The Choices Of Life... escrita por Natyh Chase Jackson


Capítulo 14
Trégua


Notas iniciais do capítulo

Oieeeeeeeeeee.
Tudo bem com vocês??? Espero que sim.

Comigo está tudo bem, na medida do possível.

Bom, galera como sempre o meu atraso é muito bem explicado pela minha falta de tempo, ainda mais depois que eu engessei o pé e tudo mais, tive que correr atrás de um monte de coisas da escola e do curso e isso acabou exterminando o pouco de tempo livre que eu tinha, sem contar que tive que fazer fisioterapia. Espero que entendam o meu atraso.

Esse capítulo não está lá essas coisas, mas eu o achei bem fofo, então espero que gostem.

Boa leitura.



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Nico não sabia o que fazer, e isso era fato.

Depois que acolheu Thalia em seu carro, o moreno logo se pôs a dirigir até o seu porto seguro, já que não tinha a mínima ideia de onde poderia levá-la, e enquanto fazia isso mantinha os olhos na morena ao seu lado, que nesse momento não chorava mais.

Nico só não sabia dizer se esse poderia ser considerado um bom ou mau sinal.

Thalia estava abraçada aos joelhos e sua cabeça repousava sobre os mesmos em uma clara postura de proteção, seu olhar estava perdido indicando que ela nem mesmo se encontrava naquela dimensão, por isso durante todo o caminho Nico nada disse deixando-a perdida em seu próprio mundo.

Não demorou muito para que o moreno chegasse ao imponente prédio em que morava com a irmã gêmea, e mais do que rapidamente deixou o carro em sua habitual vaga, para em seguida abrir a porta do passageiro para que Thalia, totalmente alheia ao mundo à sua volta, descesse.

– Onde estamos? – a morena perguntou desnorteada, confirmando os pensamentos de Nico sobre ela estar em uma outra realidade paralela.

– Estamos no meu prédio. – o moreno respondeu passando um braço sobre os ombros da Grace, e a aconchegando de forma inédita. – Vem! Vamos para o meu apartamento.

Thalia nada respondeu apenas deixou com que ele a guiasse para o elevador do subsolo, e minutos depois para dentro do apartamento que o mesmo dividia com Bianca.

Com o pouco que pudera ver da sala, a morena se lembrou que o cômodo estava exatamente da mesma forma que há um ano, quando entrara ali pela primeira e única vez. Móveis pretos e brancos antigos, mas ao mesmo tempo modernos dando um belo contraste no ambiente. Thalia não pode analisar o local por mais tempo, já que de forma delicada, Nico passou a guiá-la para um dos corredores do enorme apartamento, deixando que a morena fantasiasse, mesmo que por míseros segundos, como seria o quarto do Di Ângelo.

– Espero que se sinta à vontade. Foi o único lugar que me veio na mente. – Nico murmurou abrindo a porta do seu porto seguro, deixando que Thalia o adentrasse pela primeira vez. – Não repara muito na bagunça. Tudo bem?

Thalia não o respondeu apenas encarou a parede preta que ficava ao fundo do quarto, onde a porta para uma varanda estava coberta por uma cortina de mesmo tom, e logo depois correu seus olhos envolta do cômodo se deparando com um guarda roupa preto e outras duas paredes brancas, e a quarta parede preta, onde a porta branca se destacava.

Com passos milimétricos a morena se encaminhou para a cama do rapaz que na verdade era apenas um colchão em uma elevação do piso perto da varanda, e ali sentou encarando o chão aos seus pés.

Nico ainda estava muito confuso com a situação para falar alguma coisa, por isso só soube que deveria voltar a agir, quando o corpo da Grace começou a convulsionar devido os soluços.

Com cautela Nico se sentou no degrau de sua cama, ficando assim na altura de Thalia. Com o indicador ergueu o queixo da morena fazendo-a encarar seus olhos negros.

