Um Novo Level escrita por Alexia Dankan


Capítulo 9
Primeiras missões


Notas iniciais do capítulo

Acho que ficou um tanto longo.. devo me desculpar?



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/418458/chapter/9

Luna POVs

Yann: E essas são as missões.

Estávamos em frente ao castelo de Lumbrigde. Fazia uns seis meses desde que havíamos chego em Guilenor. Decidimos ficar e aproveitar. Mahoma convenceu Scarlet e Sarah a ficarem dizendo que, com o conhecimento que iriamos obter, poderíamos achar algo que nos tirasse de lá.

Ficamos observando o quadro com algumas ofertas de missões penduradas. Uma caixa estava sob uma mesa logo abaixo do quadro, com mais missões. Eram centenas de folhas, e cada uma era uma missão. Em cada folha, dizia o nome, com quem deveríamos falar para iniciarmos, e tudo o que precisaríamos de início. Quem avaliaria se eramos bons o suficiente para começar, era quem ofereceu a missão. Devíamos retirar a folha do quadro ou da caixa, caso fossemos iniciar, pois a missão só poderia ser feita uma vez.

Yann: Já escolheram?

Nos entreolhamos. Era a primeira vez que iriamos fazer algo novo separados.

Me aproximei do quadro e retirei uma que, a princípio, não parecia ter muito combate envolvido.

Yann: Muito bem, Luna. O cozinheiro de Lumbrigde é uma pessoa legal, você vai se divertir.

Os outros três pegaram folhas do quadro e voltaram para as mesmas posições de antes. Ficaram encarando as folhas.

Yann: O que estão esperando? Vão!

Continuamos parados.

Yann: Quando terminarem, podem ir para a minha casa. Quero saber como se saíram.

Eu ainda estava me acostumando com a ideia de que eu morava sozinha. Yann havia nos ajudado a ter uma casa própria no nosso segundo mês naquele mundo. Ele estava sendo muito legal conosco, mas confesso que as vezes me perguntava se ele não estava tentando se livrar da gente.

Fui a primeira a sair.

O Assistente do Mestre-Cuca, pensei.

Entrei lentamente pela porta do castelo. Estava vazio, até então. Comecei a escutar alguém reclamando, e alguns barulhos de panelas, então segui o som.

Virei o corredor à esquerda, e segui em frente até encontrar uma porta aberta.

Um homem com uma calça de quadrados brancos e azuis, um avental branco, e um chapéu de chefe, caminhava desesperadamente pela cozinha.

Cozinheiro: O que devo fazer?

Me aproximei

Luna: Você não me parece muito feliz.

Cozinheiro: Não, não estou. O mundo está desmoronando à minha volta. Estou cheio de sentimentos negros de uma maldição iminente.

Comecei a me perguntar se ele iria continuar com o drama por muito tempo.

Luna: O que houve?

Ele pareceu ficar mais desesperado ainda com a minha pergunta.

Cozinheiro: Ai minha nossa! Estou em uma terrível encrenca! Hoje é o aniversário do duque e eu deveria estar fazendo um belo e grande bolo de aniversário usando ingredientes especiais...

Ele fez uma pausa.

Luna: Mas...?

Cozinheiro: Mas eu esqueci de pegar os ingredientes. Nunca os conseguirei a tempo agora. Ele vai me demitir! O que eu vou fazer? Tenho quatro filhos e um bolo para criar!

Puxa vida, QUATRO?

Ele parecia ter se esquecido do anuncio que colocará no quadro de missões, até que...

Cozinheiro: Você me ajuda? Por favor?

Tenho que admitir, que o drama excessivo do homem me assustou um pouco, a ponto de eu repensar se devia ajudar... mas eu realmente fiquei com pena.

Luna: Mas é claro, fico feliz em ajudar!

Seu humor mudou rapidamente.

Cozinheiro: Ah, obrigado, obrigado! É preciso dizer, entretanto, que esse não é um bolo comum. Somente os melhores ingredientes podem ser usados! Eu preciso de um ovo bem grande e de leite e farinha extra fina!

