My Little Gift ('The Orphan' - Season 2) escrita por Stéfane Franco


Capítulo 13
Capítulo 12 – Dancing in the stars


Notas iniciais do capítulo

Finalmente o Baile de Inverno chegou... Muitas coisas acontecerão...
Certa pessoa disse que gostaria de saber como era o colar que pertenceu á Eileen e passou para a Violet.. Bom, nesse capítulo irei mostrar.

Ao longo do texto coloquei alguns links para o Youtube, abram, por favor, as músicas ajudarão a criar um clima mais agradável ^^

Espero que gostem...



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Capítulo 12 – Dancing in the stars

“Dançando nas estrelas”

– Violet – 25 de dezembro de 1994 –

– Violet, acorda!! – gritou Sophie enquanto pulava na minha cama.

– Sophie, me deixa dormir! Estou cansada sabia?! – pedi manhosamente.

– Para de manha Srta. Prince! – exclamou Mary enquanto puxava minha coberta.

– Vamos logo, temos que abrir os presentes!! – disse uma Alessa extremamente empolgada.

– Tá! Tá bom! – rendi-me – Como eu posso recusar algo de vocês três desse jeito?! – ri enquanto puxavam-me pelas escadas.

O salão comunal estava incrivelmente lindo. Por todos os lados havia luzes brancas, a árvore perfeitamente montada prostrava-se num dos cantos, ao lado da lareira, repleta de pacotes coloridos de todos os tamanhos.

– Onde estão os outros? – perguntei ainda sonolenta.

– Provavelmente dormindo... – disse Alessa.

– Exatamente do modo que eu gostaria de estar... São 7 horas da manhã! E é sábado! – reclamei.

– Para de manha Violet, precisamos abrir os presentes antes que os outros alunos cheguem... – disse Mary – Agora peguem seus pacotes e vamos subir... Lá teremos mais privacidade...

Assim que subimos espalhamos os presentes em nossas camas. Fred e Jorge confeccionaram uma linda tiara que mudava de cor, Rony e Gina, por sua vez, deram-me um simples e maravilhoso amuleto de marfim e Harry mandou-me uma caneca branca com alça em formato de cobra. Hermione deu-me um de seus romances preferidos, Hagrid mandou-me uma cesta com inúmeros doces e Mary uma linda pulseira de ouro branco.

Alessa, exagerada como sempre, deu-me um bracelete russo que, segundo ela, era uma das relíquias do mundo trouxa. Luna, por sua vez, confeccionou um lindo e delicado colar de contas douradas. Sophie, romântica como é, entregou-me uma delicada caixinha de música que, quando aberta, reproduzia uma belíssima melodia. Minerva também acabou exagerando um pouco e comprou um delicioso perfume com aroma de flores campestres.

Snape deu-me uma chave prateada média com um delicado laço negro.

O que será que essa chave abre?

O último pacote, para minha surpresa, era uma delicada caixa prateada com um bilhete grudado nas fitas que a prendiam.

“Espero que goste, essas trufas de amora com damasco são conhecidas como as melhores iguarias do lugar de onde venho... Tem um gosto exótico e maravilhoso!”

– Hmm... Quem te mandou isso? – perguntou Alessa com um sorriso travesso.

– Pelo jeito você adorou... Está até sorrindo! – completou Mary.

– Deixem de besteira! – arremessei-lhes uma almofada. – Agora, se me dão licença, preciso dormir... Nem que sejam 10 minutos... – pedi.

– Tá... Dessa vez te damos um desconto... – riu Sophie.

Assim que fechei os olhos dormi pesadamente, porém, diversas imagens vinham à minha cabeça.

– Milorde... Qual dos dois foi escolhido?

– A garota...

– Mas... Eu pensei que apenas o garoto poderia trazê-lo de volta...

– Pois pensou errado! Ela é muito importante para o futuro... Se a tivermos ao nosso lado, o garoto não importará... – sorriu.

– E como faremos para convencê-la?

– Tudo que você precisa fazer é trazê-la até mim e realizar o processo. O resto eu faço...

– Violet!! – gritou Alessa – Violet acorda!

– Ah! – arfei, levantando-me da cama rapidamente.

– Você está bem? – perguntou-me Sophie.

– São aqueles pesadelos de novo? – indagou Mary.

– Sim... Mas dessa vez não parecia apenas um sonho... Era... Era como se fosse uma lembrança... – falei ainda sem fôlego. – Foi tão real...

