Broken Wings escrita por Sweet Heart


Capítulo 4
Interrogatory for Breakfast


Notas iniciais do capítulo

Ela conseguiu corrigir!!! Te amo mt, Beta!!! Desculpem o atraso, o capítulo deveria ter sido postado ontem, mas a Mel teve uns probleminhas no pc. Ela explica isso depois nas notas finais.OBS: Muito obrigada Im Alive e Dreamy por recomendarem a fic!! Mandem suas ideias para o especial, pois vai ser dedicado a vocês!Até lá embaixo, amores :3



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Quando Lucy finalmente abriu os olhos, sorriu ao perceber que a dor que anteriormente se estendia por todo seu corpo estava praticamente erradicada. A luz da manhã que entrava pela janela parecia iluminar as paredes branco azuladas do quarto, deixando-as com um aspecto quase límpido, que a lembrou, quase inconscientemente, do Céu.

Porém, infelizmente, não se podia dizer o mesmo do resto do quarto. Os móveis pareciam empoeirados e desgastados, mas apesar de tudo a loira gostou bastante da decoração delicada e rústica que ornamentava o ambiente.

Aquele quarto definitivamente teria pertencido a uma mulher. Ela achava que o Guerreiro moreno havia mencionado um nome... Ur, talvez?

Lucy distraidamente tateou o lençol em volta de si, apenas para descobrir que o corpo do anjo ruivo não estava mais ao seu lado. Ela havia sentido sua presença preocupada por quase toda a noite e queria agradecê-lo por isso. E também, é claro, por salvá-la.

Uma voz baixa e infantil a fez se distrair de seus devaneios:

─ Caída-san! Já está acordada? Estavamos preocupados com você!

Quando Lucy respondeu positivamente, uma garotinha de cabelos azuis entrou saltitando quarto adentro, equilibrando uma xícara com um estranho líquido negro em uma das mãos. A loira achou que o sorriso estampado no rosto da garota e seus movimentos graciosos a faziam parecer uma pequena fada.

─ Ohayo, Fada-chan. ─ Sorriu, deixando-a se sentar ao seu lado. ─ Quanto tempo eu fiquei...?

─ Quase 10 horas. Quer dizer, você estava acordada quando eu te coloquei embaixo do chuveiro para limpar o sangue seco. Mas enquanto eu estava fechando seus cortes, você apagou. Achei que isso facilitaria o processo de cura, por isso não te acordei. Só achei que foi difícil tirar você do box naquele estado...

─ Espera um pouco... Você me deu banho? ─ O anjo não podia deixar de mostrar sua incredulidade ao olhar o corpo infantil e aparentemente fraco a sua frente.

─ Não fique tão surpresa, eu sou mais forte do que pareço e você nem é assim tão pesada. Aliás, fique feliz que fui eu a fazer isso. O Loke parecia bem mais animado com a ideia.

O sangue pareceu fluir para as bochechas de Lucy, deixando-a corada na mesma hora. A garotinha percebeu isso e rapidamente tentou consertar o erro.

─ Meu nome é Wendy e o seu, Caída-san? ─ Ela ofereceu a mão à Lucy. ─ Ou eu posso continuar te chamando assim, se quiser.

Lucy negou rapidamente, não queria ser lembrada a todo o tempo que fora expulsa de casa.

─ O meu é Lucy, Lucy Heartfilia.

Os olhos de Wendy brilharam quando ela aceitou o comprimento. A energia da loira pareceu fluir para todos os lados, entrando em conflito com a sua própria. . Mas a garota não revidou nem por um segundo já que pela primeira vez se sentiu como uma igual daquela espécie.

Se afastando lentamente, Wendy entregou a xícara à Lucy.

─ Isso é café, vai ajudar a te despertar. ─ Ela saltitou até a porta do quarto, mas antes de sair pareceu se lembrar de algo. ─ Ah, eles estão te esperando para tomar café da manhã. Não demore muito ou o Loke e o Gray vão se atrasar para a escola... Pode pegar o que quiser do armário, acho que o Gray não vai se importar. ─ Ela sorriu mais uma vez, fechando a porta do antigo quarto de... Ur?

#♥#

Wendy praticamente saltitava escada abaixo, mais animada do que jamais esteve desde resolvera viver com os anjos.

A energia de Lucy foi como um banho que a purificou por completo. Ela sempre se sentiu mal por ser a mais “impura” dos moradores da casa, mas agora tudo isso pareceu ter ficado para trás. Nem mesmo Loke poderia chateá-la agora.

─ Falou com ela, Wendy? ─ Gray perguntou quando ela entrou na cozinha. Ele fritava alguns ovos em um enorme fogão enquanto Loke tomava uma xícara de café na mesa no centro do recinto.

─ Ela já está vindo! ─ Sorriu, pulando pela cozinha como uma criança humana. Ela parou ao lado de Loke, que se afastou discretamente. ─ Não importa, baka... Amo vocês do mesmo jeito. Apesar de você ser a criatura mais irritante que eu já conheci.

E antes que o ruivo pudesse evitar, Wendy se inclinou e beijou sua face, rindo da reação do anjo em seguida.

─ O que diabos...?!?

─ Não diga isso! ─ Advertiu Gray, mas um sorriso estava formado em seus lábios. ─ Ora, ora... Acho que aquele anjo que você resgatou ontem está começando a mudar um pouco as coisas por aqui.

#♥#

Lucy olhou receosa para o armário a sua frente. Mesmo que Wendy tivesse dado o consentimento, ela se preocupava com a possível reação do anjo moreno. Ele parecia estranhamente ligado à antiga dona do quarto e ela temia que ele ficasse zangado se usasse algo dela.

─ Lucy-san, hayaku! ─ A voz de Wendy ecoou pelo quarto, apressando-a.

