Dracolândia escrita por malukachan


Capítulo 9
Capítulo 9 - O sadismo vem em rosa-choque




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Ao passar pelo grande portão pink Draco se viu em um mundo cor-de-rosa. Realmente era um incomodo ver tanto da mesma cor sem ter, além das pedras, algo que aliviasse o exagero. O mais engraçado eram as pessoas usando roupas, acessórios, tudo rosa. Os guardas usavam a mesma cor em vários tons o que não deixava de ser divertido.

Ficou imaginando como a Rainha Rosa deveria ser e sorriu de lado com a imagem mental que fez. Continuou em frente reparando que as pessoas não pareciam ser muito felizes, muitas olhavam a todo instante por cima do ombro com medo, outras andavam curvadas e com passos rápidos sem parar para jogar conversa fora, mas não ia se meter no reinado de ninguém. Só queria que a maldita coelha o ajudasse um pouco melhor do que um simples "procure" e o mandasse para casa de uma vez por todas. Aquele lugar o deixava com saudades até mesmo de Hagrid, o que definitivamente era muito vindo de um Malfoy.

Algumas pessoas olhavam curiosas para Draco, principalmente pelas roupas cinzentas com detalhes em verde que usava destoando incrivelmente do restante. O loiro olhava somente para frente procurando orelhas brancas que já lhe estavam dando ganas de agarrar e sair arrastando por aí. Quando finalmente avistou Hermione aproximou-se pronto para puxar a coelha para fora dali e obriga-la a leva-lo para casa.

Parou antes de fazer tal coisa, pois notou a pessoa com quem Hermione falava. Pansy Parkinson nunca parecera tão grotesca para Draco quanto naquele momento ao ver a sonserina vestida de rosa dos pés à cabeça. Ao seu lado outro não menos incomum Blaise Zabini com um uniforme, do que Draco imaginou ser, da guarda real com o emblema U que estava nas bandeiras do reino.

O que realmente fez com que Draco jogasse a cabeça para trás e gargalhasse, quase caindo no chão de tanto que ria, foi a visão de Vincent Crabbe e Gregory Goyle em rosa choque, cada um segurando uma lança ao lado do portão de acesso ao castelo com a mesma roupa que Zabini usava.

Draco ria tanto que chamava a atenção de todos à sua volta, mas ele não se importava. A visão fora engraçada demais para qualquer um aguentar. Imaginava se não seria muito divertido animar aqueles gatos do emblema. A imagem mental que fez dos colegas em rosa com gatinhos brincando na roupa foi demais e o loiro soltou outra gargalhada estrondosa.

Antes que a coelha pudesse afastar o loiro e fazê-lo se controlar, trombetas começaram a soar avisando que a Rainha Rosa estava saindo do castelo. Draco parou de rir interessado ao observar as pessoas correrem de um lado para o outro limpando e arrumando tudo.

Teve até aqueles que juntaram suas coisas e correram para casa.

"Essa Rainha Rosa só perde para o Lorde das Trevas no medo das pessoas" Pensou.

Ficou olhando para o portão que abria lentamente. Vários soldados, que Draco reconheceu como muitos de seus colegas sonserinos, vestidos com uniformes da guarda real, é claro, como não podia faltar, todos em cor-de-rosa. Atrás dos soldados estava a Rainha Rosa mais feia que Draco já vira, e para seu enorme desgosto reconheceu a megera Umbridge, ficou se perguntando como uma bruxa ridícula como ela chegava a ser Rainha de qualquer lugar que fosse.

Logo atrás dela vinha Argus Filch, que para maior desgosto ainda de Draco, era o Rei. Um Rei muito esquisito, que tropeçava a todo instante e corria servil atrás da megera rosa, usando a mesma cor que todos. O que piorava a situação em muitos níveis, fazia tudo isso segurando um gato com lacinhos rosa choque que o loiro não demorou a reconhecer como Madame No-r-ra.

- O que está acontecendo aqui? – a Rainha falou irritada dirigindo-se a todos e a nenhum, em especial, ao mesmo tempo.

- Desculpe Rainha Rosa – disse Blaise curvando-se em respeito – mas este desconhecido está causando desordem no reino – e apontou para Draco.

- CORTEM-LHE A CABE... – nesse momento a Rainha Rosa interrompeu sua fala ao colocar os olhos no jovem.

Draco sentiu-se desconfortável sob o olhar faminto que recebia da Rainha. Os olhos de Umbridge brilhavam de maneira estranha analisando-o. O que se passava naquela cabecinha maquiavélica não podia ser boa coisa.

- Que lindo... – a Rainha Umbridge falou, sussurrando e lambendo os beiços. Aproximou-se do loiro que sentiu repulsa, apesar de concordar que era, realmente, muito lindo.

- Rainha Rosa, - falou Pansy interrompendo – o que devemos fazer com o jovem?

- É claro que ele deve ser levado para meus aposentos para ser... Interrogado. – falou Umbridge maliciosamente.

