Recomeçar escrita por mybdns


Capítulo 25
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem :)



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Três meses se passaram. Estava muito calor na cidade de Nova York. Melanie chegou ao laboratório numa sexta feira e colocou suas coisas no armário, como sempre fazia.

– Olá. Como vocês estão? – perguntou Jo, passando a mão na barriga de Mel.

– Nós estamos muito bem, Jo. E você?

– Estou bem também. E ai, já descobriu o sexo do bebê?

– Fiz o ultrassom ontem. É menino. – ela sorriu.

– Parabéns.

– Obrigada.

– Vamos tomar um café? Estou com um pouco de sono, quero ver se eu desperto. – disse Jo.

– Não dormiu bem?

– Ah, é esse calor. Eu odeio o verão.

– Eu gosto, pelo menos não preciso andar por ai com trezentas blusas. Me sinto mais livre. – as duas foram até a cantina e pegaram um café, estavam voltando ao laboratório quando o celular de Jo tocou.

– Danville? Ah, oi Flack. Ah, claro estamos indo. – ela disse desligando o aparelho.

– Um chamado?

– Exato. Vamos?

– Vamos. – as duas entraram no elevador. Meia hora depois, chegaram à cena do crime: o estacionamento subterrâneo de um shopping em Manhattan. Atravessaram a faixa amarela que isolava o local e viram Danny tirando algumas fotos do lugar. Melanie chegou mais perto do cadáver. Viu que ele possuía dois fermentos à bala: um na região abdominal e outro no peito. Estava trajando roupas caras.

– Quem é? – perguntou Melanie.

– Ninguém sabe.

– Ninguém ouviu nada?

– Não, pelo jeito o assassino usou um silenciador. Dois seguranças faziam a ronda aqui no estacionamento e viram o corpo.

– Há marcas de pneus desse lado. – disse apontando. - elas terminam ali naquela rampa de saída. – disse Mel abaixando para coletar uma amostra. Estava com dificuldades para levantar – Danny?

– Sim?

– Pode me ajudar a levantar?

– Ah, claro. – ele segurou em sua mão e a ajudou.

– Valeu.

– Olhem, dois fragmentos de bala. – disse Jo.

– Ninguém sabe quem é a vítima, ninguém a viu no shopping. – disse Don.

– E as câmeras de segurança? – perguntou Danny.

– Vou verificar isso agora.

– Eu vou com você. – disse Mel.

– Eu já preparei os vídeos, detetives. – disse um dos seguranças.

– Obrigada. – disse Mel. Os dois assistiram aos vídeos de segurança de dentro do shopping. – olha aqui, é a nossa vítima, não é?

– Sim. E está conversando com uma mulher misteriosa.

– Vamos levar isso para o laboratório. – Mel disse.

– E as do estacionamento?

– Estavam desligadas na hora. –disse o segurança. – eu lamento.

– Tudo bem, estas aqui servem. – os dois voltaram para o laboratório. Mel analisou as roupas da vítima, mas não encontrou nada de interessante que pudesse levar ao assassino ou a descobrir quem a vítima era.

– Mel?

– Ah, oi Adam. Alguma novidade?

– Sim, quer dizer, não, quer dizer...

– Sim ou não Adam? Decida-se. – ela riu.

– Eu não sei, mas eu acho que eu já vi a vítima antes.

– Onde?

– Olha, meu pai tem Alzheimer. Não sou eu quem levo ele ao médico, porque ele nem sabe quem eu sou, e então ele não deixa, sabe? Mas ele faz acompanhamento lá no Hospital Mount Sinai e uma vez eu o levei até lá, foi a única vez que eu fiz isso na verdade e o médico dele era esse cara.

– Você tem certeza, Adam?

– Sim, sim. Claro que eu tenho.

– Como era seu nome?

– Era... Eu vou entrar no site do hospital. – ele disse acessando o site. – era Derek Perry. Era um dos melhores médicos do país.