– Não se preocupe com isso... Foi apenas um sonho... – confortou-me Sophie. – Agora é melhor sairmos... Você dormiu quase 1 hora! – debochou.

Ainda confusa com o sonho, troquei minhas roupas e saí com as meninas. O salão principal permanecia o mesmo de dias atrás, porém, algo me dizia que, assim que chegasse a hora, o lugar seria totalmente transformado.

Durante o restante do dia todos demonstravam a ansiedade pelo baile. Os garotos corriam pelos corredores afoitos e as meninas trocavam conselhos de beleza e confidências. Não vi nenhum professor o dia todo...

Exatamente às 6 horas voltamos para o quarto a fim de nos arrumar. Nas próximas duas horas tomamos banho, arrumamos o cabelo e finalmente colocamos nossos trajes à rigor. A maquiagem ficou por conta de Alessa, que insistia em nos arrumar mais e mais.

– Violet, vamos logo! Temos 20 minutos! – gritou Sophie na porta do banheiro.

– Calma! Só preciso colocar o sapato...

– Falando em sapato... Qual você colocou? – perguntou Alessa

– Aquele que uma amiga minha me deu ano passado...

– Sério?!!

– Pronto... E então... Como estou? – perguntei assim que saí do banheiro já arrumada.

– Uau... Você está linda! – elogiou-me Sophie.

– Digna de uma campeã! – brincou Mary.

– Será que podemos ir agora? – perguntou-me Alessa.

– Só falta um detalhe... – falei enquanto pegava uma pequena caixa preta das minhas coisas – Meu pai me deu isso no meu aniversário... – sorri com um pingente nas mãos. – É meio que uma joia de família...

– É lindo! Vira que eu coloco em você... – disse Mary – Pronto... Ficou perfeito!

– Agora vamos! – insistiu Alessa. – Não vai mesmo contar quem mandou a caixa de trufas?

– Vocês já sabem quem mandou...

– Claro que sabemos, só queríamos uma confirmação... – riu Sophie enquanto deixávamos a torre em direção ao pátio onde nos esperavam.

– Prontas? – perguntou Alessa ajeitando os cabelos de fogo.

– Eu já nasci pronta... – brinquei, dando um passo à frente.

– Minerva –

– Severo, se acalme... Ela já vai chegar! – falei.

– Estou apenas curioso...

– Claro que está... – ironizei – Não se preocupe que ela não está acompanhada por nenhum grifinório, se esta é sua preocupação... – ri

– Não está na hora de você ir buscar os campeões? –perguntou ansioso.

– Sim... E por favor, não morra de ansiedade antes da hora... – brinquei deixando-o sozinho ao lado de Karkaroff e Maxime.

Assim que entrei no saguão de entrada, vi alguns alunos esperando seus pares ao pé da escada. Nesse momento, quatro graciosas garotas desciam.

Mary Addams vestia um longo negro, sendo o busto em couro. Sophie Seyfried usava um vestido longo branco rendado, seus cabelos estavam escovados e delicados brincos prendiam-se em sua orelha. Alessa Chambers, por sua vez, ousava nas cores: um maravilhoso vestido vermelho sangue e um bracelete de serpente.

Porém, foi a quarta garota que realmente chamou minha atenção.

Minha menina estava incrivelmente maravilhosa. Usava um longo vestido em cetim verde esmeralda. Seus cachos negros caiam como cascata sobre os ombros e iam até a cintura. Seus olhos azuis brilhavam com o destaque em preto da maquiagem e, em seu busto, um delicado pingente verde pendia-se graciosamente.

Nenhuma das garotas ao redor chegava perto das incríveis sonserinas à minha frente. Fleur Delacour vestia um simples vestido de cetim cinza-prateado e os cabelos loiros extremamente domados e presos. Luna Lovegood, pela primeira vez, vestia algo totalmente diferente: um vestido de seda azul piscina, com os longos cachos loiros soltos.

A Srta. Seyfried foi recebia por um sorridente garoto Corvinal, a Srta. Addams por um de meus melhores alunos Grifinórios e a Srta. Chambers, como era de se esperar, por um boquiaberto garoto de Durmstrang.

Com um enorme sorriso nos lábios, Violet foi recebida por um orgulhoso Vitor Krum.

– Violet –

Assim que descemos as escadas percebi todos os olhares em nós. Vitor Krum esperava-me com um maravilhado sorriso de admiração, dando-me a mão logo que cheguei ao seu encontro.

