Dona Distância - 1ª Versão (HIATOS) escrita por Capitã Sparrow


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Olá meus pudinnnnnnnnnns *-*
Antes que vocês atirem pedras e objetos cortantes em mim, deixem eu me explicar... Eu realmente sinto muito por ter demorado tanto tempo para postar, mas eu tive muitos problemas nesses últimos meses... Foi muita coisa que me abalou de forma que eu não consegui escrever sequer uma palavra. Eu sei que não existe desculpa, mas eu peço que me perdoem meus amores >< Eu não queria ter demorado tanto...
Foram problemas pessoais, a faculdade me pressionando, o trabalho com pessoas que não gostam de mim me colocando para baixo, o fracasso do último cap ~ eu não estava nada confiante com aquele especial e a falta de leitores confirmou meus pensamentos...
Estive com medo de estragar a fic e também não sabia o que os leitores estavam pensando, visto que mais de cem "acompanham" e nem dez me dizem se esta bom ou não... O medo do plágio também me dominou por um tempo, mas eu superei tudo isso e voltei com um cap novinho para vocês! o/ Por favor, me desculpeeeeeeeeeem >< Eu realmente espero que gostem, pois coloquei muito carinho aqui *~*
LEIAM AS NOTAS FINAIS QUE VOU FAZER REVELAÇÕES BOMBÁSTICAS!! ^^



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Tempo vagava pela Terra pensando na visita que havia feito a Distância, já estava arrependido de ter ido até lá. Ela mexia com ele, de forma a fazê-lo questionar e repensar seus planos.

Isso não era bom.

Definitivamente o contrário de bom.

“Ela precisa de você.” A Emoção sussurrava em seu ouvido como um fantasma. Estava ali, mas não estava ao mesmo tempo.

“Não, não precisa. Você está preso no passado, se deixar que te domine, perderá tudo que conquistou. Deixe para trás o que deve permanecer lá. Esqueça.” Retrucou Razão rispidamente.

“Você sabe que ela precisa de você.” Dizia a Emoção de modo suave, ignorando a outra que insistia em argumentar racionalmente. As duas discutiam incansavelmente dentro da mente de Tempo, seus pensamentos misturavam-se aos delas, deixando-o enlouquecido e furioso.

“Saiam da minha cabeça, gêmeas intrometidas!” Pensou alto, calando as duas vozes instantaneamente. “Vocês não podem me dominar, são meros sentimentos. Eu não sinto!” Ele estava de si.

Emoção fez uma careta e começou a soluçar.

“Seu grosso!”

Razão apenas encarou Tempo com seus olhos frios, fazendo-o mergulhar dentro deles. Ela sabia que Tempo era acima de tudo, racional. Deu um pequeno sorriso de lado e ajeitou os óculos que insistiam em escorregar. Colocou o braço nos ombros da irmã, que ainda estava brava por ter perdido aquele duelo, e sem olhar para trás as duas foram embora, deixando-o sozinho.

Ele era mais forte que elas e se as mandasse calar, o fariam. Ninguém diria a ele o que fazer. Muito menos dois Sentimentos em fase de crescimento. Elas ainda teriam que ver muita coisa para serem dignas do seu respeito.

Quando olhou ao seu redor, se viu cercado por humanos apressados que corriam esbarrando uns nos outros sem se importar. Eles matavam a si mesmos, aos outros e destruíam sua única casa sem sequer piscar. Por que ele, um ser superior, deveria se importar? Precisava mais do que nunca manter seus olhos no futuro, em seu futuro ao lado de Morte, a melhor aliada que poderia ter. Levara muito para alcançar sua posição, não podia fraquejar.

Distância o tornava fraco.

Tornava-o vulnerável. E ele não poderia ter nenhuma fraqueza. Precisava esfriar seu coração e apagar as memórias que não deveriam existir.

“Maldição!”

Sua cabeça parecia prestes a explodir. Tinha que fazer algo. Algo que deixasse o Passado no Passado. Tempo sabia o que fazer, mas tinha receio do quanto aquilo o mudaria. As consequências seriam grandes.

“Não há outra saída.” Decidiu por fim. Era necessário.