– Valeu, Adam. – ela disse saindo da sala.

– De nada.

– Descobrimos quem é a vítima. Na verdade, foi o Adam quem descobriu. – disse Mel a Don.

– O Adam?

– Sim, era Derek Perry. Ele era neurologista e era médico do pai do Adam.

– O carro que estamos procurando é um Volvo XC60. – disse Danny se juntando aos dois.

– Pessoal, uma mulher está aqui para fazer o reconhecimento do corpo. – disse Lindsay.

Mel foi com a mulher, de mais ou menos vinte e três anos para a sala de autópsia.

– O legista descobrirá o corpo quando estiver pronta, tudo bem? – disse Mel.

– Tudo. Pode descobrir. – ela disse. Mel fez um sinal com a cabeça e Sid descobriu o corpo.

– Ai meu Deus é ele. É o meu pai.

– Eu sinto muito por sua perda, Srtª Perry. Mas nós precisamos te fazer algumas perguntas. Será que você poderia nos acompanhar até a delegacia? – perguntou Melanie.

– Claro, vou fazer de tudo pra ajudar. – Flack a levou para a delegacia e eles entraram na sala de interrogatório. Mel chegou em seguida.

– Eu trouxe pra você. – ela disse lhe entregando um copo com água.

– Obrigada.

– Christina, eu preciso saber se o seu pai possuía algum desafeto, ou algo do tipo.

– Que eu saiba, não. Sabe, eu estava passando férias aqui em Nova York, eu faço faculdade na Califórnia. As coisas em casa não estavam nada boas, pra falar a verdade.

– Por quê?

– Meu pai e minha mãe estavam se separando, eu acho. Parece que o papai descobriu uma traição da mamãe com um dos seus melhores amigos.

– Tudo bem. Você acha que a sua mãe faria algo contra seu pai, Christina?

– Não sei. A minha mãe sempre foi um pouco desequilibrada. Ela toma uns antidepressivos fortes. Acho que ela nunca foi muito fiel. Sabe, ela era...

– Ela era o quê? – perguntou Don.

– Stripper em Las Vegas. O papai viajou pra lá e eles se conheceram. Ela ficou grávida de mim e ele a trouxe pra morar aqui. Não acho que ela seria capar de matar meu pai.

– Obrigada Christina, você nos ajudou muito. Se precisar de alguma coisa, qualquer coisa, pode me ligar. – ela disse lhe entregando um cartão.

– Obrigada, detetive. – ela saiu da sala e foi para o laboratório.

– Mel?

– Oi Danny.

– Encontraram o Volvo perto da ponte de Manhattan. Eles o trouxeram pra cá. O Sheldon e a Linds estão analisando o carro.

– Ótimo. Quem sabe encontramos a arma do crime lá dentro.

– Você é otimista.

– Sempre.

– Olha só encontramos a suposta arma do crime. – disse Sheldon.

– Vamos testá-la, doutor? – perguntou Mel.

– Com certeza. – os dois foram fazer o exame de balística e tiveram bons resultados.

– Essa realmente foi a arma usada para matar Derek Perry. – disse Sheldon a Jo. – a Mel a analisou e encontrou uma parcial.

Enquanto isso, Don e Danny falavam com a Sra. Perry.

– Como era o seu relacionamento com seu marido, Sra. Perry? – perguntou Danny.

– Oh, era terrível! Ele era um péssimo marido, sempre foi. – ela disse e parecia que ela estava bêbada ou drogada.

– A senhora está bem? – perguntou Don.

– Oh, eu estou ótima.

– Ela está com cheiro de vodka.

– Ah, qual é. Eu só tomei uns copos de vodka pura antes de vir pra cá.

– A senhora usa drogas? – perguntou Don.

– Você tem belos olhos, sabia? Se eu fosse um pouco mais nova eu juro que eu arrancava sua roupa aqui mesmo. Você também não iria escapar, ouviu? – disse olhando para Danny. – seria extremamente divertido nós três nesta mesa.

