Recomeçar escrita por mybdns
– O que está acontecendo? – perguntou Danny quando viu Mel e Don irem para o elevador.
– Meu filho vai nascer. – respondeu Don.
– Mais já?
– É. Eu preciso que faça um favor pra mim. Pegue a Hazel na escola.
– Tá, tudo bem, papai eu faço isso.
– Valeu, cara.
– Boa sorte. Boa sorte Mel.
– Obrigada Danny. – ela sorriu. Os dois entraram no elevador.
– Quer que eu te leve no colo?
– Não seja bobo, Don. Eu consigo andar.
– Tudo bem, então. – o casal chegou até o estacionamento e entraram no carro.
– Me dê minha bolsa, por favor. Vou ligar para o papai. – Don lhe entregou a bolsa e ela discou o número de James. – oi papai. Então, o bebê vai nascer. Já sim, ele está com pressa. Vou te esperar. Te amo. – ela desligou. – dá pra ir mais rápido, por favor?
– Estou tentando, mais esta droga de trânsito não anda. – depois de vinte minutos, eles chegaram ao hospital. – oi minha mulher entrou em trabalho de parto. – ele disse a recepcionista.
– Mel? Eu vou te ajudar, calma. – disse Abigail saindo de seu consultório. – pode deixar que eu mesma cuido dela. – ela disse para a enfermeira. Abigail a levou para o quarto e checou sua dilatação. – Bom acho que vamos ter que operar. Seu bebê é prematuro, um parto normal traria muitos riscos.
– Tudo bem. – Mel disse. Não aguentava mais a dor e só queria que aquilo terminasse. Abigail lhe aplicou a anestesia e a levou para o centro cirúrgico. Don ficou de mãos dadas com ela toda a cirurgia.
– Olha, só o seu menino já está vindo. – disse Abigail. Logo, a sala foi tomada por um choro estridente. Abigail virou o recém nascido para o lado do casal e a enfermeira o pegou rapidamente.
– O que está acontecendo? – perguntou Mel, preocupada.
– Não é nada, ele só precisa ficar numa incubadora neonatal. Não se preocupe, vai ficar tudo bem. – a médica disse. Terminou de dar os pontos da cirurgia e Mel foi para o quarto descansar. Dormiu por mais ou menos uma hora e meia. Abriu os olhos devagar e olhou para o lado direito. Viu flores, bexigas e ursinhos. Virou a cabeça do lado esquerdo e viu Don e Hazel sentados numa cadeira.
– Oi mamãe. – disse Hazel se aproximando da mãe.
– Oi meu bem, como você está?
– Muito bem. Eu vi o meu irmãozinho.
– Você o viu? E como ele está?
– Dentro do uma caixa transparente. Mais eu ouvi a tia Abigail dizer ao papai que a enfermeira irá trazê-lo aqui. Ele é tão lindo.
– Ele é. – ela sorriu.
– Como você está, amor?
– Com dor. Mais eu tô legal.
– E ai garota? Como vai? – disse a enfermeira entrando no quarto com o bebê nos braços.
– Eu estou bem, Diana.
– Meu Deus! Como o tempo passa! Olha o tamanho dessa menina! Fui eu quem a limpou depois do parto! Como se parece com o pai. – disse olhando para Hazel. – toma aqui seu menino. A propósito, como se chama essa criatura?
– Ah, nossa! Isso é importante. – disse Mel rindo. – ele se chama Noah.
– É um lindo nome. Vou deixá-los curti-lo. Qualquer coisa, é só tocar a campainha.
– Obrigada, Diana.
– Até mais.
– Eu não disse que ele era lindo?
– E você tinha razão, Hazel.
– Quem pegou as roupas dele? – Mel perguntou.
– Ah, foi o Danny. Eu pedi a ele para que buscasse Hazel na escola e ele aproveitou para passar lá em casa pra pegar a bolsa dele.
– Ah, entendi.
– Podemos entrar? – perguntou Savanah, batendo na porta. Atrás dela estavam Abigail, o pessoal do laboratório, Tyler, Cedric, Ronnie, Terrence e Sam.
– Claro. – Don disse sorrindo.
– Olha, eu já disse que vocês vão ficar só um pouquinho, tudo bem? – disse Abigail.
– Tudo bem doutora. – disseram em coro.
– Ai meu Deus que gracinha. – disse Ronnie. – posso pegá-lo? Vamos ver se eu levo jeito com as crianças.
