The Choices Of Life... escrita por Natyh Chase Jackson


Capítulo 15
Papa


Notas iniciais do capítulo

Olha quem está de volta em uma semana certinha!!! Isso mesmo... EU!
Palmas para mim... Obrigada, muito obrigada kkk

Bom galera como prometido E cumprido, aqui está mais um capítulo de TCOL... E em uma semana certinho.
Esse capítulo é dedicado a todos que deixaram reviews no capítulo anterior (eu ainda não respondi, pois estava sem tempo, ai tive que decidir entre escrever e responder, e bom eu achei que você mereciam mais um capítulo logo).

Dedico a todos, mas especialmente a:

— Thalia Luna

Que recomendou a fic, Thalia eu amei a sua recomendação, fico feliz em saber que você esteja gostando da fic.

Bom, sem mais lenga-lenga ai está o capítulo bombástico, na minha humilde opinião.
Boa Leitura.



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– E então? - Annabeth perguntou incomodada com o silêncio.

Fazia quase dez minutos que Luke entrara pela porta da frente da casa dos Jackson e desde então encarava Percy e Annabeth de modo intercalado, fazendo com que os nervos de ambos se agitassem de forma nunca antes vista. O moreno de olhos verdes estava louco para acabar com a expressão prepotente que o Castellan ostentava desde que chegara ali, mas o rapaz sabia que o loiro poderia usar isso contra Annabeth, e prejudicá-la era o que o Jackson menos queria no momento.

– E então, o quê? - o Castellan se fez de sonso, fazendo Percy bufar.

– O que você veio fazer aqui? - a Chase questionou revirando os olhos pouco dando importância ao momento cínico do rapaz.

– Ah. Isso. - Luke bateu palmas como se só naquele momento se lembrasse o motivo de estar ali. - Vim ver o Peter. – respondeu simplesmente.

O pequeno Chase que estava distraído com uma porção de seus brinquedos, virou o pescoço para olhar o loiro ao ouvir o seu nome, o que o surpreendeu, já que Peter se mostrava cada vez mais inteligente.

– Nossa! Ele é bem esperto, não é mesmo? - Luke questionou para ninguém em especial, e logo estendeu os braços em um pedido mudo de que Peter se aproximasse.

Mesmo que aquele fosse o terceiro dia seguido em que Luke tinha contato com Peter, Percy ainda sentia uma enorme vontade de arrancar o pequeno Chase dos braços do Castellan e levá-lo para o mais longe possível do rapaz. Essa vontade também se aplicava a Annabeth, esta que sempre estava mal-humorada ao lado do loiro.

– Achei que fosse avisar quando viesse visitá-lo. - a Chase cutucou nada animada com esse poder que o rapaz aparentava ter. - Podíamos não estar aqui, e sua visita teria sido totalmente em vão. - a loira disse em tom de aviso, mas ela queria deixar claro que ele não podia simplesmente brotar do nada, como andava fazendo desde o dia em que se reencontraram.

– Sou o pai dele, tenho total e pleno direito de visitá-lo quando bem entender. - o loiro respondeu grosseiramente, fazendo com que Percy se remexe-se de forma desconfortável no sofá.

– Não é bem assim que as coisas funcionam, Luke. - a loira reivindicou consternada com a fala do rapaz - Você sabe que tem que ligar antes, até porque a família do Percy não é obrigada a te receber sempre que você quiser.

– Não? - Luke se fez de cínico e a loira respirou fundo não cedendo a provocação. - Enfim, só vim ver o Peter, e em missão de paz.

– Missão de paz? - Percy debochou e o Castellan o ignorou.

– Na verdade, eu vim pedir para você, Annabeth, deixar que este pequeno saia comigo e com os meus pais no sábado. – o Castellan mostrou a sua real intenção bagunçando os cabelos loiro-areia do Chase.

– Não! - Percy respondeu, fazendo com que Luke se remexesse desconfortável no sofá em que estava.

– Então, Annabeth, ele pode ou não? – o loiro reforçou ignorando o moreno.

Antes mesmo que a Chase tivesse a chance de abrir a boca, Percy já tinha tomado a frente, pela segunda vez.

– Então, Luke, você não pode sair com o Peter no sábado, porque exatamente nesse dia é o aniversário dele, e bom, a festa já está toda planejada. - Percy explicou como se o fizesse para uma criança um pouco mais velha que Peter. Luke apenas abriu a boca sentindo-se um tolo por não ter perguntado quando seria o aniversário do garoto. - Não sinta-se culpado, pois eu tenho certeza de que se fosse um pai presente como você tanto quer mostrar ser saberia esse tipo de coisa.

