The Choices Of Life... escrita por Natyh Chase Jackson


Capítulo 18
Aniversário do Peter - Parte I


Notas iniciais do capítulo

Oie,
Como estão?
Eu, sinceramente, espero que bem.

Sei que demorei, tive tempo para escrever e eu fiz. Só que eu acabei me empolgando com o aniversário do nosso pequeno Peter, e quando o feriado passado terminou, me dei conta de que eu já tinha escrito mais de dez mil palavras, atualmente são quatorze, mas eu ainda não terminei. Por isso, resolvi dividir o aniversário do Chase em dua partes, e cá está a primeira.

Gostaria de agradecer aos reviews do capítulo passado. Muito obrigada pelo carinho. Já os respondi, talvez, esteja faltando um ou dois, mas isso eu resolvo rapidinho. Vou responder aos capítulo anteriores, e eu sei o quanto essa falta de resposta minha os incomoda, por isso, se for necessário eu viro a noite respondendo reviews. Okay?

Bom, espero que gostem do capítulo, e qualquer coisa que tiver incomodando vocês me avisem, que eu tentarei arrumar o mais breve possível. Combinado?

Boa leitura.




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A primeira festa de aniversário de Peter começou, de fato, quando os amigos de sua mãe chegaram.

Silena era de longe a mais eufórica de todos, a morena praticamente correu em direção a Peter, atropelando a tudo e a todos, para ser a primeira a desejar-lhe parabéns. E o pequeno, como sempre, riu das peripécias que a garota fazia.

– Meus deuses, como pode ser tão fofo? - Silena perguntou para ninguém específico depois de uma careta e uma longa e gostosa gargalhada da parte do pequeno, e não esperou resposta, já que logo em seguida completou - Se você não fosse tão novinho, eu trocava o Charles por você. - a morena segredou, alto o suficiente para que todos a ouvissem.

– Hey, que palhaçada é essa? Eu estou aqui, okay? – Beckendorf que até então esperava a sua vez de parabenizar o Chase, se manifestou com um tom indignado que fez todos os presentes rirem - Pode ir tirando essas mãos fofas da minha mulher, baixinho. - Charles ordenou e o Chase o olhou confuso – Não faça essa cara de inocente, não. Estou de olho em você, Peter. Você não me engana não, mano.

– Olha o Chase, tão novo e já está fazendo a cabeça das calcinhas e tirando o juízo dos cuecas. - Travis fez piada e Katie o olhou cética.

– Nossa, meu amor, muito engraçado. Até mereceu um prêmio agora! - a morena murmurou debochada e seu namorado riu, abraçando-a por trás. - Depois dessa, até eu trocaria você pelo Peter.

– Como? - o gêmeo mais novo abismou-se e a soltou em um rompante.

– Isso mesmo que você ouviu.

Travis ao menos conseguiu abrir a boca para revidar, pois fora rapidamente interrompido.

– Antes que vocês dois comecem uma briga sem pé nem cabeça, eu só gostaria de dizer que a Silena está monopolizando o Peter, e não vai deixar nenhum de nós dar parabéns a ele tão cedo. - Will comentou depois de analisar a situação e todos se voltaram para Silena, esta que apertava Peter de todas as formas possíveis.

– Ei, Barbie, você já pode soltá-lo agora. - Clarisse resmungou e Silena mostrou-lhe a língua em sinal de protesto.

Nico e Percy, que só analisavam a baderna que seus amigos eram capazes de fazer, resolveram interferir antes que saísse sangue de algum deles.

– Epa, epa, epa. Será que vou ter que organizá-los em fila? Igual ao Jardim de Infância? Sei que Peter é famoso, fofo, gostoso e tudo mais, mas ele ainda não é um astro de rock para enfrentar a histeria de fãs loucas, como vocês. – Nico foi o primeiro a falar, e enquanto isso, Percy tirava seu filho do abraço esmagador que Silena tinha imposto ao pequeno.

Papa? – Peter chamou Percy com um tom confuso fazendo com que o moreno, e metade da população feminina presente, se derretesse.

A outra metade, na verdade apenas Clarisse, olhava-os abismada.

– Ele te chamou de pai? Foi isso mesmo o que eu ouvi? - a La Rue questionou incrédula e Percy sorriu ao ver que não era só ela que se mostrava confusa.

– É filho, esse povo é todo louco. Não vou mais deixar você sozinho com eles. Prometo. - Percy respondeu ao pequeno Chase, e como sempre, este sorriu banguela como se tivesse entendido todas as palavras do pai.

– Céus, imaginem a cara do Luke quando descobrir isso. - Clarisse murmurou alto suficiente para que todos a ouvissem.

– Ele já sabe. - Percy contou com um sorriso nada discreto no rosto

– Como!? - a prima de Annabeth gritou com um misto de assombro, incredulidade e... Alegria?

– Quando foi isso? – Grover, que estava quieto até então, perguntou tão abismado quanto Clarisse.

Antes que Percy abrisse a boca para respondê-lo, Nico tomou a dianteira e iniciou a narração de fatos do começo da semana.

– Bom, o Luke veio aqui na segunda e a Annabeth estava dando papinha para o Peter, e o pequeno não queria comer com ela. Eu acho, que sem perceber a situação, a Annie disse que ele fosse pedir ao pai para alimentá-lo... E para o Peter, quem é o pai dele? - Nico questionou retórico.

– O Percy. - Connor respondeu, sem necessidade.

– Pois bem, imaginem a reação do Luke. - o Di Ângelo pediu - Imaginaram? Agora a multipliquem por dez. Multiplicaram? Bom, foi pior do que isso.

– Uau! - Connor soltou impressionado e os demais assentiram da mesma forma. - Vocês saíram no braço?

Nope. - Percy resmungou contrariado e Nico revirou os olhos sabendo que aquela era a vontade do moreno.

Antes que um dos presentes pudesse se manifestar e continuar com a conversa. Annabeth entrou completamente descabelada, carregando o bolo coberto por uma caixa de papelão branca, que todos sabiam que estava decorado com desenhos do fundo do mar, quanto Peter a viu com o bolo nas mãos, bateu palmas e sorriu para a mulher.

Annabeth estava quase enlouquecendo com aquela festa, tanto é que enquanto estava a caminho de casa com Thalia, a Chase não deixara de pensar, nem por um minuto, no que ainda faltava arrumar antes que os convidados chegassem, e foi uma surpresa total para a garota encontrar a casa cheia. A loira não esperava que todos os seus amigos já estivessem na sala de estar da casa dos Jackson esperando que a festa se iniciasse de vez, mas animou-se ao vê-los reunidos.

