PV EDWARD

Hoje fazia um mês que estava namorando minha Bella e tanta coisa aconteceu em tão pouco tempo, nos declaramos, passamos uma semana separados por conta de Dimitri que estava aqui em Forks e não podia nem sonhar que estávamos juntos para que os Volturi não usassem a minha família como fez com a mãe de Bella para que ela lutasse na guarda novamente, depois nos separamos definitivamente quando eu infelizmente entendi tudo errado com relação à visão de Alice e o telefonema para Benjamim e reatamos há uma semana e agora felizmente para sempre.

Vi da janela do meu quarto Bella estacionar em frente de casa, acenei da janela quando ela desceu do carro dizendo para que subisse até meu quarto, se ficássemos na sala com certeza meus pais e irmãos que estavam lá iam monopolizar minha Bella. Ao menos tínhamos uma regra aqui em casa, o quarto de cada um era sagrado, um espaço particular na casa. Não éramos incomodados a menos que seja estritamente necessário.

— Oi! Amor. – diz Bella entrando no meu quarto, após ter falado rapidamente com minha família.

— Oi! - digo a beijando.

— Feliz um mês de namoro minha Bella!

Bella deu um meio sorriso balançando a cabeça não acreditando no quanto eu era apegado ao que ela chamava de “convenções”.

O mais inacreditável ainda era o quanto Bella era desapegada as essas coisas.

— Sente-se aqui. - a faço se sentar na cama. - Tenho algo para você.-pego a caixinha na mesa de cabeceira.

— O diamante é eterno assim como nosso amor. - digo abrindo a caixinha e colocando o anel solitário com uma pedra de diamante no dedo anelar de sua mão direita.

— Obrigada. Ele é lindo!- Bella fala emocionada.- Desculpa, mas eu não te comprei nada, er... bom sabe que não muito ligada nessas coisas.

— Eu sei sim senhorita moderninha, não se preocupe com isso. –a beijo, mas no meio do beijo ela me afastou, parecia um pouco irritada.

— Fiz algo de errado?

— Eu não acredito que usou a desculpa do aniversário de um mês de namoro como forma de colocar um anel de compromisso no meu dedo. – Bella fala furiosa comigo.

Esperta demais! Mas eu não ia entregar o jogo, eu era das antigas e nunca deixarei de ser porque Bella é moderna demais.

— O anel é apenas um presente, mas se quiser ver dessa forma, não me oponho. 

— Você é um trapaceiro. – disse Bella sem engolir minha desculpa.

— Que você ama.

— Fazer o quê? Se não se manda no coração.

— Gostaria de ter outro no meu lugar? – perguntei sério. O que ela acabou de dizer me deixou inseguro agora.

— Que tipo de pergunta é essa?

— Só responda, por favor.

— Você é trapaceiro, bipolar, extremamente antiquando, cabeça dura...

— Nossa! Quantos elogios Swan. – uso o mesmo tom irônico que ela usou comigo antes de nos conhecermos melhor.

E ela riu certamente se lembrando.

— Mas também é protetor, romântico, lindo e carinhoso. Amo você com seus defeitos e qualidades.

— Eu também amo você com todas as suas qualidades.

— E os defeitos não?

— Você é perfeita, não tem defeito algum.

— Ah então eu não sou mandona, explosiva e teimosa então.

— Isso é apenas ter personalidade forte. – digo me deitando na cama e a puxando para se deitar perto de mim.

— Esqueci-me de dizer que você também é um perfeito cavalheiro. Adoro isso em você. – diz Bella me dando um selinho e apoiando sua cabeça em meu peito em seguida.

— No que tanto pensa? – perguntei quando percebi que Bella de corpo estava envolta em meus braços, mas sua mente parecia estar longe.

Eu havia me conformado com o silêncio de sua mente para mim, mas às vezes era difícil lidar com isso. A curiosidade de saber o que se passa na mente dela só aumenta a cada dia, mas felizmente Bella sempre ameniza falando o que está pensando quando pergunto.

— Só me distraí me lembrando da nossa primeira vez. –diz Bella inacreditavelmente corando.

Depois daquela noite perfeita e intensa de amor em sua casa quando voltamos de Volterra ela ainda corava tímida com esse assunto. Pois, é, apesar de eu não achar correto, a paixão falou mais alto naquele momento e eu não consegui resistir e esperar para quando nos casássemos. A mistura explosiva de saudade com a euforia da reconciliação me fez não ser capaz de pensar racionalmente naquele momento e acabei por ceder ao desejo.