– Acho que isso caiu do seu bolso. – disse Danny pegando um cigarro de maconha do chão.

– Droga. – ela praguejou. – acho que fui descoberta. Mas acho que não terá problemas, porque... – ela começou a desabotoar a blusa.

– Mais que diabos você está fazendo? Vista- se você está presa. – disse Don.

– Você são novos, mas são muito caretas. – ela disse abotoando a blusa. Don a algemou e a levou para a cela.

– Que mulher maluca. – disse Danny.

– O policial me contou que vocês foram assediados. – zombou Mel.

– Aquela mulher é louca.

– Encontrou alguma coisa com a parcial? – perguntou Danny.

– Sim. E eu encontrei a mulher misteriosa também.

– Que eficiência, hein? E eu posso saber como você fez isso?

– Claro, Messer. A parcial que eu retirei da arma estava no CODIS, é de um homem chamado Tarick Hale que estava em nosso sistema por dirigir embriagado em 2001. Ele é irmão, por ironia do destino de Amber Hale, que também estava em nosso sistema. Ela foi presa em 1995 por atos de vandalismo e uso de substancias ilícitas. Eu fiz uma comparação e ela era a mulher misteriosa.

– Amber? Você tem certeza? – perguntou Don.

– Está duvidando de mim? A ciência não mente, detetive.

– Tudo bem, senhora cientista. Vamos trazer os dois aqui. – uma hora depois, os irmãos estavam na delegacia.

– Oi Amber. – disse Mel entrando na sala.

– Oi. Porque eu estou aqui?

– Bom, queremos saber qual era o seu relacionamento com Derek Perry.

– O doutor Perry era médico da minha mãe.

– Só isso?

– O que está insinuando?

– Vocês tinham um caso?

– Sim. Mais foi coisa passageira.

– As digitais do seu irmão foram encontradas na arma que o matou. E você foi vista nos vídeos de segurança do shopping onde ele foi visto pela última vez, conversando com ele.

– Eu me encontrei com ele sim. Eu não queria, mas tive que fazer isso. Ele me...

– O que?

– Ele me estuprou, detetive. Três meses atrás, ele estava bêbado e chegou a minha casa... Eu estou grávida.

– Foi por isso que o seu irmão o matou?

– Eu não sei. Eu juro que eu não sei de nada. Eu não amava o Derek eu ainda amo o... Deixa pra lá. E você parece que não se importa com a minha situação. Olhe como aquele filho de uma mãe me deixou. Vou ficar com marcas pro resto da minha vida.

– Tudo bem. – ela saiu da sala um pouco incomodada.

– O cara confessou. E ela como está? – perguntou Don.

– Porque você mesmo não pergunta? Ela é sua amiga, não é? – ela saiu de lá e foi para o vestiário.

– O que deu nela agora?

– Hormônios, meu caro. – respondeu Sheldon.

Don entrou na sala e se sentou.

– Oi Don.

– Oi Amber. Como você está?

– Péssima. Meu irmão vai ficar a vida inteira na cadeia e eu sou culpada.

– Você não tem culpa de ter sido estuprada, Amber.

– Eu sei, Don. Mais o que eu vou fazer com essa criança? Não sei se eu conseguirei olhar pra ela.

– Olha, eu conheço um psicólogo, ele é meu amigo, se você quiser eu te dou o endereço. Pode te fazer bem.

– Eu precisava de alguém do meu lado, Don. Não de psicólogo. Meu irmão era a única pessoa que eu tinha. Eu decidi ficar aqui em Nova York por ele, pra ficar perto dele e agora? Não tenho mais ninguém.

– Se você precisar, eu estou aqui.

– Sério?

– Sério.

– O que aquela detetive dos olhos verdes tem? Acho que ela não gosta muito de mim. Eu percebo as coisas.

– Ela só está um pouco estressada, por causa da gravidez, só isso.

