Jogos Do Amor escrita por Lost in Nightmare


Capítulo 22
Aquele com a visita


Notas iniciais do capítulo

Ola, tudo bem? Curtindo o carnaval? eu particularmente não gosto (não, nem um pouco), mas é feriado então não vamos reclamar né? amanha eu to indo passar o dia na praia e por isso to postando hoje. Aproveitem



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/415975/chapter/22

Fazia uma semana que a noticia tinha sido dada. No dia seguinte todos já estavam sabendo e todos tinham o mesmo pensamento. O que uma mulher de 19 anos que acabou de começar a faculdade e namora a um pouco mais de seis meses vai fazer com uma criança? Carlos já era mais velho, ano que vem se formava. Mas Clara é perdida na vida, ela queria mesmo era fazer psicologia, mas acabou escolhendo animação porque eu estaria com ela. Ela iria precisar de todo o apoio possível, principalmente hoje. Em poucas horas os pais dela vão aparecer ali para um almoço e, só então, eles vão ficar sabendo. Os pais de Carlos já sabiam, ficaram preocupados no começo, mas ofereceram todo apoio que fosse possível.

Ajudei ela a preparar a refeição, quando Bruno chegou ele deu uma ajuda também. Pouco tempo depois Carlos já estava lá, então Bruno e eu nos despedimos e fomos embora. Por mais que eles fossem meus amigos, aquilo era entre eles.

Passei a tarde toda no apartamento de Bruno. Ele tinha preparado Salmão grelhado, arroz e salada para nós. Acabei descobrindo que ele era um ótimo cozinheiro. Depois subimos para a cobertura e ficamos sentados um do lado do outro. Ele ouvia musica e eu estava terminando A Culpa é das Estrelas. Chorei na frente dele e ele, por mais que negasse, estava segurando o riso. No final ele foi para a piscina e me chamou, mas eu recusei.

– Pra que trouxe biquíni se não vai nadar?

– É assim que eu nado – disse apontando para o sol.

– Ta precisando mesmo – disse dando de ombros.

– Ta me chamando de branca?

– Quase isso – disse ele fingindo que aquilo não tinha a menor importância. Ele cerrou os olhos e apontou para mim – acho que to vendo uma veia no seu braço.

– Agora que eu não entro mesmo – disse esticando a mão a procura do bronzeador.

Ele riu e mergulhou, sumindo da minha vista. Fui até a beira da piscina e sentei com os pés dentro da água. Olhei enquanto Bruno nadava de um lado para o outro. Como era lindo. Me peguei lembrando da primeira vez que eu o vi na faculdade. Joguei café nele, mas ainda sim pensava nele. Depois teve aquela festa em que ficamos a primeira vez, nós já estávamos apaixonados e nem nos demos conta. Teve a festa da minha prima, ele ficou com ela, mas no final das contas não teve a menor importância, ninguém lembrou disso. E agora eu estava ali, apaixonada por alguém que era inexplicável e surpreendente. Me peguei mais uma vez pensando no nosso futuro.

Ofegante ele nadou até mim e se sentou do meu lado.

– É, acho que a veia já sumiu – disse analisando meu braço.

– Besta – dei uma cotovelada de leve na costela dele.

– Vem cá!

Bruno me puxou para o que eu achei que seria um beijo, mas, no momento que os lábios dele encostaram no meu, ele me abraçou e se jogou na piscina.

– Qual o seu problema? – disse o afogando.

– To carente – abriu um sorriso.

– To com muita raiva de você sabia? – mas a expressão dele ao dizer aquilo me fez rir.

– Foi assim que a gente se apaixonou lembra?

“Sim, tava pensando nisso agora. Também pensei na gente se casando na praia, ao ar livre”. Pensei, mas não disse. Aquilo era ridículo demais.

– Você me odiava, jogou café quente em mim e depois se aproveitou de mim quando eu tava bêbado.

– Eu me aproveitei de você?

– Sim, eu estava totalmente indefeso e você com esse jeitinho meigo me deixou louco.

– Então a culpa não é minha, você que é fraco – disse dando de ombros.

Ele me puxou de novo e dessa vez me beijou pra valer. Cada beijo nosso parecia a primeira vez, nunca era igual e, ao mesmo tempo, sempre tinha o mesmo sentimento.

O beijo estava esquentando, mas tive que o afastar. Tínhamos que ir para o meu apartamento, estava preocupada com a Clara. Bruno tinha outra idéia na cabeça, mas concordou comigo e saímos da piscina. No final das contas ele conseguiu o que queria e tomamos banho juntos.

Quando chegamos ao apartamento a cena que eu vi não era bem o que eu imaginava. Uma das cadeiras estava caída, no chão havia uma garrafa de vinho quebrada e Clara estava sentada ao lado de um Carlos com o olho inchado. Perguntei o que aconteceu, depois de um tempo ela suspirou e me respondeu.

– Meu pai é louco! Ele pirou quando eu disse. Gritou coisas horríveis para mim e depois de um tempo parece ter notado que Carlos era o pai e foi pra cima dele. Minha mãe o arrastou para fora daqui enquanto ele me chamava de vagabunda. Ela vai me ligar quando ele estiver mais calmo ou sobrio, mas até lá eu não sei o que fazer.

Quando ela terminou de contar Elena chegou. Puxei-a para a cozinha e contei a mesma coisa que Clara tinha me contado enquanto ela me ajudava a arrumar a bagunça. Entreguei um saco com gelo para Carlos colocar no olho e fiz café para comer com o bolo, que seria a sobremesa. O clima não estava um dos melhores, mas conseguimos manter uma conversa meio animada e meio forçada.

De noite veio a boa noticia. O pai da Clara ligou e pediu desculpas e a chamou para almoçar amanha. Ao desligar o telefone, Clara deu um abraço em Carlos, com um sorriso enorme.

– Então eu vou indo, amanhã eu volto. Tenho que resolver algumas coisas – disse Carlos se despedindo de todos – te amo, meu amor – disse para Clara na porta.

Bruno foi embora junto com ele e então ficamos só eu, Clara e Elena assistindo filme e tomando sorvete, como costumávamos a fazer. Sentia falta dessa calma, sentia falta de ficar só com minhas amigas.

No final das contas ninguém viu o filme, ficamos conversando sobre tudo.

No dia seguinte, eu e Elena ajudamos Clara a se arrumar dizendo palavras de apoio. Embora esperássemos que fossem em vão. Ela pegou o carro e saiu, Elena voltou a dormir e eu fui procurar algo para assistir na televisão. Coloquei em um canal qualquer e fui fazer pipoca. Enquanto o milho estourava, eu ligue para Bruno, mas ele não atendeu. Talvez estivesse dormindo, pensei. Então mandei uma mensagem para ele o chamando para almoçar.

Fui preparar o almoço, decidi fazer risoto de camarão, que era algo fácil e rápido de preparar. Sai para comprar as coisas, felizmente o mercado não estava cheio e o camarão estava com uma cara ótima. De volta do condomínio meu porteiro avisou que Bruno tinha chegado. Subi pelo elevador e abri a porta, deixando as sacolas caírem com o que vi.

Elena estava desacordada no chão, perto do sofá onde Davi estava sentado.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam? novidade pra vocês: vou postar o próximo capitulo ainda no feriado! Ele já esta pronto, só falta revisar. Então lá pela terça ele sera lançado.
Bom carnaval ou bom feriado. Até a próxima xoxo



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Jogos Do Amor" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.