The Powerpuff Girls Of S.H.I.E.L.D- Fic Interativa escrita por Escritora Nova, New Rider


Capítulo 21
A infância passa rápido, aproveite-a!


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente! Mil desculpas por termos demorado! (Semana foi dura, digamos assim).
Katherine Salvatore Pierce, My Best! Muito obrigada pela grande ideia! Me deu inspiração.
Sister, Escritora Nova, muito obrigada por tudo!!!
Obrigada à todas as leitoras!!!
Curtam o capítulo! Esperamos que gostem!!



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– E aí, mechas verdes?! Como foi? - Lilith perguntou sussurrando, pois as garotinhas estavam dormindo. Kyra, Marie, Luna e Roxy também aguardavam uma resposta.

– Foi bom, conheci o Faraó. - Raven sussurrou e as outras a encararam confusas. Ela bufou. - Ah! O feitiço deu errado e me levou pro Antigo Egito, no Império Novo. Tive que me disfarçar de sacerdotisa e ainda aguentar meu pai segurando o riso.

Todas prendiam a risada também, fazendo Raven revirar os olhos, indignada.

– Ok. Vamos dormir que hoje foi... Duro. - Kyra falou.

– Só que não. - Luna falou com um tom de tédio. Não havia feito praticamente nada o dia todo.

– Amanhã sei que será melhor. - Marie disse.

– Yes tomorrow will be kinder. - Raven cantou um trecho da música "Tomorrow Will Be Kinder" - "The Secret Sisters".

Todas deitaram e Roxy usou sua telepatia com a Raven.

– "Então. Como foi a pergunta?”.

– "Interrogativa". - A filha de Loki respondeu telepaticamente com o maior sarcasmo do mundo.

– "Há há! Engraçadinha. Mas fala aí, o que ele perguntou?"

– "Como eu entrei pra PPGS.".

– "E ele?".

– "Só disse 'Interessante' e falou que amanhã seria no mesmo horário... Mas sei que tinham um turbilhão de perguntas lá.".

– "Hum... Entendi. Bom. Boa noite então.".

– "Boa noite".

Por fim, acabaram dormindo.

00h e 37 min. - Base da S.H.I.E.L.D. - São Francisco.

Um Quinjet com um "A" na lateral pousou na pista e o diretor Nick Fury foi até o jato.

– E então? - Ele perguntou.

– Conseguimos rastrear duas bases, mas estão claramente trabalhando em uma espécie de barreira para não as rastrearmos. - Natasha disse e Tony falou depois, frustrado.

– E também não conseguimos invadir o sistema. A Hidra tá roubando minha tecnologia, modificando, e impedindo que eu mesmo acesse.

Um silêncio se fez, mas foi quebrado por Bruce.

– Um instante. Nossa tecnologia não funcionou, mas e a do tempo das garotas? - Perguntou calmamente.

– Stark, sua filha pode usar aquele minicomputador e invadir o sistema. - Steve disse, confirmando a teoria de Bruce.

– Perfeito! Vamos chamar as garotas. - Thor disse e Clint lhe deu um tapa na cabeça.

– Devem estar dormindo, inteligência rara!

– Amanhã, e com amanhã eu quero dizer hoje, resolvemos isso. - Fury disse olhando cada um dos Vingadores. - Agente Romanoff, entregue os relatórios para os agentes Rose Jones e Robert Collins. Eles são bons em localizações. Rose é nossa melhor agente em busca e pesquisa, área técnica em geral, e Robert é nosso melhor agente de campo.

– Ei! - Clint olhou indignado. - Segundo melhor! Terceiro se contar a Natasha, que tá em segundo.

Nick revirou o olho.

– Entregue o relatório para eles, sim?!

– Claro, senhor. - A ruiva assentiu e o diretor se retirou.

– Espera... Robert Collins... Cindy Collins! Ele é... - Steve tentou falar, mas foi interrompido por Clint.

– É, é, eles são namorados, e juntos formam uma dupla de agentes. São bons, mas não nos superam, não é Natasha? - Ele olhou para a parceira de trabalho, que só revirou os olhos com a criancice dele.

– Não era isso que eu ia falar! - Steve exclamou. - Não me ouviu falar?! Cindy Collins. Ele pode ser o pai dela!

– Ah é! Tem isso também. Cindy é bem parecida com Rose... Talvez ela seja a mãe.

– Eu não sei vocês, mas eu vou pra cama. - Tony disse bocejando e indo para seu dormitório.

– Eu também. - Bruce e Steve disseram.

– Eu vou para o refeitório, ver se tem alguma coisa comestível. - Fala Thor, que já estava cansado de comer as barras de proteína do jato.

– Ninguém merece. - Clint e Natasha disseram e também se retiraram do local. Enquanto Thor ia para o refeitório.

No dia seguinte.

– O que aconteceu com a comida daqui? - Kyra perguntou abismada por ter que comer barrinhas de proteína.

– Pergunte ao seu pai. - Tony falou fuzilando Thor.

– Um dia inteiro só comendo isso, acha que eu não ia recompensar?! - Ele comentou e a filha só balançou a cabeça negativamente de um lado para o outro.

– Raven, faz alguma coisa! - Luna disse, querendo que a filha de Loki resolvesse o problema de fome com magia.

– Magia não é brinquedo. - Ela respondeu.

– Ok, gente, não vamos reclamar. Olhem o lado positivo! Não tem carne! - Marie disse, as garotas reviram os olhos e Bruce fica vermelho.

– Jéssica. - Tony a chamou. - Ainda tem seu minicomputador?

– Claro! Por quê? - Ela perguntou desconfiada.

– Eu preciso pra uma coisa.

– Bom. Eu empresto... Mas essa é uma tecnologia avançada. Não saberia usar direito.

– Ok. Então você me ajuda. - Tony sorriu e a pequena sorriu de volta. Roxy olhava a cena um pouco triste, quase imperceptível, mas não aos olhos de sua mãe e de Raven.

– Ham... Ah! Raven! Como foi a aula com seu pai? - Cindy perguntou e todos encararam Loki e a filha, curiosos.

– Que aula, irmão? - Thor perguntou para Loki.

– Pra ver se tem algum feitiço que nos ajude a voltar pro nosso tempo. - A loira de mechas verdes respondeu. - A propósito, Cindy, foi muito educativa. Tinha hieróglifos e pirâmides.

– Espera. Você teve aulas ou foi pro Egito? - Jéssica perguntou.

– O feitiço era pra teletransportar para o passado... E eu fui parar naquele mar de areia.

– Ninguém desconfiou, não? - Natasha perguntou. - Quero dizer, o povo egípcio.

– Não desconfiam quando se está vestido igual a uma sacerdotisa.

– HÁ HÁ HÁ...! Você de sacerdotisa! Já tem os poderes mesmo! HÁ HÁ...! Tô imaginando como era! Com aquele cabelo esquisito! - Lilith ria como queria ter rido na noite passada.

