Broken Wings escrita por Sweet Heart


Capítulo 10
The Dragon/Man Dilema


Notas iniciais do capítulo

Ooie minna! * Desvia de pedras, garrafas, mouse ou qualquer coisa que estiver a mão dos leitores...*

Dessa vez demorei muito mesmo e admito meu erro... Mas para quem já me adicionou no facebook (Se quiserem, mandem MP) sabe que eu tenho um bom motivo!! Virei uma Treinadora Pokemon!!! Meu jogo chegou e eu estava dedicando quase todo o meu tempo para upar meu charmeleon :3

PS: CHEGAMOS A MAIS DE 100 COMENTÁRIOS!!!! Queria agradecer a todos que comentaram e mandaram perguntas por MP. Vocês são a razão para que a fic continue assim, sempre atualizada! Um agradecimento especial para a Megu Rinne, Nanami, Babi, Milkalover, Happy Wave, Gray Fullbuster, PikachuaFT que me acompanharam desde os primeiros capítulos!! Amo vocês, minna! ( Sei que muitas outras pessoas comentaram também, mas eles tem me ajudado muito dizendo o que deve ser melhorado na fic.)

PS2: Hoje (Dia 23) é o ANIVERSÁRIO DA MEL!!!! (Se quiserem podem desejar feliz aniversário pra ela nos comentários) Só queria dizer que te amo muito, sister. Se você ver isso, saiba que essa fic não existiria sem você e que não importa o que aconteça, você sempre será minha irmãzinha, ok?

Bom, agora chega de enrolar. Aqui está mais um capítulo para vocês!



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Lavar a louça? Feito.

Varrer as folhas do quintal? Feito

Tentar arrumar a bagunça no quarto dos garotos? Apesar de ainda não conseguir encontrar a cama de Loke, feito.

Wendy suspirou, exausta, quando percebeu que tudo estava em ordem na casa dos anjos. É claro que não era sua obrigação fazer nenhuma tarefa doméstica, mas mesmo assim achava que precisava dar algo em troca pela estranha hospitalidade que eles lhe ofereceram quando ela bateu em sua porta pedindo abrigo.

Sabia que a reação mais provável e lógica, diga-se de passagem, era que eles lhe expulsassem sem hesitar, mas ao invés disso o mais velho e moreno a acolheu como se já fossem conhecidos. Eles, assim Wendy, apreenderam a conviver entre si e a se respeitarem como iguais, sem se importar com idade, sexo ou até... Espécies.

Após dobrar os lençóis da cama da recém chegada e arrumar algumas das doações que Levy trouxera para Lucy em seu armário, finalmente sentiu que seu dever diário estava cumprido e aproveitando a solidão, permitiu-se relaxar e fechar os olhos no grande sofá da sala de estar.

Não sabe exatamente quanto tempo dormiu, mas quando acordou sentiu seus braços e pernas um pouco dormente devido à posição em que se encontrava. Ela levantou a cabeça um pouco confusa, procurando pelo barulho que a acordara. Não sabia se ainda estava sonhando, mas não podia negar que havia algo batendo com força contra a porta.

Wendy olhou para o relógio que batia preguiçosamente na parede oposta e viu que ainda era apenas 10:30 da manhã. Ela franziu o cenho, desconfiada.

Todos que conhecem esse endereço e poderiam vir aqui estão na Fairy Tail... Loke e Gray têm a chave, Lucy deve estar com eles nesse momento...

As batidas começaram a ficar cada vez mais insistentes e Wendy temeu que a porta fosse arrancada das dobradiças. Antes que pudesse fazer qualquer coisa, o barulho cessou abruptamente e ela imaginou que a pessoa finalmente teria ido embora.

Lentamente esgueirou-se até a janela mais próxima, afastando a grossa cortina apenas o bastante para que ela observasse o grande jardim, mas que não fosse vista por alguém fora da casa.

Entregando completamente sua localização, gritou quando percebeu a quantidade imensa de corpos que estavam caídos em seu jardim. A grama verde que trazia vida para a casa agora estava completamente manchada de vermelho.

A janela estava parcialmente aberta e o cheiro de sangue penetrou rapidamente na sala, aguçando seus sentidos. Wendy prendeu a respiração no mesmo segundo.

Esquecendo de qualquer preocupação com a própria saúde e a conservação da casa, correu o mais rápido possível para fora, imaginando se conseguiria usar seu poder de cura em alguma daquelas pessoas se encontrasse alguma viva.