– Oi, pessoal. – ela os saudou rapidamente – Vou deixar isso ali e já volto. Só um minuto. – avisou e sumiu em direção a cozinha.

Thalia, que entrou logo depois de Annabeth, parou na entrada de sua casa e passou os olhos azuis elétricos por todos os presentes.

– O que vocês já estão fazendo aqui? – a morena questionou sem ao menos cumprimentá-los e isso não pareceu afetá-los, já que sorriram debochados e a ignoraram. – A festa começa daqui uma hora e meia.

– Sabemos que nos ama demais, Thalia. Por isso, não comentarei sobre a sua falta de educação. – Silena murmurou e se levantou, ajeitando o vestido leve de verão que usava para a ocasião. – Percy, cadê a Tia Sally? – a morena perguntou e o rapaz apontou em direção a cozinha com a cabeça. – Vou ver se ela está precisando de ajuda. Já volto!

E assim, a Barbie sumiu, levando consigo Juniper, Katie e Bianca. Quando todas já tinham deixado a sala, Connor alfinetou:

– Ué Clarisse, não vai se juntar ao Clube da Luluzinha? – o Stoll mais velho perguntou sentando-se no sofá e a La Rue revirou os olhos imitando sua ação.

– Por acaso eu tenho cara de quem ajuda na cozinha? – a ruiva perguntou cética, enquanto o metralhava com o olhar.

– Realmente, você está mais para quem troca o pneu. – Travis interveio debochado.

Com o olhar, Clarisse fuzilou o gêmeo mais novo, enquanto o mais velho morria de rir ao seu lado.

– Está insinuando o que com isso? – a La Rue cerrou os olhos em fendas e o analisou de cima a baixo, como se procurasse os pontos fracos de um oponente em batalha.

– Só estou querendo dizer, que nunca questionei os gostos do Chris. Se ele gosta de algo mais masculino, eu não tenho nada a ver com isso. – Travis recebeu um tapa na cabeça de Thalia ao terminar seu comentário infame.

Clarisse ameaçou se levantar para acabar com o Stoll, mas Chris, que estava atrás do sofá em que a ruiva estava sentada, logo a segurou pelos ombros, fazendo-a permanecer em seu lugar.

– Travis, cala a boca! – o Rodriguez rosnou entre dentes, mas não estava realmente bravo, pois sabia que era apenas uma brincadeira do Stoll. – Não liga para o que ele diz, meu amor. O Travis é tão frouxo que não aguentaria uma mulher como você nem aqui nem na China.

– Uma mulher mais forte do que eu? Eu passo, obrigado. – Travis disse sem entender totalmente o que o amigo quisera dizer e Chris negou com a cabeça.

– Não só uma mulher mais forte que você, mas também determinada e muito, muito boa na cama. Com o que ela faz você não aguentaria nem meio round.

Enquanto seu namorado falava Clarisse corava até chegar ao tom tingido de seu cabelo ruivo, o que era muito, muito vermelho, e tal fato não passou despercebido por ninguém, o que é claro acabou rendendo algumas brincadeirinhas para o lado da filha de Ares.

– Gente, a Clarisse está parecendo um tomate. – Percy foi o primeiro a expor a situação da garota em voz alta, afinal todos já tinha percebido o efeito histórico que os elogios de Chris estavam causando na garota - Céus, nunca achei que fosse viver tempo suficiente para ver isso.

– Até o tomate mais maduro do melhor pomar do mundo está com inveja de você nesse momento, Clarisse. – Connor resmungou entre risadas, fazendo com que todos os outros o acompanhassem nas gargalhadas.

A La Rue, que estava visivelmente constrangida com os comentários, virou-se e deu um soco um tanto quanto forte no namorado, fazendo-o prender a respiração e soltá-la aos poucos, a fim de controlar a dor que sentia.

– Ficou louca, mulher? – o Rodriguez questionou tão vermelho quanto a namorada, mas por motivos diferentes.

– Você que perdeu o juízo, seu panaca. – a mulher rosnou em sua direção completamente raivosa – Comente mais alguma coisa sobre a nossa intimidade que eu te faço conhecer Marte. Entendeu?

Chris engoliu em seco com a ameaça e assentiu rapidamente, querendo fervorosamente que o olhar amedrontador da garota deixasse de fitá-lo.

– Sinto que o clima pesou. – Percy soltou, enquanto Clarisse fuzilava seu namorado e todos, sem exceções, o olharam céticos. – Vamos, Peter. Vamos nos trocar antes que sobre para nós dois.

O rapaz começou a subir as escadas com o filho no colo, e Thalia rapidamente juntou-se ao irmão, pois também precisava se arrumar, mas antes que a morena sumisse pelo segundo andar, ela parou e soltou com um olhar macabro:

– Não se matem na sala. A coisa mais difícil que eu já fiz na vida foi limpar mancha de sangue do tapete. – depois mandou um sorrisinho inocente para seus amigos, fazendo-os estremecer por completo.

– O que ela quis dizer com isso? – Travis perguntou depois de engolir em seco e Clarisse o tornou seu novo alvo.

– Ela só pediu para que eu não matasse nenhum de vocês aqui dentro, pois quando ela o fez com uma certa pessoa, quase não conseguiu tirar a macha de sangue do tapete.

Travis fez o sinal da cruz, como se estivesse se benzendo, e resmungou:

– Sai de reto, capeta. Essas mulheres estão endemoniadas. Só pode.

– Ela só que te assustar, idiota. – Nico se intrometeu e Clarisse o olhou com raiva.

– Eu não estaria tão certa disso, Di Ângelo.

Antes que alguém pudesse retrucar, Annabeth voltou para a sala com um sorriso animado no rosto.

– Cadê o Percy e o Peter? – a loira perguntou ao perceber que os dois não estavam entre os presentes.

– Foram se trocar, Annie. – Clarisse respondeu-a normalmente, como se há alguns segundos não estivesse com uma expressão assassina no rosto.

Os meninos se olharam confusos, e deram um passo para trás e Travis e Connor, como estavam sentados, se espremeram contra o encosto do sofá.

– Bom, eu vou me arrumar também, qualquer coisa que precisarem peçam as meninas, elas já sabem o que fazer. – a loira informou e antes de começar a subir, voltou-se para os meninos e informou – Sally pediu que vocês não comessem aqui para não sujar a sala. Okay?

