Os Deuses Também Olham Por Bastardos escrita por AStoneBird


Capítulo 11
Epílogo. - Vermelho, Verde e Escuridão.


Notas iniciais do capítulo

Eu quero dedicar esse capítulo para a Morteblu e para a Tathiane Rodrigues, vocês são duas lindas musas inspiradoras, autoras maravilhosas, e a todos aqueles que me fizeram muito feliz com seus comentários, que foram minha motivação para continuar escrevendo.
Vocês não sabem o quanto eu fico feliz por saber que minha fic foi indicada e quando li os reviews falando que vieram por indicação quase soltei fogos de artificio.

Snow Little Bird - Morteblu, é uma fic perfeitamente incrível sobre o meu shippe favorito (Sansa e Petyr).
A Rainha Dourada - Tathiane Rodrigues é perfeita, Lyanna, Jaime e Rhaegar é lindo.
Contos Eróticos De ASOIAF - Morteble e Morgana Lannister, é perfeita pra quem gosta de safadeza, que nem eu. hahaha
Essas histórias e todas as outras que elas escrevem ou vão escrever merecem ser lidas por todos, até mesmo o Martin (vai que ele se inspira), porque elas são autoras incríveis.
Eu sei que a maioria que lê minha fic já conhece as histórias, mas se alguém não conhece é bom conhecer porque realmente é boa a coisa.

Eu espero que gostem do meu epílogo, eu me esforcei bastante. Escrevi três vezes pra chegar nisso.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/416966/chapter/11

Estava feito. A Guerra da Escuridão finalmente estava acabada, mas o preço pago foi duro.

Ela está à caminho das Terras do Sempre Inverno, seu coração pesando em seu peito. Será que estava certa do futuro que lhe esperava naquelas cavernas? Seria o certo a se fazer? Ela não tinha mais certeza, o futuro não estava mais com ela.

Ela passou por castelos e casas que agora eram ruínas derretidas ou cinzas na neve, o preço pela vitória.

Ela sabia que com o longo inverno seria difícil reconstruir o Norte, mas com paciência e bondade eles conseguirão, Daenerys e Jon serão bons governantes, não era preciso saber o futuro para saber disso.

Os dragões voavam com ela em direção ao norte para ter certeza de que nenhuma criatura fora deixada para trás.

Lá estava a entrada da caverna, fazia anos que não voltava nesse lugar. Na última vez, veio dar o dom Verdes ao garoto Bryden, mas agora ele estava velho e precisava ser substituído.

Brandon Stark estava em seu próprio trono ao lado de Bryden, que em outra vida fora um Stark. Agora eram dois Stark perdidos e para sempre esquecidos.

Ele a viu entrar, mas Bran não conseguia com seu olhos ainda humanos.

– Entre, minha cara Destino. – ele se fundira no velho represeiro como uma sanguessuga. – Estava na hora de reparar seus erros.

– Senhor, com quem está falando? – Bran estava confuso, ele não podia vê-la ainda.

– Com uma velha amiga, Bran. – Bryden respondeu com bondade. O Senhor da Noite, o Mestre da Escuridão que ela mesmo criou ainda tinha bondade nele e isso a deixou aliviada. – Por que não se mostra para o menino, minha senhora?

– Eu não sou uma senhora, sou o destino. – ela se deixou mostrar para Bran. – Olá, Brandon. Fico feliz que finalmente possa ver minha verdadeira forma.

Bran a olhava com olhos arregalados de surpresa e medo.

– Como assim verdadeira forma? Quem é você? – Verão, que estava ao lado do menino quebrado, caminhou até a garota lhe pedindo carinho.

– Eu sou o Destino, Bran. Também sou conhecida como Deuses antigo, Os Sete, R'hllor e vários outros nomes, mas no final sou apenas a morte.

– Você está aqui pra me levar? – o medo estava nos olhos do garoto, ele olhou para Bryden em busca de uma ajuda que não viria. – O que eu fiz de errado? Eu fiz tudo o que me mandou fazer, por que ela veio me buscar?

– Eu não vim busca-lo, Bran.