– Você quer conversar? - perguntou sabendo que ela falaria quando tivesse vontade.

Thalia o encarou por um tempo, travando em seu interior uma guerra em que as partes envolvidas lutavam entre o contar e o não contar. Depois de uma eternidade, pelo menos para Nico, a morena decidiu se abrir com a terceira opção depois da última – que neste caso era uma barata - de sua lista de: Pessoas em quem confio para desabafar.

– Não é nada sério... - a garota iniciou, mas logo fora interrompida.

– Se não fosse sério você, Thalia Grace, a pessoa mais marrenta e teimosa que eu já conheci na vida, não estaria chorando que nem um bebê. - Nico constatou o óbvio, se xingando em seguida ao ver o olhar que a morena direcionava a ele. - Não está mais aqui quem falou. - o moreno ergueu os braços alegando inocência. - Pode continuar... Se quiser, é claro. – o rapaz acrescentou rapidamente.

Thalia o encarou por um momento, revendo a decisão de contar o que ocorrera para o rapaz, mas como quem está na chuva é para se molhar, decidiu que recuar naquele momento de nada adiantaria.

– Como todas as vezes que eu choro, a filha da... - Nico a repreendeu com o olhar - Que foi? Depois de tudo o que aquela vaca me disse e fez, eu tenho total direito, e liberdade, para falar mal dela, mas enfim continuando... Aquela filha da puta da Réia disse que...

Thalia contou cada mísero detalhe, recobrando lentamente o seu verdadeiro eu. Irritando-se em algumas partes e em outras assumindo uma postura totalmente Anti-Thalia, algo semelhante a uma pessoa frágil. Um dos inúmeros adjetivos que o moreno nunca usaria para descrevê-la, competindo de perto com amável e delicada.

– Eu te entendo. – o Di Ângelo revelou ao final do relato, quando a morena voltou a chorar copiosamente.

– Não, Nico. Você não me entende, na verdade... Eu acredito que ninguém nunca poderá entender o que eu sinto. - Thalia constatou ainda chorando e dessa vez quem tivera que lutar entre o contar e o não contar fora o rapaz.

O moreno sabia que aquele momento em que Thalia o usava como ombro amigo, dificilmente aconteceria novamente, ou até mesmo, nunca mais voltasse a se repetir, mas o Di Ângelo também tinha para si, que aquela situação era a melhor forma dele se aproximar da Grace de maneira saudável e o único jeito dele conseguir isso era deixando-a entrar em uma parte de sua vida que somente as pessoas mais importantes tinham o direito de conhecer. Por isso decidiu que ali poderia, quem sabe, nascer uma amizade bastava ele dar o primeiro passo.

– Eu te entendo sim, Thals. - Nico esperou por um xingamento que não veio, pela segunda vez no dia. Aquilo já era um recorde. – Também me acusaram de matar a minha mãe.

Thalia o olhou abismada e ele assentiu com a cabeça começando a se perder em algumas de suas lembranças.

– Não sei se você sabe, mas a minha mãe morreu no meu parto...

– No seu e no da sua irmã. – Thalia disse e Nico assentiu com o olhar desfocado.

– É, mas ficara comprovado que minha mãe teria sobrevivido as complicações do parto se fosse somente a minha irmã. Meu pai ficou em um estado deplorável depois da morte dela, e a única coisa que eu me lembro, é dele apontando o dedo para mim e falando que a nossa família não era completa por única e exclusivamente minha culpa. Durante o período que ele acreditou nisso, foram os piores anos da minha vida.

Thalia enxugou algumas de suas lágrimas, e passou a encarar Nico com atenção.

– Seu pai te culpava? – ela questionou mesmo sabendo a resposta. – Mas...