– Ei! A culpa não é minha! - Raven disse olhando o pai, que sorria de lado com deboche.

– Ok. Ok. Chega. Vamos terminar... Esse... Café da manhã... Se é que posso chamar assim. - Kyra falou com cara de desgosto.

Um silêncio se formou na mesa, que foi quebrado por Nick Fury, que acabara de entrar no refeitório.

– Senhoritas... Rogers, Barton, Banner, Lokison e Stark, a Dra. Swan quer falar com vocês.

– Qual das duas Stark's? - Roxy perguntou.

– Você. - Ele respondeu e ela suspirou.

– Então diga Romanoff, pra não ter confusão.

– Kyra, toma conta delas? - Raven perguntou se referindo às pequenas.

– Claro! Mas acho que elas conseguem se virar sozinhas. - A prima respondeu rindo, olhando Cindy ler um livro sobre mitologia nórdica, que Raven havia emprestado, e Jéssica mostrando do que era feito seu minicomputador. - É sério, você tá passando muito tempo com a Cindy. Olha ela! Tá igualzinha a você! Fez o quê?! Lavagem cerebral?

– Não. Ela é legal! Ela me deixou ler os livros dela! Raven é boazinha! - Cindy disse, desviando o olhar do livro grande, que se encontrava em seu colo, para olhar Raven. A irmã PPGS sorriu e deu uma piscadela para a loirinha, que retribuiu.

Elas saíram, deixando os outros. Chegaram no escritório de Elizabeth, que aguardava pacientemente.

– Obrigada, diretor. - Ela agradeceu e voltou o olhar para as cinco. - Por favor, sentem-se.

– Olha, seja lá o que for não fomos nós! - Luna disse se referindo a ela e a Lilith.

– Não é nada disso. - Ela riu.

– Então... O quê? - Roxy se adiantou.

– Bom... Há alguns dias atrás, eu vim aqui com duas amigas e... Aconteceu uma novelinha mexicana aqui, se lembram?

– Sim. - Elas assentiram.

– Bom. Raven havia me dito que conversaríamos.

– Então está aqui para explicações. Estou certa? - A filha de Loki pergunta e a doutora assentiu.

– No tempo de vocês... O que eu, Alice e Hannah somos? - Ela perguntou serena e não queria usar sua telepatia para obter respostas.

– Marie, Luna e Lilith podem explicar melhor. - Roxy disse.

Um silêncio se formou e Elizabeth aguardava pacientemente. Lilith tomou à dianteira e começou.

– Bom. No nosso tempo, vocês são nossas mães. - Elizabeth quase caiu da cadeira. Mesmo tendo uma leve ideia dessa possibilidade, ficou surpresa pela confirmação.

– E-entendo. - Gaguejou.

– Bom... Roxy, podemos? - Luna perguntou e Roxy sabia do que ela estava falando. A ruiva assentiu com a cabeça e a filha de Clint Barton prosseguiu. - Eu sou filha de Hannah Campbell.

– E... E eu s-sou filha de Alice Gray. - Marie disse tímida.

Elizabeth olhou Lilith, que estava um pouco acanhada, temerosa por ser rejeitada ou algo do gênero. A Swan sorriu e tocou-lhe o ombro.

– E você, suponho que seja minha filha. - Ela disse, levantando o rosto de Lilith, que estava à beira das lágrimas. - Eu não poderia ter uma melhor. - Dito isso, elas se abraçaram.

– Vo-você não me rejeita? - Lili perguntou ainda abraçada.

– Mas é claro que não! E sei que Alice e Hannah também vão aceitá-las, quando souberem. Sei que Hanny é dramática e etc., mas vai entender. Além do mais, vai encontrar alguém. - Disse as últimas frases rindo. Luna sorriu com isso. Assim como Sif, Hannah visitava a filha na S.H.I.E.L.D. - E Ali com certeza vai adorar você, Marie. - A Banner olhou para a doutora e lágrimas começaram a cair, estava triste, mas feliz ao mesmo tempo, isso deixou Elizabeth preocupada. - O que foi, querida?

– Conte a ela, Marie. - Raven falou calmamente, tocando-lhe o ombro, tentando encorajá-la.

– Eu... E-eu não consigo. - Ela disse e logo em seguida abraçou a loira de mechas verdes fortemente.

– Tu-tudo bem. Eu explico. - Raven disse acariciando a cabeça de Marie e gaguejando pelo repentino contato físico. Tomou fôlego e explicou. - Bom. Quando Marie ainda era pequena, com uns cinco ou seis anos... Alice Gray descobriu ter câncer... Mas... Quando soube, era tarde demais. Ela morreu. Bruce ficou arrasado e não soube o que fazer. Por isso deixou Marie na S.H.I.E.L.D., achando que estava fazendo o bem para a filha. - Marie chorou mais ainda quando terminou de ouvir. Já havia deixado a camiseta de Raven ensopada. A amiga continuava acariciando a cabeça da garota.

– I-isso é verdade?! N-não pode ser. - Elizabeth segurava o choro.

– O Dr. Banner procurou uma cura rápida, mas não deu certo. - Continuou. - E é por isso que vamos tentar impedir isso.

– Ma-mas... Raven, se alterarmos isso, prejudicaremos todo o nosso futuro! - Marie ainda chorava e adoraria que elas ajudassem, mas não queria prejudicar a nenhuma delas. Levantou a cabeça e seus olhos estavam vermelhos e inchados.

– Isso não é lá um grande problema. - Sorriu.

– O quê?! - Todas disseram.

– Uma vez, li um feitiço que permite que seu usuário altere partes do futuro e mantenha outras. É como se misturasse realidades alternativas, ou seja, posso fazer alterações, mas sem nos prejudicar. Claro, que coisas serão atualizadas para aquela realidade. Roxy sabe bem disso. - Ela respondeu, mas seu sorriso logo diminuiu. - Mas...

– Mas...? - Todas estavam ansiosas, se aproximando cada vez mais da loira de mechas verdes.

– Mas eu não o li por completo. - Ela disse e todas se afastaram, bufando. - Mas...

– Mas...? - Novamente elas se aproximaram. Aquela cena estava cômica.

– Mas... Sei que o senhor Laufeyson sabe desse feitiço. - Ela disse sorrindo. - E... Acho que posso convencê-lo. Vou propor duas perguntas por aula e pronto.

– SÉRIO MESMO, RAVEN?! PODE SALVAR MINHA MÃE SEM ALTERARMOS ALGUMAS COISAS? - Marie se levantou mais feliz do que nunca. Raven se levantou também e assentiu. - AAAAAHHH! OBRIGADA! OBRIGADA! OBRIGADA! - Ela abraçou Raven e começou a pular, ainda abraçada a ela.