– Claro que pode. – disse Mel entregando o bebê para Ronnie.
– E porque você quer ver se tem jeito com crianças? – perguntou Savanah.
– Porque... Porque eu vou ser mãe.
– Ah, você tá brincando? – perguntou Mel.
– Acreditem.
– Realmente, o mundo vai acabar. – disse Tyler.
– Eu não contei a melhor parte. São trigêmeos. – todos ficaram espantados com a revelação.
– Eu só quero ver o que vai acontecer. – disse Tyler. – estou feliz por você e pelo Terrence.
– Parabéns, Terrence. – disse Don.
– Valeu Flack.
– Eu acho que o seu bebê vomitou no meu casaco preferido. – disse Ronnie.
– Vá se acostumando. Você vai ter que lidar com três bebês vomitando nos seus casacos. – disse Cedric.
– Não a assustem. Ser mãe é uma dádiva dos céus. Deixe-me pegar esse mini Flack um pouquinho. – disse Jo pegando Noah. – ele é lindo.
Eles ficaram lá mais um pouco depois foram embora. Don levou Hazel para casa e Mel ficou no hospital.
– Você tem mais uma vista, Melanie. – disse Diana para Mel, enquanto ela amamentava Noah.
– Quem?
– Oi Melanie. – disse Grigory com um ursinho nas mãos. – posso entrar?
– Claro que pode. Fique à vontade. – ela sorriu.
– Me desculpe chegar a essa hora é que o seu marido me ligou pra avisar que o bebê já havia nascido e...
– O Don te ligou?
– Sim.
– Isso é bom. Quer segurá-lo?
– Eu poderia?
– E porque não? Venha mais perto. – Grigory se aproximou e Melanie colocou Noah em seu colo.
– Ele é uma criança linda.
– Obrigada.
– Como ele se chama?
– Noah.
– É um lindo nome. – Grigory estava emocionado.
– Porque está chorando?
– Não sei. Eu só nunca imaginei que você me trataria bem assim.
– Sabe, quando meu pai me contou toda a história, eu fiquei com raiva. Com raiva dele e da mamãe, por terem escondido isso de mim tantos anos e raiva de você por ter feito o que fez, mas eu não sou uma pessoa que guarda mágoa dos outros. Meus pais me ensinaram a perdoar.
– Isso é bom. Acho que ele quer a mamãe. – ele disse quando Noah começou a chorar. Ele o entregou para Mel e a porta se abriu. Era James e Angeline.
– O que esse homem está fazendo aqui? – irritou-se James.
– Amor, por favor. – disse Angeline.
– Por favor nada. O que você está fazendo aqui? Quer destruir a vida dela também?
– Pai! Mais que inferno.
– Melanie esse homem é um cafajeste. Esqueceu-se de que ele estuprou sua mãe?
– Isso há trinta e cinco anos.
– Eu já estou indo embora, Melanie. – disse Grigory, chateado.
– É melhor que vá mesmo, antes que eu quebre todos os seus dentes.
– James! Pare já com isso. Esse não é o homem com quem me casei.
– Você não sabe o que esse homem fez a Esther passar, Angel.
– Eu sei de toda a história, mas querido, ele parece ser inofensivo.
– Inofensivo, faça-me rir. Saia daqui e não apareça mais, ouviu bem?
– E se eu quiser vê-lo? Você não vai me impedir, papai.
– Mel, você está me matando.
– Pare com esse drama. Você não manda mais em mim, pai. Eu não tenho mais dez anos. Eu vou vê-lo outras vezes e os meus filhos terão contato com ele.
– Eu vou embora. Até mais. – Grigory saiu da sala, um tanto atordoado.
– Você ficou louco? Olha o jeito que você o tratou! – disse Mel.
– Ele é um desgraçado, Mel.
– Você sempre me ensinou a perdoar e a dar segunda chance, lembra?
– Lembro. Mais com pessoas que realmente merecem.
– Ele está merecendo.
– Eu não acredito. Você está me decepcionando, Melanie.
– Você me decepcionou também, papai.
– Por favor, chega de brigas. – disse Angeline. – olhe para o seu neto. Olhe que criança mais linda. – ela disse olhando para o menino que dormia no colo da mãe.
– Ele se parece com você. – disse James. – não fique com essa cara, Mel. Eu quero o seu bem.
– Hum. – eles ficaram lá mais um pouco e depois foram embora. Mel saiu do hospital dois dias depois, mas o bebê ficou mais uma semana.
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