Recomeçar escrita por mybdns


Capítulo 30
Capítulo 30


Notas iniciais do capítulo

Chegou a hora que todos estavam temendo. É hora de dizer: A fanfic infelizmente, acabou. (ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh). Queria dizer que vocês são as melhores leitoras do universo. Muito obrigada por terem acompanhado a história, muito obrigada por toooodos os reviews que vocês me mandaram fiquei muito feliz pelo reconhecimento de vocês, de verdade. O que eu tenho a dizer é: Obrigada, Obrigada, Obrigada de coração. Um beijo pra vocês e quem sabe, até a próxima. Mayara



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– Alguém viu o que aconteceu? – perguntou um homem descendo de seu carro.

– Não sei, ele desceu de um carro prata e eu só pude ouvir os dois disparos. – disse uma mulher.

– Vamos ligar para a emergência. – ele discou o 911 e chamou a ambulância. – já está a caminho.

– Você consegue me ouvir, amigo? – disse um mendigo que também estava no local. – se consegue aperta minha mão. – ele pegou na mão de Don e ele a apertou.

– Você vai ficar bom, moço. – disse a mulher, que estava tremendo.

– Será que ele é bandido? – perguntou o mendigo.

– Acho que não. Não tem cara de bandido. – respondeu o outro homem. Logo, a ambulância chegou e levou Don ao hospital.

Enquanto isso, Mel estava em casa, brincando com as crianças. Por volta das onze, colocou-os para dormir e abriu uma garrafa de vinho. Estava preocupada com Don, isso era visível. Onze e meia ouviu seu celular tocar.

– Mais quem será? – ela disse para si mesma. – Melanie.

– Oi Mel, é a Savanah.

– Aconteceu alguma coisa?

– Na verdade, aconteceu. O Don levou dois tiros, estou entrando com ele na cirurgia agora.

– Como? Mais... Como ele está? Quem fez isso? – Mel se desesperou.

– Ele está sedado agora, mas chegou acordado no hospital. Preciso ir.

– O faça ficar bom, por favor.

– Pode deixar.

Mel colocou uma roupa rápido, ligou para Angeline e ela ficou com as crianças. Dirigiu rapidamente para o hospital.

– Oi, meu marido entrou na cirurgia há meia hora, eu gostaria de saber se ele...

– A vítima que recebeu dois tiros? Ele ainda está na cirurgia com a Dra. Pierce. Sente-se ali, por favor. – ela disse e Melanie ficou andando de um lado para o outro.

– O que houve? – perguntou Mac entrando na sala de espera.

– Eu não sei, a Savanah disse que ele tomou dois tiros.

– Como? Quem fez isso?

– Eu não sei, acho que foram aqueles dois caras...

– Como você sabe disso?

– A Lindsay me contou. E eu fui até a casa que vocês arrumaram pra ele. Eles chegaram enquanto eu estava lá.

– O que você fez?

– Fingi que era uma prostituta.

– Você sabe se safar das coisas hein?

– Fui treinada pra isso. – ela sorriu.

– Vou colocar a equipe atrás desses caras. – ele fez uma ligação e desligou. Uma hora depois, Savanah apareceu.

– E ai Savanah?

– Ele está bem. Consegui retirar as balas. Acho que vocês vão querê-las. – disse entregando as balas para Mac.

– Obrigado. – ele pegou as balas e colocou no bolso.

– Posso vê-lo?

– Claro. – ela me acompanhou até o quarto e eu entrei.

– Oi mocinha. – ele disse sorrindo.

– Não tem graça. Você poderia ter morrido.

– Eu estou vivo.

– Ótimo. Você me assustou.

– Não se preocupe. Eu sou muito forte.

– Eu estou falando sério. Eu estou tremendo até agora. Você precisa parar de se meter em encrenca.

– Você também. Seu pai sempre dizia isso.

– Sim ele dizia. – ela se aproximou e lhe beijou. – não me assuste mais, está bem?

– Ainda temos que pegar aqueles desgraçados.

– Você não vai fazer nada. Vai ficar ai deitado. Não pode se esforçar.

– Tá mamãe. – zombou. – e as crianças?

– A Angeline está com elas. – ela sorriu. – agora descanse.

– Você pode ir para casa, eu estou bem.

– Não. Eu vou ficar aqui, te vigiando. Vai que um daqueles caras vem aqui pra terminar o serviço.

– Você está...

– Não conta pra ninguém. – disse batendo na cintura.

– Okay então. – ele se virou e dormiu. Ela ficou a noite inteira acordada vigiando a porta do quarto. Enquanto o marido dormia profundamente, um filme se passou em sua cabeça. Lembrou-se de tudo o que os dois passaram até chegarem ali.

No dia seguinte, Don teve alta e foi para casa. Mel voltou para o laboratório.

– O que vocês descobriram? – ela perguntou para Sheldon.

– Nós rastreamos o chip do celular do Flack que eles pegaram. Estão no Queens. Estamos indo pra lá agora.

– Me esperem. – disse Don aparecendo na delegacia.

– Mais que diabos você está fazendo aqui? – Mel perguntou cruzando os braços.

– Eu não podia ficar em casa de braços cruzados. Tenho que fazer algo. – ele disse colocando a arma na cintura. – como é que é? Vamos ficar parados aqui ou vamos agir?