– Você está linda... – elogiou-me – Valeu à pena esperar...

– Obrigada... Você até que não está tão mal... – brinquei.

Vitor estava deslumbrantemente vestido com uma espécie de farda vermelha com detalhes em dourado arrematada por uma pomposa capa vermelha com pelugem.

– Campeões aqui, por favor! – gritou McGonagall estagnada ao lado da grande porta de madeira maciça fechada que levava ao salão principal. – Os demais alunos, entrem logo, por favor...

A professora, que trajava vestes à rigor de tartan verde musgo e usava seu tradicional chapéu pontudo negro, mandou-nos esperar a um lado das portas enquanto os demais entravam.

– Obrigada pelas trufas... São realmente deliciosas... – agradeci.

– Que bom que gostou... Na minha terra são muito apreciadas... – respondeu Vitor.

Assim que todos entraram, as portas foram fechadas novamente, e dessa vez restavam apenas os campeões e seus pares do lado de fora. Quando as portas se abrissem, deveríamos entrar em “fila”, sendo Fleur e Rogério Davies os primeiros, seguidos por Cedrico e Cho Chang e terminando comigo e Vitor.

http://www.youtube.com/watch?v=FR2DkJcj73Q

– Tenho o prazer de anunciar os campeões do Torneio Tribruxo e seus pares! – anunciou Dumbledore assim que as portas finalmente se abriram.

Todos no salão aplaudiram quando entramos e nos dirigimos ao centro do salão, que tinha suas paredes cobertas de gelo prateado e cintilante, centenas de guirlandas de visco e azevinho cruzavam o teto escuro salpicado de estrelas.

As quatro longas mesas haviam desaparecido, em seu lugar estavam cerca de cem mesinhas iluminadas por lanternas, acomodando aproximadamente doze pessoas em cada. No fundo do salão uma enorme mesa fora preparada, nela, todos os professores e diretores sentavam-se alegremente, ou quase todos. Dumbledore sorria abertamente, assim como Minerva. Snape laçava-me um olhar diferente, porém, não tive tempo de analisar, afinal, fomos posicionados para a primeria dança da noite, a Valsa dos Campeões.

– Mary –

– Tudo está magnífico! – elogiei.

– Concordo plenamente... – disse alguém ao meu lado.

– Mãe?! – exclamei surpresa – O que faz aqui?

– Bonificação por serviços prestados à Azkaban... – explicou – E então, será que finalmente conhecerei suas amigas?

– Claro... Meninas, essa é minha mãe, Catherine Addams, a melhor auror da nossa geração...

– Não exagera Mary...

– Mãe, essas são Sophie e Alessa. – apresentei-as.

– É um prazer conhecê-las meninas... Á propósito, vocês estão lindas!

– Obrigada sra. Addams... – retribuiu Alessa com um enorme sorriso.

– E a Violet, a quarta campeã do Torneio, está bem alí... De vestido verde... – apontei para a garota de cabelos negros que bailava graciosamente com Vitor Krum.

– Violet –

– Eu não imaginava que você sabia dançar... – comentou Vitor em um dos inúmeros giros.

– Digamos que eu andei treinando um pouco... – admiti. – E você não dança nada mal...

– Tenho aulas de dança e luta desde os 10 anos. Posso garantir que sou um exímio dançarino e competidor... – gabou-se - Mas o que ainda me intriga é a facilidade das mulheres em dançar sobre altos saltos. – falou, fazendo-me rir.

– Mulheres e seus mistérios... – sorri – E saltos não são tão ruins assim... Estou até mais alta que de costume!

– Nisso tenho que concordar... – riu. – Mas continua pequena...

Pouco a pouco os demais professores passaram a ocupar o salão de dança seguidos por seus alunos. Hadrid dançava com Madame Maxime num ritmo totalmente diferente. Dumbledore convidou Minerva que, alegremente, aceitou. Bagman bailava com a Profª Sprout e Karkaroff tinha simplesmente desaparecido.

O ritmo passou a aumentar consideravelmente, assim como a sequencia de rodopios e “levantamentos”. Vitor conduzia-me suavemente através do salão, e, ao contrário do que imaginava, senti-me flutuar... Como se dançasse nas estrelas!

– Está disposta a fugir um pouco do padrão? – perguntou-me Krum

– Nunca fui de obedecer regras... – sorri maliciosamente.