Um silêncio constrangedor se instalou no local. Luke passou a brincar com Peter de forma encabulada, já que Annabeth e Percy olhavam a cena, atentamente.

– Hum... - o Castellan limpou a garganta voltando a olhar para o casal perfeito. - Posso vir na festa, não posso? - Luke perguntou com cautela, olhando diretamente para sua ex-namorada.

Dessa vez Percy não tomou dianteira, pois sabia que aquela decisão só podia partir de Annabeth, mas para provocar, o moreno tomou a mão da loira na sua, entrelaçando os seus dedos aos dela divertindo-se mais do que pensara ao ver o olhar de Luke no local onde a loira e ele se conectavam.

– Você pode vir sim, Luke, mas... Por favor, não arranje confusão. - a loira disse deixando implícito em sua fala que ao menor sinal de problemas ele pagaria.

– Okay. - o loiro sorriu feliz com a oportunidade que a Chase estava lhe dando.

O ambiente novamente caiu em um silêncio desconfortável, e de repente a atenção de Peter desviou-se completamente de Luke ficando presa no sapato de Percy que estava jogado na sala.

– Peter, tira isso da boca. É caca!– Annabeth mandou tentando fazer com que o garoto soltasse o calçado.

O pequeno Chase insistiu em colocar o tênis na boca pouco se importando com a ordem de sua mãe, e dessa vez Luke interviu impedindo o sapato de chegar a boca de seu filho, todavia tal ato não fora suficiente para dispensar a atenção do pequeno, por isso ele tentou, pela terceira vez, colocar o tênis do Jackson mais velho na boca, e o Castellan disse:

– Peter, não pode.

Entretanto, a voz do rapaz não exprimia nenhum grau de autoridade sobre o garoto, por isso ele voltou a colocar o sapato na boca e dessa vez quem interviu foi o Percy.

– Peter! - o moreno de olhos verdes o chamou de forma autoritária deixando o pequeno em alerta, pois o mesmo sabia que quando Percy o chamava por aquele tom era bronca na certa.

– Não pode. Tira o sapato da boca. - o Jackson mandou e Peter o olhou nos olhos como se para confirmar o que deveria ser feito, Percy escorregou para a ponta do sofá e estendeu a mão pedindo seu tênis de volta, e o pequeno Chase o devolveu rapidamente, voltando a se entreter com seus brinquedos.

Luke encarava Percy com uma mistura de ódio, raiva e desapontamento, afinal aquele Peter era seu filho, logo era ele quem tinha que mandar e Peter obedecer imediatamente, e não o contrário.

– Ele deve estar com fome. - Annabeth murmurou apenas para si, mas alto o suficiente para que os dois homens a ouvissem. - Vou pegar a papinha. – dessa vez ela olhou para Percy que assentiu e soltou a mão da loira, deixando-a ir. – Comporte-se, por favor. – a loira completou com um mexer de lábio, fazendo Percy fechar a cara.

Agora, não era apenas o silêncio que era matador, mas sim a troca de olhares que ao menor sinal de fogo seria capaz de inflamar tudo a sua volta em um raio de cinquenta metros.

– Você se acha muito esperto, não é mesmo Perseu? – Luke falou depois de alguns segundos de uma intensa troca de olhares.

– Eu não me acho nada, Luke. – o moreno devolveu querendo saber onde ele queria chegar com aquela conversa.

– Peter tem que aprender que eu sou o pai dele, por isso quando eu estiver por perto e ele precisar sem repreendido deixe que eu, o pai dele, ou a Annabeth, a mãe, faça isso. Entendeu? – o loiro praticamente rosnou na direção de Percy, fazendo-o revirar os olhos.

– Meu caro, como minha mãe diz “Quem ama, educa.” Por isso, sempre que ele precisar ser repreendido eu vou repreender, porque eu amo esse garoto, sem contar que não preciso que os outros me digam o que eu posso ou não fazer. – Percy retrucou escorregando para a ponta do sofá para encarar Luke mais de perto. – Você deveria se sentir honrado por eu ter sido um pai para Peter, porque nós sabemos que se fosse um outro canalha qualquer como você foi com a Annabeth, ele pouco estaria se importando com o bem-estar desse menino e sim, em levar a mãe dele para a cama.

