"Sonhos não são impossíveis, Rússia-chan, apenas difíceis de alcançar. Lute por eles."

Uma vez, há muito tempo, sua irmã Ucrânia havia lhe falado isso. E até hoje acreditava. Toda vez que olhava aquela parede pintada por seu amor, seu amado Liet, lembrava das palavras, lembrava dos sonhos e lembrava... de si mesmo. Os girassóis eram grandes, altos, fortes e bonitos, rusticamente. Mas, morriam devido ao frio, assim como ele. (Toris, quando estava com Alfred, pois só assim teria coragem de falar-lhe sem tremer, os comparou daquela forma. Beijando-lhe suavemente na testa, prometendo que algum dia, Rússia teria seu jardim.)

Ivan detestava o frio, odiava a neve. Por diversos motivos, mas, o principal, era por que aquele clima não permitia cultivar as flores que amava. Flores essas que ele via abundantes no quintal dos outros países. Aquele horrível fato o deixava tão triste, tão invejoso, tão irritado... Suspirou, acariciado o girassol pintado no concreto. Lembrava-se o dia em que, junto com o garoto que amava, desenhou e pintou seus desejos ali. No canto, quase apagado, haviam palavras escritas em vermelho e dourado. Uma oração.

"Que o senhor, meu Deus, permita que um dia, nos nossos corações unidos, floresçam flores como essas. Que nosso amor seja o sol que nos guia, pobres girassóis." - Liet e Rússia.

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