“A carruagem dos Haruno chegou no mesmo momento que a carruagem dos Hyuuga. As homenagens iriam acontecer na igrejinha que ficava ao lado do castelo principal, e o enterro seria feito depois só com os membros do clã Uchiha em um local que era reservado exclusivamente para a família Uchiha. O clã Haruno e o clã Hyuuga adentraram a igreja acompanhados de uns guardas do reino. Após as homenagens Hiashi veio cumprimentar os Haruno.”

- Hiroki a quanto tempo velho amigo. – Hiashi o puxava para um abraço. – Como vai?

- Hiashi, realmente, faz muito tempo. Vou bem e você e a família?

- Vamos bem. E essa deve ser a Sakura certo? – Disse olhando a menina rosada. – Ela realmente é linda Hiroki.

- Obrigado Hiahi. Essa princesa linda seria a Hyuuga Hinata? – Disse apertando a mão da menina branca de olhos perolados.

- Sim, essa é a razão da minha vida. Hiroki, Hinata já veio aqui algumas vezes, ela é amiga de um garoto loiro que mora nesse reino, se você quiser ela pode levar Sakura para um passeio. Certo Hinata? – Olhou para a filha corada.

- H-hay. – A menina envergonhada falava muito baixo.

- Claro. Sakura, acompanhe Hinata! – Hiroki olhou para a filha que acenou com a cabeça e saiu de cena com a Hyuuga.

“Sakura nem percebeu aonde estava indo, estava perdida em seus pensamentos. Sasuke não apareceu, ela vira um menino muito parecido com ele, logo calculou que poderia ser Itachi, também vira um menino loiro que se encontrava ao lado esquerdo de Itachi, procurou em todos os cantos e nada dele. Ela estava frustrada, ela queria vê-lo, ela tinha tantas perguntas para fazer. E ela continuou nesses pensamentos até se dar conta de que estava sozinha, parou e olhou para trás e viu Hinata toda vermelha e batendo os dedos indicadores.”

- Hina? – Sakura se aproximou novamente dela. – Esta bem?

- A-ah! S-sakura, H-hai, estou bem. – Disse acordando de seu ‘transe’.

- O que você olhava tanto? – A rosada procurou um pouco e viu, o tal menino loiro que ela tinha visto na igreja, sentado em um banquinho no portão principal do castelo. – Quem é aquele menino Hinata?

- Aquele é o Naruto. Vamos, eu te apresento. – Disse corando novamente.

“Elas se aproximaram do garoto lentamente, e viram que ele estava com uma aparência triste. Hinata observou mais um pouco e pigarreou esperando ele olhar para cima.”

- ah, oi Hina-chan. – O loiro tentou um sorriso.

- Naruto-kun, quero que você conheça uma pessoa. – Disse puxando um pouco Sakura para frente. – Essa é Haruno Sakura. Princesa do reino da flor.

- Ah! Oi Sakura. Muito prazer em conhece-la. Meu nome é Uzumaki Naruto, sou filho de um importante estrategista de guerra aqui do reino do fogo. – Naruto repetiu o nome da rosada uma, duas, três, até quatro vezes ou mais em sua cabeça. Ele tinha certeza de que já havia escutado esse nome em algum lugar.

- Oi Naruto.

- Sakura, acho melhor irmos, nossos pais devem estar nos esperando. Tchau Naruto – Hinata disse olhando para baixo. Ainda estava com vergonha.

- Hai Hinata. Vamos. – Disse sorrindo para a menina. – Ah, tchau Naruto. Até algum dia. – Se despediu do loiro que agora estava com uma aparencia mais confusa que quando elas chegaram.

- Tchau Hinata. Tchau Sakura. – Disse o loiro com um sorriso encantador que fez com que Hinata andasse um pouco mais rapido que o comum.

- Hinata? – Dizia Sakura enquanto caminhavam para as carruagens. – Desde quando conhece o Naruto? Quer dizer, minha mãe disse que o Reino do Fogo era inimigo declarado dos outros dois reinos desde que eramos bebes!