– O que você não faz, não é mesmo? Ah, me esqueci. Você é um santo! – Luke respondeu sarcástico, sabendo que Percy e Annabeth dividiam mais que a casa.

– Não, pelo contrário, eu faço, e faço muito bem. Você até pode perguntar para a Annabeth, se quiser. – Percy debochou e Luke retorceu sua expressão em nojo. – Ao contrário de você eu sei ser um bom pai e ótimo na cama.

– Você não é o pai dele! – o Castellan rosnou, ameaçando a se levantar.

– Não é isso que todo mundo acha. – Percy também estava começando a se exaltar, e Peter já prestava mais atenção na briga que estava para iniciar, do que em seus brinquedos.

Entretanto, antes que um dos dois pudesse dar continuidade àquela insanidade, a porta da sala se abriu em um rompante, e por ela passou um Thalia completamente irreconhecível pela falta de maquiagem, e um Nico sorridente, o que também era estranho.

– Boa tarde, pessoas. Espero que aquela vaca já esteja no foguete de volta para Marte. – a morena gritou, sem ao menos ver quem estava na sala, e quando seu olhar pousou em Luke, resmungou – Estava muito bom para ser verdade.

– Boa tarde, Thalia!

– Boa? Não vejo para quem. – a garota retrucou petulante, para logo em seguida complementar – Quando eu me livro de um encosto, me lembro que tem um ainda pior.

– Espero que não seja eu o encosto, querida Thals. – Luke devolveu com um sorriso cínico, quase se esquecendo da briga que estava para se iniciar com Percy.

– Ai meus deuses, Thalia. – Maria apareceu correndo na sala, e se jogou contra a morena de olhos azuis a abraçando muito, muito forte.

Thalia a correspondeu por um tempo, mas em questão de segundos se tornara um aperto insuportável de ser mantido.

– Maria, você está me sufocando. – a garota resmungou, fazendo a velha senhora soltá-la com a mesma rapidez que a agarrara. – Desculpa ter saído daquele jeito. – a morena pediu, pois sabia que Maria tinha ficado mais do que preocupada com a atitude que tivera. – Eu precisava espairecer um pouco. – Thalia revelou, e a mulher assentiu, dando-lhe um beijo na testa.

– Só não faça isso de novo, fiquei muito preocupada.

– Prometo que não se repetira. – e nesse momento a conexão de olhares que se fizera tão comum naquela tarde voltou a acontecer, o preto no azul, selando mais uma vez uma outra promessa.

Nico piscou para Thalia, fazendo-a dar um sorriso mínimo que rapidamente fora trocado por uma carranca de desprezo. O moreno deu um sorriso de lado, sabendo que a brecha que a Grace lhe dera naquele dia, dificilmente voltaria a acontecer.

– Oi, Luke. – o Di Ângelo cumprimentou o amigo de longa data, que apenas assentiu a cabeça em cumprimento, com as mãos nos bolsos do jeans. – E ai, Percy? – Nico também cumprimentou o melhor amigo de forma mais descontraída, e o moreno caminhou até ele dando-lhe um toquinho amigável no ombro e antes que Percy pudesse dizer algo, já tinha alguém o interrompendo.

– Thalia Grace! – Annabeth apareceu na porta de ligação entre a sala de jantar e a sala, e com um olhar mortal se dirigiu a amiga. – Faça isso de novo e eu te mato. Entendeu? – a loira questionou enquanto a abraçava.

A morena de olhos azuis se aconchegou nos braços da melhor amiga, tendo uma breve noção de que ela sabia as barbaridades que Réia dissera à ela.

– Nós precisamos conversar. – Annabeth disse ao se afastar e riu ao perceber que quem abraçava Thalia naquele momento era Peter.

O pequeno ficara instigado ao ver que todo mundo abraçava sua madrinha, por isso quando viu que até mesmo sua mãe estava nos braços de sua tia, se levantou cambaleante e a abraçou nas pernas.

– Oh, meu pequeno, você também quer me dar um abraço? – Thalia perguntou pegando o pequeno Chase no colo, e colocando os braços do garoto envolta do seu pescoço para só depois apertá-lo um pouco – Dá um beijo na titia? – a morena questionou dando a bochecha para o pequeno beijar, coisa que ele fez de forma bem molhada. – Ai, que beijo gostoso. – a garota elogiou mordendo as bochechas do loiro, que ria tentando se livrar dos dentes da madrinha.