– É! Viva! Pode me soltar?! - A filha de Loki forçava o sorriso, mas também estava extremamente feliz.

– Ah! Claro! Desculpe! Olha, qualquer coisa, mínima que for, peça pra mim se precisar, ok?! Ah! Não sei como agradecer e...

– Marie, só se acalme, ok?!

– Tá, tá! - Ela ainda sorria abertamente.

– Isso é perfeito! Ah! Lilith, por que não me contou que eu era sua mãe? Eu entenderia desde o início. - Elizabeth disse.

– Porque eu não sabia. Você desapareceu e eu não tinha nem uma foto para recordar. - Lilith disse.

– Estranho... Muito estranho. - Swan ficou pensativa.

– Podemos alterar isso também. - Raven disse.

– Bom... Nos vemos depois. Tenho que conversar com o Fury. E... Depois teremos que ver como vamos falar pra Hannah e pra Alice sobre isso. - A Swan disse.

– Até! - Elas se despediram.

– Até mais, meninas... Até mais... Filha. - Ela disse olhando pra Lilith, que abriu um grande sorriso, e depois saiu.

– Vocês ouviram?! Eu tenho uma mãe! Eu! Euzinha! - Lilith pulava.

Todas estavam muito felizes. A amiga finalmente conheceu sua mãe.

– E minha mãe é demais, não é?! - Luna falou superfeliz. - E jovem. Na vez que ela veio aqui, eu juro que vi o Clint babando.

– Bom. Vamos indo?! - Roxy disse em meio aos risos.

– Raven, novamente, obrigada! - Marie não parava de agradecer.

– Tudo bem, Marie. Por nada.

No refeitório.

Todos ainda se encontravam na mesa. Os Vingadores conversando entre si, Jéssica conversando com o pai, e Cindy e Loki ladeados, lendo, o que surpreendeu os demais.

– Como sabe ler runas antigas? - Loki perguntou sem desviar o olhar do livro.

– Sua filha me ensinou, senhor Loki. - Ela respondeu também sem desviar o olhar do livro.

– O que mais ela te ensinou? - Ele finalmente desviou o olhar para a pequena, que era praticamente uma miniatura da filha.

– Me ensinou matemática, geografia, me auxiliou em controlar minha superforça e muitas outras coisas. - Ela respondeu, encarando-o com os olhos brilhando. Ela estava feliz e sempre transmitia esse sentimento para os outros. - O senhor tá fazendo um bom trabalho. Sabe?! Tentando se aproximar dela como pai.

Ele franziu o cenho, intrigado.

– Não estou tentando me aproximar dela. Estou ensinando-a alguns feitiços para vocês voltarem para seu tempo.

– Pois deveria. Nunca a vi tão feliz. Mesmo que ela não demonstre isso. Ela é uma boa pessoa. - Ela sorriu e ele não teve como não corresponder o sorriso. - E você também. Mesmo que não saiba disso. Você é bonzinho no fundo. - Ela tocou-lhe a mão e ele só sorriu mais. Cindy, de alguma forma, conseguia fazer as pessoas mostrarem o melhor de si.

– Você é uma garotinha esperta. - Ele disse verdadeiramente. Não sabia o porquê, mas estava se sentindo muito bem conversando com uma menininha humana.

– Obrigada. - Ela voltou sua atenção para a leitura novamente e Loki fez o mesmo.

Enquanto isso, no quarto dos garotos.

– Ai, minha cabeça! - Perseu finalmente havia acordado. Joe e Erick o olharam. Erick o fuzilava. - O que aconteceu?

– Você me fez perder vinte pratas pra Luna! - Erick logo começou.

– Você tomou um sacode da Lokison. Há há há há...! - Joe ria sem parar.

– Eu não ganhei? - Ele perguntou surpreso.

– Dããh! Claro que não! - Erick falou.

– Ei! A culpa não é minha se você apostou em mim!

– Você é o herdeiro de Merlin, homem! Como pode ter perdido?!

– Não sei! Será que é porque ela é filha do deus da trapaça?! De um deus! – Ele enfatizou a palavra.

– E daí?! Que eu saiba, você também é imortal!

– Opa, opa, opa! Chega de briga aqui! - Joe interrompeu. - Agora vocês vão se acalmar e esquecer isso.

– Tá! - Os dois falaram ainda se encarando furiosamente.

– Então... O que aconteceu ontem com vocês? - Perguntou o moreno.

– Pra quê quer saber? - Erick perguntou desconfiado e com receio de ser zoado pelos amigos por ter assistido um filme com a Roxy no quarto deles.

– Sei lá! O meu foi ótimo! Eu e a Kyra ficamos conversando sobre as armas medievais, táticas de luta, coisas assim. - Joe explicou com um olhar distante e um sorriso “estranho” e os outros sorriram maliciosos.

– Mmm... Gamou nela, não foi?! - Nesse instante, o amigo saiu do transe e corou ferozmente.

– V-vocês não podem falar nada de mim! Você, Percy, gamou na Raven!

– Ela é uma adversária a altura, tenho que admitir. - Ele respondeu encabulado e não disse sim ou não.

– A altura?! Há! Ela te passou, isso sim! - Erick disse.

– Cala a boca! - Perseu atirou um travesseiro em Erick. - Todo mundo contou, agora falta você.

– Eu?! Nada demais.

– Nossa! Erick Chance com vergonha! Joe, pega a câmera! Momento raro aqui! - Perseu provocava.

– Eu... Bom... Assisti "O Poderoso Chefão" com a Roxy aqui no quarto. - Ele disse soltando tudo de uma vez. Os dois amigos arregalaram os olhos, se encararem e...

– ALELUIA! ELE ARRANJOU UMA NAMORADA! - Joe gritou.

– Finalmente, hein, amigo?! - Percy disse se apoiou no ombro do amigo.

– Ela não é minha namorada! - Erick falou.

– Imagine! Tô vendo até o casamento já! - Joe caçoou mais ainda e o rosto do amigo já estava da cor dos cabelos da Roxy. - Ok. Mas você gostou dela.

– Ela tem um gosto ótimo pra filmes, admito.

– HÁ! ADMITIU!

– É, admiti. Admiti que ela tem bom gosto. E vocês que estão gostando de deusas. - Nesse instante, eles pararam de rir.

– Não estamos gostando delas.

– A-ham. Vou fingir que acredito.

– Chega, chega! Vamos pro refeitório logo. Tô com fome. - Percy disse, querendo sair do assunto.

– Há! Tá gamado na Roxy! - Joe cantarolou.

– E você na Kyra! - Erick imitou o jeito.

– E vocês são infantis! - O castanho interrompeu também cantarolado.

No refeitório.

Lilith entrou no local com sua supervelocidade e as pontas dos seus cabelos estavam pegando fogo. Logo os Vingadores se assustaram com isso.