– Ela não estava grávida da primeira vez que eu a vi.

– Estava sim.

– Ela é a sua...

– Sim, ela é minha esposa.

– Ela é bem bonita. É o seu primeiro filho?

– Não. Nós já temos uma menina de cinco anos. Olha. – disse tirando uma foto de Hazel do bolso.

– Ela é linda. Tem seus olhos.

– Se você precisar, pode me ligar, tudo bem?

– Obrigada Don. Você é uma pessoa maravilhosa. Pena que eu te deixei ir.

– Fique bem, ok?

Ele saiu da sala e foi se encontrar com Mel que ainda estava no vestiário.

– Terminou a conversa com sua amiga?

– Ah, Mel deixe de ser boba.

– Eu sou boba? Estava dando seu ombro amigo para ela chorar?

– Ela foi estuprada, ela está sofrendo, você não entende?

– E ela está se aproveitando muito bem deste momento não é?

– Você está sendo infantil, Melanie.

– Eu não sou infantil. – ela disse pegando a bolsa e saindo de lá.

– Onde você vai?

– Pra qualquer lugar. – ela entrou no elevador e Don foi atrás. Ela iria pegar um táxi quando ele puxou sua mão, como ele já havia feito uma vez.

– Vamos conversar. – ele pegou o carro e os dois foram para casa. Hazel estava na escola. – o que deu em você? Você está ficando louca, Melanie? Como você sai assim do nada? Olha o seu estado! – ele disse fechando a porta da casa.

– Você se importa comigo?

– Deixa de ser idiota. Você é a mulher que eu amo.

– Ah é? Parece que você sente algo por ela ainda.

– Você disse que não iria ligar mais pra ela. Porque está se importando com isso?

– Eu pensei que ela não iria mais aparecer nas nossas vidas.

– Mel, a Amber foi a minha primeira namorada. Foi a primeira garota que eu...

– Que você transou?

– É. Mais já acabou, isso foi quando eu tinha dezesseis anos. Acabou. Foi há muito tempo. E nós terminamos. Eu terminei.

– Tá.

– Você não cofia em mim?

– Confio.

– Então? Você é quem eu amo. Não vou te trocar por ninguém. Você é a mãe dos meus filhos. Você entendeu?

– Entendi. – ele se aproximou dela e a beijou. Encontrou uma mesa para encostá-la e os beijos ficaram mais intensos. Ele começou a desabotoar a blusa dela e ela também tirou a dele. – Don? – ela chamou.

– Oi.

– Acho que isso não vai dar certo, lembra-se da última vez que nós tentamos transar com um bebê aqui dentro?

– É, eu me lembro disso. – ele disse se afastando. Ele estava colocando sua blusa quando ela a puxou contra seu corpo novamente.

– Mais nós podemos tentar. – ela o girou e o jogou em cima da mesa do escritório.

– Nossa! Como você está... Diferente hoje. Acho que você está precisando disso tanto quanto eu.

– Sou um ser humano. E eu sempre tive vontade de transar em cima de uma mesa.

– Sério? Você nunca me contou suas fantasias.

– É, só que na fantasia eu não estou grávida.

– Vamos fazer o seguinte...

– Esperamos o bebê nascer. Combinado.

– Exato. Fizemos a escolha mais sábia.

– Eu concordo plenamente. Vamos colocar nossas roupas antes que a Hazel volte da escola. – disse Mel vestindo sua blusa. – vou fazer o jantar.

– Vou trabalhar na casa da árvore. – ele disse indo para fora. Minutos depois, a campainha tocou. Era a van que levava e trazia Hazel, todos os dias.

– Oi querida. Como foi seu dia?

– Bom mamãe. Cadê o papai?

– Está lá fora.

– Eu vou lá.

– Tudo bem.

Depois de um tempo, a campainha tocou mais uma vez. Mel foi atender e teve um susto quando viu malas na porta e um rosto muito conhecido.

– Pai?


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