Que tipo de ovo ele quer, exatamente? É tudo igual...

Luna: E onde é que posso encontrar tudo isso?

A expressão alegre que dominava o rosto do homem se tornou séria de repente.

Cozinheiro: É esse o problema. Eu não sei ao certo. Eu geralmente peço para o meu assistente consegui-los para mim, mas ele se demitiu.

Ele caminhou até uma mesa e começou a escrever num pedaço de papel. Em seguida, me entregou.

Cozinheiro: Aqui. Talvez você possa descobrir mais sobre eles.

No papel, estava escrito o que parecia ser nomes de lugares.

Bom, vamos lá.

Scarlet POVs

O nome da minha missão era "Pacto de Sangue". Parecia que ela começava no cemitério de Lumbrigde, com uma mulher chamada Xênia.

Quando cheguei, havia apenas uma velha. Com exceção dela, o local estava vazio. Me aproximei.

Xênia: Fico feliz que tenha vindo. Preciso de ajuda.

Fiquei surpresa, confesso. Ela foi bem direta.

Xênia tinha cabelos brancos que iam até um pouco abaixo da nuca, e usava uma blusa roxa que ia até os pés. Após chegar na cintura, a parte de cima do visual se dividia em dois, tampando totalmente a parte de trás de suas pernas, dando a impressão que era uma calça, caso as pernas não ficassem juntas. Ela também vestia uma calça cinza e botas marrons comuns.

Scarlet: Como você sabe quem eu sou?

Xênia: Ah... eu tenho minhas maneiras. Tenho a impressão de que tenho que ficar de olho em você. Você pode ser uma heroína um dia.

Eu gostei do elogio.

Scarlet: De que ajuda você precisa?

Xênia: Alguns devotos de Zamorak foram para as catacumbas com uma prisioneira. Não sei o que eles estão planejando, mas com certeza não é um chá da tarde.

Ela fez uma pausa, para saber se eu estava prestando atenção.

Eu sabia que Zamorak era um deus, mas nunca tive paciência o suficiente para saber da história dele ou coisa assim, mas, a primeira impressão que ele me causou até agora não foi muito boa.

Xênia: Eles são três, e eu não sou tão jovem quanto da última vez em que estive aqui. Não quero entrar la sem reforços.

Não precisei pensar duas vezes.

Scarlet: Eu ajudo você.

Ela ficou animada.

Xênia: Sabia que você me ajudaria! Não temos tempo a perder. Desça as escadas primeiro, eu vou atrás de você.

Ela apontou para uma pequena construção, semelhante a uma capela. Me aproximando, vi as escadas e as desci.

Pudemos ouvir uma conversa:

Um homem: Vamos, Kayle! Não podemos esperar para sempre.

Kayle: Tem certeza Reese? Deve haver outro jeito.

Reese: Fizemos um pacto de sangue, Kayle! Nós três estamos juntos nisso até o fim.

Kayle: É, mas...

Uma mulher: Temos que levar essa idiota?

Reese: Sim! Lembre-se do pacto de sangue! Você leu o livro!

Idiota: Me deixe! Eu não fiz pacto de sangue nenhum com...

Reese: Cale-se! Kayle, você fica aqui vigiando a porta. Você, vem comigo.

Escutamos passos de pessoas se afastando, logo em seguida, Xênia sussurrou para mim:

Xênia: Parece que tem um guarda na próxima sala. Eu acho que nós temos chances de derrota-lo. Fale comigo se tiver alguma pergunta.

Em seguida, ela me deu um leve empurrão.

Mal entramos na sala quando Xênia foi acertada por uma flecha. Levei a velha para um canto seguro da sala.

Xênia: Ah... Parece que estou mesmo velha para isso. Você terá que fazer o resto sem mim.

Fiquei feliz. Não por ela ter se machucado, mas por eu poder fazer as coisas do meu jeito.

Xênia: Eu vou com você, mas não entrarei em combate. Me avise se estiver machucada, posso compartilhar comida.

Suspirei e em seguida concordei.