– Nossa, até parece que somos crianças, e vamos derramar alguma coisa no chão. Já temos vinte anos, poxa. – Charles murmurou contrariado.

– É mesmo, até parece que nós sujamos tudo que tocamos. Tia Sally devia confiar mais em nós. – Travis incrementou e uma risada soou pelos quatro cantos da sala.

– Vocês não são crianças, meus amores... – Sally disse terna e todos sorriram na direção da mulher. –São piores.

– Poxa, tia. – Connor soltou contrariado e as meninas riram da careta de desgosto que os rapazes fizeram.

– Só estou avisando de antemão, para que depois que eu fizer algo contra alguém não digam que eu não avisei. – a Jackson falou e Connor a olhou assustado. – Sabe como é que é... Só estou mantendo a minha consciência limpa.

– Como assim: limpa?

Antes que a mulher pudesse responder, Poseidon que estava se arrumando, começou a descer as escadas assoviando uma música animada. A mulher o olhou por alguns segundos e disse:

– Bom, já que o meu lindo marido já está perfeitamente arrumado. Acredito que eu deva estar à altura dele, não é mesmo? – Sally perguntou a ninguém especifico e deu um selinho no Jackson, depois pediu licença e subiu as escadas logo em seguida.

Depois de alguns segundos olhando pelo caminho que sua esposa tomara, o Jackson olhou para seus convidados, assustado.

– Ela me beijou? – o moreno de olhos verdes questionou abismado, e Annabeth riu da cara do sogro.

– Pelo visto o mau-humor dela já passou. – a loira sussurrou em forma de segredo e Poseidon sorriu animado com a possibilidade. – Aproveite, garanhão.

Annabeth também subiu segundos depois, e Clarisse deixou a sala indo em direção a cozinha.

– Alguém podia avisar para a tia Sally que se ela fizer alguma coisa contra nós, ela vai sujar o tapete e quem sabe o sofá? – Travis murmurou assustado e Will assentiu com a cabeça.

Poseidon os olhou com um quê de interrogação no olhar, e os meninos logo começaram a explicar o que tinha acontecido. Desde a ameaça assassina de Clarisse até a de Sally, que sempre fora um amor de pessoa. Vendo o “desespero” dos garotos o Jackson também compartilhou a mudança de humor repentina e mais do que bipolar que Thalia, Sally e Annabeth estavam sofrendo mais cedo, e Nico resmungou como se tivesse achado a fonte de seus problemas:

– Deve ter alguma coisa na água dessa casa, não é possível.

Todos assentiram em concordância e Travis resolveu expor sua opinião:

– De duas, uma: ou é a água que está contaminada, ou é TPM coletiva. Só pode.

...

Annabeth estava quase terminado de se arrumar, quando Percy entrara em seu quarto com Peter nos braços. Os dois estavam impecavelmente arrumados, e consequentemente bonitos.

– Uau! – a loira soltou abismada, quando vira os dois.

O Jackson mais velho usava uma calça jeans preta e uma camisa de botões branca. Seus cabelos estavam levemente bagunçados e o perfume do rapaz chegava com tanta intensidade ao nariz de Annabeth, que a mesma estava, pela primeira vez desde que a história do beijo implorado começara, tentada a agarrar o rapaz.

Já Peter, estava a cópia do pai, a única coisa que os diferia era a cor da calça e logicamente do cabelo. O pequeno Jackson usava uma jeans branca que sua mãe comprara especialmente para a ocasião, assim como a camisa de botões da mesma cor. Seus cabelos loiros também estavam charmosamente bagunçados, o que Annabeth achara muito bonito, e seu perfume de bebê, o cheirinho mais gostoso da fase da Terra, brigava por espaço com o perfume do mais velho.

– E então? Estamos ou não apresentáveis? – Percy perguntou ao dar uma voltinha e Annabeth sorriu na direção dos dois.

– Devo admitir que estão bem bonitos. – a loira elogiou e o Jackson mais velho sorriu convencido.

– Não precisa economizar nos elogios, Sabidinha. Pode dizer que estamos maravilhosos. – Percy retrucou ainda sorrindo e a loira revirou os olhos. – Eu até te deixo dar um beijinho em mim, porque eu sei que é exatamente o que você mais quer nesse momento.

– Você é muito pretencioso por achar isso, Senhor Jackson. – a Chase murmurou ao se aproximar, e Percy abriu ainda mais o sorriso convencido que ostentava.

– Por que sou pretencioso? Só estou lendo o que está escrito em seus olhos, Senhorita Chase.

– Está escrito isso em meus olhos? - Annabeth perguntou, colada ao corpo de Percy.

– Com todas as letras.

– Então temos um embate, pois as mesmas palavras estão escritas no seu olhar, Senhor Jackson.

Aquela brincadeira estava começando a aquecer o ambiente, e o desejo de ambos era praticamente palpável dentro daquele quarto.

– Um de nós vai ter que ceder. – Percy sussurrou contra os lábios de Annabeth, que sorria devido à proximidade.

– Não sou tão fraca a esse ponto. – a Chase retrucou disposta a não dar o braço a torcer.

– Então temos mais um embate. – o Jackson murmurou pronto para quebrar a distância e beijá-la, mas antes que o moreno de olhos verdes pudesse realizar seu desejo. Peter colocou seu rosto entre o espaço que separava as bocas de seus pais, a fim de ganhar um pouco de atenção. E o pequeno conseguiu.

Annabeth riu da audácia de seu filho, agradecendo-o imensamente por não a deixar ceder. No final das contas, seria Percy quem imploraria para beijá-la e não ao contrário. No final do dia seria ela quem sairia vitoriosa e não o belo moreno de olhos verdes.

– Você também está querendo um beijo, meu bebê? – a Chase questionou, e Peter se jogou em seu colo, fazendo-a sorrir de modo maternal. – Oh meu amor, venha cá para a mamãe te encher de beijos.

Annabeth logo começou a cobrir o rostinho do pequeno Chase com beijinhos singelos, quando Percy pediu:

– Fiquem assim, e não saiam dessa posição. Eu já volto.

Annabeth riu da maluquice de Percy sem entender absolutamente nada, mas fez o que o moreno pedira, e continuou a beijar seu filho em qualquer pedaço de pele visível, e o loiro só ria, divertindo-se imensamente com as caricias de sua mãe.