No segundo que passou pelo batente da porta todos os corpos desapareceram e não havia mais nenhuma gota de sangue no gramado. Apenas algumas flores que ela cultivava no jardim estavam amassadas como se alguém as tivesse pisoteado. Fora isso, estava tudo normal.

─ Sabe, não sabia que eu precisaria mexer com seus pensamentos para você me receber aqui, Wendy. ─ A tão conhecida voz parecia estar vindo de trás dela, em um lugar onde as sombras de árvores prevaleciam no jardim. ─ Não vai dizer que estava com saudades do seu irmão mais velho?

A garota não pensou duas vezes e correu até seu encontro, ignorando se ele realmente teria colocado aquelas imagens horrendas em sua cabeça. Por reflexo, o garoto abriu seus braços no exato momento que ela pulou nele, abraçando-a.

─ Achei que todos ainda estavam bravos comigo. Como me achou aqui? ─ Sua voz estava rouca quando tentou falar com ele, pois tentava desesperadamente conter as lágrimas de felicidade. Mal percebeu que o braço do rapaz agora descansava ao lado do seu corpo, não tendo mais nenhum contato com ela. ─ Está tudo bem, Jellal?

─ Primeiro... Como eu te achei? Na verdade foi muito fácil, eu só precisei seguir o rastro de completa traição misturada com o cheiro nojento dos Anjos. ─ A voz era fria e mesmo assim, reconfortante. Era a voz do seu “irmão” apesar de tudo. ─ E segundo... Mesmo que eu tenha tentado te enganar, é muito triste saber que você não consegue me distinguir do seu “irmão”. Você mais do que ninguém deveria estar acostumada comigo.

Wendy afastou-se rapidamente ao escutar tais palavras, mais ferida do que surpresa com a reação.

Claro... Era aquela época do mês de novo. Que outro motivo Jellal teria para me visitar?

─ Senhor Zeref... ─ Sussurrou enquanto fazia uma profunda mesura. Apesar de tudo, o homem parado na sua frente, ou pelo menos sua alma, era um ser superior a ela em todos os sentidos. ─ Perdoe-me pelo meu comportamento anterior. Pensei que estivesse falando com o verdadeiro Jellal e não com uma marionete sem alma.

─ Fico feliz que ainda reconheça seus superiores, criança. ─ Jellal sorriu enquanto se sentava em um dos bancos que ficavam embaixo do pequeno pomar. ─ E para o seu bem vou esquecer a sua última frase... Apesar de ser verdade.

─ Desculpe, Senhor.

─ Agora, por que não se senta aqui do meu lado e me conta por que você resolveu trair toda a sua família e se aliar a esses seres imundos? ─ Sua aura negra parecia querer envolver Wendy para trazê-la mais perto de sua própria natureza, mas ela se defendia com sua energia azul escura com algumas partes mescladas de branco. ─ Conviver com esses Anjos já está realmente te mudando. Todos os meus demônios parecem gostar da minha aura.

Não me chame assim!

Sério? ─ Ele rebateu irritado, levantando-se e se aproximando lentamente da garotinha. Sua energia negra a pressionou com força contra a lateral da casa. Wendy debateu-se sem conseguir escapar enquanto seus pés estavam a vários centímetros do chão. ─ Vai realmente negar o que você é na minha frente? Eu criei você, assim como todos os Dragon Slayers, para serem meus sucessores caso algo acontecer no futuro. E é assim que você me agradece? Traindo a todos e se aliando aos os inimigos?

Eu nunca pedi isso...

─ Olhe para minha cara e me diga se eu me interesso pela sua opinião. ─ Um sorriso macabro havia se apossado de seu rosto, fazendo com que a cara do seu “irmão” estivesse cada vez mais irreconhecível. ─ Grandine me disse que você era uma das mais promissoras. Era minha Dragon Slayer do Céu. Você deveria ser aquela que conseguiria se infiltrar no meio deles e destruí-los. Mas o que você fez? Na primeira oportunidade, você fugiu da casa onde coloquei todos vocês aqui na Terra. Enganou Natsu...

Isso nem foi muito difícil...

─ Você fez Erza e ele brigarem para que ninguém percebesse sua ausência....

Não precisei fazer muita coisa. Erza já estava irritada naquele dia e Natsu estava ansioso para uma briga com ela.