– Fala se o Peter não é sortudo... – Percy iniciou chamando as atenções para si – Acho que esse garoto nunca vai sofrer com o mal humor de Thalia, acredito que ele é o único nesse mundo capaz de fazê-la sorrir.

– Pode crer. – Nico debochou e Thalia mandou-lhe um olhar amedrontador, fazendo-o se calar.

– Nossa, Percy como a sua observação foi... – Thalia fez uma pausa de suspense – Inútil. Não se esqueça que você ainda está na minha lista de pessoas que pode sofre com o meu mal humor, e você também Nicholas. Idiotas.

– Crianças, olhem os modos. – Maria os repreendeu e sorriu propondo – Que tal eu fazer algo bem gostoso para vocês comerem? Devem estar com fome, não é mesmo?

Todos, sem exceção, assentiram com a cabeça, e a mulher logo voltou a sumir pela sala de jantar em direção a cozinha.

– Falando em fome... Peter, vem com a mamãe. – Annabeth pediu e o loiro se jogou dos braços da tia para os da mãe, que o amparou com cuidado e com ele no colo se encaminhou para o sofá. – Quer papinha? – a loira questionou abrindo o pequeno potinho com a comida que seu filho adorava.

Peter negou com a cabeça e cruzou os braços, virando o rosto sempre que Annabeth ameaçava se aproximar com a colher cheia de comida.

– Peter! – a loira chamou a atenção do loiro, que rapidamente parou de fazer birra. – É bom mesmo o senhor parar, se não vai sujar tudo. – a Chase o repreendeu, fazendo-o ficar quietinho no seu colo.

Os outros que ainda estavam na sala logo se acomodaram, e ficaram jogando conversa fora.

Na verdade, apenas Nico, Thalia e Percy mantinham um diálogo descontraído sobre a faculdade que cursavam, Luke estava completamente excluído o que o incomodou um pouco no início, mas o Castellan sabia que era o mínimo de consideração que receberia depois de tudo que aprontara. Por isso, o rapaz se contentara a apenas observar, sem contar que estava cem por cento concentrado em Annabeth dando comida para o filho deles.

Luke tinha um sorriso discreto nos lábios vendo a birra que Peter fazia para comer, e se surpreendeu ao ouvir Annabeth dizer:

– Você não quer comer comigo, não é mesmo? – ela questionou e Peter ficou olhando-a atentamente – Okay, peça para o seu pai te dar a comida. – a loira disse meio emburrada, deixando o filho no tapete da sala.

O Castellan se arrumou todo no sofá esperançoso de que Peter viesse até ele, mas o rapaz se surpreendeu ao vê-lo correndo na direção de Percy, gritando:

PAPA!

O pequeno agarrou as pernas de Percy para chamar sua atenção, e o moreno logo sorriu para o pequeno loiro que queria escalar o seu corpo.

– Que foi, campeão? – Percy questionou pegando-o no colo.

Thalia e Nico que apesar de estarem entretidos com a conversa que estavam tendo, ouviram absolutamente tudo que Annabeth dissera, e se assustaram quando viram que Peter tinha: falado sua primeira palavra “papa” e corrido na direção de Percy chamando-o de “papa”, sendo que o seu verdadeiro pai estava na sala e não era o moreno de olhos verdes, mas sim o loiro de olhos azuis.

E Annabeth só notara a merda que fizera, quando viu a perplexidade estampada no rosto de Luke. A loira tinha se esquecido completamente da presença do loiro no cômodo, até porque o momento de alimentar Peter sempre fora algo único dela e do pequeno que a fazia se desligar de tudo e de todos a sua volta, mas a preferência do mini Chase parecia estar mudando já que pela segunda vez seguida ele preferia o Percy a ela, o que a irritara um pouco, por isso o chamou de pai, pois sabia que para Peter seu papa era o moreno de olhos verdes. Enfim, a loira tinha se esquecido, completamente, da presença de Luke, e acabara cometendo quem sabe, o início da 3ª Guerra Mundial, bem ali no meio da sala.

– Ele falou o que eu acho que ele falou? – Thalia foi a primeira a se manifestar, incrédula. – Ele chamou o Percy de papa? – a garota quis confirmar, e como o silêncio se manteve ela tomou aquilo como um sim.