– Em todos os meus aniversários ele chegava bêbado em casa, e minha Tia Artémis sempre discutia com ele tentando lembrá-lo de que ele tinha dois filhos que precisavam de cuidados, e que o dia era, ou pelo menos deveria, ser importante para todos nós, mas nunca dava certo e ele sempre gritava para os quatro ventos que a culpa era minha, que se eu não tivesse nascido minha mãe ainda estaria ali, viva e ao lado dele. – Nico não olhava Thalia nos olhos, e a morena sabia que aquele gesto estava levando todas as forças do rapaz - Quando éramos menores, Bianca e eu nós escondíamos pelos inúmeros cômodos da casa, mas quando completamos nove anos eu decidi intervir na briga, o que acabou me rendendo um soco, um tapa no rosto e é claro alguns xingamentos, na verdade muitos, por ter estragado a família perfeita.

– Seu pai te batia? – Thalia perguntou abismada, e Nico meneou a cabeça em negativa, lembrando-se daquele fatídico dia.

– Ele não me batia com frequência, foi apenas naquele dia. Mas se não fosse pela minha tia, a bebida poderia ter feito com que ele me matasse. – o Di Ângelo concluiu se permitindo somente no final da história olhar nos olhos de Thalia. – Por isso que eu digo que sei exatamente o que se passa dentro da sua cabeça e do seu coração quando sua avó diz que foi você a responsável pela morte dos seus pais, mas eu também sei que isso não é verdade, Lia. Depois de um tempo eu passei a acreditar que minha mãe teria morrido de qualquer forma, na sala de parto ou não, talvez aquele fosse o destino dela.

– Você acredita em destino? – Thalia perguntou olhando-o nos olhos, onde nenhum dos dois escondia segredos, já que ambos estavam demonstrando toda a dor e angústia que já sentiram até aquele momento. Ali, onde o preto e o azul se encontravam, estava sendo estabelecida uma conexão que nada nem ninguém poderia ser capaz de quebrar.

– Eu acredito que as coisas acontecem por um propósito. E esse propósito pode ser algo grandioso, ou simplesmente inútil. – o rapaz esclareceu, enquanto inconscientemente se aproximava do rosto de Thalia.

– Não acredito que a morte dos meus pais tenha tido um propósito, e se o destino realmente existe, o meu é extremamente ruim comigo, ou o cara lá de cima simplesmente decidiu que a minha vida seria um verdadeiro inferno. – Thalia praguejou ainda olhando nos olhos de Nico, e reparando segundos mais tarde que a história que o rapaz contara ainda mexia com ele, se não seus olhos não estariam lacrimejados da forma que estavam.

– Não diga isso, Thalia. Sua vida poderia ter sido muito pior; já pensou se Poseidon e Sally não tivessem te aceitado e te amado como um pai e uma mãe fariam por seu filho? Você teve muita sorte de ter a figura dos dois preenchendo a lacunas que os seus verdadeiros pais deixaram, mas eu... Eu nunca tive alguém para correr quando machucasse o meu joelho, ou até mesmo para me aconselhar com as garotas. – Nico desabafou deixando uma lágrima escorrer pela sua bochecha direita.

– Mas... E a sua tia? – a morena questionou tentada a limpar o caminho que aquela mísera gotinha de água fizera no rosto do rapaz.

– Minha tia era muito nova, uma adolescente quando eu nasci. – o rapaz respondeu e logo emendou – E quando eu já tinha idade para... Bom, para investir em uma garota, eu já tinha plena consciência de que ela não era minha mãe, logo não teria de aguentar as minhas chatices.

Um silêncio nada constrangedor, pelo contrário, muito aconchegante se instalou no local e nenhum dos dois se atreveu a quebrá-lo, muito menos a interromper a troca de olhares que mostrava nitidamente que os dois tinham mais em comum do que já tinham imaginado.

Inconscientemente, ambos começaram a se aproximar e antes que pudessem se dar conta do que poderia acontecer, já tinham os olhos fechados e os lábios grudados.