E além de ter sido perfeita, algo mais me surpreendeu nessa noite, Bella era virgem. Por conta de nosso relacionamento ser recente e do fato de que nesse um mês de namoro passamos mais tempo separados do que juntos eu não havia tido a oportunidade de entrar nesse assunto com ela. Bella tem oitenta anos eu nunca imaginei que ela ainda não havia se relacionado com alguém eu havia até mesmo cogitado dela ter tido algo com James. Mas quando ela atingiu a maturidade aos dezoito anos serviu por cinquenta anos na guarda dos Volturi e dedicou todo o seu tempo quando não estava treinando ou em missão à mãe e nos últimos doze anos ela disse que estava triste demais pela perda de sua mãe que não havia espaço para um amor em seu coração que estava cheio de tristeza até me conhecer. Não preciso nem dizer o quão feliz essa revelação me deixou, não que meu amor por ela fosse diminuir caso não fosse mais virgem, mas saber que você é o primeiro e será o único homem na vida da mulher que ama é como ser o cara mais sortudo do mundo.

— Você me deixou duplamente feliz aquele dia. – digo rolando para cima dela e a beijando, mas ela começou a rir.

— Do que está rindo?

— Só me lembrei do jeito que você ficou depois que nos amamos. Pareceu que você havia saindo de um transe quando se deu conta do que aconteceu. Você ficou tão nervoso e tão cheio de culpa. Eu não acredito que me pediu em casamento só porque tinha tirado minha virgindade.

— Não foi só por isso, eu realmente quero me casar com você, eu já havia te dito isso antes.

— Nós já somos um casal não vejo a necessidade de casar.

— Porque não deixa esse lance de ser tão moderninha só um pouquinho e aceita o meu pedido?

— Porque você não deixa de ser tão antiquado e esquece esse pedido?

Eu bufei frustrado.

— Continuamos com o impasse então?- perguntei, na vã esperança de que ela desistisse.

— Não.- disse Bella e eu comecei a abrir um sorriso- Basta você desistir do pedido. – acrescentou fazendo meu sorriso morrer.

— Jamais, minha Bella, eu ainda colocarei um anel no seu dedo anelar esquerdo.

— Não mesmo.

— Você ainda vai me ver fazendo isso.

— Não vou nã... – interrompo sua teimosia com um beijo.

Mas fomos interrompidos por batidas na porta. Era Eliza e Jacob que haviam acabado de voltar de La Plush.

Eliza me pedia desculpas por pensamento por nos incomodar, mas ela realmente queria dizer algo importante e se fosse o que eu estava pensando eu não podia estar mais feliz por essa interrupção. Desde que voltamos de Volterra que eu esperava pacientemente minha menina tomar essa atitude.

— Entrem. – peço quando eu e Bella nos sentamos na cama.

— Viemos fazer um convite a vocês. – disse Jacob ao entrar com Eliza no quarto. - Está milagrosamente fazendo sol aqui em Fork e queremos convida-los assim como os outros da família que já aceitaram para passarmos o dia na praia na parte leste que é deserta. E aí topam?

— Vamos amor? – perguntei a Bella.

— Sabe que eu não tenho permissão de ir a La Plush. – Bella diz a mim.

— Você é uma Cullen Bella e todos os Cullen podem entrar lá. - diz Eliza.

Eliza havia definitivamente aceitado Bella, mas ouvi-la dizer com todas as letras era bom demais.

— Sim Eliza está certa. – diz Jacob reforçando. Deixando a Bella sem fala. E a mim muito orgulhoso da atitude deles.

— Obrigada. - Bella fala visivelmente emocionada.

— Agradeça fazendo o que você já faz. 

— E o que seria Eliza?

— Meu pai feliz.

— Sempre me esforçarei para isso.

— Tenho certeza disso. – diz Eliza convicta.

— E Bella... – minha filha começou a dizer de forma envergonhada- Me desculpa pelo modo ruim que te tratei. – pediu sem coragem de encarar Bella.

Bella foi até Eliza e segurou as mãos dela fazendo com que Eliza a olhasse.

— Não havia como ser diferente, eu me portava como uma pessoa horrível, te irritei para dizer o mínimo com relação a Jacob, a minha maneira de ser antes mostrava que seu pai estava se relacionando com uma pessoa ruim. Eu realmente entendo sua reação, tenho certeza que no seu lugar eu teria reagido da mesma forma. Eu também não ia gostar de ver as pessoas que eu amo perto de alguém que eu mostrava ser antes.

— Ainda sim ao contrário de todos da família, percebi tarde demais que você não era nada daquilo que mostrava ser. Mas bati o pé e não quis ouvir ninguém. Eu podia ter evitado sofrimento a vocês, meu pai ficou triste com minha atitude, você se culpava pela minha situação com meu pai. Fui imatura e me desculpem por isso.

— Está tudo bem agora. - a garanti.