- Desde sempre Sakura. Existiu uma outra época em que o reino de Fugaku sofreu outros tipos de problemas, a mãe do Naruto, Kushina, morou uns tempos no meu reino até abaixar a poeira daqui. Os pais de Naruto queriam protege-lo. Enquanto Kushina foi para o meu reino, o pai dele, Minato ficou aqui para ajudar o rei Fugaku. Então nós sempre brincamos muito juntos, quando o reino do fogo se re-estabeleceu, Naruto voltou para seu reino de origem, por mais que eu não tenha vindo muito aqui, ele ia me visitar as vezes, ou seja, crescemos juntos. – Deu de ombros.

- Ah! Ta bom! Entendi. – A rosada fingiu pensar um pouco e deu uma risadinha. – E quando vai chegar a parte em que você se apaixona por ele? – Fez uma careta.

- ehhhhhhhh? E-eu? E-eu não sou a-apaixonada pelo N-naruto. – Hinata abaixou a cabeça com uma tentativa inútil de esconder a vergonha e a verdade em seus olhos.

- Mas e você Sakura?  O que houve? Sei que acabamos de nos conhecer, mas sinto que você esta meio chateada. – Hinata disse em um tom bem preocupado.

- Ah Hina. São tantas coisas. Estou decepcionada sabe? Esperava encontrar uma pessoa em especial aqui. – Tentou disfarçar a tristeza com um sorriso falso.

- Quer desabafar? – Hinata parou ficando de frente para a rosada.

“Sakura por fim, começou a contar desde o iniciozinho da história até o real momento. Em algumas partes da história, Sakura deixava escapar umas lagrimas, outras, ela demonstrava pura raiva, como por exemplo quando ela contara que ele não dera mais noticias.

- (...) e agora eu estou chateada. Eu queria vê-lo. Queria tirar satisfações com ele. Fico me perguntando o tempo todo, se ele se lembra de mim. O motivo que ele não entrou mais em contato. Se eu fiz alguma coisa a ele sabe Hinata? – Disse a rosada já parando de chorar enquanto voltavam a andar.

- Caramba Saky, estou vendo que seu caso é um tanto delicado. Pelo que eu já ouvi o Naruto falando desse tal Uchiha Sasuk... – A rosada a cortou

- ... O Naruto o conhece? – Disse um tanto chocada.

- Sim Sakura, eles são melhores amigos. Mas eu nunca vi o Sasuke. Voltando ao que eu falava. Pelo que eu ouvi dele, ele me parece um homem grosso, seco e frio. Um homem sem sentimento algum por ninguém. Ele é um tanto assustador na minha opinião. O Naruto fala bastante dele, e muitas vezes, ele conta coisas meio perturbadoras, como por exemplo, dizem que aquele castelo é um breu por dentro, não se vê luz nem pelas janelas. – Hinata deu uma meia olhada para tras onde o castelo se encontrava, elas já estavam chegando até as carruagens.

- Ah. Obrigada por isso. – Sakura fez uma meia careta, ela ainda estava bem triste com isso tudo.

- Não há de que. Amigas são pra isso. – Disse tentando deixar a rosada melhor e parando entre as duas carruagens.

- Hina, mais uma coisa antes de irmos.

- O que é Sakura?

- Obrigado de novo.

- Ham? Por que esta agradecendo agora? – Hinata estava confusa.

- Por ser quem você é. A muito tempo eu não desabafo desse jeito. Não converso sobre isso nem com a minha amiga barra dama de companhia. Você ajudou a me fazer sentir melhor. Muito, muito obrigada mesmo. – Desabafou a rosada.

“Hinata nada disse, apenas sorriu e puxou Sakura para um abraço forte e longo passando confiança e um ‘Conte sempre comigo’. Logo ela sentiu Sakura aperta-la também e um sussurro em sua orelha ‘Obrigada’.”

“Sakura se despede da família Hyuuga e entra em sua carruagem. Primeiro saiu a carruagem Hyuuga e depois a Haruno, enquanto a carruagem passava em frente ao castelo, Sakura tratou de encara-lo uma ultima vez.”

- E então Sakura, gostou da Hinata? – Hiroki quebrou o silencio de repende.

- Ah! Sim pai, ela é uma ótima menina. Gostei muito dela. Nos tornamos ótimas amigas. – Sakura sorriu e deu de ombros.

- Que bom minha filha. Estou muito feliz com isso. – Agora quem falava era Mei, sua mãe.

- Chegamos Majestades. – O cocheiro parou e abriu a porta para a família.

