, não adianta fugir, você precisa de ajuda... Ter pesadelos é normal, mas sonhar com a mesma coisa todos os dias já é estranho... Nós estamos preocupadas... – disse Mary – Principalmente a Alessa...

Falando nela...

- Onde ela está?

- Detenção. Eu falei para ela não aprontar com a Parinson... – respondeu.

- Sophie –

Assim que deixei o Salão Comunal corri o mais que pude pelos corredores até encontrar com o Sr. Filch e sua gata.

- Parada! – gritou ele alcançando-me – Finalmente consegui pegar uma aluna fora da cama!

- Preciso falar com o diretor... – falei rapidamente

- Mas você vai... Detenção com certeza – riu ele.

Filch agarrou meu braço e “escoltou-me” até a sala de Dumbledore, onde, para minha surpresa, Snape também estava.

- Srta. Seyfried! O que faz fora da cama à essa hora? – perguntou-me o diretor.

- Eu...

- Ela estava correndo pelos corredores fora do horário permitido diretor, deve ser punida! – insistiu Filch.

- E por que fez isso Srta. Seyfried? – perguntou-me Dumbledore ternamente.

- Eu estava vindo para cá, preciso falar com o senhor...

- Tão importante que não podia esperar até o dia amanhecer? – perguntou Snape.

- É importante... Juro que se não fosse nunca sairia do dormitório à essa hora... – insisti.

- Pode soltá-la Sr. Filch... – pediu Dumbledore – O que aconteceu?

- É a Violet... – Snape encarou-me imediatamente – Ela vem tendo pesadelos frequentemente. No início eram apenas sonhos eventuais, mas agora estão cada vez mais frequentes... E é sempre o mesmo sonho...

- Por que resolveu vir apenas agora? – indagou ele atentamente.

- Porque só essa noite ela acordou gritando e chorando cinco vezes... – falei – Estamos muito preocupadas... Nós pedimos para ela vir até aqui, mas como a próxima tarefa é em algumas horas, ela não quer “incomodar”...

- Mary –

Violet ainda estava muito assustada. Passei os próximos minutos tentando convencê-la a dormir, o que deu certo, pois em pouco tempo já estava adormecida em sua cama. Assim, voltei para a minha.

- Não... – sussurrou ela segundos depois – Por favor...

- Violet? – chamei, levantando-me e aproximando-me da garota.

Violet debatia-se na cama, seu rosto estava pálido e sua pele gélida.

- Não... Por favor... Não faça isso... – implorou, soltando lágrimas.

- Violet! Violet acorda! – gritei. – Vamos lá, acorda! Violet!!

- Mary? O que... Violet! – exclamou Sophie ao entrar no quarto e deparar-se com a cena.

Logo em seguida entraram Snape e Dumbledore.

- Violet! – exclamou Snape, aproximando-se rapidamente.

- Srtas... Venham comigo, por favor... – pediu o diretor.

- Violet –

Estava no mesmo cemitério de antes, a cena se repetia. Ali estava a mesma mulher, e como antes, era como se eu estivesse em seu corpo.

A serpente aproximou-se, o terror invadindo minhas veias, senti meu corpo pesar, uma enorme necessidade de correr, de fugir.

- Não, por favor... Não faça isso, por favor... – implorei desesperadamente.

Tentei correr, mas algo prendia meus braços. Tentei fugir, mas os olhos amarelos da serpente mantinham-me como uma presa numa armadilha.

- Violet! – chamou alguém.

- Não!!! – acordei, levantando-me subitamente com a respiração ofegante e cansada.

- Shhh... Está tudo bem... Foi só um pesadelo... – falou Snape abraçando-me ternamente. – Está tudo bem...


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Notas finais do capítulo

E então?? Gostaram?? *o*
Tadinha da Violet... Ninguém gosta de ter pesadelos seguidos na mesma noites não é?

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Capítulo 16 Your Greatest Treasure
(...)
Um grande números de sereianos flutuavam diante de casas enfileiradas que pareciam uma versão local de uma praça de povoado. Um coro cantava no centro chamando os campeões e, logo atrás, erguia-se uma estátua tosca: um gigantesco sereiano esculpido em um pedregulho. Assim que olhei senti meu coração se apertar. Quatro pessoas estavam firmemente amarradas à cauda da estátua.
(...)
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Quem será que ela viu hein?? *o*

Não deixem de comentar, o próximo capítulo ficou incrível!!!
bjjss!!