— Sim Eliza seu pai está certo então vamos virar essa página, ok? – diz Bella.

— Obrigada aos dois por isso.

E eu e Bella abraçamos Eliza ao mesmo tempo.

— Vamos então.- digo e nós quatro saímos do quarto e descemos até a sala nos juntar aos outros para podermos ir.

Jacob colocou a mão no peito sentindo uma dor que não era física, era emocional.

— Jack o que você tem?-perguntou Eliza preocupada.

— Algum dos meus está com problemas. – diz Jacob se referindo a alguém da matilha. – Vou me transformar para ver o que aconte... – mas parou de falar quando seu celular tocou.

— Sam! – diz Jacob atendendo seu celular.

— Colin foi atacado quando voltava de carro de um passei com sua esposa e sua filha, ele foi cercado por três vampiros, a esposa dele infelizmente foi morta e ele está gravemente ferido.

— Não pode ser... – Jacob fala num sussurro.- E a filha deles?

— Colin conseguiu lutar tempo o suficiente para que eu e Brady chegássemos lá, a bebê está bem, mas Colin está muito mal mesmo Jacob.

— Diga que vou vê-lo. – diz Carlisle.

— Vou levar Carlisle, logo chegaremos aí. – Jacob encerra a ligação.

E todos decidiram ir junto com ele.

— Fica calmo Colin eu trouxe o doutor Cullen ele vai cuidar dos seus ferimentos. – diz Jacob ficando ao lado da cama do amigo que estava bastante ferido.

— Não quero ser cuidado,  eu quero me juntar a ela. –Colin fala se referindo a sua esposa.

— Cara você tem uma filha para criar. 

— Que não vou conseguir cuidar dela, a dor de perder seu imprint é grande demais Jacob. Eu não teria forças para cuidar da minha pequena Emily.

— Não diga isso Colin, vamos te ajudar.

— Só me faça um último favor Jacob cui...

— Colin? – chamou Jacob quando ele fechou os olhos.

— COLIN? – Jacob o sacode para ver se ele reagia.

Eu não escutava mais nada na mente de Colin e nem ouvimos seu coração bater.

— Deixe-me vê-lo. – pediu Carlisle de forma urgente, mas no fundo Carlisle sabia que não havia mais nada a fazer.

Jacob se afastou um pouco e papai checou a pulsação de Colin.

— Sinto muito Jacob. – Carlisle fala com pesar ao não sentir pulsação alguma em Colin, ele havia falecido.

— NÃO!- diz Jacob inconformado- Ele era tão novo e tinha uma filha para criar. Isso é tão injusto! – Jacob fala furioso com o destino trágico de Colin.

Estávamos todos tristes pela perda de Colin. Apesar do pouco tempo em que convivemos com ele, ele nos faria muita falta.

— Calma pequena. – tentava inutilmente Leah acalmar a filha de Colin, ela não entendia bem, mas sentia a dor da perda dos pais.

Vi minha filha ficar bem aflita com a bebê que não parava de chorar.

Eliza foi até Leah e pediu para segurar a bebê nos braços.

— Tudo ficará bem agora. - diz Eliza calmamente aninhando a bebê em seus braços.

E Jacob se aproximou delas.

— Nos prometemos. – Jacob fala de forma confiante e a bebê parou de chorar imediatamente.

E olhamos incrédulos para aquilo, a bebê parecia inconsolável, e em poucas palavras Eliza e Jacob conseguiram acalmá-la. Foi bem surpreendente isso.

— Porque você e Jack não a adotam? - sugeriu Leah.

— O quê?- disseram Jacob e Eliza ao mesmo tempo.

— Ela não tem mais família e está claro que Emily gostou de vocês e devido a incompatibilidade da parte genética de lobo de você Jacob com a da vampira de você Eliza não é possível que vocês tenham filhos biológicos. E tenho a certeza de que era isso que Colin ia te pedir Jacob. Então porque não adotá-la? – explicou Leah.

Jacob e Eliza olharam para a bebê e ela sorriu para eles.

— Ficaremos com ela. - disseram Jacob e Eliza ao mesmo tempo. Que se olharam e sorriram um para o outro.

Eles eram felizes apenas os dois, estavam conformados com a ideia que não poderiam ter filhos desde o início, mas sempre dá  para ser mais feliz ainda, e agora eles seriam.

Jacob deu um selinho em Eliza e um beijo na testa da bebê.

— Bem-vinda à família Emily Cullen Black. – diz Jacob bastante emocionado e deixando a todos emocionados e felizes também.

Emily agitou os bracinhos, como se comemorasse por ter uma nova família. Ela não compreendia bem o que estava acontecendo, mas sabia que era algo bom.