– Então tente me acompanhar... – disse ele. – E não caia, por favor.

Inesperadamente, Vitor pegou a mão que eu repousava em seu braço e girou-me 360º na direção contrária à dos demais. Nesse momento, a música pareceu acompanhar nossos movimentos, pois cada batida era equivalente á um giro meu.

– O que estão fazendo? – perguntou Fleur enquanto passava por nós

– Dançando. – respondeu ele.

Vitor encarou-me como quem iria aprontar algo, e então, surpreendendo-me, segurou com ambas as mãos minha cintura e ergueu-me o mais alto que podia. Dobrei minha perna esquerda assim como num filme da Disney. Logo que pousei meus pés no chão novamente, uma nova batida soou, seguida por novos passos improvisados. Girávamos rapidamente através do salão, e a sensação era maravilhosa!

Naquele momento não percebi, mas aqueles que estavam ao redor afastaram-se ligeiramente. Senti que todos os olhares estavam em nós, assim como flashs contínuos. Snape observava-me atentamente, e algo em seu olhar dizia-me que estava orgulhoso. Minerva e Dumbledore sorriam ternamente, Maxime e os demais professores, por sua vez, apenas acompanhavam cada passo.

Vitor levantou-me novamente, dessa vez rodopiando-me no ar. Minhas mãos soltaram de sua ombros instantaneamente, entregando-se à leveza e à liberdade que eu sentia.

– Minerva –

– Ela dança muito bem não? – perguntei, porém, não obtive resposta. Severo encarava Krum demasiadamente. - Severo Snape, eu não acredito que está com ciúmes da sua filha! – debochei.

– Não fale besteiras Minerva... – reclamou.

– Violet –

Com o Baile de Inverno devidamente aberto, os campeões e seus pares dirigiram-se à mesa principal, onde tínhamos lugares reservados. Assim que chegamos, Vitor puxou uma das cadeiras para mim e sentou-se ao meu lado.

– A decoração está incrível! – comentou – Temos um castelo tambem, não é tão grande quanto este nem tão confortável... Temos só quatro andares e as lareiras só são acesas para finalidades mágicas. Mas a propriedade em que está a escola é ainda maior que esta, embora no inverno tenhamos muita pouca luz solar... Por isso não aproveitamos muito os jardins... Meu irmão David ama correr no jardim, mas no verão todo sobrevoamos os lagos e montanhas...

– Ora ora Vitor! – interrompeu-o Karkaroff com um sorriso obviamente forçado – Não vá contar mais nada agora ou a nossa encantadora amiga vai saber exatamente onde nos encontrar!

– Igor, Igor... Tanto segredo... Assim ela pensará que você não quer visitas... – brincou Dumbledore, dando-me a deixa perfeita.

– Eu jamais pensaria isso... O Prof Karkaroff está certo em manter segredo... Isso cria uma expectativa ainda maior sobre os ouvintes... – sorri.

Pelo canto dos olhos percebi Minerva e Dumbledore sorrirem discretamente.

– Está certa mocinha... – falou com desdém.

– É Violet - corrigi

– Sim... Violet – falou claramente contrariado, o que deu-me uma vontade ainda maior de provocá-lo. – Todos protegemos nossos domínios não? Não estamos certos em nos orgulhar de que somente nós conhecemos os segredos de nossas escolas e mais uma vez, certos em protegê-los? – disse exibindo um sorriso amarelo.

– Ah, eu nunca sonharia em presumir que conheço todos os segredos de Hogwarts, Igor... – respondeu Dumbledore amigavelmente – Ainda hoje de manhã, por exemplo, a caminho do banheiro, virei para o lado errado e me vi em um aposento de belas proporções que eu nunca vira antes e que continha uma coleção realmente magnífica de penicos. Quando voltei para investigá-lo mais de perto, descobri que o aposento desaparecera. Mas preciso ficar atento para reencontrá-lo... É possível que só apareça com a lua em quartil ou quando quem procura está com a bexiga excepcionalmente cheia...

Nesse momento engasguei com o suco de abóbora que tomava, porém, consegui me recompor antes de chamar atenção. Snape franziu a testa, mas Dumbledore lançou-me uma piscadela quase imperceptível, como uma criança que acabara de fazer travessuras.

