Jogos Do Amor escrita por Lost in Nightmare


Capítulo 28
Aquele com a busca da felicidade


Notas iniciais do capítulo

SURPRIIIIIIIISE!
Como me pediram e hoje eu estou muito feliz, aqui esta o penúltimo capitulo dessa fic. Semana que vem tem o ultimo e nele eu posto o link pra minha outra fic.
Aproveitem (:



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/415975/chapter/28

Não foi surpresa que Otavio me arrastava pra cima e para baixo. Ele fez que eu pintasse meu rosto, eu virei uma gatinha e ele o Coringa do Batman, ficou perfeita a pintura. Conseguia uns momentos para ficar sentada junto com Guilherme ou Clara, mas nunca era por muito tempo. O clima estava muito bom, as conversas estavam bem divertidas e as crianças correndo e brincando deixavam o astral alegre. O mágico chegou um pouco atrasado, mas não atrapalhou em nada. A maioria das mágicas era simples, feitas para entreter crianças. Otavio virou o assistente dele em quase todas as mágicas, mas as outras crianças também queriam. Depois entrou o palhaço e, por fim, as crianças voltaram a brincar.

Fui com Otávio até a cama elástica. Não sei como as crianças aguentam ficar tanto tempo naquilo, mas eu pulei por ele durante os 10 minutos seguintes. A saia longa atrapalhou bastante e meu cabelo estava todo em pé. Carlos apareceu e ocupou Otávio um pouco e eu consegui um tempo para descansar. Fui para o banheiro de Clara que era onde ficavam as coisas boas e dei uma melhorada no visual e voltei para baixo. Enchi um copo de água e bebi rápido para poder enchê-lo de novo. No terceiro copo uma voz familiar me chamou, mas não reconheci quem. Me virei e toda a água do copo voou em direção ao homem na minha frente.

O terno era de primeira qualidade, assim como os sapatos e a camiseta, a barba estava por fazer e os cabelos continuavam bagunçados. Com os braços cobertos não dava para ver as tatuagens, o que deixou difícil de reconhecê-lo. Só quando olhei em seus olhos azuis foi que eu percebi que era real.

– Precisam dar um copo com tampa para a gatinha aqui – disse com o sorriso cafajeste no rosto, me deixando vermelha por estar com uma pintura de gatinho no rosto.

– Bruno – não encontrava uma palavra em meio de tantas – Bruno!

O copo cai da minha mãe e meus braços voaram em volta do pescoço dele. O abraço foi longo e apertado. Suas mãos eram tão familiares ao meu corpo que, por um estante, não parecia que sete anos avia se passado.

– Quando chegou? O que faz aqui?

– Cheguei a duas horas – mas não respondeu minha outra pergunta.

– Fico feliz que esteja aqui – minha voz voltou a calma de sempre e eu me controlei ao lembrar dos meses que passei tentando esquecer – me da licença, eu preciso... eu preciso ajudar Clara a pegar o bolo.

Sai andando sem olhar para trás, mas sentia os olhos dele em mim. A visão dele foi boa, mas dolorosa. Entrei na cozinha e encontrei Carlos e Clara arrumando as coisas para levar o bolo. Assim que eles olharam para mim eu comecei a chorar. Carlos pediu desculpas, ele sabia que Bruno estava vindo, mas guardou segredo a pedido do amigo. Clara pediu que o marido fosse olhar as crianças e, assim que ele saiu, me abraçou. Ninguém falou nada e pela janela podia ver Carlos e Bruno conversando com uma garrafa na mão.

Depois de me recompor, ajudei Clara a levar os doces e bolos. Sim, bolos no plural. Cantamos parabéns e um dos ajudantes cortou o bolo enquanto outro servia. Comi um pedaço e fui para a área da piscina, que tinha sido fechada pela festa, e me sentei com os pés na água. Lembranças de tardes na piscina de Bruno vieram na minha cabeça e saíram quando ouvi sua voz atrás de mim.

– Fiquei me perguntando quando seria nosso reencontro, devo admitir que foi bem melhor do que esperava – disse ele com a voz calma – jurei que eu ouviria algum xingamento ou receberia algum tapa.

– Ainda não tive a chance de fazer nenhum dos dois, você me surpreendeu – disse sem me virar.

– A gente precisa conversar.

Me levantei da piscina e coloquei a sandália, só então olhei para ele.

– Precisa? Então porque você nunca me respondeu um email? Tive que passar sete anos sabendo de você por Carlos. Sabe como foi difícil para mim?

– Nunca de escrevi nada porque não sabia o que escrever. Já peguei o telefone tantas vezes, mas nunca tive coragem de te ligar. Nunca te tratei com indiferença, Cat.

– Eu namorei o seu irmão, mas a única coisa que eu via nele eram os mesmos olhos azuis, os mesmos cabelos negros e até mesmo o sorriso era parecido. Mas nunca foi a mesma maneira de me tocar, nunca foi a mesma química e nem a mesma intensidade. Não sei o que você veio fazer aqui, mas eu não quero te perder de novo. Eu preciso ir embora, a gente se vê Bruno.

Metade das crianças já tinham ido embora, então eu me despedi do aniversariante e dos meus amigos, fui no banheiro tirar aquela maquiagem de gatinho ridicula e peguei o carro, dirigindo em direção ao único lugar em que eu queria estar.

Estacionei o carro e me sentei no capo. A vontade de chorar existia, mas eu me obriguei a não fazê-lo. Os minutos se passaram e a tarde estava chegando ao fim, o céu estava laranja e o sol sumia no horizonte quando ouvi um carro chegando perto e parando. Olhei para traz e vi Bruno saindo dele. Eu não disse nada e nem queria, ele também ficou em silencio por um tempo, mas não demorou a falar.

– Um dos seus emails, o ultimo, mudou tudo pra mim. Eu larguei a empresa do meu pai e achei outro, passei os anos seguintes lá. Ainda não era o que eu procurava, mas foi o suficiente para que meu pai me deixasse em paz. Então eu voltei hoje para o Brasil junto com as minhas malas e comprei o apartamento do meu pai – foi a primeira vez que eu olhei para ele.

– O que isso tem a ver comigo?

Bruno veio até mim e pegou minhas mãos, não as puxei de volta, e eu me levantei. Os olhos dele estavam fixos em mim e seu sorriso era o mesmo de que eu me lembrava. Era o mesmo sorriso do dia em que fui pedida em namoro. Sua testa estava encostada na minha quando ele disse a única coisa que eu queria ouvir.

– Você desejou que eu fosse feliz – as lagrimas que eu impedir de soltar agora estavam escorrendo pelas minhas bochechas – e eu não posso ser feliz sem você.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai? o que acharam?
Será que Cat vai ceder e eles vão ficar juntos? ou será que ele vai ter que lutar por ela. Só vou dizer uma coisa, o próximo capitulo não é nada do que vocês esperam! Até domingo XOXO



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Jogos Do Amor" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.