– É o Jojen então? Não, por favor. Não o leve. Me leve em seu lugar, ele só me trouxe até aqui, não merece morrer por mim. – era esse o motivo que o fez ser escolhido, Brandon Stark levava a honra e a bondade dos Stark em seu sangue e coração.

– Eu não vim aqui como Morte, Bran. Vim lhe dar um dom e libertar Bryden de seu sofrimento. – o jovem Bran não precisava saber das coisas que ela e seu mentor haviam feito. Os erros nem sempre precisam ser contados, mas sempre deviam ser pagos. – Bran, posso pedir um momento com Lord Bryden?

–Hodor? – Walder já estava esperando por Bran e o levou deixando eles a sós.

– Foi um longo tempo, Destino. Fico feliz que tenha encontrado o caminho de volta. – ele falou mudando o tom de voz de bondoso para uma fúria acusatória. – Você nunca voltou. Quebrou sua promessa por um amor. Me deixou eras e mais eras esperando sua volta. Me forçou a lidar com monstros. Como ousa me mandar o menino? Como ousa dar o mesmo destino a ele?

Ele se mexia limitadamente por causa das raízes e as lembranças da primeira vez que ela o viu voltaram para lhe assombrar.

Bryden Stark era o filho mais novo dos Primeiros Stark que chagaram em Westeros, junto com os Primeiros Homens. Ela via nele um grande potencial que procurava a milênios. Bryden fora escolhido para ter o Dom Verde e com isso foi feita a paz entre os Filhos da Floresta e os Primeiros Homens.

Bryden lideraria os filhos e os guiaria, contudo, seria por pouco tempo. A cada dez anos ele deveria ser substituído por um novo protetor, mas ela estava presa no futuro, presa ao seu amor com Azor, e não voltou mais para Bryden.

O garotinho que deveria viver dez anos longe de sua família, agora era quase um fantasma, que se alimentava da vida de um represeiro antigo. Cheio de ódio por ser esquecido por Destino, o velho tomou a escuridão como guia, criando os Caminhantes Brancos mais fortes do que deveriam ser.

Tinha ido ao futuro para preparar Azor para um inimigo, mas tudo mudou quando ela se apaixonou. O Inimigo mudara para algo ainda maior.

A vergonha de ter falhado com o destinho, de ter falhado com Bryden Stark, à manteve longe das Terras do Sempre Inverno durante todas as Eras seguintes. Mas com a chegada de Brandon Stark tudo mudara. Ela viu nele o mesmo que havia visto em Bryden. Viu que era hora de voltar e acertar seus erros.

– Ele irá te substituir. Está acabado. – ela sentou no chão frio da antiga caverna. – Desculpe por tudo isso. Eu deveria ter voltado. Os humanos foram feitos a minha imagem e minha parte humana também pode cometer erros. Eu não sou uma deusa como os humanos costumam me chamar, sou apenas o destino.

– Você ainda usa uma forma de menina. – ele observou. – Onde está a mulher que me criou?

– Talvez tenha morrido com uma espada no coração. – se fosse uma humana estaria chorando, mas o destino não é humano, o destino não chora. Se fosse humana sonharia todas as noites com Azor e isso era o que mais lhe causava inveja dos humanos. – Chega, vim até aqui para te libertar, então vamos fazer isso.

– Espere. Tenho uma proposta pra você. Liberte-se. Dê seu dom para Bran, você não precisa ser o Destino.

Ela nunca havia ouvido essas palavras antes, nem mesmo havia pensado em algo parecido.

– Como ousa? – ela podia não ser humana, mas sentia fúria em si. – Esse não é um dom, é minha maldição. Não poderia amaldiçoar um pobre garoto com minhas dores. Acha mesmo que é fácil ser quem sou? Acha que é fácil viver para sempre esquecida e sozinha fazendo coisas, sussurrando coisas para que os humanos sigam seu caminho?

– Acha que eu não sei o que é ser esquecido? – ele gritou para ela. – Você me esqueceu nesse lugar por milhares de anos. Eu vi minha família morrer e esquecerem de mim.

– Eu não irei fazer isso. Se esse é o seu plano, que eu desista de ser o destino, esqueça. Brandon Stark será apenas um Vidente Verde e me ajudará com o destino. – ela não teve família, ela não teve ninguém para esquece-lá, ela sempre esteve sozinha até encontrar Azor, até ele ser levado.