Ela suspirou e colocou a primeira roupa adequada que viu pela frente. Um vestido azul-gelo que roçava em seus joelhos, com uma delicada renda que fazia com que a clavícula e os ombros não ficassem a mostra. Pelo visto, Wendy só havia curado os cortes em suas costas.

Após descer as escadas, um delicioso cheiro de ovos fritos e bacon atingiu Lucy assim que entrou em um corredor, fazendo seu estômago se agitar. Ela o seguiu até conseguir chegar à cozinha.

─ Ohayo, minna. ─ Cumprimentou em voz baixa, ainda um pouco tímida. ─ Wendy disse que estavam me esperando...

─ Ohayo, Lucy. ─ Loke respondeu, largando sua xícara imediatamente e se levantando para puxar uma cadeira para ela. ─ Dormiu bem?

─ Sim, muito obrigada por se preocupar tanto, senhor.

Gray colocou um prato na frente de Lucy, nele havia três pedaços de bacon, dois ovos, uma fatia de pão integral com geléia e um morango perfeitamente maduro.

─ Espero que goste da minha comida, Lucy. ─ Sorriu na direção da loira, que encarava o prato hipnotizada. ─ E pode parar, por favor, de nos chamar de senhores? Temos a mesma idade. Bom, pelo menos fisicamente. Me chame de Gray e ele de Loke, não é tão difícil.

─ Tudo bem, se... Gray. ─ Lucy tentou falar, mas sua boca já estava cheia com apenas uma mordida do pão.

Loke se sentou na frente dela, observando-a cuidadosamente. Ela parecia completamente alienada a todo resto.

─ Etto, Lucy, eu sei que provavelmente você não vai querer falar a respeito... Mas precisamos saber por que você caiu.

A loira imediatamente parou de mastigar para olhar assustada para os dois homens a sua frente.

─ E não tente esconder, não poderemos deixar você ficar se não contar o que aconteceu.

─ Eu não me lembro, de verdade. Só sei que havia muita dor, depois muito sangue... E até um grito. Isso é tudo que eu lembro... ─ Gray e Loke se encararam por um tempo, com uma expressão de duvida. Lucy não gostou nada disso. ─ Confiem em mim.

O ruivo suspirou, passando as mãos pelos cabelos sem saber o que fazer.

─ Ela não seria capaz de mentir sobre isso, Gray. Acho que pode ser verdade.

─ Todos sabem mentir. Até uma... ─ Ele interrompeu a frase, olhando para Lucy que agora pegava delicadamente o morango. ─ Qual era a sua posição antes de cair, anjo?

─ Principado... ─ Respondeu distraidamente, mordendo a suculenta fruta.

Nenhum dos anjos pareciam preparados para essa resposta. Eles olhavam incrédulos para ela.

─ Lucy, você não seria a “filha” do Gabriel, seria? ─ Loke perguntou hesitante, chegado mais perto.

Confusa, a loira apenas assentiu, não entendendo por que tanta comoção da parte deles.

─ Essa história é mais complicada do que eu pensei. Um Arcanjo não expulsaria uma protegida assim. ─ Gray se afastou, andando distraidamente pela cozinha, como sempre fazia quando pensava em algo.

Lucy olhava a cena meio desconfortável.

─ Ahh... Gray, suas roupas.

Com um arquejo, o moreno correu para recolocar a camisa, se desculpando imediatamente. Lucy e Loke tentavam conter seus sorrisos.

─ Parem de rir agora... Ruivinho, precisamos ir. Já devemos estar atrasados. ─ Gray pegou sua mochila e atirou a outra no anjo que ainda estava sentado. O assunto anterior parecia estar esquecido. ─ O diretor não gosta de atrasos e você sabe disso.

Loke se levantou rapidamente, dando um beijo na bochecha de Lucy antes de correr porta afora.

─ A gente se vê na hora do jantar, anjinha. A Wendy vai te fazer companhia enquanto estivermos fora. ─ Ele sussurrou no ouvido dela, mas logo se afastou apressado. ─ Corre, Gray! A gente não pode se atrasar!

─ Já estou indo, espere! ─ Ele se esqueceu completamente de se despedir de Lucy, por isso gritou já do lado de fora. ─ Pode pegar o que quiser da geladeira se estiver com fome! E você ficou linda no vestido da Ur!

A última frase ficou abafada, mas Lucy pareceu entender e sussurrou um “obrigada” em resposta.

Depois de vários minutos, Wendy finalmente se juntou a ela, roubando um pedaço de bacon do prato da loira.

─ A rotina deles é bem pesada, não é Wendy? ─ Lucy brincou com o resto de seu café, espalhando os ovos intocados pelo prato.

─ Acho melhor se acostumar... Escutei os dois conversando sobre te levar para a Fairy Tail quando estivesse recuperada. ─ A garotinha, percebendo o que havia falado, colocou as duas mãos sobre a boca. ─ Meu Zeref, eu não podia ter falado isso... Era segredo. Gomen ne, Lucy-san.

Mas apesar de todas as desculpas, a loira não parecia estar mais escutando. Ela sorria enquanto apenas duas palavras ainda ecoavam em sua mente.

“Fairy Tail”

Essas realmente deveria ser palavras especiais para não saírem da cabeça da loira nem por um segundo depois que as ouviu.


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Notas finais do capítulo

Críticas positivas, negativas, ameaças? Mandem reviews para comentarem sobre o rumo que a fic está tomando e se vocês estão gostando.Nota da Beta linda da Namie (tofu) Chan:"Galerinha, desculpa a demora mas meu computador lindo decidiu simplesmente não abrir nem o word! Mas agora ta tudo certo.Obrigada por esperar Tofu! Te amo babyAté a próxima, galerinhaBeijinhos no rim!"