Xênia: Ele está usando uma arma de combate a distancia. Ataque-o diretamente e...

Scarlet: Eu posso lidar com isso.

Ela se calou. Em seguida, fui até o arqueiro inimigo.

Dizer que ele não resistiu bem seria mentira. Pela voz, percebi que aquele era o tal Kayle.

Kayle: Você... você vai me matar?

Sorri, maliciosamente.

Scarlet: Vou. Morra.

Enfiei minha espada em seu coração, e então ele finalmente morreu.

Xênia: Foi uma pena você ter que matar aquele homem... mas não discordo do seu julgamento.

Seguimos em frente.

Mahoma POVs

Fui até a torre dos magos. Ela era realmente linda. Aprendizes e mestres vestidos com túnicas azuis caminhavam por todos os lados.

De acordo com isto... ele está no primeiro andar.

Um comprido feixe de luz se localizava no meio da sala. Pessoas sumiam e apareciam ali. Acabei pensando alto.

Mahoma: O que é isso?...

Uma aprendiz próxima a mim me respondeu.

Aprendiz: É um feixe, ué. Você nunca o usou? Você pode ir para todos os andares da torre com isto.

Fiquei admirado. Em seguida, ela me empurrou para o meio dele, e realmente, fui levado para o primeiro andar.

Alguns estudantes estavam do outro lado do grande lugar ao qual fui levado. Pude ouvir alguém falar consigo mesmo.

Alguém: Minhas esferas! Onde estão minhas esferas?

Olhei para trás, e percebi que a frase vinha de um idoso. Relendo a folha que havia pego algum tempo antes, percebi que aquele era o Mago Mizgog, o homem com quem deveria falar.

Me aproximei, timidamente.

Mahoma: Posso ajudar?

Ele começou a choramingar.

Mizgog: O Mago Grayzag, meu vizinho, decidiu que não gosta de mim por alguma razão, então convocou um exército de milhares de diabinhos. Esses diabinhos roubaram várias coisas minhas. Com a maioria dessas coisas eu não me importo muito, são só ovos, rolos de lã, coisas assim.

Fiquei esperando ele dizer o real problema.

Mizgog: Mas eles roubaram as minhas esferas mágicas! Tinha uma vermelha, uma amarela, uma preta e uma branca. Esses diabinhos agora estão espalhados por todo o reino. Você poderia recuperar minhas esferas para mim?

Mahoma: Por que não?

Ele ficou feliz.

Mizgog: Você tem que matar quaisquer diabinhos que encontrar e pegar quaisquer esferas que eles largarem.

Mahoma: Pode deixar comigo.

Ele se virou e, ignorando a minha presença, começou a mexer em seu armário. Percebi então que era hora de ir.

Diabinhos. Onde irei encontrar diabinhos?

Caminhei até chegar em Varrock. Parei na magnetita para descansar, quando vi um anão vermelho correndo. Olhando melhor, aquilo não era um anão. Me levantei rapidamente.

Mahoma: DIABINHOOOOOOOOOOOOOO!

Aqueles que passavam ficaram olhando em volta. Não me importei.

Alguém: ONDE? É MEU!

Um garoto que parecia ser mais novo que eu veio correndo em direção ao diabinho, mas antes que ele pudesse fazer algo, consegui matar o animal. Infelizmente, ele não tinha nenhuma "esfera mágica".

Alguém: EU VOU ACHAR TODAS AS ESFERAS E ME TORNAR UM MAGO EXEMPLAR, COMO O MAGO MIZGOG!

Em seguida, o garoto sumiu. Sem efeitos, sem nada. Ele desapareceu. Fiquei olhando para o lugar onde menino estava há poucos segundos. Sem deixar rastros.

Agora, olhando para o lugar onde estava o diabinho, comecei a me arrepender de ter escolhido ajudar o tal Mizgog.

Isso vai ser difícil...

Sarah POVs

Com um pouco dificuldade para achar o lugar, cheguei na Aldeia dos Duendes. Eu devia falar com os generais Verrugoso e Narizcurvo.

Bati na porta. É cada nome...

O que parecia ser um empregado, abriu a porta.