Nunca, em nenhuma das outras vezes que aquilo acontecera, o beijo tinha tido aquela intensidade ou aqueles tipos sentimentos envolvidos, algo semelhante a carinho e delicadeza. A mão de Nico, rapidamente acomodou o rosto de Thalia ao seu formato levando a outra para a cintura da morena trazendo-a para mais perto, que agora arranhava de forma singela a nuca do rapaz.

Diferente das vezes anteriores, os movimentos ali feitos não tinham nenhuma conotação sexual, eles apenas se beijavam sem esperar que aquilo evoluísse para algo mais. Quando o fôlego finalmente acabou, Nico prendeu o lábio inferior da morena entre os seus dentes e o puxou de leve para logo depois soltá-lo, mas antes que estivessem definitivamente separados, Thalia roubou-lhe um selinho fazendo-o sorrir.

Enquanto tentavam controlar a respiração, o Di Ângelo segurou o rosto de Thalia entre as suas mãos voltando a estabelecer a conexão antes quebrada.

– Prometa-me que nunca mais permitirá que alguém jogue a culpa da morte dos seus pais sobre os seus ombros. - o moreno pediu e a Grace o encarou por alguns segundos, e quando a espera se tornara insuportável, o rapaz pressionou - Você promete?

– Eu prometo, se você também me prometer. - Thalia devolveu, e Nico sorriu concordando. - Então, eu prometo. Agora é a sua vez. - a garota disse dando um sorriso mínimo.

– Eu também prometo.

Para descontrair o momento, Thalia estendeu o dedo mindinho, fazendo com que Nico gargalhasse.

– Isso só pode ser brincadeira. - o garoto disse soltando-a, a Grace negou e voltou a estender o dedo mindinho para o garoto. - Okay!

Nico enroscou seu dedo ao da garota, fazendo-a ampliar o sorriso e consequentemente tirando um grande peso dos ombros do Di Ângelo já que a garota aparentava estar muito melhor que antes.

– Bom, meu banheiro é logo ali. - o moreno apontou para uma porta escondida ao lado do guarda-roupa - Talvez, você queira lavar o rosto. Vou na cozinha fazer algo para a gente comer. Combinado?

Thalia apenas assentiu com a cabeça, deixando que Nico sumisse pelo corredor.

Ainda entorpecida pelos acontecimentos recentes, a Grace se arrastou para o local indicado assustando-se ao ver sua maquiagem completamente arruinada refletindo no espelho.

– Uou! Que estrago! - a morena exclamou para si começando a molhar o rosto para se livrar de toda aquela maquiagem, e quando seu rosto estava como veio ao mundo parou de esfregá-lo com força e passou a se encarar no espelho – Quem diria... Dona Thalia Grace chorando na frente de Nico Di Ângelo, acho que agora você chegou ao fundo do poço, minha querida. – a morena disse para o seu reflexo e depois deu uma risada irônica, secando o rosto e deixando o banheiro em seguida.

Thalia encarou o quarto do moreno por longos segundos, sem saber exatamente pelo o que procurava, ou talvez, ela apenas estivesse adiando o momento que voltaria a encará-lo, por isso continuou no quarto analisando cada mísero detalhe do cômodo.

A Grace riu ao ver a cama do rapaz completamente revirada, o que apenas reforçava o quão bagunceiro o moreno era, depois deixou que seus olhos corressem pela escrivaninha com milhares de CD’s revirados em uma bagunça que ela não permitiria em suas coisas, pelo menos não nos seus preciosos CD’s.

– Thalia? – Nico gritou de algum ponto do apartamento, tirando a garoto do seu estado de torpor.

– Hum? – a morena resmungou alto o suficiente para que o rapaz a ouvisse.

– Vem cá. – ele pediu, fazendo com que uma estranha tremedeira tomasse conta das pernas da morena.

“Talvez, seja esse o momento que ele vai rir da minha cara, e me chamar de fraca” – Thalia pensou, enquanto dava passos mínimos até a cozinha.

De cabeça baixa a morena caminhou até o local em que Nico estava e com a calma que não existia no seu interior, perguntou:

– Chamou?

