Broken Wings escrita por Sweet Heart


Capítulo 2
My Fallen Hero


Notas iniciais do capítulo

Eu prometi, não? Aqui está o primeiro capítulo! Mt obg a todos que deixaram aquelas reviews maravilhosas. Responderei todas, é uma promessa.Um agradecimento especial à: Juviasama (Primeira review e por favoritar a fic) Isabelle Caroline (favoritar) , JuuhDragneel (favoritar) e Happy Wave (favoritar). Espero que vcs gostem desse capítulo tanto quanto o outro.



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Ainda desorientada, Lucy rapidamente tentou se levantar, ignorando a desagradável sensação de letargia que atingiu seu corpo assim que começou a se mover. Todos os músculos dos seus braços já começavam a protestar, exaustos pelo esforço mínimo.

O vento frio que batia em seu rosto a fazia trincar os dentes. O ar terrestre era muito mais poluído do que poderia imaginar em comparação com o ar puro do Céu, tanto que precisou de vários segundos até que se acostumasse e conseguisse respirar normalmente sem ter uma irritante crise de espirros.

Quando achou ter conseguido apoio suficiente, sua mão deslizou pela grama úmida com seu próprio sangue fazendo-a perder o equilíbrio. Não pode conter um grito quando seu corpo frágil se chocou contra a terra fria, provocando uma dor angustiante. Parecia que não conseguiria se levantar tão cedo mesmo que quisesse.

Pela primeira vez, percebeu que suas roupas, embora já degradadas antes da queda, agora estavam sujas e rasgadas, expondo muito mais pele do que estava acostumada.

Ignorando a dor e o medo, logo se acalmou o suficiente para poder observar o local onde estava com mais atenção. Olhava para as árvores que a rodeavam com uma curiosidade quase infantil. Era a primeira vez que via tudo aquilo por olhos humanos. Era quase... Fascinante... Apesar de assustador.

Tudo era muito novo para ela. Só estivera na Terra uma vez e ainda assim, por muito pouco tempo. A ideia de passar a eternidade naquele pesadelo era aterrorizante.

Lucy não podia fazer nada além de fechar os olhos e esperar pelo destino que acompanhava todos os Anjos Caídos. Sem ajuda, ela nunca iria conseguir se recuperar por completo e estaria condenada a passar todo o resto de sua vida imortal definhando lentamente naquele local, apenas pensando no dia que iria poder voltar para o seu amado Céu.

#♥#

Como todos os dias tediosos de sua vida, Loke caminhava lentamente de volta para sua casa após um longo dia de estudos. Realmente não entendia por que precisava aprender sobre a história dos humanos, como seus corpos funcionavam e as línguas que falavam. Ele já sabia de tudo isso sem precisar frequentar aquele lugar que chamavam de escola.

Também não entendia por que havia ficado de castigo naquela tarde, só podendo sair da escola depois de arrumar a sala de aula que praticamente destruiu. O diretor não entendeu que foi um acidente quando esmurrou o rosto daquele humano com o mínimo de força que possuía. Só não foi um acidente quando o humano revelou que não era tão humano assim... E com certeza não foi um acidente quando Loke atirou uma cadeira contra ele, quebrando uma janela no processo.

Ele continuou com suas reclamações e devaneios até que escutou um baque surdo no chão, seguido por uma claridade quase desconfortável que iluminou as ruas escuras de Magnólia. Ele suspirou horrorizado ao identificar que já havia visto uma coisa parecida acontecer antes e rezava para não estar certo dessa vez.

Sem pensar duas vezes, correu até o local onde pensou ser a origem do barulho. Agora ele pensava estar ouvindo um resmungo baixo vindo debaixo das árvores.

Logo encontrou o que menos queria ver. Deitada nas sombras estava uma garota encolhida em posição fetal. Pedaços de cetim branco, que deveriam ser de suas roupas antes da queda, eram as únicas coisas que cobriam seu corpo e a protegiam do frio absurdo de Magnólia.