“Sakura se despediu seus pais e foi direto para seu quarto. Tomou um banho quente de banheira incrivelmente demorado tentando relaxar um pouco, se sentia tensa ainda. Logo a rosada vestiu seu pijama e foi dormir.”

“[...] Esta escuro, muito escuro por sinal. Não consigo achar a saída. Chego para trás com calma esperando achar uma parede e torcendo para não encontrar ninguém aqui dentro. Ah! Achei! Tateio a parede enquanto ando a procura de uma janela ou porta, qualquer coisa ja ajudaria, até que toco alguém. Ei! É uma pessoa, penso imediatamente. Fico apavorada, não sei quem é, está escuro, tenho medo, quero sair daqui. Tento correr um pouco ainda com minha mão na parede com a esperança de encontrar algo que me ajude a sair ou a me defender. Ah, achei, uma janela. Abro a cortina, está de noite, não ajuda muito, mas a luz da lua que entra aqui dentro é o suficiente para ver onde estou. Olho em volta devagar, desta vez, encostando-me completamente na parede do quarto e me coloco inutilmente em uma posição de ataque, tenho certeza de que isso não vai funcionar, mas posso morrer tentando lutar. Sim, eu estou em um quarto. O quarto esta vazio. Só tem a mim e ... Sim, tem uma pessoa aqui comigo. Procuro desesperadamente pelo anonimo que sentira meu toque mais nada falara, nem tentara nada contra mim enquanto eu estava perto, e ao mesmo tempo me xingava por ser tao retardada a ponto de esquecer que a minha vida poderia estar para acabar. Me surpreendo ao ver um homem encostado em uma parede a minha frente. Ele me olha sem expressão. Ele é ... incrivelmente lindo. A luz da lua esta iluminando o seu rosto, sua pele é branca e parece muito macia, seu cabelo é de um tom preto azulado e seus olhos são ônix, profundos e cheios de segredos. Nos encaramos por um tempo e senti que o conheço de algum lugar. Ele me lembra ... Sasuke. Sim, definitivamente é ele. Mas ele esta diferente, ele não parece o meu melhor amigo. Ele parece um homem frio. Tento chama-lo, mas estou sem voz, droga. Ei, ele esta sorrindo? Não, espera, esse não é um sorriso de simpatia, é um sorriso meio que perverso, ele ... esta ... se divertindo. Ele esta feliz em me ver ... não espera, ele esta feliz com o meu sofrimento, parece que quanto mais tento falar, ou quanto mais me perco em pensamentos ele sorri mais e mais. Não estou acreditando, como isso pode acontecer? começo a andar em sua direção. ele não esta desviando, apenas me observando, tento falar novamente e outra vez não consigo, droga, sibilo novamente em pensamentos e automaticamente olho procurando qualquer sinal de diversão no rosto do moreno que novamente abria um sorriso de satisfação. Paro diante dele. Ele é realmente ... Lindo. Fico admirando-o mais um pouco e tento tocar seu rosto mas seguro o vazio, ele desviou. Sinto-o ainda me encarando. Viro e me assusto, juro que se eu estivesse conseguindo falar, teria gritado. Ele esta na minha frente, nossos corpos quase se tocando. Ele me observa, mas agora com outros olhos. Me afasto devagar, ainda o olhando, quero ter certeza de que ele não vai fugir ou tentar algo contra mim. Estou com medo. Pela primeira vez sinto medo do meu melhor amigo, se é que posso chama-lo assim. Olho algumas vezes para a janela, revezando o olhar entre o rosto do moreno e a janela varias vezes. Sim, eu tenho que sair daqui. Ele esta se aproximando devagar. Ai droga, e agora? Estou perdida, estou presa. Sim, ele me prendeu contra a parede. Mas ainda não consigo ver quais as intenções dele. Ele ... Esta me tocando? Encaro seus olhos ônix e vejo aquele menininho com quem eu tanto brincava, ele sorriu de um jeito inocente e brincalhão e de repente seu sorriso mudou, um sorriso cruel, seus olhos ônix serenos se tornaram um ônix profundo e misterioso, um olhar frio. Ele esta me apertando. Arrrrg, ele ... esta ... me ... enforcando ... Tento gritar, mais é inútil, não tenho voz."

- aaaaaaaaaaah - acordo já de manha assustada e gritando.