Nico estava de costas para a garota, e de frente para o fogão e ao que tudo indicava estava fazendo pipoca.

– Eu queria saber se você quer pipoca salgada ou caramelizada. – o moreno respondeu ainda de costas para a morena, que agora o encarava surpresa.

Thalia estava crente de que quando o encontrasse, possivelmente alguns minutos depois da consciência do rapaz retornar com plenitude, como a dela fizera minutos antes, ele iria ridicularizá-la por ter chorado na sua frente, mas lá estava o Di Ângelo questionando-a sobre pipoca.

– Você pode fazer as duas? – ela perguntou, e o moreno assentiu ainda de frente para o fogão.

A Grace ficou encarando as costas do moreno procurando motivos para que ele não risse de sua cara, como sempre procurando detalhes para não confiar em uma pessoa, mas ao se lembrar de que ele também chorara na sua frente, os dois foram fracos, ou melhor... Humanos. É, eles tinham sido humanos se permitindo, pelo menos uma vez na vida, a serem consolados.

– Está pronto. - Nico se virou sorrindo e estancou no lugar ao ver a morena.

– O que foi? - a garota questionou assustada. Nico não se mexia, nem mesmo respirava e isso estava preocupando-a. - Nico o que aconteceu? - o moreno nada respondeu - Nicholas, você está me assustando.

– Você... Vo-você... O que aconteceu com você?

– Comigo? - Thalia franziu o cenho apontando para si. - Nada.

– O seu rosto... Ele está... Como posso dizer? - Nico apoiou a panela de pipoca na bancada e voltou a encará-la com intensidade. - Seu rosto, ele está sem nenhuma maquiagem.

– Ah, isso. Eu sei que estou horrorosa sem maquiagem, com os olhos inchados e tudo mais, mas não precisa me encarar como se eu fosse um monstro. - Thalia, por incrível que pareça, levou a frase na esportiva e não esbravejou calúnias como de costume faria.

– Não, não foi isso que eu quis dizer. Pelo contrário, você não está feia, eu até diria que você fica ainda mais bonita sem todo aquele treco na cara. - Nico elogiou de forma discreta, mas Thalia percebeu as intenções do rapaz nas entrelinhas o que, pasmem, fez a Grace corar fortemente.

– Bom, essa pipoca é do que? - a morena estava claramente desviando do assunto, por isso Nico apenas sorriu de lado e respondeu à pergunta dela.

– Por enquanto, isso é só pipoca, mas se colocarmos metade dela nessa maravilha aqui, teremos pipoca caramelizada. - o moreno apontou para outra panela onde o melado de açúcar se encontrava diluído em um pouco de água, se não já estaria completamente duro - E se na outra metade colocarmos sal, teremos pipoca salgada. - Nico finalizou com a voz surpresa, e balançando os braços como um mágico que acabara de fazer o número principal com êxito.

– Interessante. - Thalia disse mergulhando o dedo indicador no açúcar caramelizado, levando-o a boca logo em seguida. - Mas pelo que eu saiba, pipoca caramelizada tem que ser feita na panela, enquanto o milho estoura.

– É verdade, mas do meu jeito você pode deixar a pipoca com a quantidade certa de caramelo e é bem mais prático. - Nico afirmou despejando metade da enorme panela de pipoca em cima do melado. - Agora é só mexer um pouquinho que ficará perfeito.

O Di Ângelo fechou a vasilha em que a pipoca fora despejada, e com algumas chacoalhadas terminou o seu trabalho.

– Coloca um pouco de sal nessa daqui e leva para sala, okay? - o rapaz questionou levando a vasilha de pipoca doce consigo.

Thalia revirou os olhos, mas fez o que lhe fora pedido, logo a morena também estava na sala em frente a enorme televisão dos Di Ângelo brigando com Nico para decidir qual filme escolheriam no Netflix.

