My Little Gift ('The Orphan' - Season 2) escrita por Stéfane Franco


Capítulo 11
Capítulo 10 – Facing The Dragon


Notas iniciais do capítulo

Heyy!! Prontos para a primeira tarefa??



(Mudei a capa, gostaram???)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/418973/chapter/11

Capítulo 10 – Facing The Dragon

“Enfrentando o Dragão”

- Violet – 24 de novembro de 1994 –

Cada passo em direção ao cercado me deixava mais nervosa, por todos os lados via rostos repentinamente desconhecidos gritando meu nome, e mais á frente descansava o Rabo-Córneo húngaro, que cuidava de alguns ovos. Dentre os ovos estava meu objetivo: o ovo de ouro.

Fechei meus olhos na tentativa de me acalmar. Nesse momento, imagens corriam em minha mente. Dumbledore, Minerva, Moody, Sirius, Harry, Mary, Sophie, Alessa, Snape... Hogwarts! Todos contavam comigo e confiavam em mim.

Vamos Violet, por que o medo? Você consegue... É só se concentrar...

Suspirei fundo e isolei qualquer barulho que pudesse me atrapalhar. Logo tudo ao meu redor desapareceu, minha única visão era o ovo dourado e o dragão que teria que ultrapassar.

- É hora do jogo – sorri pegando minha varinha.

Dei um passo à frente em direção ao meu objetivo, porém, nesse momento o rabo cheio de espinhos do dragão bateu nas rochas à minha frente. Consegui desviar rapidamente e escorei-me numa das pedras ao meu lado. O Rabo-Córneo encarou-me e rugiu, soltando uma enorme chama vermelha que por pouco não me atingiu. Fiz menção de ir para a esquerda e, assim que o dragão acompanhou meu movimento com suas chamas, corri para a direita.

- Se quiser me impedir terá que ser mais rápido amigo... – sorri cinicamente.

Pulei algumas rochas e me escondi atrás de outras. Porém, logo sua enorme cauda atingiu as mesmas e as estilhaçou.

- Por que eu abri minha boca?! – sussurrei enquanto desviava de seu rabo novamente.

Consegui driblar sua cauda três vezes, porém, na quarta, o dragão húngaro acertou-me no estômago, lançando-me longe.

- Essa doeu... Não precisava ser tão bruto... – gemi.

Para quem olhasse, a cena era realmente cômica. Eu estava de quatro, no chão, com uma das mãos sobre o estômago e os cabelos, anteriormente presos, certamente bagunçados. O dragão rugiu novamente e soltou uma grandiosa chama assim que levantei meu rosto. Sem ao menos pensar, me joguei de lado no chão e consegui desviar mais uma vez do fogo, mas dessa vez a dor começava a me consumir.

Ainda deitada de costas no chão frio, segurei minha varinha e, com todas as forças que podia, chamei pela minha vassoura.

- Accio Firebolt! – exclamei.

Outra chama atingiu o lugar que eu estava, mas não consegui desviar tão rápido quanto deveria, o que deu-me uma pequena queimadura no braço direito.

Droga!

Ainda escorada numa das pedras, vi ao longe minha vassoura chegar. Sai do lugar que eu estava e quase fui atingida por outra chama.

- Isso cansa sabia? – falei ironicamente para o feroz dragão.

Consegui enganá-lo novamente e corri o mais rápido que pude na direção contrária, onde pulei no enorme “abismo” que existia e fui amparada por minha vassoura. Todos da arquibancada gritavam de excitação.

Agora é a minha vez!

Assim que subi na minha Firebolt, senti como se estivesse num jogo de Quadribol, e que meu objetivo era pegar o ovo e evitar o dragão. Manobrei de modo que consegui chegar até o ovo, porém, uma das chamas do “húngaro” impediu-me de pegá-lo.

Voei mais alto para pegar impulso, mas, nesse momento o dragão arrebentou a corrente que o prendia e voou em minha direção.

- Ah não... Você não vai me pegar! – exclamei.

Rapidamente desviei de seus enormes dentes expostos e voei o mais rápido que pude. Não podia voar em círculos, então, fui à direção da bancada dos professores e subi. O maldito dragão continuou a seguir-me e destruiu o “telhado” da bancada.

Voei o mais rápido que pude para longe da “arena”, mas ele continuava a me seguir. Rapidamente alcancei o castelo e tentei despistá-lo na ponte que ligava as salas, que acabou destruída com a força de seu rabo. Rumei então para as torres, onde teria uma chance de despistá-lo e voltar para pegar o ovo.