– Isso não é nada – disse Fleur, extremamente indiferente – No Palácio de Beauxbatons temos esculturas de gelo em volta da sala de jantar no Natal. Elas não derretem, é claro... Parecem enormes estátuas de diamante faiscante pela sala. E a comida é simplesmente divina... – falou com ar de superioridade – Temos também coros de ninfas das matas cantando serenatas enquanto comemos. Não tem essas armaduras feias nos corredores e se um dia um poltergeist entrasse em Beauxbatons, seria expulso... – disse impaciente.

http://www.youtube.com/watch?v=rXBsPT069Ds

– Deve ser maravilhoso viver no Palácio de Beauxbatons... – Snape olhou-me com reprovação, porém, continuei – Esculturas de gelo são realmente impressionantes, mas acho que eu não sobreviveria muito tempo... Além de a temperatura ser extremamente baixa, um coro de ninfas, apesar de lindo, com certeza deve enjoar... Principalmente quando não podemos nos divertir... – acrescentei – Eu prefiro Hogwarts, pois no inverno é aconchegante e alegre, e no verão as Masmorras ficam realmente frescas. O Natal é uma ocasião especial, significa estar junto daqueles que gostamos, significa diversão! Não sei se um monumento tão gracioso quanto Beauxbatons pode oferecer a diversão que um poltergeist oferece... Prefiro mil vezes um lugar mais rústico e histórico como Hogwarts... – concluí.

Assim que terminei, Fleur estava ligeiramente mais pálida e seus olhos fulminavam-me, assim como os de Madame Maxime. Snape e Minerva continham um sorriso de satisfação e Dumbledore sorria abertamente.

– Muito bem colocado Srta. Prince... – disse o diretor – Meu maior objetivo é fazer de Hogwarts um lar para meus alunos... Fico imensamente feliz quando os ouço defender a escola tão bravamente...

Logo Vitor puxou-me da mesa e dançamos novamente, dessa vez algo mais agitado.

– Violet? – chamou-me Mary

– Oi Mary... Está se divertindo? – perguntei enquanto Vitor ia pegar algo para bebermos.

– Com certeza! Esse baile é incrível! – riu – E onde está seu par? – perguntou maliciosamente.

– Foi pegar algo para bebermos... E o seu? – respondi no mesmo tom.

– Não faço ideia... – gargalhou – Eu queria te apresentar uma pessoa... Vem comigo – falou puxando-me pelo braço até a mesa principal. – Violet, essa é a minha mãe, Catherine. Mãe, essa é a Violet... – apresentou-nos.

Catherine era uma mulher alta e muito bonita, não me admirava que Alastor a elogiava tão abertamente. Seus cabelos negros ondulados iam até os ombros, talvez um pouco abaixo. Elegantemente vestida num longo cinza, Catherine conversava alegremente com o professor Moody.

– Ah, Violet, que bom finalmente conhecê-la... – disse amigavelmente – Minha filha fala tanto das amigas que resolvi dar uma escapada para o baile...

– É um prazer conhecê-la Sra. Addams... Mary me disse que a senhora é uma das melhores aurores da nossa época... – falei

– Ah sim... Apenas detalhes... – contornou – Mas ser auror não é nada fácil... Só essa semana tive que perseguir três comensais... Há suspeitas de que algum deles tenha lançado a Marca Negra na Copa... – sussurrou.

Nesse momento Moody engasgou-se com algo que bebia, pediu desculpas e saiu.

Estranho...

– Mamãe, por favor, me diz que não estava jogando charme para ele! – reclamou Mary.

– Mary, isso é jeito de falar com sua mãe? Eu sou casada sabia? E muito bem casada. – repreendeu-a – Estávamos apenas conversando... Ele mudou bastante. Parece que não se lembra de metade de nossas caçadas... – falou pensativa – Está bem diferente do Moody que conheci, diria até que é outra pessoa! – disse preocupada.

– Com licença... Violet, aqui está... – disse Vitor entregando-me um copo.

– Obrigada. Vitor, essa é a mãe da Mary, Catherine Addams. – apresentei-os – Este é Vitor Krum, campeão de Durmstrang.

– Ah sim... É um prazer conhecê-lo Vitor. Ouço coisas incríveis sobre Durmstrang... – falou ela.

Permanecemos imersos na conversa por diversos minutos, até que finalmente Vitor convidou-me para dançar, o que aceitei prontamente.

Bailes são para dançar afinal.

– Harry –

– Como ela pôde vir ao baile com o inimigo? – reclamou Rony enquanto andávamos pelo jardim.