– Thalia, um filme de Apocalipse Zumbi é melhor do que um do Tom Cruise. - o moreno disse inconformado com a vontade da morena de assistir Missão Impossível: Protocolo Fantasma.

– Nada a ver, Nico. - Thalia começou a protestar - Todo mundo sabe o que acontece em filmes de Apocalipse Zumbi, sem contar que ver o, delícia, do Tom Cruise atuando nunca é demais, ainda mais quando tem cenas sem camisa.

– Thalia, vê se acorda pelo amor dos Deuses, não estou a fim de ver nenhum ator sem camisa. - Nico esbravejou pegando o controle e selecionando a categoria séries. - Já que não entramos em um acordo, vamos assistir alguma série. Sugestões?

– Comédia. – a garota disse levando um punhado de pipoca à boca.

Friends, Two And A Half Man ou The Big Bang Theory. Qual você escolhe?

– Vamos assistir Friends. – Thalia meio que mandou, e o rapaz apenas assentiu com a cabeça escolhendo a épica série da Warner.

Nico se jogou no sofá ao lado de Thalia e com o controle selecionou o início da comédia. Minutos a fio se passaram os dois apenas rindo das palhaçadas do grupo de amigos e comendo pipoca a torto e a direito, quando a Grace sem querer, ou até mesmo sem pensar sobre as suas ações, encostou a cabeça no ombro do Di Ângelo fazendo-o congelar instantaneamente.

– Hum, Thalia? – o rapaz chamou cauteloso.

– Oi? – ela resmungou alheia ao estado do rapaz.

– Hum... Nada não. – Nico disse ao ver o grande sorriso que a garota ostentava no rosto, talvez ele pudesse se acostumar, mesmo que momentaneamente, com toda aquela receptividade da Grace.

Thalia sorriu e voltou a prestar atenção a enorme tela à sua frente, feliz com o fato de Nico não ter tido nada que pudesse estragar o momento, e ela só sabia que ele faria isso, pois já o conhecia muito, muito bem.

– Okay. – a morena deu de ombros, e virou a cabeça para olhá-lo. – Esse momento está sendo bem divertido, Nico. – o garoto sorriu para ela, e passou um dos braços em torno da morena aconchegando-a a si. – Só não espere que se torne rotina, pois isso é apenas uma trégua. – a morena disse com seus olhos azuis faiscando de forma perigosa, e Nico apenas se permitiu a sorrir sabendo que a velha Thalia estava de volta.

– Apenas uma trégua. – o moreno ecoou as palavras da garota - Entendi, Grace, mas... Sempre que precisar pode contar comigo. Você sabe disse. Não sabe?

E novamente a conexão entre os olhares estava presente, fazendo com que nenhum um dos dois se atrevesse a quebrá-la, só quando um grito estridente ecoou pela sala, que ambos se atreveram a olhar para a televisão novamente, e rir de um momento constrangedor que um dos personagens estava vivendo.

Nico olhou mais uma vez para morena, e se permitiu a aproveitar com todas as forças aquele momento, pois no dia seguinte, ou até mesmo no segundo seguinte, ela poderia estar escorraçando-o de sua própria casa, afinal aquilo tudo era apenas uma trégua.

...

– Percy, você conseguiu falar com a sua irmã? – Maria perguntou pelo que parecia ser a milésima vez em menos de uma hora, e o moreno negou pela enésima vez seguida.

– Só cai na caixa de mensagens. – o moreno respondeu, enquanto voltava a discar o número da de Thalia.

– Onde será que essa menina se meteu? – Maria perguntou mais para si mesma, do que para o casal à sua frente.

– Maria, a Thalia sabe se cuidar, e bom, se algo ruim tivesse acontecido a notícia, com certeza, já tinha chegado até nós. – Annabeth disse tentando acalmar a empregada, mas infelizmente, a tentativa tivera o resultado contrário.