Antes que a loira pudesse notar que Percy estava de volta ao quarto, a mesma ouviu pequeno cliques vindos de algum lugar a sua direita, quando olhou para ver do que se tratava, deu de cara com a lente da câmera de Percy apontada em sua direção e um moreno sorridente atrás da mesma, enquanto capturava o momento de mãe e filho.

– Para, Percy. Eu estou sem maquiagem. – a loira pediu tentando esconder seu rosto no pescoço do filho, que começara a rir devido as cócegas que o cabelo solto de sua mãe fazia em sua pele.

– E está perfeita. – o moreno de olhos verdes galanteou e Annabeth sorriu genuinamente olhando para a câmera.

A sessão de fotos teria continuado se Thalia não tivesse batido na porta.

– Annie? Já está pronta? – a morena perguntou antes de entrar.

– Não, Thals, mas pode entrar. – a loira autorizou e a Grace logo estava presenciando a cena mais fofa do dia.

– Que lindo o momento família, mas os convidados estão esperando o nosso ilustre aniversariante. – Thalia disse pegando Peter no colo, permitindo que Annabeth fosse se arrumar.

– Já volto. – a loira disse sumindo dentro do banheiro segundos depois.

Percy aproveitou a saída de Annabeth para analisar as fotos, e o moreno chegou à conclusão de que tinham ficado perfeitas. A luz do sol entrava na medida certa pela janela aberta, e as paredes brancas a refletiam com precisão deixando um ambiente bem iluminado e com aparência angelical. Annabeth e Peter tinham uma sintonia tão incrível que em algumas fotos a forma como se olhavam era tão intensa que era capaz passar para quem estava de fora o amor que sentiam um pelo outro. Era simplesmente inexplicável.

Quando o Jackson voltou a olhar a sua volta, encontrou sua irmã entretida com o afilhado. Ora ela fazia caretas, ora cócegas, tudo a fim de fazer com que o pequeno sorrisse.

– Olhem para cá. – Percy pediu, e quando sua irmã o fez, o moreno tirou uma foto.

– Percy! – a morena exasperou-se, mas logo riu, fazendo com que os dedos de Percy coçassem para registrar o momento de espontaneidade da Grace. – Olha lá Peter. – a garota pediu e o pequeno olhou para o pai com um sorriso de lado.

– Isso, Peter! – Percy elogiou e Thalia trocou de pose – Agora... – o moreno pensou um pouco e logo disse – Façam caretas. Ensine ele, Thals.

A morena de olhos azuis começou a colocar a língua para fora, e Peter, como o perfeito papagaio de pirata que era, a imitou.

Percy riu, divertindo-se ao extremo com o pequeno ensaio fotográfico, mas Annabeth logo acabou com a brincadeira ao voltar para o quarto e prender de vez a atenção do moreno em si.

– Fecha a boca, senão o quarto inundará só com a sua baba, Cabeça de Algas. E eu sou muito nova para morrer afogada. – Thalia alfinetou ao perceber que seu irmão não estava mais tirando fotos suas e de Peter.

– Cala a boca, Thalia. – Percy resmungou fechando a cara, mas sem tirar, nem por um milésimo de segundo, os olhos de Annabeth.

Ela está perfeita. Esse fora o primeiro pensamento coerente de Percy ao vê-la totalmente arrumada, o primeiro de fato fora algo parecido com “Ahn dã. ”

A Chase estava usando um vestido branco com flores coloridas que realçavam suas curvas na medida certa. Seus fios dourados estavam presos em um elegante rabo de cavalo e sua maquiagem leve realçava de forma incrível o tom prateado liquido que seus olhos adquiriram naquela manhã de sábado ensolarado.

– Percy, você está começando a me constranger. – Annabeth murmurou vermelha como um tomate, e o Jackson balançou a cabeça como se afastasse um pensamento inoportuno.

– Você está maravilhosa, Sabidinha. – Percy elogiou e a loira sorriu em agradecimento.

Annabeth ainda estava descalça e tinha uma pequena corrente prateada nas mãos.

– Cabeça de Algas, você poderia colocar esse colar para mim. Por favor. – a garota pediu mostrando o objeto e Percy rapidamente largou sua câmera em cima da cama da namorada, indo em direção a mesma como um foguete.

Annabeth entregou a Percy o colar de coruja que ganhara de seus pais em seu aniversário de quinze anos e o moreno logo afastou o rabo de cavalo da loira, para ter livre e total acesso ao pescoço da garota. Nesse momento os dedos calejados do moreno percorreram sem obstáculos a nuca da Chase fazendo-a se arrepiar, com essa reação Percy procurou os olhos da loira pelo espelho do banheiro, o mesmo que estava à sua frente.

A Chase o olhava de forma lasciva, e o Jackson sorriu ao perceber as reais intenções da garota.

– Você está querendo me provocar, Sabidinha?

– Estou conseguindo? – a loira retrucou com outra pergunta, fazendo-o rir resignado. – Pelo visto sim. – a própria Chase respondeu com um sorriso vitorioso nos lábios.

Thalia que apenas observava tudo em silêncio, pigarreou alto chamando a atenção dos dois pombinhos enamorados.

– Com licença... Me respondam uma coisinha: Essa é, por acaso, a parte que você, Percy, agarra a Annie pela cintura e os dois se beijam selvagemente? Porque se for, eu só quero avisar que temos menores no recinto e eu, que não estou nenhum pouco a fim de ver a espécie humana se reproduzindo.

Percy sorriu malicioso e Annabeth corou fortemente. Antes que ela pudesse se afastar do rapaz, o mesmo beijou-lhe a nuca de forma lenta e sensual, prendendo-a novamente pelo olhar através do espelho.

– Sem acasalamento, por favor. – a Grace voltou a provocar e Percy a olhou feio.

Com mais um comentário inoportuno de Thalia, Annabeth se afastou do moreno completamente corada, e o rapaz contrariado com a distância mostrou a língua para a irmã, em uma atitude super madura.

– Como você é estraga prazeres, Thalia. – o rapaz acusou e a morena de olhos azuis os revirou antes de retrucar debochada:

– Você está querendo dizer no sentindo figurado, ou é no literal mesmo?

Percy voltou à mostrar a língua para Thalia, e Annabeth revirou os olhos vendo a atitude do namorado, que era mais infantil do que qualquer uma do seu filho, e voltou a terminar de se arrumar.