– Mas esse é um dos objetivos do Torneio... Promover a interação entre os alunos! – disse Hermione.

– Não... É para ganhar! Aposto que ele se aproximou dela apenas para conseguir alguma pista do ovo...

– Ron, pare de ser dramático!

– Eu também acho que ela não deveria estar com ele... – posicionei-me.

– Mas você não conta! É apenas ciúmes de irmão mais novo... – riu ela.

– Shhh, estão ouvindo? – sussurrou Ron.

– ...não vejo com o que tem que se preocupar, Igor.

Snape e Karkaroff conversavam numa das partes mais isoladas do jardim escuro.

– Severo você não pode fingir que isto não está acontecendo! – a voz de Karkaroff era baixa e ansiosa, como se cuidasse para ninguém ouvir – Tem se tornado cada vez mais nítida nos últimos meses. Estou começando a me preocupar seriamente, não posso negar...

– Do que eles estão falando? – sussurrou Rony.

– Então fuja! – respondeu Snape com a voz fria – Fuja, apresentarei suas desculpas. Eu, no entanto, permanecerei em Hogwarts.

– E desde quando se tratam pelo nome de batismo? – indaguei

– É melhor irmos antes que eles percebam... O Baile está quase acabando... Vamos! – insistiu Hermione.

– Violet –

– Eu preciso ir... Seu pai está me esperando – disse Catherine à Mary. – Foi um prazer conhecê-las meninas, Sr. Krum... – falou antes de ir até Dumbledore agradecer e deixar o salão.

Pouco a pouco os alunos mais novos voltavam para seus quartos e alguns professores dirigiam-se à suas salas. Alessa, Mary e Sophie já tinham subido, assim como os demais alunos.

– A noite foi maravilhosa... – disse Vitor ao pé da escada – E você está incrível. Obrigado. – beijou minha mão direita – Boa noite Violet... – despediu-se.

– Boa noite Vitor... – retribuí com um sorriso no rosto enquanto Krum se afastava.

– Espero que sejam apenas amigos... – comentou alguém logo atrás de mim.

– Está com medo de sua filhinha arranjar um namorado? – ri aproximando-me.

– Você é muito nova para essas coisas... – falou carrancudo – Mas em algo devo concordar com ele... Você está incrível.

– Obrigada... – sorri.

– Sua mãe ficaria orgulhosa de vê-la hoje... E sua avó também... – acrescentou – Ela gostaria de saber que a joia que tanto amava não vai para o túmulo comigo...

– É um colar muito bonito... Quando estou com ele me sinto mais próxima dela... – falei.

Snape aproximou-se e envolveu-me nos braços.

– Não cresça muito rápido sim? – pediu enquanto afagava meus cabelos.


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Notas finais do capítulo

Vestidos das meninas:Sophie: http://1.bp.blogspot.com/-PwLg6kqL1sg/UmCmI816HsI/AAAAAAAAA5M/ejc8ygV5clU/s400/Baile+de+Inverno+%25283%2529.pngMary: http://1.bp.blogspot.com/-Oj8u2fwC5ww/UmCmLc0aO_I/AAAAAAAAA5Y/_hvDVK3dam0/s320/Baile+de+Inverno+(2).pngAlessa: http://1.bp.blogspot.com/-xW4ox_XMy4s/UmCmKOwTtZI/AAAAAAAAA5U/XwWyFq5sds0/s400/Baile+de+Inverno+%25284%2529.png------------Por quê Snape deu uma chave? O que abre?E o baile, gostaram???Muitas pessoas perguntaram sobre o Fred, não se preocupem, logo logo ele aparece e descobrimos como ele foi..."dispensado"....------------Este capítulo saiu um pouco da rotina... MAS, a partir do próximo, voltaremos ás tarefas do Torneio.-----------Capítulo 13 The Golden Egg(...)- É isso... - sussurrei encarando a longa mesa do café.- Isso o quê? - perguntou Mary.- É isso!! - gritei - (...) - raciocinei - Alessa, você é um gênio! - levantei-me arrumando minhas coisas.- Eu sei que sou um gênio, mas... O que você quis dizer mais especificamente?- Muito obrigada! - exclamei dando-lhe um beijo estalado na bochecha - Vejo vocês depois! gritei saindo do salão.(...)----------------------O que será que Violet descobriu? *o*Não deixem de comentar...