Um arrepio percorreu as costas de Draco só de imaginar em ficar sozinho com Umbridge em um quarto fechado. Ainda mais se estivesse interpretando corretamente os sinais doentios que recebia da Rainha Rosa. Precisava se livrar da mulher de qualquer jeito.

- Agradeço muito seu interesse majestade – Draco falou colocando todo charme que conseguia na voz curvando-se em respeito, apesar de considerar um insulto que estivesse fazendo isso, mas seus instintos de sobrevivência eram maiores – Infelizmente tenho compromissos inadiáveis e preciso seguir meu caminho.

Começou a se afastar sem se virar de costas para a Rainha Rosa e seus soldados. Achava que conseguira se sair bem da situação, mas foi com pesar que a voz macilenta de Umbridge se fez ouvir mandando os soldados o pegarem.

Goyle e Crabbe seguraram Draco um de cada lado e o arrastaram para dentro do castelo.

O grande salão era pintado em vários tons de cor-de-rosa, os detalhes do trono eram todos em ouro. O trono do rei era uma cadeira de madeira com uma almofada rosa (para não dizer que o Rei não tinha conforto). Havia uma porta ao lado do trono por onde Draco foi arrastado.

Dessa porta dava para uma enorme escadaria recoberta por um tapete rosa escuro. Draco foi levado por ela até chegarem a um corredor comprido.

Passaram por diversas portas até uma delas ser escancarada e Draco ser jogado dentro de um quarto suntuosamente... rosa! Não teve tempo de impedir que a porta fosse fechada e se encontrou sozinho no aposento.

Havia uma grande cama de dossel cor-de-rosa, uma penteadeira de ouro assim como todos os móveis do quarto. O que chamou a atenção de Draco foram os vários chicotes e potes cheio de um líquido vermelho que teve certeza, mesmo sem chegar perto, de que era sangue.

Começou a procurar algo que o ajudasse a sair daquele lugar para encontrar o caminho de casa. Abriu os roupeiros e ficou imaginando como uma pessoa podia ter tantas peças de roupa de uma só cor. Nas gavetas havia espartilhos e cinta-liga, o que embrulhou o estômago de Draco ao imaginar Umbridge usando aquilo.

"Quem seria louco o suficiente para querer ver aquele tribufu com isso?"

Fechou e foi procurar nas gavetas da penteadeira. Encontrou diversas facas pequenas e extremamente afiadas. Fechou rapidamente ao escutar um barulho e afastou-se olhando para a porta que abriu em seguida.

A Rainha Rosa entrou com um sorriso maldoso nos lábios com Blaise logo atrás. Fez um sinal para o soldado que fechou a porta e foi até a penteadeira. Abriu a gaveta que Draco havia verificado há pouco tempo e tirou o conjunto de facas colocando-as em cima da mesa que estava no meio do quarto.

Umbridge se aproximou analisando uma por uma até escolher a que queria.

- Você vai ser meu novo mascote – ela disse olhando lascivamente para Draco, que procurava desesperado uma maneira de fugir – vou lhe ensinar a ser um bom menino.

Com outro sinal, Zabini começou a abrir os botões da sua vestimenta mostrando o peito cheio de cicatrizes pequenas.

Sorrindo deliciada a Rainha aproximou-se e passou um dedo pelo peito de seu guarda para em seguida começar a deslizar a faca fazendo um filete de sangue escorrer pingando no chão.

- Você entende – continuou a mulher cortando novamente o peito de Zabini – que eu não gosto de mentiras. – virou para Draco com um sorriso sádico. – Mentir é muito feio.

Soltou Blaise que fazia uma leve cara de dor, mas não falava nada. Aproximou-se de Draco que estava horrorizado com o que acontecia.

- Você vai aprender a gostar. – ela disse estalando os dedos.

Goyle e Crabbe entraram no quarto e seguraram Draco, cada um por um braço, enquanto Umbridge cortava lentamente o colete de o loiro que se debatia tentando se soltar.

Quando terminou com o colete, a Rainha Rosa começou a abrir os botões da camisa branca que Draco usava passando um dedo pela pele branca do loiro.

- Tão macio... – falou a mulher sorrindo maliciosamente.

Aproximou a faca do peito de Draco que horrorizado gritou:

- NÃO! – enquanto usava toda sua força soltando-se de Goyle, obtendo sucesso surpreendentemente.

Crabbe ficou surpreso e não conseguiu manter Draco seguro. Sem demora Malfoy abriu a porta e saiu correndo pelo corredor. Precisava fugir dali e rápido.

Já estava no final do corredor quando escutou os gritos de Umbridge que mandava os soldados capturarem o loiro.

Desceu as escadas pulando os degraus. Pisou errado e acabou rolando os últimos degraus. Mesmo com dor, a visão de Umbridge abusando de seu corpo lhe deu forças, levantou e voltou a correr mancando um pouco.

Quando passou pela porta que dava para a sala do trono viu vários soldados entrando no castelo.

Estava perdido.


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