─ Wendy! Não entende o que você fez? ─ Sua voz parecia estranha agora. Mais grossa e mais distante da verdadeira voz de Jellal. ─ Manipulou todos a sua volta para conseguir o que queria.

Não!

─ Não importa o que você tente mudar, não pode negar que é uma atitude digna de qualquer demônio.

Não foi isso que aconteceu...

─ E agora ainda parece orgulhosa dos seus feitos. Não há arrependimento em seu coração negro, pequena.

Cala a boca!

─ Reconheça que você ainda é um demônio, Wendy. Reconheça que você é uma das minhas filhas.

A visão da garota parecia estar um pouco turva por causa da pressão que a energia dele fazia contra seu corpo e pequenos pontos negros já começavam a aparecer na sua frente.

Não desmaie agora... Não desmaie agora... Não desmaie agora...

De repente, a energia negra se afastou bruscamente, voltando como um elástico para dentro do azulado. Wendy caiu sem forças no gramado da casa, lutando para manter-se acordada.

─ Não me desafie! ─ O garoto grunhiu, curvando-se e apertando a cabeça nas mãos como se estivesse sentindo dor. ─ Ainda não acabou o tempo, Jellal!

O rosto do azulado se contraiu quando uma nova onda de dor percorreu seu corpo. Ele agora parecia ter se esquecido da garota praticamente deitada aos seus pés.

─ Está bem, está bem! ─ Ele levantou as mão, rendendo-se. ─ Sem machucar pessoas que você ama... Incluindo sua preciosa “irmãzinha”. Entendi!

Zeref havia se esquecido que sempre que utiliza sua própria aura, Jellal conseguia sentir. Um empurrão na Erza, que é considerada um dos demônios mais fortes, ele até perdoaria, mas fazer a garotinha desmaiar era outra história.

Ele deu as costas para Wendy e começou a voltar para o enorme bosque que ficava na frente da casa. As árvores ajudavam a esconder sua moradia de pessoas indesejáveis, mas parece que demônios insistentes estavam fora dessa lista.

─ Já vai? Mas a gente estava se divertindo tanto. ─ Wendy esforçou-se para dizer isso, sabendo que ele não poderia machucá-la agora.

─ Quando eu estiver livre desse corpo, você vai me implorar para eu acabar com seu sofrimento. Você vai implorar para eu aceitá-la no meu Círculo de novo. ─ E com isso desapareceu da sua vista, deixando um pouco de sua energia negra para trás.

“Vou te dar um tempo para escolher. Vai morrer ao lado dos Anjos ou voltar para mim e para meus demônios? A escolha é sua, minha filha.”

─Foi bom ver você também, “pai”... ─A garotinha sorriu, deixando que a energia dos Anjos que habitavam a casa a embalassem de volta para seus sonhos. Estava fraca demais para se levantar, tanto que nem se atreveu a tentar. Wendy conseguia sentir a energia celestial a envolver completamente, não se repelindo quando entrou em contato com a sua própria.

Mesmo não estando aqui, os anjos ainda parecem querer me proteger. Já os da minha própria espécie tentaram me matar.

Zeref... Acho que a minha escolha é meio óbvia, não é?

#♥#

─ Meu Deus, você está pálida, querida. ─ Uma mulher de cabelos verdes e chapéu de cowboy a interceptou enquanto ela andava pelos corredores na companhia de Loke e Gray. ─ Está tudo bem?

─ É o primeiro dia de aula dela, Bisca-sensei. Acho que está um pouco nervosa. ─ Gray respondeu por Lucy, esbarrando levemente em seu ombro para que ela confirmasse. Ela sorriu e assentiu.

A professora sorriu compreensiva e colocou uma mão no ombro da aluna nova.

─ Qual é a sua primeira aula?

Gray remexeu em sua própria mochila, tirando um papel amassado de dentro. No topo da página, em letras grandes, estava escrito “Lucy Heartfilia”

─ Ahh... Hoje é quarta-feira? É história.

─ Está no mesmo ano que eles, certo? ─ Lucy olhou para Gray sem saber o que dizer, mas ele novamente respondeu positivamente por ela. ─ Então você vai ser minha aluna!

A mulher segurou seu pulso e a puxou escada acima, ignorando a postura séria que uma professora deveria mostrar em território escolar. Gray ficou no andar inferior e dirigiu-se para um corredor na lateral do prédio. Lucy lembrou-se que ele havia dito que sua primeira aula seria Sociologia. Loke, por outro lado, a seguiu. Aparentemente ele também teria aula com a mulher de cabelos verdes.