Havia uma enorme quantidade de sangue ao seu redor e ao lado do próprio antebraço estavam duas penas rosadas que deveriam ser de suas asas. Ela era apenas mais um Anjo Caído que não teve a sorte de cair de pé.

Hesitante, Loke andou na sua direção, as botas negras fazendo uma trilha pelo líquido fresco. Agachou-se ao lado dela, tocando suavemente seu ombro.

Ei. Chamou, sacudiando-a. ─ Você está bem, anjinha?

A menina abriu os olhos assustada. Seus enormes orbes cor de chocolate faiscaram com força ao ver alguém tão perto de si.

─ Por favor... Não me machuque... ─ Ela gemeu, se encolhendo contra o chão frio. ─ Eu não agüento mais nenhuma dor...

Loke se sentiu imediatamente tentado a proteger aquela garota. Sua voz só transmitia medo e pureza e ela parecia realmente não entender o que tinha feito para Cair.

─ Pode confiar em mim, anjo. ─ Loke sussurrou, pegando a mão de Lucy e guiando-a até os músculos de suas próprias costas. Quando os dedos frágeis dela tocaram sua cicatriz, ele não pode conter um gemido de dor. ─ Sou como você...

Lucy quase chorou de alívio quando percebeu que não estava mais sozinha e sem pensar, abraçou o garoto com toda a força.

– Eles... Eles...

– Tudo bem. Sussurrou, acariciando seus cabelos loiros. Você vai ficar bem agora.

Lágrimas começaram a descer dos olhos dela.

Minhas asas. Eles... Eu não fiz nada de errado.

Loke suspirou. Ele tinha apenas duas opções naquele momento. Podia queimar as penas e acabar com o sofrimento da garota naquele mesmo instante, ou podia levá-la consigo. A primeira opção parecia bem mais humana, mas ao olhar aquele rostinho angelical... Bom... Ele não conseguiria deixá-la para morrer.

– Vem. Chamou, colocando seu próprio casaco no corpo dela e logo em seguida pegando-a no colo. Nós vamos cuidar de você.

A garota, hesitante se aprumou nos seus braços como uma criança recém-nascida. Loke apertou-a com força e sentiu o calor do seu corpo aquietá-la.

─ Qual seu nome, anjo?

─ Lucy, senhor. Lucy Heartfilia.

Ele riu quando ela o chamou de senhor, mas não pode deixar de tremer ao escutar seu nome. Seria ela a filha do Arcanjo que todos falavam desde seu nascimento? Não... Gabriel nunca deixaria sua estrela Cair. A menos que...

─ O que aconteceu com você? Por que você caiu, Lucy?

Assustada, ela desviou o olhar. Não sabia a resposta da pergunta. Não conseguia se lembrar do que fez todos os anjos a abandonarem, inclusive seu próprio pai.

─ Não importa. ─ Loke tentou mudar de assunto, percebendo que ela estava desconfortável. ─ Vai ficar tudo bem agora. Vou te levar para um lugar seguro, pequena. Não é uma boa ideia ficar sozinha nesse bosque depois do anoitecer. Principalmente com essas penas a vista de todos.

Ele se abaixou o suficiente para que Lucy pudesse recolher as únicas penas que haviam conseguido escapar ilesas durante a queda. O rosado natural delas agora se misturava ao escarlate de seu sangue. Com medo de prejudicá-las, Lucy colocou ambas no bolso da camisa de Loke, desculpando-se por sujá-lo em seguida.

O anjo pareceu não se importar. Um sorriso caloroso estava estampado no rosto dele quando suas peles se tocaram através do tecido, transmitindo uma corrente elétrica positiva por ambos os corpos.

Sem perceber, Lucy estava sorrindo também pela primeira vez desde que chegara à Terra.


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Notas finais do capítulo

E então? Correspondi a suas expectativas? Me mandem reviews com sua opinião ok? Curiosos para o próximo cap? Ela já está em andamento.Próximo cap: New Ordinary Life