Continuou andando sem rumo, observando os humanos friamente. Achava alguns deles extremamente repugnantes e indignos de misericórdia. Odiava lembrar que já havia sido um deles. Era perturbador. Suspirou profundamente e fechou os olhos. Quando os abriu, estava sentado em um banco na praça onde tudo havia começado. Aquele lugar era carregado de lembranças, memórias de outra vida que não mais lhe pertenciam.

Quando um Conceito, assim como Tempo, se tornava um Conceito, as lembranças do que havia sido antes desapareciam. Era como se sempre tivesse sido o que havia se tornado. Nascia como um novo ser e sem passado algum. Apenas com o presente e um futuro incerto à sua espera. Mas com Tempo havia sido diferente, ele havia se lembrado de tudo que havia vivenciado antes de se tonar o ser que todos conheciam e respeitavam. Lembrara-se de tudo.

Lembrara-se de Distância.

– Argh! – Tempo passou as mãos pelos cabelos grisalhos com força, deixando-os revoltosos. Queria esmagar os pensamentos, queria que fosse mais fácil esquecer-se de tudo.

***

Em algum lugar, perto da costa sul-ocidental do oceano Atlântico, uma mulher andava entre os escombros de um avião tomado pelas chamas, parecia prestes a explodir.

Você poderia pensar ser uma sobrevivente, mas algo nela não parecia certo. Seus olhos eram escuros e livres de medo ou dúvida, não pareciam humanos, eram frios e cruéis, não se importavam com o terror instalado naquele lugar. Na verdade seu sorriso demonstrava apreciar a situação.

A mulher era alta e esguia, sua pele de mármore tinha um tom quase acinzentado, como se estivesse morta. Usava um vestido extremamente negro e longo, composto por mil sombras das almas mais escuras e vis que cruzaram seu caminho. Ela própria havia costurado-as, mas uma delas se soltou formando uma fenda que exibia toda a extensão de sua perna direita. Seus sapatos eram feitos de sangue cristalizado das últimas vidas que havia tomado. Possuía vários pares que adorava exibir como troféus, alguns tons mais vibrantes, outros serenos e escuros, as cores variavam bastante. O que havia escolhido para a ocasião era um rubro muito forte e vívido, parecia novo, recente.

Ela aparentava seus quarenta anos, mas seus olhos sombrios denunciavam a mentira, eles não poderiam pertencer a ninguém com menos de quatro séculos. Eles pareciam contar histórias antigas, de tempos escuros e bárbaros, que você não gostaria de ouvir.

A Morte ia de banco em banco, distribuindo o último beijo daquelas pobres criaturas. Seus lábios estavam em carne viva, de tantas almas que havia levado naquele único dia.

***

Tempo ergueu a cabeça e olhou para frente decidido. Estava cansado de olhar para trás. Ele sabia o que fazer e sabia que tinha que fazer naquele lugar, enterraria naquela praça tudo que deveria ter permanecido ali. Era mais que simbólico, era como se o lugar emanasse algum tipo de... Poder.

Ele se levantou e caminhou até uma garota de feições orientais, que lia um imenso livro sem notar o que acontecia ao seu redor. Estava sentada sob uma majestosa árvore, carregada de flores brancas.

“Me desculpe.” Pensou enquanto se inclinava até ficar na mesma altura da garota. Ela levantou os olhos em resposta, como se pudesse ver Tempo a sua frente. Parecia confusa e curiosa, mas não falou nada. Apenas sorriu para ele.

“Um caminho sem volta.”

Ele tocou a moça, sentindo o coração dela pulsar fortemente, bombeava a vida pelas suas veias, pelo seu corpo.

Sem tirar os olhos dos dela, Tempo alcançou o frágil órgão com seus dedos gélidos, fazendo-a tossir com força e começar a sufocar. O ar já não chegava a seus pulmões e seu coração estava mudando, envelhecia nas mãos do Conceito. O corpo da garota caiu para o lado e não mais se mexeu, suas bochechas, antes rosadas, começaram a assumir um aspecto roxeado, esfriando rapidamente.

Um homem viu a garota cair e correu, tentando socorrê-la, mas era tarde. O Tempo havia passado por ela.

***

Distância não sabia mais o que fazer. Passara o dia inteiro sentindo-se o mais solitária possível, mas Solidão parecia se recusar a visitá-la. Distância gritava seu nome repetidas vezes, implorava até sua garganta doer, mas logo após o silêncio voltava a reinar, causando a mais terrível tortura.