Em questão de minutos, o quarteto estava se juntando aos demais convidados no jardim da casa, este que estava devidamente decorado com tudo que remetesse ao mar. Bexigas azuis estavam espalhadas pelo gramado verde, e algumas em formatos de bichinhos do mar, encontravam-se flutuando próximo as luminárias que mantinham o local iluminado durante a noite. E atrás da mesa onde o “parabéns” seria cantado, encontrava-se um lindo painel de bexigas, que retratava o fundo do oceano. Cheio de peixinhos, algas marinhas e outros animais como: uma tartaruga e um polvo gigante.

– O painel ficou perfeito. – Annabeth elogiou, quando o viu pela primeira vez.

– Devo confessar que o meu pai e o Nico me ajudaram à beça, não teria conseguido formar o desenho sem que alguém olhasse de longe. – Percy entregou e Annabeth sorriu em sua direção.

A loira olhou a sua volta e sorriu emocionada. Todas as pessoas que a garota julgava como importantes em sua vida estavam ali. Seus tios e seu avô, que tinham chegado enquanto ela se arrumava, conversavam com Sally e Poseidon. Seus amigos estavam reunidos na mesa perto da churrasqueira e comentavam de forma energética sobre algo engraçado que um deles fizera. Sua melhor amiga, estava indo ao encontro deles com Peter no colo e Percy estava ao seu lado, segurando sua mão, como ele sempre fizera desde que entrara em sua vida.

– Você está chorando? – o moreno perguntou assustado, e Annabeth negou com a cabeça. – Então, por que seus olhos estão lacrimejados?

– Eu só estou emocionada! – a loira esclareceu, mas sua resposta acabou por deixá-lo ainda mais confuso.

– Emocionada?

– É. O fato de todos estarem aqui mostra o quanto se importam com o meu filho, e consequentemente comigo. E eu simplesmente estou adorando essa sensação de conforto e segurança que a presença de vocês me traz. – Annabeth desabafou e Percy sorriu com as palavras da garota.

– Em uma coisa você está certa, todos estamos aqui por causa do Peter, e esse fato é culpa única e exclusiva dele, Sabidinha. Peter encantou a todos nós, ele foi a alegria que há muito não se tinha aqui em casa, e acredito eu que na vida de muitos por aqui. – Percy começou seu monólogo e enquanto falava enxugava as lágrimas de emoção de Annabeth – Você vai ver, se ele quiser, ele será capaz de conquistar o mundo com o sorrisinho banguela dele.

Annabeth deu um soco no peito de Percy e riu.

– Não fale que o sorriso dele é banguela. É o mais perfeito do mundo, okay?

– Você sabe que opinião de mãe não conta, não sabe? – Percy brincou e Annabeth riu antes de abraçá-lo.

– Eu queria que os meus pais o tivessem conhecido. – a loira segredou depois de quase um minuto em silêncio e Percy a apertou mais forte.

– Tenho certeza de que em qualquer lugar que eles estejam, nesse exato momento, estão olhando por você e por ele. Eles, com certeza, o conhecessem e o protegem como fariam se estivessem aqui.

A Chase se afastou e pareceu processar as palavras do rapaz por alguns segundos, para logo em seguida perguntar olhando-o nos olhos:

– Meus pais teriam adorado te conhecer. Sabia?

– Sério? – Percy perguntou e sorriu.

Annabeth nunca lhe dissera se ele seria ou não aprovado pelos sogros. E ele também nunca perguntara, pois sabia que quando o assunto era os pais da garota, as coisas tinham de ser tratadas de forma delicada e com o maior cuidado possível.

– Meu pai cairia de amores por você, só pelo seu senso de humor. Enquanto a minha mãe ficaria com um pé atrás no começo, mas se ela presenciasse a forma como você cuida de mim e do Peter, te amaria pelo resto da eternidade.

– Então, quer dizer que eu faria sucesso com os meus sogrinhos? Quem diria, hein. Mas... Falando sério. Quem resiste ao meu olhar de galã e meu sorriso sedutor? Ninguém! – Percy disse, fazendo Annabeth revirar os olhos e deixá-lo falando sozinho. – Hey, volta aqui, Sabidinha.

O casal se juntou aos seus amigos malucos, e a festa continuou a rolar com um clima leve e agradável. E a Chase se surpreendeu quando Marta, a governanta que trabalhara com sua mãe desde que Atena era um bebê, chegou.

– Marta, que surpresa! – a loira a abraçou apertado e saudosamente e a mulher retribuiu o gesto da mesma forma. – Achei que você não viesse.

– Seu avô me deu o convite, e eu não podia deixar de conhecer o seu filho, menina Chase. – a ex-governanta de sua família disse e sorriu emocionada.

Annabeth se voltou para seus amigos e pegou Peter do colo de Percy.

– Bom, aqui está o meu pequeno. – a loira o colocou no campo de visão de Marta, e esta sorriu ao ver o mini Chase – Diga olá para a Marta, Peter. – a garota pediu e Peter apenas encarou a senhora de cabelos grisalhos com o olhar curioso.

– Meus deuses, e pensar que eu conheci a avó desse garoto na mesma idade que ele. – Marta sorriu nostálgica e murmurou em complemento – Ele tem as mesmas covinhas que você e sua mãe, menina Chase.

– Sério? – a loira perguntou feliz por alguém notar alguma semelhança entre ela e Peter, já que era inegável que o pequeno era a cópia fiel de Luke.

Percy que apenas observava a cena, logo se levantou e se postou atrás de Annabeth. Com um sorriso sincero, o moreno disse:

– Hey, Marta. Lembra-se de mim? – o rapaz estendeu a mão e a cumprimentou da forma correta.

Marta não o reconheceu de primeira, mas corou instantaneamente ao se lembrar da pancada com o rolo de macarrão que dera em Percy quando se conheceram a mais de um ano no apartamento da família Chase.

– Como eu poderia me esquecer de você, menino Percy? – a mulher questionou divertida para logo em seguida completar – Ainda não me perdoei por aquele golpe que te dei.

– Se te deixa mais tranquila, nem formou galo no dia seguinte.

– Com certeza, isso me deixa mais em paz. – Marta sorriu ao perceber a mão do rapaz que segurava a cintura de Annabeth com firmeza. – Vejo que agora são namorados, não é mesmo?

Annabeth corou e assentiu com um sorriso singelo nos lábios.

– Foi apenas uma questão de tempo até ela cair nos meus encantos. – Percy falou mais baixo como se contasse um segredo e com isso ganhou uma cotovelada de Annabeth na altura das costelas. – Ai, Sabidinha!

Peter que ainda encarava a mulher com curiosidade, se voltou rapidamente para Percy com o cenho franzido, como se perguntasse o que tinha acontecido com seu pai.