– Ela só fica assim quando tá feliz. Liga não. - Kyra disse e eles se acalmaram um pouco.

Luna apareceu radiante, fazendo a água levitar e rodeá-la, como se fosse uma dança.

– É. Luna também tá feliz. – A filha de Thor continuou, estranhando a felicidade das duas.

Roxy entrou com um leve sorriso.

E Marie sorria como nunca. Isso deixou o pai extremamente contente.

– Ok. Alguém pode me explicar o motivo pra tantos sorrisos?

– EU TENHO UMA MÃE! – Lilith gritou e o Steve se engasgou com o café, chocado. Stark tiraria proveito disso com certeza.

– HÁ HÁ HÁ HÁ...! ROGERS, FINALMENTE VAI DEIXAR DE SER VIR...

– Ca-ham! Se importa, senhor Stark? Há crianças neste estabelecimento. - Roxy disse formalmente, fuzilando o pai com os olhos e ele se calou. – Bom. E resolvemos uma solução para certos probleminhas, Kyra. Falamos depois, sim?! – Curiosa, a loira assentiu.

Raven entrou e logo encarou o pai e Cindy. Não pôde deixar de sorrir ao ver que a pequena estava mais concentrada do que nunca na leitura.

Logo os meninos também entraram.

– Bom dia. - Eles disseram para todos em geral.

– Querem dizer, tarde, não é?! São quatro horas. - Kyra disse.

– Nossa! Tudo isso já? - Luna pergunta parando de levitar a água e fazendo-a cair bem na cabeça de Clint.

– Lá se vai o topete do gavião. – Tony disse rindo da cara de indignado do Gavião Arqueiro.

– O tempo passa rápido quando estamos em momentos de terapia. - Roxy disse também rindo, não pôde evitar.

– Loki, tem um minuto? - Raven chamou educadamente, isso o fez estranhar um pouco, mas assentiu e acompanhou a filha para fora do refeitório, mas antes de sair, viu Cindy lhe lançar uma piscadela.

Thor havia escutado toda a conversa entre o irmão e a loirinha e não deixou de sorrir por perceber que Loki estava aos poucos apresentando mudanças.

Em um corredor um pouco distante do refeitório.

– Eu preciso que me ajude. - Raven disse um pouco hesitante.

– Com o quê? - Loki perguntou sério.

– Preciso que me ensine mais um feitiço. Eu sei os efeitos dele, mas não me lembro como se faz, não li ele inteiro. – Falou um pouco envergonhada.

– Então precisa da minha ajuda?! - Ele sorriu com deboche.

– Sim. Em troca, pode me fazer mais uma pergunta por aula. - Ela falou.

– Bom. Vou ajudar. - Disse simplesmente.

– Sério?! - Ela pensou que ele iria querer alguma outra coisa.

– É. Não tenho mais nada melhor pra fazer mesmo. – Falou com certo desprezo. - Como é o feitiço?

– Ele permite que você altere partes do futuro e mantenha outras. Como se...

– Misturasse realidades alternativas?! - Ele disse e ela assentiu. - Para que quer realizá-lo?

– Para cumprir duas promessas importantíssimas. Então... Nos vemos a noite, certo?

Ele confirmou e, como não quis voltar para o refeitório, foi para seu dormitório.

Ela voltou e encontrou os garotos. Joe encarava Kyra feito bobo, Erick e Roxy conversavam amigavelmente, o que fez a filha de Loki estranhar, e Perseu estava sentado, lendo um livro, logo ela foi falar com ele e perguntar como estava.

– Oi. - Ela disse neutra.

– Oi. - Ele a encarou.

– Então... Como está?

– Bem, mas com algumas dores.

– Foi mal. Exagerei, eu acho.

– Não, tudo bem, gata. Eu aguento muito mais.

– Uh! Autoconfiança. – Debochou levemente incomodada com o “apelido” que ele insistia em usar. - O que tá lendo?

– Feitiços do século XIV. Meu ancestral escreveu. Ele era...

– Merlin. Já li todos os livros dele, quer dizer, cópias dos originais.

– Tô impressionado. Mas... como é ser de outro mundo? Nunca se sentiu deslocada?

– Sim, no passado, mas com o passar do tempo, eu me situei. Fiz amizades.

– Entendi. Depois vou querer uma revanche.

– Há! Continue treinando e aí a gente conversa. - Ela disse debochando e ele sorriu com a ousadia. Raven se levantou e foi conversar com Cindy. Ele ficou olhando-a com um olhar de bobo, mas logo balançou a cabeça.

Duas pessoas entraram no refeitório, uma mulher loira, com olhos azuis, iguais aos de Cindy, e um homem com cabelos castanhos e olhos verdes/azuis.

– Olá a todos! Natasha, Nick nos pediu para pegarmos o relatório da missão com você. - A mulher disse.

– Ah! Claro, Rose. Oi, Robert. - Natasha cumprimentou.

– Oi. - Ele disse simplesmente.

– Fury quer que vocês rastreiem as bases da Hidra.

– Já sabemos. - Rose disse e viu que todos a encaravam. Logo tratou de se apresentar. - Ah! Que educação a minha! Sou Rose Jones e esse carrancudo aqui do meu lado é meu namorado, Robert Collins.

– Também te amo. - Robert ironizou.

– Mamãe?! Papai?! - Cindy falou sorrindo e foi abraçar Rose.

– Mas o que...? - A loira olhou para ela confusa.

– Senti saudades, mamãe. Oi, papai!

– Opa! Isso vai complicar. - Roxy disse.

– Mas o que é que...? Rose! Tem algo a declarar? - Robert se indignou irritado.

– Eu não!

– Ok, ok. Apago a memória deles? - Raven perguntou para Roxy.

– Não, Raven! Por favor! Explica tudo. Por favor! - Cindy fez aqueles olhinhos de Gato de Botas. Raven não teve como dizer não.

– Ok. - A loira de mechas verdes falou e olhou para a amiga ruiva. – Eu posso?! – A jovem Romanoff assentiu e Raven se virou para o casal a sua frente. - Senhor Collins e senhorita Jones, apresento-lhes Cindy Collins, filha de vocês. Antes que perguntem, somos do futuro.

Eles a encaravam céticos, depois se olharam. Robert estava nervoso e um tanto envergonhado, já Rose abriu um imenso sorriso, olhou Cindy, que esperava alguma reação.

– Eu sempre quis ter uma filha! Awn! Robert, ela é adoravelmente fofa! - Rose abraçou Cindy, que retribuiu, um tanto forte. - A-Au. Ela é forte, não?!

– Ela tem poderes. Superforça e... Alguns outros. - Jéssica falou um pouco misteriosa. - Somos mutantes.

Rose se assustou, mas quando voltou o olhar para Cindy, logo sorriu boba.

– Você é muito lindinha! Amor, você não concorda? - Ela perguntou para Robert e ele corou mais ainda.