De repente, Thalia começou a rir de forma desesperada, como se o mundo fosse acabar e o último desejo dela era morrer feliz. A garota sem noção nenhuma ria e apontava, descaradamente, para a cara perplexa que Luke fazia.

– Você precisa ver a sua cara. Está hilária, Lukito. – Thalia dizia em meios aos risos, fazendo com que Luke se enfurecesse ainda mais com cada palavra pronunciada pela garota.

E como toda ação tem uma reação, a do Castellan foi explodir.

– Seu idiota. – Luke vociferou apontando o dedo na cara de Percy. – Foi você que ensinou isso para ele, não foi? – ele questionou em pé de frente para o moreno de olhos verdes, que ainda tinha Peter nos braços.

O Jackson parecia não querer colaborar, pois deu um sorriso cínico na direção do loiro, que a essa altura já espumava de raiva.

– Eu vou te quebrar, seu retardado. – Luke gritou e ameaçou partir para cima do Jackson só não o fez, pois Annabeth se colocou entre os dois.

– Você é louco? - a loira questionou com os olhos cerrados - Você está assustando o meu filho.

E era verdade, Peter se encolhia todo no colo de Percy, seus olhos já estavam lacrimejados, apenas mais um grito seria o suficiente para fazê-lo chorar. E Annabeth para defendê-lo seria capaz de agir como uma tigresa disposta a defender o filhote.

Nosso filho. Meu e seu. Não desse idiota disfarçado de bom moço. – Luke começou falando baixo tentando controlar seu timbre de voz para não assustar a criança ainda mais, mas no final da sentença já gritava desesperado.

Percy se levantou e passou Peter para que Thalia acalentasse, tirou Annabeth do meio, passando a encarar Luke olho no olho, verde no azul e vice versa.

– Eu já disse que não é todo mundo que acha que você é o pai dele, ele mesmo não acha isso. – Percy debochou e Luke já estava pronto para socá-lo quando Nico entrou no meio empurrando os dois para trás.

– Chega vocês dois. – o rapaz gritou exaltado, e Maria apareceu desesperada na sala, já que a gritaria podia ser ouvida da cozinha - Vocês são patéticos, não estão vendo que estão assustando o garoto? Seus retardados. – dessa vez ao invés de gritar Nico disse em seu tom normal de voz, o que era ainda mais amedrontador. – Percy, para de provocar, você já está bem grandinho para fazer isso e você Luke...

Nesse momento o Di Ângelo foi interrompido pela voz grave do dono da casa.

– O que está acontecendo aqui? – Poseidon perguntou exalando poder e olhou para cada um presente na sala de estar da sua casa. – Não sei o porquê, mas o fato de você estar aqui não me surpreende em nada, Castellan. – o mais velho disse ao perceber que Luke estava na sua casa. – Vamos podem começar se explicar. Eu estou esperando.

Luke poderia ter ficado e contado tudo, mas a sua cota de paciência estava esgotada, por isso bufou e saiu da casa dos Jackson rápido que nem um foguete. Poseidon o olhou ultrajado, já que quando fora passar por ele, Luke esbarrou de forma, claramente, proposital em seu ombro levando-o alguns passos para trás.

Nico vendo que o rapaz não estava em perfeitas condições de dirigir, pediu licença e foi atrás do loiro a fim de evitar uma catástrofe, e assim que a porta bateu Annabeth desabou no sofá.

– Hey, Sabidinha! – Percy chamou sentando-se ao lado dela, passou o braço em torno de seus ombros, e para a surpresa do rapaz ela tirou e saiu de perto dele. – O que foi isso, Annabeth? – o moreno perguntou preocupado com a reação da garota.

O que foi isso, Annabeth? – a garota o imitou e o olhou cética. – O que foi isso, pergunto eu, Perseu. Precisava de toda essa ceninha?

– Espera um minuto... Você está defendendo ele? – Percy questionou abismado e Annabeth negou com a cabeça respirando fundo.

– Depois nos falamos sobre isso, Perseu. Não quero brigar na frente dos seus pais. – a loira afirmou dando a discussão por encerrada.

– Ah, então nós íamos ter uma briga por causa daquele cara? É isso mesmo que eu estou ouvindo, Annabeth? – o rapaz insistiu em continuar, mas com o olhar gélido e altamente sinistro que a garota mandara, ele se calou olhando-a um tanto quanto decepcionado. – Bom, quando Vossa Alteza quiser conversar, eu estarei no meu quarto.