– A mamãe me bateu, filho. – o rapaz disse olhando para o pequeno Chase, que logo em seguida olhou para sua mãe com o olhar repreendedor, como se entendesse o que estava acontecendo.

– Percy! Você está o colocando contra mim? É isso mesmo, seu Cabeça de Algas inútil? – Annabeth questionou ultrajada, e o rapaz sorriu culpado.

– Fico feliz em ver que você a está fazendo feliz, Percy. – Marta interrompeu a pequena discussão, e o moreno de olhos verdes abriu um sorriso de orelha a orelha. – A minha menina Chase merece ser muito feliz nessa vida.

– E eu estou empenhado em exercer essa função para o resto da minha vida, Marta. A senhora pode ter certeza de que se depender de mim ela será a mulher mais feliz da face da Terra. – o rapaz garantiu confiante, e Annabeth corou mais um pouco.

– Acho que vocês já podem parar de falar de mim como seu eu não estivesse aqui. – a loira murmurou envergonhada, e os dois sorriram um para o outro, cúmplices.

– Bom, eu vou falar com o seu avô e puxar a orelha de Apolo e Ares por nunca mais terem me visitado. Com licença. – a mulher pediu e deu um breve aceno para Will e Clarisse que prometeram falar com a mulher depois.

Annabeth voltou-se para seus amigos com um sorriso satisfeito e logo voltou a conversar animadamente.

A medida que o tempo passava, um peso que Annabeth desconhecia, parcialmente, ia deixando seus ombros, o que acabava por deixá-la mais receptiva e menos preocupada, logo mais propicia para curtir a festa de seu filho sem grandes dores de cabeça. Esse pequeno detalhe se dava ao fato da ausência de Luke, este que nem ligara, e nem dera algum sinal de vida. Annabeth já estava certa de que ele não apareceria, e isso a deixava extremamente aliviada.

– Percy? – Sally apareceu em um determinado momento da festa e disse – Filho, por que você não tira algumas fotos da mesa e dos convidados? Ai poderemos fazer um álbum de aniversário para o Peter. – a mulher sugeriu e o moreno de olhos verdes ergueu a câmera com a qual descera com o mesmo propósito.

– Já estou indo, querida mamãe. – Sally revirou os olhos e Annabeth a acompanhou com um sorriso de lado. – Bom pessoal, irei me ausentar agora, mas não chorem, pois logo mais estarei de volta.

– Vá e não volte, peixinho. Sua presença não é tão querida assim. – Grover resmungou de brincadeira, e Percy mostrou o dedo em direção do amigo.

– Que coisa feia, Percy. Isso é coisa que se faça na frente do seu filho? – Charles questionou com falsa incredulidade e o moreno se segurou para não repetir o ato. – Vai deixar ele ensinar essas coisas para o Peter, Annabeth?

– Ele sabe, que é eu ver o Peter fazendo igual, e eu acabo com o que ele mais preza na vida.

O moreno a olhou cético e retrucou:

– Até parece que você vai acabar com o nosso namoro. – Percy galanteou e Annabeth ficou sem respostas.

– Uou, esse aprendeu com o Tio Poseidon como contornar uma situação de alto risco. – Travis disse, fazendo os demais presentes rirem.

– Quem aprendeu o quê comigo? – Poseidon apareceu com um sorriso amigável e um copo de refrigerante na mão.

– O Percy aprendeu a contornar situações de risco com a namorada, igualzinho o senhor faz. – Connor contou, e Poseidon riu jogando a cabeça para trás.

– É como dizem por aí: Tal pai, tal filho.

– No caso de vocês dois está mais para: Filho de peixe, peixinho é. – Sally retrucou e todos riram.

– Meu amor, não fale como se não amasse esses peixinhos. – Poseidon disse, fazendo sua esposa revirar os olhos.

Sally soltou outra piadinha qualquer e logo depois chamou o filho com a cabeça. O rapaz se levantou e estendendo a mão para o seu próprio filho, chamou:

– Campeão? – Peter o olhou atento. – Vamos tirar foto?

Como Percy estava com a mão estendida, o pequeno rapidamente entendeu que era para acompanhá-lo, por isso desceu do colo da madrinha e com pequenos passos cambaleantes andou lado a lado com Percy em direção da mesa do parabéns.

Annabeth sorriu ao ver o modo com Percy se preocupava com os lugares em que Peter ia pisar, e como o moreno se mostrava atento aos tropeços que o pequeno Chase levava com frequência. Nunca o deixando cair.

– Eu também quero tirar foto. – Silena se manifestou animada, e cerca de cinco minutos depois, todos estavam ao redor da mesa esperando uma oportunidade para tirar foto com o aniversariante do dia.

– Travis, pare de comer os docinhos da mesa. – Katie ralhou ao perceber que o namorado devorava todas as bolinhas de chocolate, que ela não sabia o nome correto, dispostas sobre a mesa.

– Você já provou isso daqui? – o Stoll não esperou resposta – É divino!

Enquanto isso, do outro lado da mesa Grover fazia a mesma coisa que Travis, e com curiosidade perguntou:

– Tia Sally?

– Sim, querido?

– O que são esses docinhos? – o rapaz questionou com a boca cheia. Sally riu, e Annabeth revirou os olhos ao ver que tinha um buraco entre os brigadeiros perto do local onde Grover e Travis estavam.

– São doces brasileiros e se chamam brigadeiros. Uma delícia, não é mesmo?

– Maravilhosos!

– E eu agradeceria muito se vocês só o comessem depois que cantássemos os parabéns. – Annabeth resmungou, fazendo Travis e Grover lhe direcionarem sorrisos amarelos – Ou pelo menos depois das fotos.

Juniper e Katie olharam veio para seus respectivos namorados, fazendo-os corar, e largar os docinhos que ainda não tinham sido comidos sobre a mesa.

– Quem é o próximo? – Percy perguntou alheio a confusão dos brigadeiros e depois que Bianca e Nico deixaram Peter sobre uma cadeirinha que tinha atrás da mesa para que o pequeno ficasse em uma altura aceitável.

Charles e Silena tinham sido os primeiros, devido a euforia da morena. Bianca e Nico foram logo após ao casal ternura. E agora o lugar ao lado de Peter estava vago.

– Somos nós! – Apolo que nem na fila estava gritou do outro lado do jardim, andando logo em seguida com Ares e seu pai em seu encalço.