– Se você fizer isso, pense bem, finalmente terá um final feliz com Azor. – ele insistiu mais calmo. – Você passará a eternidade com ele. Deixe o menino ser o novo Destino. Você não quer ser feliz?

A ideia era tentadora, só de pensar em ver Azor mais uma vez a deixava tentada.

– O destino não é feito para ser doce. – ela estava decidida. – É feito para te manter forte.

Hodor já estava de volta com Bran nos braços, colocou o jovem garoto quebrado de volta no trono e saiu sem dizer uma palavra.

– Já está na hora, Bran, mas antes eu quero lhe fazer uma pergunta. – ela se arrependia de nunca ter feito essa pergunta para Bryden, nunca ter lhe dado uma escolha. – Você quer mesmo fazer isso? Sabes que se escolher ser um Vidente Verde deverá ajudar o destino e ser esquecido por sua família?

Ela sentia os olhos vermelhos de Bryden, o homem nunca tivera escolha. Bran olhava para ela hesitantemente.

O que acontecerá com Jojen e Meera?

– Eu os levarei para casa, eles não lembraram de você.
Ela viu que Bran olhava para Bryden, ela sabia que ele escolheria ser, Bryden o preparou para aquilo.

– Sim, eu quero. – com peso no coração ela caminhou até Bryden e com um toque sugou o poder que um dia lhe dera, sua vida também se fora e ele aguardava por ela para guia-lo até o outro lado.

– O Destino lhe dá o Dom Verde, Brandon Stark, para que você ajude o destino a seguir seus caminhos, jure a mim que não irá interferi em minhas ações e que ajudará os Filhos da Floresta no equilíbrio da magia no mundo.

– Eu juro lealdade a ti, Destino.

...

Ela levava Bryden até o outro lado quando o viu. Ele estava da mesma forma que ela o viu da última vez, ainda de cota de malha dourada com a espada na mão. Azor a olhava com paixão, as palavras de Bryden vieram a sua mente.

"Você passará a eternidade com ele... Você não quer ser feliz?'

Ela queria ser feliz, mas seu único erro fora amar e ser feliz, ela não o cometeria novamente. Ela deu as costas e voltou, sem olhar para trás, a cicatriz em seu peito estava queimando.

...

Bran estava sentado, seus olhos agora eram vermelhos. O garoto tinha uma expressão triste e a voz estava melancólica quando falou.

– Eu vi. Sua história com Bryden e tudo mais. Você também vai me abandonar?

– Não, não irei cometer o mesmo erro com você. – ela sentiu pena do pequeno garoto. – Mas você ficará um tempo sozinho com os Filhos da Floresta. Me chame sempre que for preciso e eu virei por você.

– Por que não aceitou a oferta de Bryden?

– Você sabe a quanto tempo eu existo, Bran?

– Não exatamente.– ela sabia que ele falaria isso, sorriu com o menino que corava a sua frente.

– Sempre. E sempre é um longo tempo. Já me acostumei com meus deveres, mas não poderia fazer isso acontecer com você.– doeria o que ela falaria para ele, mas ele tinha de saber. – Fui eu quem fez seus parentes morrerem, Bran. Fui eu quem enviou seu tio Benjen para Bryden, que o fez virar Mãos Frias para levar você até ele. Sinceramente, não acho que você poderia fazer o que eu fiz. Você pode ser um Vidente Verde agora, mas ainda é uma parte humano. Humanos são levados pelas as emoções, até mesmos o mais honrado.

O futuro estava de volta, e ela viu a nova ameaça que chegava ao mundo. Bran também viu.

– Você será meu braço direito, Bran. Vamos ajudar a humanidade contra todas as ameaças juntos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Is the end?

Ficou bom? Vocês estão tristes comigo? Fala ai.

Eu tô aqui pensando em escrever uma outra... mas sobre o que eu não sei ainda.
O que vocês acham?
Uma continuação, uma sobre o tempo antes disso tudo, uma sobre uma personagem que muda toda a história? São tantas as opções.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Os Deuses Também Olham Por Bastardos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.