Eles pararam na frente de uma porta branca. Em dourado estava gravado o número 350.

–Quando eu te anunciar como aluna nova, você entra e se apresenta, tudo bem? ─ A mulher abriu a porta e esperou até Loke se juntar a ela. ─ Aliás, meu nome é Bisca. Se precisar de alguma coisa, estou aqui para ajudá-la.

─ Vai dar tudo certo, Anjo. ─ Ele sussurrou enquanto seguia Bisca para dentro da sala. ─ Apenas fique calma.

A anja assentiu, vendo Loke e sua futura professora entrar na sala e começar a pôr ordem no lugar.

Algo parecia gritar dentro dela. Todos seus instintos angelicais a mandavam fugir daquele lugar o mais rápido possível, só parando de correr quando sentisse os braços protetores ao redor de si, rindo como se tudo aquilo fosse uma brincadeira e dizendo que ela poderia voltar para casa, mas isso era apenas mais um delírio de um Caído ansioso para voltar para o Céu.

Respirou fundo e colocou sua mão na maçaneta. Pensando que pelo menos Loke estava dentro da sala, ela entrou quando a professora anunciou a nova aluna que havia chegado na Fairy Tail.

#♥#

Natsu suspirou, olhando para a janela. Onde estava Erza e Jellal? Eles não eram de se atrasar para a aula, nem mesmo se tivessem passado a noite inteira juntos. Eles, ao contrário do próprio Natsu, gostavam da escola e queriam aprender mais sobre os humanos.

O rosado só estava lá para enviar suas almas para o Inferno e nada mais. Queria vê-los implorando por sua ajuda enquanto eram arrastados um por um para o Lago de Fogo, talvez até puxasse um ou dois colegas de sala, apenas para jogá-los dentro do buraco que conectava os mundos ele mesmo.

Demônios não agiam como os anjos idiotas, eles não esperavam para que o mortal tivesse uma morte digna causada por velhice ou alguma doença pré-escrita no plano divino do cidadão. Isso era muito tedioso de se ver. Eles preferiam fazer uma chacina em vez disso.

Sentiu as esferas escuras de alguns Descendentes demoníacos a sua volta, causando um sentimento que se assemelhava muito ao orgulho em ver energia tão fácil de ser influenciada.

Por outro lado havia também muitas auras que davam muito mais trabalho para infectar, como o azul claro da garota baixinha que não tirava o rosto do livro de História na primeira fileira ou o turquesa de Cana. Essas cores indicavam elas possuíam uma parcela de energia sobrenatural em seus corpos, mas provavelmente eram apenas mais umas Descendentes celestiais.

Naquela manhã, conheceu pessoalmente uma aura completamente pura. Se ela fosse uma Descendente, era completamente livre de qualquer ponto negro e provavelmente fora criada perto de algum ser celestial. Se ela fosse um Anjo... Bom, todos os Demônios teriam muito trabalho dali em diante.

Ele ainda estava divagando quando ouviu vagamente a professora falar algo sobre um aluno novo. Ouviu a porta se abrir e os passos de uma pessoa entrando na sala.

Parece que vamos ser colegas de classe... Loirinha.

Lentamente moveu os olhos para encarar a pessoa cuja presença desafiava a superioridade dos Demônios.

–Sou Lucy Heartfilia, prazer em conhecê-los. ─Ela fez um simples mesura, para depois sorrir docemente. ─ Espero que possamos nos dar bem.

Tem certeza? Acho que não...

Precisava admitir, ela era o estereótipo perfeito de um Anjo.

Seu cabelo loiro caía como ouro líquido sobre os ombros delicados. Eram tão lisos e finos que Natsu se pegou fantasiando sobre como seria passar as mãos por entre os fios. Se fosse cacheado, até poderia pensar que estava na frente de um Arcanjo Original.

Clichê? Sim... Porém não deixava de ser verdade.

Cada centímetro de sua pela parecia macia, como se ela tivesse tomado banhos e banhos de hidratante antes de sair de casa. Seu rosto também não deixava a desejar. Os lábios pareciam esculpidos por... Anjos? Com um tom natural rosado e feminino. Outra fantasia apareceu em sua mente, dessa vez sobre aqueles mesmos lábios percorrerem cada centímetro de seu corpo.