E assim, Percy subiu as escadas rapidamente, se escondendo em seu quarto.

– Eu vou subir com o Peter, Annie. – Thalia disse vendo que os ânimos ainda se encontravam exaltados, e que aquele ambiente não era o mais adequado para o pequeno.

Quando a morena de olhos azuis sumiu pelo corredor do andar de cima, Annabeth desabou no sofá da sala com a cabeça entre as mãos. Sally e Poseidon não tinham a mínima ideia do que estava acontecendo, por isso apenas sentaram-se ao lado da garota esperando que ela desabafasse.

– Milhões de desculpas por essa briga. – Annabeth pediu olhando para o casal - Vocês já devem estar de saco cheio com tudo isso, não é mesmo? Toda vez que ele vem aqui sai uma confusão, e tudo por minha causa. – a loira disse com os olhos lacrimejando.

– Não é por sua causa, Annabeth. – Sally afirmou passando as mãos nas costas da Chase tentando fazer com que ela se acalmasse.

– É sim, Sally. Talvez se eu já tivesse ido embora daqui, estaria poupando-os de toda essa bagunça que é a minha vida. – a garota retrucou, fazendo a mais velha bufar.

– Eu espero que essa seja a última vez que eu tenha que repetir isso, Annabeth. Eu prometi a sua mãe que cuidaria de você e do Peter como ela faria, então pode esperar me ter na bagunça que é a sua vida por um bom, bom tempo, na verdade eu espero que até o dia em que eu feche os meus olhos eternamente. – Sally disse emocionada, levando Annabeth as lágrimas. – Eu já te tenho como filha, Annie.

– Não fala assim, Sally. – a loira a abraçou fungando no ombro da mais velha como faria no colo de sua mãe. – Eu também espero que a senhora tenha disposição para me acompanhar nessa bagunça, pois eu estou precisando de muita ajuda, ainda mais agora.

Poseidon que estava admirando a cena que se passava a sua frente logo ficou atento ao que a garota dissera, ele sabia que tinha algo errado e que precisava ajuda-la de alguma forma.

– Isso que veio me preocupando durante todo o caminho do aeroporto até aqui, Annie. – Poseidon se intrometeu chamando a atenção das duas para si. – Você disse que precisava de dicas para a empresa e bom, o modo que você me falou não parecia nenhum pouco animador. Problemas?

Annabeth suspirou tentando controlar a explosão de emoções que se apoderaram de seu corpo. Era muita coisa para que ela pudesse assimilar ao mesmo tempo: a empresa da sua família estava falindo, o pai do seu filho estava de volta e ao que tudo indicava, tinha brigado com o seu porto seguro.

– Bom, hoje à tarde Quíron, foi até o apartamento do Percy me procurar e... – a garota revelou tudo para Sally e Poseidon deixando claro as suas incertezas e medos de como, a partir daquele momento, tocaria a empresa.

O casal apenas ouvia procurando soluções que a ajudassem.

...

Luke saiu da casa dos Jackson consternado. A raiva borbulhava em seu sangue, e em seus olhos podíamos ver que ele estava pronto para matar o primeiro que atravessasse a sua frente.

– Luke? – Nico chamou, aliviado ao ver que o rapaz não tinha ido muito longe.

– Nico, por favor me deixa em paz. – o Castellan pediu passando as mãos pelo cabelo e o bagunçando ainda mais em um claro sinal de nervosismo. – Eu preciso ficar sozinho.

– Não, cara. Você está muito nervoso e isso não é bom, você pode acabar fazendo alguma merda. – o moreno interviu puxando para os degraus que levavam até a porta de entrada da casa do seu melhor amigo. – Senta aqui, e vamos conversar... – Luke o olhou cético e o rapaz complementou - Ou simplesmente esperar que você esfrie a cabeça.

Um silêncio atípico se instalou e aos poucos Luke começou a se aclamar, até virar-se para Nico e despejar.

– Caralho, ele não é o pai dele. Por que aquele idiota insiste em se colocar em um papel que já está ocupado? – o loiro questionou um tanto quanto exaltado, mas não do jeito que estava na sala de estar.

– Luke, o que eu vou te dizer agora... Bom, é bem delicado e eu sinceramente espero que você não leve para o lado pessoal. Okay? – Nico começou com cautela, e o rapaz assentiu com a cabeça esperando que ele continuasse – É você quem está querendo se colocar em um papel que já está ocupado, e por ele.