– A-ah! Eu... Preciso assimilar a informação ainda. Agente Romanoff, iremos examinar o relatório e falaremos com você é o resto dos Vingadores, tudo bem? – A ruiva confirmou, ele se virou e saiu.

– Não liga pra ele, ok. Ele, alguma hora, vai aceitar isso. Preciso ir. Foi um enorme prazer em conhecê-los, principalmente você, pequena. Vamos conversar depois, quem sabe! E...

– Rose, vem logo! - Robert disse do final do corredor.

– Ok, estressadinho! - Ela disse fazendo graça e as garotas riram. - Tchau, pessoal.

– Tchau. - Todos responderam.

Depois que ela saiu, Cindy correu e abraçou Raven.

– Obrigada, Raven!

– Por nada, irmãzinha. - Ela correspondeu o abraço.

– Ok, isso foi lindo, mas olha a hora, Raven! - Luna alertou e Raven logo olhou o relógio, arregalados os olhos.

– Mas o que aconteceu com o tempo hoje?! Passamos o dia no refeitório! Em todos esses anos nesta indústria vital, esta é a primeira vez que isso me acontece. - Kyra disse abismada.

– Tô dois minutos atrasada pra aula! - Raven se desesperou. Luna, Lilith e os garotos balançaram negativamente a cabeça, como se isso não significasse nada. - Tô indo! - Dito isso, se teletransportou.

Em cima da base.

Raven havia colocado a primeira roupa que viu, nem prestando atenção, e foi para o local marcado às pressas.

Loki já ia voltar para seu dormitório, mas logo viu a filha aparecer em sua frente.

– Está atrasada! - Ele reclamou.

– Desculpe, é que os pais da Cindy apareceram e... - Ela tentou se explicar, mas foi interrompida.

– Não me interessa. Vamos logo. - Ele fez disse impaciente. - Que roupa é essa? - Ele estranhou e a filha finalmente olhou o que vestiu. Era um vestido azul, nem muito claro e nem muito escuro, tinha uma faixa na cintura e bordados dourados na barra, que quase encostava no chão, e nas mangas longas.

– Nem tinha notado que coloquei isso. Era da minha mãe. Sif tinha ganhado de presente dela, mas não gostava de vestidos. Então deu pra mim. - Ela sorriu se lembrando da tia e o quão ela era carinhosa. - Nunca tinha o usado. Ah! Mas deixa.

– Que seja então. - Ele revirou os olhos, mas achou que a filha ficava bonita assim. Logo, logo teria problemas com garotos, ele não deixou de pensar nisso. Esse era o lado pai falando. - Ah! Mas antes, vamos inverter. Vou fazer as duas perguntas e depois vamos para a aula.

– Ah... Tudo bem. - Ela falou sorrindo de lado. - Pergunte.

– Bom... O que aconteceu comigo no seu tempo? - Ele se sentou e viu que, aos poucos, o sorriso da filha foi sumindo.

– A-ah! Bom... - Ela hesitava a responder, mas cedeu por fim. Deu um suspiro e continuou. - Você está preso na Ilha do Silêncio, m-mas isso não foi por seus feitos em Midgard. - Ela fez uma pausa.

– Foi pelo que então? - Ele a olhou surpreso.

– Você praticamente desafiou Odin. Descobriu que minha mãe foi designada por ele para mudá-lo. Viu-o dando uma nova ordem a ela. A ordem de continuar te manipulando. Mas ela nunca havia te manipulado, então, é claro, ela recusou, mas você não viu essa parte do diálogo. Ela tentou se explicar, mas você não deu chance. Se irritou, lutou contra Odin, óbvio que perdeu, armado apenas com uma lança comum. Ela... Tentou impedir sua punição, mas... Não conseguiu. Então é isso. No meu tempo, você está preso. - Ela terminou e ele ainda estava chocado.

– Eu fui tão tolo a ponto disso?! - Ele disse rouco e ela o olhou surpresa. - Fui tão tolo a ponto de perder para um velho estúpido?!

– Continua um tolo. - Ela murmurou baixo, pensando alto.

– O que disse? - Ele quase berrou.

– Nadinha não. - Ela levantou os braços, em sinal de rendição. - Próxima pergunta?!

– Como você quase morreu ao fugir da prisão? E como fugiu?
– Bom. São duas perguntas, mas... Acho que tudo bem! - Ela disse.

– Então...?

– Eu usei meu poder para escapar. Foi difícil. Minha cela era diferente. Isolada de todos os outros prisioneiros. Bom... Como eu quase morri... Eu fiz um feitiço extremamente avançado, somente uma pessoa havia feito e sobrevivido. O meu avô, Mordun, que ganhou seus poderes de uma das raras e poderosas Pedras Norns. Seus poderes foram passados de geração a geração. Ele usou o feitiço para impedir uma guerra entre Muspelheim e Asgard. Eu usei o mesmo feitiço, mas... Eu ainda era uma criança, me descontrolei e... Destruí parte de Asgard. - Ela segurava as lágrimas e tentava esconder o sentimento de tristeza. - Quando fiz isso, fiquei muito fraca e acabei desmaiando. Tudo o que senti naquele momento foi... Frio e dor. Sabe a “luz no fim do túnel” quando morremos?! Ham! Eu vi... Mas minha mãe me trouxe de volta. Restaurou parte da minha energia. Por isso meu cabelo é dessa cor. Loiro com mechas verdes. As mechas verdes foram pra disfarçar as mechas negras. É isso.

– Por que disfarça as mechas negras? - Ele perguntou olhando-a com... Pena?!

– Porque... Quando minha energia foi se esvaindo do meu corpo, aos poucos, meu cabelo foi mudando de cor para moreno. Essas mechas me fazem lembrar do dia em que eu destruí parte de uma civilização. Famílias, pessoas inocentes, tudo! - Ela deixou uma pequena lágrima cair e logo virou o rosto.

– Passado é passado. Não fique remoendo. Você é poderosa e não teve como prever os efeitos colaterais. Siga em frente. - Ele falou calmamente e ela deu um pequeno sorriso ao se virar com o... Suposto elogio. “Ele está mudando”, ela pensou. - Agora vamos logo com os feitiços! Meu tempo é precioso!

“Não, continua o mesmo.”, ela revirou os olhos, balançando a cabeça negativamente.

– Tudo bem. Para fazer o feitiço que choca duas realidades diferentes para formar uma, você tem que concentrar o máximo de energia que conseguir e dizer em alto e bom som “Endre hva du vil, men beholde en del av fremtiden”. Entendeu? - Ele perguntou.

– Entendi. Sorte minha que eu gravo cada feitiço na cabeça. - Raven sorriu.

– Certo, agora vamos fazer o outro. Ele talvez possa levá-las de volta. - Loki disse e ela ficou séria, mostrando que estava prestando atenção. - Bom, já percebeu que, em todo feitiço, você tem que se concentrar e canalizar sua energia, certo?