O tempo fechado e a neblina que se formava não ajudavam em nada, e nesse momento fui atingida por um grande emaranhado de espinhos pontiagudos e cai da vassoura no telhado da torre de astronomia. Senti minhas mãos formigarem e meu estômago fervilhar, mas nenhum impediu-me de agarrar-me em uma das janelas.

O dragão pousou numa das torres mais altas e rugiu, aparentemente ainda não tinha me encontrado. Olhei para baixo e vi minha vassoura presa num dos aros.

- Vamos lá Violet... Você consegue... É só pular! – falei para mim mesma.

Respirei fundo e pulei. A sensação era horrível, e meu estômago estava prestes a devolver meu almoço. Consegui segurar-me no aro logo abaixo e, ignorando a forte dor que se apoderava de minhas mãos, alcancei a vassoura. A essa altura, o dragão húngaro encontrou-me e estava se aproximando. Assim que peguei minha vassoura, suas garras arrebentaram a janela que me escorei segundos antes e destruiu o arco em que estava, mandando-me pelos ares.

Montei na Firebolt e voltei para o controle, fugindo das garras do ainda mais feroz dragão.

Preciso de um plano... E rápido!

O Rabo-Córneo chegava cada vez mais perto, e eu ficava cada vez mais cansada. Logo senti uma ardência nas costas.

- Ahh!!! – gemi, sentindo dores nas costas, nos braços e nas mãos, que sangravam levemente. Meu rosto ardia com o vento cortante e minhas pernas latejavam.

Assim que avistei a ponte novamente, decidi enganar o dragão definitivamente. Voei o mais rápido que pude e contornei o que ainda restava como uma agulha à costurar.

O dragão parecia confuso com as voltas, e aproveitei sua distração para passar por dentro da ponte. O Rabo-Córneo seguiu-me, porém, por ser grande demais, as estacas em pedra ruíram em sua cabeça, derrubando-o na imensidão logo abaixo.

Com a sensação de alívio finalmente me invadindo, voltei rapidamente para o lugar onde estavam todos. As dores me invadiam cada vez mais, mas resisti. Assim que avistei a “arena”, percebi que minha vassoura estava fraca e prestes a quebrar, então, apressei-me ainda mais.

- Só... mais... um pouco... – arfei.

Estendi minha mão na direção do ovo e prossegui... Estava perto... Mais perto...

Quando finalmente senti a superfície lisa e fria do ovo dourado, minha vassoura ruiu e derrubou-me brutalmente nas rochas de costas.

- E Violet Prince, nossa quarta campeã, foi classificada para a próxima etapa! – gritou Bagman com um tom alegre indicando alívio.

Com o baque senti todo meu corpo arder e minha respiração falhar. Quando finalmente abri meus olhos, resolvi verificar o estrago em minhas mãos, mas o que vi era um dragão furioso se aproximando mais e mais.

- Oh não... De novo não... – sussurrei.

O Rabo-Córneo aproximou-se brutalmente e atingiu sua enorme cauda espinhosa em minha direção. Com as forças que ainda me restavam, rolei para o lado.

- Ahh! – gemi quando cai em cima de uma rocha pontiaguda.

- Segurem ele! – gritou alguém.

Logo inúmeros bruxos lançaram feitiços no enorme dragão, que lentamente caia. Abri os olhos e percebi que seria atingida por seu corpo, e antes que pudesse reagir, senti braços me agarrarem, tirando-me dalí.

- Violet?! – exclamou ele num tom extremamente preocupado.

- Hmm... – gemi ainda de olhos fechados enquanto ele me colocava numa superfície macia.

- Violet! – gritou Minerva logo em seguida. – Por Merlin, Violet, você está bem?

- Ela por acaso parece bem?! – respondeu um Snape desesperado.

Ouvi uma série de pessoas chamarem por mim. Abri meus olhos e encontrei Snape e Minerva sentados ao meu lado e Dumbledore, Crunch e Bagman observando-me atentamente.

- Violet, o que aconteceu? – perguntou-me o diretor.

- Acho que terá que concertar o telhado das torres do castelo, recolocar uma das janelas e reconstruir a ponte... – falei com um fraco sorriso no rosto.

- Você destruiu o castelo?! – disse Crunch.

- Não tive muito tempo para avaliar os estragos, mas creio que foram muitos... - tentei brincar, porém, minha voz fraca e compassada traiu-me.

- Isso não importa agora... Você precisa ir para a enfermaria – disse Minerva com um sorriso de alívio.

Senti uma pontada no estômago, minhas mãos ardiam e meus olhos imploravam por fecharem-se. Minha última lembrança antes de adormecer foi a sensação de alguém pegando-me nos braços.