– Como assim, Nicholas? Está do lado dele agora? – o loiro se levantou transtornado e o moreno o acompanhou negando com a cabeça e pedindo para que o deixasse terminar.

– Eu não estou do lado de ninguém Luke, só quero dizer que quando você deixou a Annabeth sozinha com um filho na barriga, você também deixou o lugar ao lado dela vago e agora que o quer de volta descobriu que já tem outro o ocupando. E isso é o que te causa muito ódio e muita raiva, mas não é do Percy, é de você mesmo por ter jogado tudo para o alto quando foi embora. – Nico disse e o Castellan passou a encará-lo interessado no que o Di Ângelo tinha a dizer.

– Mas agora que eu estou de volta, tenho pelo menos o direito de ocupar o lugar que é e sempre será meu. Eu sou o pai do Peter e pronto. Aquele idiota do seu amigo não tem que se meter nisso. – Luke contrapôs vendo Nico bufar e encará-lo nos olhos.

– Veja pelo lado dele também. – Nico disse e Luke negou com a cabeça não acreditando que o rapaz pedia aquilo para ele – O Percy trata o Peter como filho desde que ele estava na barriga da Annabeth, ele adotou o menino como seu filho, sendo que ele nem tinha essa obrigação. E agora, aparece o cara que os abandonou... – Nico levantou o dedo quando Luke ameaçou interromper – e não venha me dizer que não, pois foi exatamente isso que você fez: vocês os abandonou... Querendo retomar tudo como se nada tivesse acontecido.

– Eu não quero fingir que nada aconteceu, só quero a chance de mostrar para a Annabeth que poderíamos formar uma ótima família, nós três juntos.

– Mas acontece que a sua chance já passou, Luke. – Nico afirmou como se pedisse que ele não nutrisse esse tipo de esperança - Eu conheci a Annabeth no início da gravidez, ela estava acabada e tudo por sua causa. Não acredito que ela vá te perdoar assim tão fácil.

– Mas eu posso tentar, não posso? – o Castellan tentou novamente, fazendo Nico desistir de mostrar que com a Annabeth ele não tinha mais chances.

– Bom, quem avisa amigo é e bom, você sabe que eu te considero muito. – O Di Ângelo iniciou fazendo um sorriso presunçoso nascer no rosto de Luke, afinal ele tinha feito Nico desistir de falar sobre Annabeth e suas intenções para com ela – Usa essas oportunidades que a Annie está te dando para se aproximar do Peter, para sei lá... Fazer com que ele goste de você e não bata de frente com o Percy, pois na cabeça do Peter e na da Annabeth ele é o verdadeiro pai do garoto e se você continuar com esses acessos de raiva nem mero coadjuvante dessa história ela vai te permitir ser.

– Você acha que ela pode me afastar dele?

– Uma mãe com raiva é capaz de tudo, ainda mais para proteger um filho.

O silêncio voltou a se instalar e Nico sorriu de lado ao perceber que tinha feito-o pensar.

– Eu vou ver se os ânimos se acalmaram lá dentro. Quando for embora, me avisa. Okay? – o moreno de olhos negros questionou e Luke apenas assentiu absorto nas palavras que o amigo dissera.

Nico se levantou e tirou a sujeira da calça. Quando já estava bem próximo da maçaneta da porta Luke o questionou fazendo-o parar.

Amico, se a Annabeth pedisse a sua opinião sobre quem seria melhor para eles, o que você responderia? – Luke questionou chamando-o de amigo em italiano.

Amico, sinceramente não quero me envolver nessa história, mas as coisas que você fez... Bom, não são tão fáceis de serem perdoadas.

– Você diria para ela o escolher, não é mesmo? – Luke pressionou e Nico deu de ombros como se não soubesse responder.

– Essa decisão não cabe a mim, Luke. Talvez ela possa pedir a minha opinião, mas no final será o que ela achar melhor para Peter. – Nico não deu tempo para que a conversa se estendesse, logo abriu a porta e sumiu por dentro da casa.

Luke ficou encarando o chão por longos segundos enquanto pensava no que Nico tinha lhe dito e totalmente sem querer, escutou a conversa que Poseidon, Sally e Annabeth estavam tendo na sala de estar, e tudo graças a porta mal fechada que Nico deixou para trás.