Ela nunca encontraria Solidão dessa maneira. Precisava de ajuda.

Bola de Pelos esfregava o focinho nos pés de Distância, parecia entender a tristeza e o desespero que abalavam sua dona. A coelhinha pulou em seus braços e tocou com seu focinho gelado a bochecha de Distância, causando-lhe um sorriso inevitável.

– Não se preocupe Bola de Pelos. Eu sei o que fazer. – sussurrou para a coelhinha.

Ela andou até a porta da frente e saiu, seguida pela Bola de Pelos. Olhou para cima e fechou os olhos por alguns instantes, sentindo uma lágrima brotar no canto de seu olho direito. Encheu-se de força e olhou para a única estrela acima de sua cabeça. Sentiu quando seu corpo começou a mudar, já estava acostumada, mas dessa vez algo estava diferente. Seu corpo estava jovem e seus cabelos brancos, como sempre. Então, da raiz na parte de trás de sua cabeça, surgiu uma mecha negra. Ela não notou.

Deixou que seus pensamentos se acalmassem dentro de si, e colocou-os em ordem, tudo que podia pensar era: As estrelas nunca falham.

Então, com um sorriso, sussurrou ao vento:

–Traga-me a Solidão.

***

Morte sentiu ventos gélidos vindos do norte. Parecia ser algo interessante. Até desconfiava de seu significado. Deixou os escombros do avião para trás, minutos antes de ouvir uma grande explosão.

Sorriu.

A mulher de preto arqueou as sobrancelhas e olhou para o local de origem daqueles ventos, curiosa. Um nome surgiu em sua cabeça, mas antes que pudesse pronunciá-lo, sentiu um gosto amargo de sangue em sua boca, sangue que não lhe pertencia. Era o gosto de uma alma que não fora roubada por ela.

A mulher gargalhou aproveitando o sabor em sua boca, como se fosse a melhor coisa que havia provado nas últimas décadas. E se deixou carregar pelos ventos do norte.

***

Os olhos do Conceito pareceram escurecer e um sorriso sádico surgiu em seus rosto, então soprou as palavras no rosto da menina:

– Seu Tempo acabou.


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Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam do Tempo e da Morte? :3 huhuhuh
Se puderem deixar um comentário dizendo se estão gostando do rumo da fic, se gostaram da nova personagem ou qualquer coisa que quiserem me dizer, bem.. Eu ficaria muito feliz! *w*
E TANANANAMMMMM ~ musiquinha de suspense tocando no fundo
SOBRE A REVELAÇÃO BOMBÁSTICA ~~ HUHUHUHU
Eu vou fazer uma brincadeira com vcs, meus lindjos que ainda lêem essa fic o/
Eu vou sortear TRÊS leitores e EU MESMA farei os presentinhos :3
COMO PARTICIPAR:
MANDE POR MP, OU NOS COMENTÁRIOS AS SEGUINTES PERGUNTAS:
1! Qual(is) o(s) personagem(ns) que mais gostam de Dona Distância?
2! Se pudesse escolher entre uma ilustração feita por mim ~ eu não sou A desenhista, mas já passei da fase dos palitinhos kkk ~ OU uma oneshot focada no seu personagem favorito, o que gostaria de ganhar?
3! Estão gostando da fic? Algo em especial? Conversem comigo, eu não mordo OwO HUHUHUH
ATENÇÃO! NÃO ~ prestem atenção nesse não ~ NÃO VAI GANHAR A MAIOR RESPOSTA NEM NADA DO TIPO! VAI SER UM SORTEIO FEITO COM TODOS QUE RESPONDEREM AS PERGUNTAS O/
Participem ^^ Quero agradecer a todos que me apoiaram e não deixaram essa fic morrer! o/
(podem mandar as respotas até o dia 01/10 ~ meu aniversario *-* ~ Não precisa ser nada elaborado, se vc tem vergonha ou não fala muito, seja simples e direto o/ Não tenham vergonha, eu sou um pudim assim como vocês :3)
Muito obrigada meus pudins... Por tudo! Amo vcs! ^-^
Bjinhooooooooooooos ;*