– Nada disso, pai. Tem fila aqui. Okay? – Will o barrou antes que ele chegasse perto da mesa.

– Os mais velhos têm preferência. – Apolo retrucou – É assim em qualquer fila do mundo.

– Não nessa, titio. – Clarisse se intrometeu, e Ares a olhou feio, a ruiva apenas devolveu o olhar na mesma intensidade mostrando que era imune à cara feia de seu pai.

– Vocês dois deviam ter mais respeito. Seu avô tem que ir na frente, é o bisneto dele. – Ares entrou em defesa de seu irmão contra sua filha e seu sobrinho.

Enquanto parte da família Chase estrava em conflito, Max foi até o namorado de sua neta e pediu para poder tirar foto com Peter e o moreno de olhos verdes assentiu deixando que o avô de Annabeth tomasse o lugar ao lado de seu filho. Logo depois vieram Maria e Marta que tiraram a foto juntas.

– Quem é o próximo? – Annabeth estava atrás de Percy só o admirando enquanto ele tirava fotos de seu filho, este que mostrara uma desenvoltura incrível diante da câmera, já que sempre que o Jackson mais novo o chamava, o pequeno olhava em sua direção com o sorriso mais lindo que a loira já vira.

– Sou eu. – Thalia levantou a mão e logo tomou seu lugar ao lado de Peter. – Venha cá meu loiro aguado. – a morena o pegou no colo e posou para a foto com um sorriso animado.

Nico, que a olhava de longe, sorriu junto com a morena ao ver quão feliz a garota aparentava estar. Era bom vê-la bem depois do episódio em que ele a consolara.

A fila para as fotos logo encontrou um padrão a ser seguido e aos poucos, os arredores da mesa iam esvaziando. Os Stoll tiraram uma foto juntos, e depois Travis tirou com Katie. Grover e Juniper antecederam Clarisse e Chris e a La Rue tirou uma outra foto, dessa vez acompanhada de seu pai, Ares. Will e Apolo também tiraram a foto juntos, quando Sally sugeriu:

– Annabeth, por que você não tira uma foto com toda a sua família? – a Chase sorriu com a ideia, e logo chamou todos os seus parentes para tirar uma foto com Peter.

A loira ficou com o pequeno no colo, e seu avô ao seu lado direito, Clarisse ficou ao lado de Ares, enquanto Will e Apolo ficaram do outro lado.

– Ficou linda! – Percy elogiou ao olhar para o visor da câmera.

– Sua mãe era quem gostava de fotos em família. – Max comentou ao se lembrar da mania que Atena tinha e Annabeth sorriu, pois pensava justamente na mesma coisa que o avô.

– Ela ficava louca quando nos reuníamos e não tirávamos uma dessas. – a loira complementou e Max assentiu pensativo.

– Eles fazem falta. – e assim o avô de Annabeth se afastou, com um sorriso saudoso nos lábios, e o pensamento longe, para ser mais exata em sua filha.

– Agora é a minha vez. – Poseidon apareceu de repente e logo puxou Sally para acompanha-lo – Chegou a hora da foto com o vovô, Peter.

O pequeno riu e se agarrou ao pescoço do avô, fazendo-o se derreter por completo com o gesto. Sally, com ciúmes, pediu que Percy tirasse outra foto, só que dessa vez Peter teria de ficar em seu colo.

– Não precisa ter ciúmes, meu amor. Não de mim. – Poseidon provocou e sua esposa riu debochada.

– Quem disse que eu estou com ciúmes de você? Eu estou com ciúmes do meu neto. – a morena retrucou, fazendo com que seu esposo fechasse a cara.

Ao se distrair com a pequena troca de farpas, Sally permitiu que Peter tivesse acesso a alguns docinhos, e bom... O pequeno soube fazer a sua própria festa.

– Peter! – Annabeth, que analisava as fotos junto com Percy, exclamou assustada ao ver a lambança que seu filho fazia com os brigadeiros.

– Uou! – Percy gargalhou ao ver o pequeno Chase com vários brigadeiros amassados contra o rosto e contra a camisa branquíssima, comprada especialmente para o seu aniversário. – Essas fotos serão as melhores. – o moreno murmurou e começou com a enxurrada de cliques, divertindo-se imensamente a cada gargalhada gostosa que Peter soltava ao se lambuzar cada vez mais.

Olate. – o pequeno murmurou reconhecendo o sabor do doce, e sorrindo ainda mais ao espalhar o chocolate pelo rosto.

Annabeth não sabia se ria ou se chorava, por isso optou por apenas acompanhar a festa de seu filho com a expressão incrédula.

– Eu te disse que ele sujaria essa roupa, não disse? – Percy perguntou entre um intervalo e outro das fotos.

– Disse e eu já sabia que isso iria acontecer, só não imaginei que seria dessa maneira. – a loira segredou embasbacada, e riu ao ver o quão feliz seu filho estava. – Oh meus deuses, vou precisar trocá-lo.

– Pode deixar que eu faço isso, Annie. – Sally tomou a dianteira e começou a andar em direção a sala de estar com um Peter coberto de brigadeiro no colo.

– Então eu vou pegar mais alguns brigadeiros para colocar nos buracos que três espertinhos deixaram na mesa. – a loira disse alto, fazendo Travis e Grover acenarem em sua direção. A Chase apenas riu e Thalia juntou-se a sua melhor amiga até a entrada da casa.

– E eu vou pegar outro cartão de memória, porque esse já foi. – Percy murmurou para ninguém especifico e logo sumiu dentro de casa.

Os demais convidados continuaram no jardim e ainda comentavam animadamente sobre a bagunça que Peter fizera quando Luke Castellan chegou acompanhado de seus pais, May e Hermes Castellan, instantaneamente o clima pesou e os comentários cessaram.

O italiano sabia que estava mais do que atrasado, pois no convite que Annabeth mandara por sua mãe, a festa estava marcada para começar a cerca de duas horas atrás, e ele sabia que como pai deveria ser um dos primeiros a chegar, mas não fora isso o que acontecera. Por isso ao chegar no jardim, a primeira coisa que o loiro fizera fora olhar para todos os presentes à procura de Annabeth, mas ele não a encontrara no local, na verdade nem ela, nem seu filho e muito menos o idiota do Jackson, o que o irritou um pouco, já que era bem óbvio que os três estavam juntos.