– Tudo bem, não irei discutir. Você mais teimoso do que eu. – disse Mel. Logo, eles já estavam no endereço do Queens. A polícia cercou o lugar e eles invadiram a casa.

– Polícia! – disse Mac. – os dois homens da noite passada estavam lá e fugiram. Mel foi atrás do homem dos olhos pretos que havia ido para o andar de cima.

– É melhor você se entregar. – ela disse com a arma em punho.

– Você é aquela vadiazinha de ontem.

– Não, eu sou policial. Coloque suas mãos na cabeça e ajoelhe-se. Vai ser melhor pra você.

–Eu estou muito ferrado?

– Você tá brincando né? Tráfico de bebês, extorsão, tentativa de assassinato. Sim, você tá ferrado.

– Então eu prefiro morrer. Atira em mim, anda.

– Ah, qual é Josh. Se entrega logo.

– Tá legal. – ele se ajoelhou e colocou as mãos na cabeça. Ela andou até ele e o algemou.

– Levanta vai. – ele se levantou e ela o entregou para um policial. – cadê o outro? – ela perguntou para Don.

– Já está na viatura.

– O cara fez um estrago na sua cara, hein. Venha vamos cuidar disso. – ela disse ao ver o olho roxo e a boca cortada do marido.

– Eu estou bem. Quero ir para casa.

– Então vamos. Eu mesma cuido disso quando chegarmos.

– Eu tenho sorte por ter você. – ele disse beijando sua testa.

– Tem mesmo. – ela sorriu.

Já a noite, os dois se preparavam para dormir quando Mel fez uma proposta a Don.

– Sabe, eu estive pensando... – ela disse se deitando ao lado do marido.

– Em quê?

– Nós poderíamos viver como uma casal normal por alguns dias, o que você acha?

– Não entendi.

– Sabe, eu estava pensando em aproveitar as férias da Hazel, pra sei lá, fazermos uma viajem.

– Iria ser bom descansar um pouco. Nós poderíamos levar as crianças na Disney.

– Eu acho essa ideia ótima. É por isso que eu já reservei as passagens. – ela sorriu.

– Sério?

– Sim. Faz muito tempo que eu estou pensando nisso. Precisamos ficar longe de confusão por pelo menos uma semana.

– Eu concordo com você.

– Sabe, enquanto você dormia lá no hospital, um milhão de episódios passaram em minha mente.

– Ah é?

– Sim. Como eu vim parar em Nova York, como nós nos conhecemos e como você me deixou irritada com aquelas atitudes babacas e sem noção... Como você foi me conquistando e entrou na minha vida para, eu espero, nunca mais sair. Sou grata por termos passado por tudo isso.

– Eu te amo, anãzinha. – ele disse beijando seus lábios. – eu não vou sair da sua vida tão fácil. Você me deu os melhores presentes que um homem poderia ganhar. Você me deu forças pra continuar, Mel. Acho que se não fosse por você, eu teria morrido de desgosto. Você me salvou. Sou grato por ter você e por você ter sido tão intrometida como você foi.

– Eu não gostava te ver se destruindo. Nem a Jessica gostaria... Eu tinha que fazer algo.

– E você fez muito mais do que “algo”. Você me trouxe de volta pra vida.

– Você também foi muito importante pra mim, Don. Apesar de não demonstrar, eu estava destruída por dentro por causa da morte do Peter. Eu pensei que nunca mais voltaria a amar. Mais eu estava completamente enganada. Você me salvou de um abismo enorme. Você não tem ideia. – ela começou a chorar.

– Não chore Mel. Porque você está chorando?

– Eu não sei, é que eu sou tão feliz ao seu lado que eu tenho medo que isso seja apenas um sonho bom e que logo eu irei acordar e me sentirei completamente sozinha.

– Não é um sonho. E você não vai acordar. Eu te prometo.

– Acho que recomeçamos bem nossas vidas, não é mesmo?

– Eu não tenho dúvida disso.

“Mesmo que o hoje te dê um não, lembre-se que há um amanhã melhor, a certeza de que os nossos caminhos devemos traçar ao lado de quem nos ama; com amor, paz, confiança e felicidade, é a base para se recomeçar.

Um recomeço, pra pensar no que fazer agora, acreditando em si mesmo, na busca do que será prioridade daqui pra frente; PLANOS? Pra que os fizemos, já que o amanhã é mistério? A qualquer momento pode ser tempo, de revisar os conceitos e ações, e concluir, que tudo aquilo que você viveu marcou, porém não foi suficiente pra que continuasse.

As lembranças passadas ficam, tudo que vivemos era pra ser vivido , o destino é como um livro do qual nós somos os autores, ele não vêm pronto, antes de nascermos ele está em branco, ao nascermos introduzimos as primeiras passagens, um começo, com o tempo através das escolhas vamos escrevendo-o página por página, rabiscadas, rasgadas ou marcadas, onde encontramos obstáculos onde indicarão a melhor hora pra recomeçar, nos últimos dias de vida concluiremos, e no final deixamos nossas historias marcadas no coração daqueles, que sempre farão parte de nossa historia, onde quer que estejam.

Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo, é renovar as esperanças na vida e o mais importante, acreditar em você de novo."

Carlos Drummond de Andrade


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