Verrugoso: Melhor armadura verde.

Narizcurvo: Não, não, vermelho toda vez.

Verrugoso: Vai embora, humana. Nós ocupados.

Então por que pediram ajuda?

Sarah: Por que está discutindo sobre a cor de sua armadura?

Narizcurvo: Nós decide celebrar século novo de duende trocando a cor de nossa armadura, tamos cansado do marrom. Queremo uma mudança.

Verrugoso: O problema é que eles querer mudança diferente que nós.

Sarah: Você não preferiria a paz?

Verrugoso: Sim, paz é bom desde que paz esteja usando armadura verde.

Ai meu Deus...

Narizcurvo: Mas, verde muito parecido com pele. Quase te faz parecer pelado.

Ele está certo.

Sarah: Você quer que eu escolha uma cor de armadura para você?

Verrugoso: Sim, contato que escolha verde.

Narizcurvo se irritou.

Narizcurvo: Não! Tem que escolher vermelho!

Sarah: Que tal uma cor diferente? Nem verde, nem vermelho?

Eles pensaram por um instante.

Narizcurvo: Isso quer dizer que mim errado... mas, pelo menos Verrugoso não está certo!

Verrugoso: Mim não sabe como isso é. Temos que ver armadura, ai nós decide.

Narizcurvo: Humana! Você traz armadura com cor nova!

Verrugoso: Que cor experimentamos?

Por um momento, me senti excluída da conversa - que agora já estava mais amigável.

Narizcurvo: Armadura laranja talvez seja bom.

Verrugoso: Joia, traz armadura laranja.

Apenas afirmei com a cabeça.

Onde que posso conseguir isso?

Scarlet POVs

Tive a impressão que fui a ultima a terminar a missão, pois assim que cheguei na casa de Yann, todos já estavam lá.

Era noite, e eu estava cansada, mas eu sabia que se não passasse ao menos para dizer um oi, iriam atrás de mim.

Satanás veio me atender na porta, e me guiou até a sala de jantar.

Sarah: SCARLET!

Ela se levantou e veio até mim.

Sarah: Por que demorou tanto? Estávamos preocupados.

Mahoma: Nem todos...

Sarah: Fique quieto.

Sarah me guiou até uma das cadeiras.

Luna: Como foi a sua missão?

Scarlet: Fácil demais, na minha opinião.

Percebi que Yann, que estava encostado na porta, me encarava com um olhar desaprovador.

Mahoma: Se foi tão fácil, por que demorou?

Droga.

Scarlet: Fiquei conversando com Xênia.

Luna: Mas o que você teve que fazer?

Scarlet: Salvar uma garota de ser morta por uns zamorakianos...

Yann: Zamorakianos são bem difíceis de lidar, estou surpreso que tenha sido fácil para você.

Sorri em resposta.

Resolvi que era hora de ir embora.

Me levantei.

Sarah: Onde você vai?

Scarlet: Pra casa.

Sarah: Você nem tocou na comida.

Scarlet: Eu sinto muito. Satanás, me acompanhe até a saída.

O mordomo demônio, que estava no canto da sala nos observando, veio até mim.

Mahoma: Isso, abandone os amigos.

Scarlet: Já pedi desculpas.

Em seguida, sai da sala. Ainda longe, pude ouvir Mahoma falar sobre sua missão.

Mahoma: Diabinhos merecem mesmo esse nome.

Todos riram, menos eu.

Mais tarde, em casa

Demorei para chegar em casa. Ela ficava em Taverley, e mesmo sabendo que poderia ter usado teletransporte, fui andando. Não me sentia bem para usar magia e tinha medo de fazer algo errado.

Joguei as roupas que vestia fora, já que estavam tão rasgadas que não valia a pena perder tempo arrumando. Vesti novas, e resolvi ir dormir mesmo sem me alimentar. Durante os seis meses, percebi que ninguém usava pijama.

Amanhã, iria em busca de mais treinamento. Eu devia melhorar, eu precisava.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

espero que estejam gostando ^-^



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Um Novo Level" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.