Luke tinha acabado de chegar e ainda analisava toda a decoração, quando Annabeth apareceu em seu campo de visão com uma bandeja de docinhos. A loira estava linda ao ver do rapaz, com um vestido branco com flores coloridas, um tanto quanto curto para o gosto do loiro, já que batia no meio de suas coxas, mas que ainda sim, só acentuava as suas curvas e a deixava mais bonita. Os cachos que tantas vezes tocara estavam presos em um rabo de cavalo alto e elegante e a maquiagem clara deixava em destaque os olhos cinzentos da mulher.

O Castellan a acompanhou com o olhar durante todo o trajeto da mesma entre a casa e a enorme mesa onde o Parabéns seria cantado. A decoração que se encontrava atrás da mesa, fazia o rapaz enjoar, já que era óbvio que a mesma tinha sido escolhida por Percy, até porque desde que conhecera Annabeth, a mesma nunca se mostrara tão interessada por coisas que viessem do mar a ponto de dar uma festa com o tema.

– Quer que eu pegue um balde para você? – Hermes sussurrou no ouvido do rapaz, fazendo-o fechar a boca instantaneamente. – Para de ser ridículo e vá falar com ela. – o homem ordenou ríspido.

O empresário estava com a cara fechada e de mau-humor desde que saíra de casa, o italiano mais velho não gostara nenhum um pouco de saber que a primeira festa de seu neto seria na casa dos Jackson, mas o mesmo não podia fazer nada para mudar tal situação, já que o energúmeno do filho não fora capaz de fazer nada que melhorasse a relação entre ele a mãe de seu neto naquela última semana. Hermes só se esquecia que fazia exatas uma semana que Luke tinha entrado na vida de Peter. Sendo assim, muito cedo para opinar na vida do garoto.

May analisava a situação em silêncio, sabendo que as “dicas” que Hermes dava ao filho em nada ajudariam, mas a mulher não era capaz de se manifestar já que tudo indicava que o filho não a ouviria mais, de alguma forma, nos últimos dias, Luke se juntara definitivamente ao pai para reaver o que tinha perdido, a mulher não sabia como a aliança tinha ocorrido, mas ela tinha a plena certeza de que seu filho acabaria por meter os pés pelas mãos e perderia de vez a mulher que amava e o filho recém- descoberto.

– Luke, seja gentil. – a mulher aconselhou e o rapaz assentiu começando a caminhar em direção a ex-namorada.

Annabeth estava distraída, distribuindo alguns docinhos sobre a mesa principal, quando sentiu que tinha alguém atrás de si, rapidamente se virou ao perceber que era Luke.

– Achei que não fosse chegar nunca. – Annabeth resmungou desgostosa ao vê-lo ali.

– Eu só estou um pouco atrasado. – o loiro retrucou, fazendo-a revirar os olhos.

– Não, você entendeu errado. – a loira retrucou e Luke franziu o cenho – Eu queria que você não chegasse nunca. Entendeu agora? – a loira disse debochada, e o Castellan fechou a cara.

– Olhe Annabeth, nada do que me você me diga fará com que eu mude de ideia. Eu vou ser presente na vida do Peter, você queira ou não. – Luke retrucou com raiva e Annabeth revirou os olhos diante o discurso do rapaz. Parecia ser algo tão ensaiado, e isso a enojava.

– Okay! Você faz o que achar melhor, mas da próxima vez seja pontual, senão outro chega primeiro e pega o seu lugar. – Annabeth claramente provocou, fazendo com que Luke respirasse fundo antes de respondê-la de forma calma.

– Annabeth, eu não vim aqui hoje para brigar. Combinado? – o loiro disse de forma cansada, o que baixou a guarda da mulher. – Eu só quero ver o meu filho e parabenizá-lo. Pode ser? Prometo que outro dia podemos consertar as nossas diferenças, mas não hoje.

– Eu, sinceramente, espero que esteja falando a verdade Luke, pois eu não vou aturar que você levante a voz dentro dessa casa e muito menos desrespeite as pessoas que estão aqui. Entendeu? – a loira se impôs deixando claro que não aturaria algo semelhante a briga que ocorrera no começo da semana e o loiro consentiu de forma branda.

– Posso ver o Peter? - o rapaz perguntou e Annabeth assentiu.

– Sally está trocando ele. Se quiser pode esperá-lo na sala, ou por aqui mesmo.

Luke assentiu, deixando-a para trás e com a cabeça chamou os pais para acompanhá-lo.

– O que ele queria? – Thalia se aproximou de Annabeth com outra bandeja de doces assim que o Castellan deu-lhe as costas.

– Acho que me cumprimentar e dizer que hoje não está a fim de brigar. – a loira disse em um tom descrente.

– E você acreditou nisso? – a morena questionou com os olhos colados nas costas do ex–namorado da melhor amiga.

– Ou eu acredito, ou vou ter que ficar a festa toda de olho nele.

– Então, eu realmente espero que ele esteja falando a verdade. – Thalia torceu sabendo que Annabeth ficaria uma fera se ele estragasse a festa de Peter.

– Eu também espero, Thals. Eu também espero.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Espero do fundo do coração que tenham gostado.
Bom, se vocês não gostaram, não se sintam acanhados e me digam o que vocês não curtiram, e o por quê. Sejam críticos, okay?

Só quero compartilhar aqui que: A PARTE MAIS FOFA, FOI O PETER SE LAMBUZANDO COM BRIGADEIRO KKKKKK


Bom, o próximo capítulo está quase pronto e eu poderia facilmente terminá-lo ainda nesse feriado e postá-lo para vocês, mas eu tenho que estudar. Outro simulado na quarta, aff. Mas se eu fizer isso, talvez demore ainda mais para eu voltar por aqui, já que na próxima semana as minhas provas voltam, ou seja, eu vou terminá-lo e postá-lo daqui duas semanas, e talvez com esse intervalo de tempo eu consiga, não estou prometendo, vejam bem, mas talvez eu consiga aparecer com uma frequência mais regulada. O que vocês acham?

Gostaria de agradecer vocês por ainda me acompanharem, e dizer ao leitores que estão aparecendo que vocês são muito bem-vindos. Okay?

Ahh, obrigada a todos que deram uma passadinha em You Can Always Count On Me, vocês me deixaram muito feliz com os reviews, que eu vou responder agora, e quem ainda não passou por lá, dá uma passadinha, por favor. Prometo que não vão se arrepender.
http://fanfiction.com.br/historia/604966/You_Can_Always_Count_On_Me/

Acho que vou ficando por aqui...
Beijos e até breve.


P.S: Qual é o palpite de vocês sobre quem cederá primeiro? O Percy ou a Annabeth?