-------

Meu corpo doía e minha cabeça pesava. Algo incrivelmente quente estava sobre minha mão direita. Lentamente abri meus olhos, mas tudo que vi foram luzes brancas e vultos. Tornei a fechá-los e reabri-los, dessa vez funcionou. Olhei ao meu redor e percebi que estava sozinha, e a “coisa quente” sobre minha mão era a de outra pessoa.

- Pai? – sussurrei para o homem ao meu lado.

- Violet! Finalmente acordou! – falou aliviado. – Ponfrey! – gritou.

- O que aconteceu? – perguntei.

- Aconteceu que a senhorita conseguiu queimar as costas e machucar as mãos. Tem hematomas no estômago e cortes no rosto. – disse-me Ponfrey entrando na enfermaria ao lado de Minerva e Dumbledore.

- Você realmente conseguiu destruir o telhado de cinco torres e duas janelas do último andar... Sem contar a ponte completamente em ruínas... – repreendeu-me Minerva.

- O importante é que conseguiu completar a primeira tarefa com louvor! – parabenizou-me Dumbledore.

- Muito bem mocinha, mas agora você precisa descansar... – disse Ponfrey

- E nós já estamos de saída... – falou Dumbledore – Estimamos melhoras Violet.

- Obrigada – disse enquanto ambos deixavam a enfermaria.

- Prof. Snape... – começou Ponfrey na tentativa de tirá-lo de lá.

- Eu não vou sair. – respondeu friamente, ainda segurando minha mão.

- Tudo bem... – suspirou – Você já está medicada, vou acalmar suas amigas e já volto... - disse ela, saindo também.

- Foi você que me tirou daquele lugar quando o Rabo-Córneo voltou não é?

- Sim... Você estava claramente cansada e não conseguiria desviar á tempo... – explicou

- Obrigada – falei com um sorriso. – E eu fiz o que pediu...

- O que eu pedi? – perguntou confuso.

- Eu voltei... – concluí.

- Sim... Você voltou... E se não voltasse eu ia atrás de você onde quer que estivesse! – exclamou acariciando meu cabelo.

Snape levantou-se e beijou minha testa ternamente.

- Não me assuste desse jeito novamente... – pediu.

- Tenho mais duas tarefas a cumprir... – brinquei

- Nem me lembre... – revirou os olhos.

Snape não saiu do meu lado um segundo sequer. Dormi e acordei várias vezes e, sempre que abria os olhos, ali estava ele.

- Srta. Prince! Que bom que está acordada – falou Bagman alegremente enquanto entrava na enfermaria acompanhado pelos demais campeões – Prof. Snape... – cumprimentou. – Está melhor Violet?

- Com certeza... – falei.

- Ótimo... Como a senhorita ficará aqui alguns dias e preciso passar as informações sobre a próxima tarefa á todos os campeões juntos... Decidimos te fazer uma visita. – sorriu.

- Quais foram os estragos? – perguntou-me Vitor.

- Deixe-me pensar... Queimaduras nas costas, braços, mãos e pernas machucadas, cortes superficiais no rosto... Ah sim... Eu consegui destruir o telhado de cinco torres e duas janelas do último andar... Sem contar a ponte completamente em ruínas... – acrescentei sorrindo.

- Apenas detalhes... - sorriu Bagman - Todos vocês foram ótimos! Agora, só umas palavrinhas. Vocês têm um bom intervalo até a segunda tarefa, que terá lugar às 9h30 da manhã de 24 de fevereiro, mas vamos lhes dar alguma coisa em que pensar durante esse tempo! Se examinarem os ovos de ouro, verão que eles se abrem... Estão vendo as dobradiças? Vocês precisam decifrar a pista que está dentro do ovo, porque ela dirá qual será a segunda tarefa e permitirá que se preparem! Entenderam? – perguntou – Ótimo, agora vou indo, creio que a Srta. Prince precisa descansar para sair logo dessa enfermaria e prosseguir com as detenções que certamente tem... - disse lançando-me uma singela piscadela.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então??

—-----
Capítulo 11 5 Invitations
(...)
— Violet, você é tão teimosa e explosiva que todos os garotos têm medo de te convidar... debochou Alessa durante o jantar.
— Isso é bom... Pois apenas aqueles que valem realmente à pena vão me convidar... falei.
— Ou quem não tiver opção... completou Sophie.
(...)
— Primeiro (...). Alguém mais se candidata? disse ironicamente às meninas, que olharam-me maliciosamente e caíram na risada. O que?
— Violet? chamou-me Harry.
— Isso já é perseguição... sussurrei, deitando meu rosto na mesa. Sim Harry?
—-------

O próximo será um pouquinho cômico... Espero que gostem ^^

—-----

Ju Ferrer, muuuuito obrigada pela recomendação, fiquei muito feliz com tudo que disse, realmente, muuito obrigada!!!