– Você também acha que aconteceu algo com ela, não acha? – Maria perguntou ficando ainda mais nervosa – Meus deuses, protejam aquela menina, porque nada disso estaria acontecendo se eu a tivesse impedido de sair de casa daquele jeito. Isso tudo é culpa minha. – a velha senhora se lamuriou culpando-se e Annabeth soltou Peter, para tentar acalmá-la.

– Maria, isso não foi culpa sua. Nós já dissemos isso. – a loira mandou um olhar de ajuda para Percy, que tirou o celular do ouvido e assentiu com a cabeça ajudando a namorada a tranquilizar a empregada.

Nesse exato momento James entrou na casa com uma expressão neutra, mas seus movimentos de mão e pés demostravam o quanto ele estava nervoso.

– Hum... Sr. Percy? – o porteiro chamou o filho de seu chefe de uma forma tão polida, que o assustara.

– Sr? Pensei que não tivéssemos esse tipo de formalidade, James. – Percy disse tentando descontrair o ambiente, e os ombros do homem caíram um mais pouco aliviados. – Diga-me o que aconteceu para você estar tão tenso?

– Nada demais, é que os senhores têm visitas, e bom eu não sei se posso deixá-los entrar.

Annabeth que estava achando aquele dia um tanto quanto ruim até o presente momento, deixou que uma lamuria escapasse de seus lábios, já sabendo quem era a tal visita capaz de fazer com que o dia mudasse de levemente ruim, para ridiculamente horrível.

– É o Luke? – Percy perguntou fechando as mãos em punho, e James pôs-se em alerta, enquanto assentia. – O que aquele babaca quer aqui, de novo? – dessa vez ele perguntou olhando para Annabeth que apenas deu de ombros, e se levantou andando até James.

– Deixe-o entrar. – Percy abriu a boca para reclamar e Annabeth o advertiu com o olhar. – Você sabe o que pode acontecer se o impedirmos.

– Okay. Mas se ele passar dos limites, não respondo por mim. – Percy deixou claro, e Annabeth deu-lhe um beijo no topo da cabeça em um pedido mudo de que ele se acalmasse.

– James pode deixá-lo entrar. – o homem assentiu e estava prestes a se retirar, quando a loira o impediu – James, você viu para onde Thalia correu mais cedo? – a loira só agora se lembrara de que o rapaz poderia saber informações de sua melhor amiga.

– O Sr. Nico foi atrás dela quando ela saiu correndo mais cedo. Acho que ele conseguiu alcançá-la. – o homem respondeu franzindo o cenho pois também estava confuso com a fuga repentina da morena. – Mais alguma coisa?

– Não nada. Peça para que o Luke entre, tudo bem? – Annabeth pediu e James assentiu deixando a sala. – Só espero que a Thalia não tenha matado o Nico, ou vice-versa. – a loira murmurou, enquanto esperava o seu ex-namorado entrar.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam?????

Sei que estava uma bosta, podem concordar comigo nos reviews dou toda a liberdade para vocês. KKKKKKKK

Bom, não prometo um capítulo rápido, até porque nessa próxima semana eu entro em semana de provas, que vai até o dia 20 desse mês, logo o meu tempo livre vai ser igual a zero, mas em compensação as férias estão chegado AEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE

Pelo menos uma notícia boa, não é mesmo????

Mandem reviews e digam o que acharam, pois a opinião de você é muito importante para mim.

Para não perder o costume kkk
E se vocês querem me ver de novo com novos capítulo em breve, já sabem a fórmula, não é mesmo? Se não aqui segue, anotem que é muito importante, cai na prova - encarnei um professora agora, Credo capeta, sai de mim -brincadeira- REVIEWS+RECOMENDAÇÕES=CAPÍTULOS MAIS RÁPIDOS. Entenderam? Espero que sim

E para os próximos capítulos teremos fortes emoções, por isso se preparem kkkkk

Beijos e até a próxima.


P.S: Vou tentar responder aos reviews atrasados.