– Uau. – Poseidon exclamou surpreso com as informações que a loira lhe passara. – Temos que ser realista, pois a gravidade do caso pode ser maior do que Quíron te revelou, por isso amanhã mesmo você pedirá que todos os seus imóveis sejam reparados caso necessitem de algum conserto e os colocará para alugar, nesse momento você precisa de um outro meio de renda sem ser as retiradas mensais da empresa. – o moreno de olhos verdes aconselhou e Annabeth assentiu prestando atenção em cada palavra proferida pelo mais velho.

A loira tinha contado com todos os detalhes o que Quíron havia dito à ela naquela tarde, e agora Poseidon dava-lhe algumas dicas de como ela poderia tirar a empresa da sua família daquela encrenca.

– Você possui bastantes imóveis, todos são bem localizados e grandes, o aluguel valerá uma fortuna nas imobiliárias, o que é bom para você. – o homem pontuou – Agora em relação a empresa, eu não vejo outra maneira a não ser vender algumas das suas ações, pois só o dinheiro que você receberá será investido lá dentro, a venda das ações dos outros não terá retorno, até porque ninguém seria louco o suficiente para investir numa empresa em eminente falência.

– O que me preocupa é que eu deixarei de ser a sócia majoritária, sendo assim não poderei dar a última palavra como sempre foi feito pelos meus pais. – a loira apontou aflita com a sua diminuição de poder dentro da empresa.

– Como Quíron disse: É um risco que você terá de correr. – Sally se manifestou apertando a mão de Annabeth, como se para passar segurança.

– Outro risco a ser corrido é a venda. Você não sabe quem comprará essas ações, mas por não serem muitas acredito que não afetará diretamente o conselho e a diretoria. Por isso eu as comprarei. – Poseidon afirmou assustando a garota.

– Não, Poseidon. O senhor não pode fazer isso, eu não posso permitir. – Annabeth disse desesperada. – Eu não tenho garantias de que a empresa conseguirá passar por isso, ela pode se reerguer ou afundar de vez... O senhor mesmo disse que ninguém seria louco o suficiente para investir na Olympus Arquitetura C.O

Eu sou ninguém por acaso? – Poseidon questionou brincalhão fazendo a Chase perder a fala. – Annabeth, eu quero ajudar e a única maneira que eu vejo para fazer isso é comprando as ações que você venderá. Por isso, assim que elas forem colocadas na Bolsa de Valores para venda me avise, pois o meu corretor já estará a postos para fechar acordo. Combinado? – Annabeth assentiu embasbacada com a situação. – Agora é muito importante que essas informações sobre a falência não vazem, isso seria um prato cheio para a mídia e para os concorrentes da Olympus Arquitetura C.O.

Minha boca é um túmulo. – Annabeth fingiu fechar a boca, fazendo Sally rir – Muitíssimo obrigada, Poseidon. Você será a salvação da empresa. – a Chase agradeceu abraçando-o em seguida.

As coisas, pelo menos com a empresa, pareciam estar andando para um desfecho feliz, porém Annabeth se esquecerá de pedir o silêncio de Luke, que ouvira absolutamente tudo sobre a solução que ela achara. Depois disso o Castellan foi embora com a cabeça pipocando com as informações que escutara.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam??
Espero que vocês tenha gostado e acho que deu para perceber que o fato do Luke ter escutado tudo não dará coisas boas, não é mesmo???????

Digam-me o que você acham que vai acontecer pelos reviews e se odiaram também me falem nos reviews, e se gostaram também me falem nos reviews e bom, se amaram... Sei lá... Recomendem kkk

Bom, estou aqui para pedir para os fantasminhas apareceram mais e eu sei que tipo... São muitos, tanto é que teve um dia dessa semana, acredito eu que o domingo passado, que a fic recebeu mais de 700 visitas, e eu acho que tudo isso não tenha sido uma única pessoa, não é mesmo? Sem contar que os acompanhamentos já passam de 200, estamos quase chegando as 300, o que é demais SURTEI QUANDO VI ESSES NÚMEROS KKK, mas nem a metade dessas pessoinhas aparecem. Eu não estou aqui mendigando review ou estabelecendo metas, mas é que a opinião de vocês realmente faz a diferença, entendem?
Está dado o recado, apareçam e me façam feliz. Combinado?

E para os próximos capítulos teremos fortes emoções, por isso se preparem kkkkk

Beijos e até a próxima.


P.S: Vou tentar responder aos reviews atrasados.

Espero que tenham gostado.