Quando os olhos dela encontraram os dele e viram tamanho desejo, o sorriso dela se apagou quase imediatamente e Lucy abaixou a cabeça meio constrangida.

─ Tem um lugar vago bem ali... ─ Bisca apontou para a carteira na frente de Natsu Dragneel. Percebendo que estava jogando sua aluna aos lobos, tentou desesperadamente corrigir o erro. Havia ao todo apenas três lugares vagos em toda a sala e nenhum parecia ser muito convidativo para Lucy. Não existia nenhum perto de Loke e nem das pessoas que o cercava. A loira conseguia sentir que a energia positiva estava concentrada em apenas um canto da sala, mas os únicos lugares vazios estavam na parede oposta. ─ Dois dos nossos alunos faltaram hoje, querida. Acho que se você quiser pode se sentar em seus lugares enquanto eles não estão aqui.

Lucy olhou novamente para Dragneel e andou até seu novo lugar.

Ao invés de passar reto, ela parou na frente de Natsu, colocando sua mochila na carteira a sua frente.

─ Se a senhora disse que meu lugar original seria aqui, então acho que não preciso ocupar o lugar de outras pessoas. ─ Lucy virou-se para Bisca que retribuía o olhar com um misto de preocupação e admiração. ─ Espero que esteja tudo bem com isso, sensei.

A loira sentia os olhares questionadores de todos em cima de si enquanto se sentava, mas não tirou fraquejou nem por um momento.

Podia tentar esconder seu nervosismo, mas não controlava seus batimentos cardíacos, que por sinal estavam muito acelerados no momento. Apesar de tentar se convencer que era por estar em um ambiente completamente diferente, o real motivo era o garoto de cabelos rosa sentado atrás de si.

Ela com certeza não é normal. Natsu pensou enquanto a via arrumar seu material na mesa despreocupadamente.

Lissana curvou-se para sussurrar algo no ouvido do rosado, provavelmente algo maldoso sobre a novata, mas ele a afastou com um tom de voz cortante.

─ Cala a boca, Lis.

O tom dessa voz chamou a atenção da loira, que virou levemente o corpo para olhá-lo.

Natsu tinha os olhos pregados nela, os braços cruzados sobre o peito largo, realçando os músculos delineados de seus braços e pescoço. Dessa vez, o demônio olhou firmemente dentro dos olhos dela, para ver se conseguia enxergar novamente a raiva que vira antes.

Apesar de antes, era a primeira vez que realmente prestava atenção nos orbes da garota.

Ele teve que travar todos os músculos quando sentiu seu instinto dracônico se agitar dentro dele, lutando com o misto de sentimentos conflituosos que penetravam em sua mente.

O Dragão queria aquela menina em suas garras.

O Homem a queria em sua cama.

O Dragão queria ver o sangue escorrer por sua pele alva, sentindo o gosto doce e proibido em sua língua.

O Homem queria sentir o seu corpo perfeito contra sua pele. Queria ouvi-la gemer seu nome e até sentir as unhas dela arranharem suas costas. Qual seria a sensação de ter as pernas dela enroladas em sua cintura?

O Dragão estava imaginando maneiras de convencê-la a se unir a ele.

O Homem provavelmente estava pensando “O que diabos está acontecendo comigo!?”

─ Se quiser pode tirar uma foto. ─ Lucy sorriu, repetindo as mesmas palavras que Natsu havia falado mais cedo. ─ Tenho certeza que vai durar mais.

Natsu ergueu a sobrancelha, surpreso com a audácia da novata.

─ E aquela história de “Ficar longe” de mim? Já desistiu?

─ Claro que não. Não vou mudar minhas ações só por causa de você, se é isso que está dizendo. ─ Respondeu, com um sorriso singelo nos lábios. ─ Mas vamos tentar manter tudo como está até que eu consiga um lugar longe daqui, tudo bem?

Natsu poderia praticamente ouvir a risada de Loke quando Lucy disse a última frase. Ela logo voltou sua atenção para o quadro negro, repentinamente entretida com o que Bisca explicava.

Arisca? Tudo bem, tenho certeza que vou gostar de domar você, loirinha.


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Notas finais do capítulo

Vou tentar escrever o próximo o mais rápido possível, mas com as festas e viagem de final de ano, não posso prometer nada. Me desculpem, sério.

E então gostaram? Qualquer dica, reclamação, sugestão, ameaça, elogio já sabem. Podem me escrever que eu respondo todas.