– Certo.

– Então é só dizer as palavras. Para esse feitiço, diga “Adversarumque rerum temporalium”.

– Tudo bem. Certo. - Ela respirou fundo, fechou os olhos e pronunciou. – “Adversarumque rerum temporalium”.

Nesse instante, uma forte luz e uma fumaça de cor dourada a cobriu por inteiro. Loki fechou os olhos pela claridade e quando a luz e a fumaça sumiram, ele a olhou, arregalou os olhos e ficou boquiaberto.

– O que foi? - Uma voz um pouco mais fina falou.

– Ahm... Acho que... Você... Encolheu... Um pouquinho. - Ele respondeu cético.

– Como assim? O que aconteceu? Não deu certo, né? - Ela perguntava. - E... Por que você tá tão alto?

– Acho melhor você mesma olhar. - Ele a virou para uma parede de metal, que refletia os objetos, e ela arregalou os olhos e colocou as mãos no rosto para ver se era verdade, depois olhou para as próprias mãos e não conteve um grito. Raven estava com mais ou menos um metro e vinte e quatro, com cabelos loiros e mechas negras. Até seu vestido havia ficado do tamanho certo para ela. Era uma garotinha de seis anos.

– Loki, o que você fez?! - Ela o olhou espantada.

– Eu?! Eu só disse um feitiço de...

– Rejuvenescimento?!

– Não. Eu pensei que esse feitiço iria levá-las de volta!

– Pensou errado! Olha pra mim! - Ela fez um bico, flutuando para ficar na altura do pai, que sorriu debochado.

– Está adorável. – Falou, não contendo o riso.

– Adorável?! ADORÁVEL?! - Ela estava descrente em relação às palavras de Loki.

– Sim. Pra não falar fofa. - Riu mais ainda e a pequena Raven estava ficando vermelha de raiva.

– Olha, me fala o contrafeitiço, senão... - Ela foi interrompida por mais gritos. - Mas o quê...?

– O que foi isso? - Loki perguntou.

– Não sei, mas você vem comigo! - Ela segurou a mão de seu pai e começou a puxá-lo para o local de onde saiu o grito.

Chegaram ao quarto das garotas, onde viram uma menininha de três anos, duas garotinhas de cinco anos, uma de seis anos, uma de sete e duas adolescentes.

– O que aconteceu? - Uma garotinha loira de olhos azuis, aparentava ter sete anos e era mais alta, correu até Raven. Provavelmente estava provando o vestido que sua mãe havia feito para ela quando completou dezessete anos, pois ele havia se ajustado para o tamanho dela. Era vermelho com partes de cor creme, dourado e prata, e usava sapatilhas douradas . A menina disse autoritária, mesmo com a voz fina. - Raven, espero que tenha uma boa explicação!

– Eu também! - Outra garotinha, ruiva, apareceu ao lado da loirinha. Ela era mais baixa e usava uma camiseta preta, um casaco vermelho, uma saia branca e sapatilhas pretas .

– Kyra?! Roxy?! - Ela se espantou e as outras assentiram. - O feitiço afetou a todas nós! - Raven se desesperou. - Cadê a Cindy e a Jéssica?

– Estamos aqui. - Disseram as duas adolescentes e Raven ficou de queixo caído. Uma era loira de olhos azuis, parecia uma garota de dezesseis anos. As pequenas, não tão pequenas assim, estavam provando as roupas de Raven e Roxy, pois Cindy estava com as roupas da filha de Loki, com uma jaqueta preta e uma regata da mesma cor, calça jeans, o salto plataforma, e os acessórios. E a outra tinha cabelos castanhos e olhos azuis, aparentemente com a mesma idade que Cindy. Usava a camiseta do Guns N' Roses da irmã, calça jeans, salto alto, e acessórios .

– Ai, minha santa Yggdrasil. - Raven estava descrente e Loki só olhava tudo atentamente. - Luna? Lilith? - Ela olhou para duas garotinhas de cinco anos, que assentiram nada felizes.

– Raven, explica isso! - Uma garota que obviamente era Luna disse irritada. Tinha olhos castanhos e cabelos ruivos, não como os da Roxy, eram mais claros. Usava uma saia florida azul, uma camiseta amarela e tênis branco .

– Agora! - Lilith tinha uma saia também florida, uma camiseta azul e sapatilhas prateadas .

Marie?– Ela olhou para a menor de todas, que do assentiu com a cabeça. Usava um vestidinho lilás e sapatilhas da mesma cor . - Olha no que você me meteu! - Ela se virou para o pai.

– Eu?! A culpa não é minha! - Ele disse levemente irritado.

– É sua sim, senhor! - Ela começou a levitar.

– Quem resolveu fazer o feitiço? - Ele rosnou.

– Mas quem errou no feitiço? - Rebateu.

– Ah! Eu não acredito que estou discutindo com uma criancinha de seis anos! - Ele revirou os olhos.

– Não me chame de...! - Foi interrompida.

– Chega, chega, chega! Isso não vai dar em nada! - Roxy se pôs no meio dos dois.

– Tem razão. Loki, só me diz o contra-feitiço, por favor. - Raven suspirou.

– Claro! Mas o que eu ganho com isso?! - Ele disse sorrindo provocador e a filha quase voou, literalmente, na cara dele, se Kyra não a tivesse segurado.

– Mas que gritaria é essa aqui?! - Fury apareceu com uma cara não muito boa. Logo quando viu as garotas, elas foram para a formação, até mesmo Marie, que tinha apenas três anos, foi. Ele se virou para Loki com o olho arregalado. - Senhor Laufeyson, o que aconteceu aqui? - Perguntou trincando os dentes.

– Não foi culpa dele. - Raven disse um pouco envergonhada e caminhou até o diretor. - Foi minha. Ele me disse o feitiço e eu confundi as palavras. - Mentiu. Não queria que seu pai recebesse punições ou coisas assim. Não sabia o porquê, mas se sentia assim. - Aí resultou nisso.

Ainda com raiva, diretor olhou para as outras.

– Vou chamar os outros pra uma reunião a respeito disso e sobre outro assunto. Vocês são problemas deles, não meus. Vão para a sala de reunião imediatamente. - Ele se virou e saiu.

– Ok, gente. Vamos lá. - Kyra disse saindo.

– Espera! - Cindy falou. - Eu não sei andar nisso! - Ela apontou para os saltos e Jesse concordou.

– Tire-os e vão descalças. - Luna olhava para cima, para encará-la.

– Ok... - Ela tirou os saltos, junto com Jéssica. - Mas quem vai levar a Marie?

– Não nos habituamos a esses corpos de adolescentes. - A filha mais nova, agora mais velha, do Stark disse.

– Hum... - Kyra pensou e olhou para Loki. - Ham... Titio Loki, pode levar a Marie, por favor? - A filha de Thor disse o olhando com o olhar mais fofo que conseguiu fazer.

– Como?! - Ele a olhou descrente. Não estava acostumado a ser chamado de "titio" e muito menos a carregar uma criança.

– Loki, por favor. - Raven fez o mesmo olhar.

– Ah! Tá bom! – Cedeu um pouco emburrado.

– Eeehh! - Elas comemoravam como crianças mesmo. A idade estava as afetando.

Nos corredores da S.H.I.E.L.D.

– O que é tão importante a ponto do Fury me tirar da cama?! Viram um fantasma? Alguém morreu? - Tony falou sonolento.

– Não sei, mas deve ser importante. - Bruce falou.

– Ok, vamos descobrir. E... Todos nós estamos cansados, Stark! - Natasha falou bocejando e com olheiras profundas.

– Pelas barbas de Odin! O que é tão importante para me tirarem da cama com um balde de água fria? - Thor apareceu com o cabelo molhado e furioso, seguido por Rose e Robert, que riam feito crianças. Com certeza foram eles que acordaram o herdeiro de Asgard. Fury havia dado ordens para os agentes acordarem todos os Vingadores e Rose e Robert foram acordar Thor. Bateram na porta e nada; entram no quarto e cutucaram-no e, de novo, nada; gritaram tanto o nome dele, que a Yggdrasil inteira deve ter escutado, mas novamente nada. Até que o pai de Cindy teve uma ideia, um tanto infantil, e Rose concordou. Pegaram um balde que estava na sala do faxineiro, encheram de água fria e jogaram em cima do loiro sem dó. Thor acordou com um pulo e já ia pegando o martelo, mas viu que eram os agentes Jones e Collins. O pai de Kyra só não se enfureceu mais ainda porque estava acostumado com as peças que seu irmão pregava, portanto iria... "Tolerar" tal ato, vindo de humanos.

– Barbie, também queremos saber. - Mesmo sonolento, Stark não perdia uma.

– O diretor está esperando vocês na sala de reuniões. - Robert disse neutro.

– Lá tem café, não se preocupem. Assim não dormem nos "discursos infinitos" do Fury. - Rose disse rindo.

– Tá aí. Gostei dela! - Stark disse também rindo.

Rose e Robert eram a harmonia perfeita. Rose era extrovertida e engraçada, já seu namorado era neutro e decidido.

– Tudo bem, vamos. - Clint, que não havia se pronunciado até então, falou. - O Capitão já tá lá.

– Típico do Capicolé.

Chegaram na sala e viram Fury e Steve ao entrarem. Todos se sentaram nos lugares de costume e esperaram o diretor começar a falar, o que não aconteceu.

– E então, Fury? - Stark perguntou impaciente.

– Estamos esperando as garotas e o Loki. - Ele respondeu encarando a porta. – Ah! E elas são seus problemas e não meus.

– Do que ele tá falando? – Clint falou já desconfiado.

– Mas... - Thor tentou falar, mas as garotas, e Loki, entraram.
O filho de Laufey carregava uma menininha de três anos em seus braços. Ela ria sem parar, encarando-o. Do lado dele, estavam duas adolescentes e cinco garotinhas.

– Minha nossa! – Natasha exclamou. – Mas... O que aconteceu com vocês?!

– Como eu disse, elas são problema de vocês. – Fury encarou cada um e antes de sair disse. – Vou ir falar com a agente Jones e o agente Collins sobre os relatórios e informo vocês depois.

– Essa é a Marie? – Bruce perguntou olhando para a filha, que estava sorrindo, sendo segurada por Loki.

– Sou eu sim, papai! – Ela disse rindo e o deus da trapaça a entregou para o pai, que estranhou ele estar segurando-a, mas não comentou.

– Tá, tudo vai ficar bem, tudo vai ficar bem... - Tony continuava com seu “mantra” ao ver as crianças, agora mais crianças do que se lembrava de tempos atrás.

– Você tá tão fofinha. - Falava Thor com uma voz ridiculamente infantil, apertando as bochechas de Kyra.

– Agora mesmo que você não toca em armas. - Disse Clint com um sorriso largo demais.

– Vamos ver. - Falou Luna com uma voz fininha, mas tão ousada quanto quando era mais velha.

– Tá o quê aconteceu... - Tenta perguntar Natasha vendo a pequena ruivinha afastada de todos em um canto na sala no escuro, com as pequenas mãos na cabeça e lágrimas grossas desciam para as bochechas. - Roxy, o que foi?

– NÃO CHEGUE PERTO DE MIM! - Gritou a pequena chamando atenção de todos.

– Oh-oh. - Falou a pequena Raven, vendo a ruivinha começar a tremer. - Ela está abrindo a mente demais.

– Como? - Pergunta Tony preocupado, tentando chegar perto da filha, que ainda gritava, parecendo estar com dor.

– Ela vê o futuro nesse corpo pequeno. Como vocês acham que ela lidava com isso? - Pergunta Raven com deboche e preocupada se lembrando das noites em que Roxy abria sua mente para ver tantos futuros ao mesmo tempo e acabava desmaiando de dor. – Loki, repetir o feitiço funciona?

– Creio eu que sim. – Ele respondeu e ela começou a fazer o feitiço novamente.

Enquanto Tony já cansado de só ficar olhando a filha gritar de dor, ele a pega no colo e a abraça fortemente.

– Shh... Vai ficar tudo bem. Vai ficar tudo bem. - Falava ele “aninhando” a filha, vendo-a parar de gritar e só chorar silenciosamente.

– Que raiva! Minha magia está esgotada! - Diz Raven quase caindo no chão depois de tentar fazer o feitiço certo, enquanto voava, mas Loki a pega antes de ela se estatelar no chão. – Ufa! Obrigada. – Disse bocejano.

– Você precisa dormir, recuperar suas forças e depois tentar de novo. Tente novamente amanhã. - Fala Loki, já vendo a filha fechar os olhos e começando a cochilar com a pequena mão agarrada na lapela do terno de Loki, que parecia a ponto de jogar a filha ali na mesa mesmo e sair correndo, pois nunca sentiu seu coração tão quente, como se todo seu corpo fervesse e o acumulo daquela “febre” se dirigia a seus olhos, e aquilo o deixava apavorado e ao mesmo alegre, mais do que alegre, extasiado de ver algo tão puro quando uma criança dormir.

– Tô com sede. - Falou a pequena Lilith, puxando a calça de Steve. – Papai, tô com sede.

– Ah... Tá. - Diz Steve emocionado pelo “papai”, indo com a pequena Lilith no colo, providenciar seu pedido.

Natasha já estava pegando a pequena Roxy no colo, com Tony de olho nas duas, enquanto a pequena ruiva tentava procurar respirar mais calmamente e parar de ter tantas visões ao mesmo tempo, se concentrando nos olhos de seus pais.

– Como Roxy usa isso mesmo? - Pergunta Jéssica tentando se equilibrar em um salto alto, virando o pé de vez enquanto, diferente de ficar envergonhada ela ria de cada passo falso.

– Pelo menos estou de coturnos. - Diz Cindy tirando o velcro e colocando de novo, adorando o barulho.

– Você é mesmo forte, Marie. - Falou Bruce vendo a pequena filha pegar a mesa com a mão, levantá-la e colocá-la de novo no chão.

– Eu sei, papai. - Falou Marie, se jogando em seu colo e brincando de colocar os óculos de Bruce, que ria da brincadeira.

Luna olhava tão sério para Clint, que eles começaram aquela brincadeira de quem piscava primeiro, e o pai, querendo ganhar, faz uma careta.

– Você trapaceou! Não valeu! - Grita Luna brava, mas rindo, como Clint.

– Você nunca vai me perdoar? - Pergunta Thor, vendo a filha não querer seu colo.

– Nunca é um tempo longo demais. Não suporto mentiras! Mamãe nunca mentiu para mim, esperava que você também não fizesse isso! - Diz Kyra séria.

– Prometo nunca mais mentir para você. - Diz Thor dando a mão direita para ela aperta.

– Melhor mesmo. - Kyra aperta a mão dele, vendo como a sua pequena mão sumia na enorme. Thor a puxa para seu colo, apertando suas bochechas e lhe fazendo cócegas. – NÃO, PAPAI, NÃO!

– Tão fofa. - Diz Thor rindo apertando, as bochechas dela, enquanto Kyra tentava sair de seu colo.

Enquanto isso Steve estava dando água para a pequena Lilith.

– Steve, como ela está? - Pergunta Elizabeth, que soube por Fury o que as meninas estavam “passando”.

– Está ótima. - Diz ele vendo a doutora pegar a filha “dele” e a segurar com carinho no colo, o soldado nunca viu uma cena tão bonita como aquela.

– Oh... Lili, me diz, dói em algum lugar? - Pergunta Elizabeth examinando cada pedacinho que conseguia da garotinha.

– Não, mamãe, eu estou bem. - Falou Lilith adorando o apelido que ganhou.

– Mamãe?! - Exclama Steve, se sentindo fraco.

– Ah! Precisamos conversar, Steve. - Falou Elizabeth com um sorriso calmo, mas por dentro ela estava muito nervosa sobre a reação que o Capitão iria ter.

Enquanto isso.

– Não, eu levo. - Falou Tony.

– Não, eu levo! - Disse Natasha zangada. - Ela vai dormir comigo e pronto!

– Por que ela não pode dormir comigo? Qual é, Natasha?! – Tony tenta falar, vendo a pequena ruiva começar a cochilar, assim como todas, que já tinham ido com seus pais.

– Stark, eu sou a única mulher aqui!

– E dai?! Até o Homem Rena levou a filha pra dormir! - Diz o bilionário zangado e fazendo manha. - Se ele tem a oportunidade eu também quero!

– Stark! Loki tem Thor no seu encalço e quarto, Clint tem Steve e Bruce, você é o único que não divide o quarto. Não vou deixar minha filha dormir com você! E se ela precisar de mim? - Pergunta Natasha impaciente, indo para seu quarto.

– E eu sou o pai e... – Ele parou e pensou. - Ótimo! Então eu durmo aqui hoje. - Diz Stark, já juntando as duas camas de solteiro no quarto da Viúva, que não dividia o quarto também.

– Nem em sonho que eu durmo com você! - Falou ele deitando Roxy no meio.

– Você dormiu comigo já, amor, e olha o resultado. - Debochou Tony maliciosamente, mas logo cobriu a filha.

– Algo bom você tinha que fazer, né?! - Diz Natasha tirando o cabelo de Roxy da testa. - Ela parece uma boneca.

– Herdou minha beleza, então agradeço o elogio. - Diz Tony já se deitando depois de tirar o sapato.

– Ela não parece nada com você...!

– Mamãe, eu quero dormir. Por favor, papai fica quietinho. - Diz Roxy acordando e, depois de falar, voltando a dormir, se aconchegando no peito de Tony, que sorriu emocionado, assim como Natasha.

No quarto de Thor e Loki.

Loki deitou a pequena Raven na sua cama e ficaria a noite toda só observando ela dormir. Ele achou que nunca ia ficar cansado de ver ela naquela forma. “Como ela era quando bebê?”, se perguntou e só teve uma resposta, “Adorável”. Ela se mexeu um pouco e abriu um pouquinho os olhos.

– Papai...? – Ela disse e ele se espantou em ser chamado de “papai”, mas sorriu e acariciou o rosto da filha.

– Shh... Estou aqui. – Ela sorriu minimamente, se aconchegou, e voltou a dormir.

Thor, fingindo estar dormindo ao lado da filha do outro lado do quarto, ouviu tudo e não deixou de sorrir. Sua filha se mexeu um e riu um pouco, com certeza estava tendo um bom sonho.

Refeitório – 01h e 37min.

– Isso é tão bom! - Falou Jéssica atrás da bancada do refeitório, já reabastecido, à noite, com um saco de salgadinhos e uma lata de Pepsi.

– Também acho. Vou adorar ficar grande e comer doce todo dia. Mamãe e as outras só deixam a gente comer no final de semana. - Diz Cindy se empanturrando.

– Não entendo por que! - Diz Jéssica sem um pingo de sono, mas muito energizada, assim como Cindy. - Sabe o quê podemos fazer também?

– Não, o quê?

– Assistir filme de terror. - Diz Jéssica animada.

– Acho melhor não! Não mesmo! - Cindy balançava a cabeça de um lado para o outro. - Roxy ia colocar a gente de castigo.

– Foi só uma ideia. - Jéssica dando de ombros, mas com medo da irmã. Apesar do tamanho, a inocência pairava nelas.

Quarto de Clint, Steve e Bruce.

– Luna, hora de dormir! – Clint falava enquanto a filha corria, mas sem fazer barulho, para não acordar Marie. Lilith e Steve ainda não haviam chegado.

– Não quero, pai! – Ela disse parando e esfregando os olhinhos, sonolenta.

– Ah! Mas precisa. Deita aí. – Ele disse rindo da expressão da filha.

Ela deitou, mas ainda assim disse:

– Mas... Eu não... Quero... – Não conseguiu terminar a frase, logo caiu no sono. Clint sorriu, vendo a pequena dormir. Logo se deitou do lado dela, ainda a observando.

“Amanhã tudo volta ao normal.”, todos os pais pensaram olhando suas filhas.


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Notas finais do capítulo

Até mais, gente!!!!
ADORAMOS VOCÊS!!!!! :-*
Beijos!