Jogos Do Amor escrita por Lost in Nightmare


Capítulo 2
Aquele com a nova inquilina


Notas iniciais do capítulo

Oii, demorou mais esta ai o novo capitulo. Espero que gostem (:



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Contra a minha vontade dirigi até uma lanchonete no centro da cidade. Quase bati o carro umas três vezes, já que o banco de trás do meu carro parecia um filme pornô graças ao Bruno e sua namorada, Elena. Carlos e Clara não paravam de conversar.

Estacionei na porta e todos saíram, restando apenas eu e Davi.

– Vão pegar uma mesa enquanto eu procuro um lugar para estacionar.

– Vê se não estaciona longe, não estou a fim de andar muito para pegar o carro.

– Vai andando até em casa então – disse acelerando o carro fazendo o pneu cantar.

Parei o carro bem longe, mesmo tento uma vaga na esquina da lanchonete. Desliguei o carro e comecei a recolher minhas coisas, quando Davi se soltou e me soltou do cinto e me puxou para um beijo caloroso. No começo eu aceitei, mas depois me lembrei que quatro pessoas nos esperavam para almoçar.

– Davi, agora não – mesmo dizendo isso continuei a beijá-lo, eu não queria parar.

– É só um beijo.

– Aham – disse rindo.

Pulei para o banco de trás e ele veio em seguida, mas não paramos de nos beijar. Ele deitou em cima de mim e pude sentir sua mão deslizar por debaixo do meu vestido. Lembrei que estavam nos esperando e ao ver que pessoas passavam na rua empurrei Davi. Sai do carro arrumando minha saia e Davi saiu em seguida. Recebi mais um beijo, sentindo a lataria gelada do carro nas minhas costas e então fomos para o restaurante.

Todos estavam impacientes, reclamando dos míseros vinte minutos.

– Foi difícil achar um lugar – menti.

– Tão difícil que sua saia esta amassada e seu cabelo todo bagunçado – disse Bruno com uma voz maliciosa.

– Não é nada disso. Você vai descobrir quando tiver que andar sete quarteirões.

Aquilo fez com que ele calasse a boca, mas ainda me olhava como se não tivesse se convencido.

Todos montaram seu lanche e sentamos de volta na mesa. Sem gostar nem um pouco da presença de Bruno ali, pude perceber que estava mal humorada. Todas as tentativas de me incluírem na conversa foram falhas. Olhei para Bruno e ele estava me encarando, senti meu braço arrepiar e então deixei um pouco de molho cair no vestido.

– Merda, vou no banheiro – tirei o excesso de molho com um guardanapo e olhei para Bruno com raiva, o culpando por aquilo – e se manchar o vestido eu te dou um novo, Clara.

– O vestido é meu? – ela gritou, mas eu já estava longe.

Esfreguei por um bom tempo o papel molhado no vestido e pareceu funcionar, se não fosse pelo fato do papel se desfazer em mil pedacinhos. Arrumei meu cabelo e prendi os longos fios loiros em uma trança lateral. Decidi que não deixaria mais que ninguém me incomodasse. Abri a porta do banheiro e dei de cara com o Bruno me esperando.

– Bom trabalho com o vestido, se quiser eu vejo se tem algum babador aqui – debochou – você deve se sentir extremamente atraída por mim.

– Eu não sou retardada, muito menos desesperada. Se me dá licença...

– Daqui você não sai – ele me empurrou e segurou meus pulsos contra a parede.

– Me solta – cerrei os dentes – o que foi? Teve o orgulho ferido com um pouco de café? Desculpa, não sabia que era feito de açúcar.

– Você sabe o quanto eu odeio as pessoas que nem você? são metidas e se acham as donas do mundo porque tem os pais ricos.

– Serio? esqueceu que faz parte desse mundo? Quase todo mundo que esta naquela universidade é assim, inclusive você. Seus pais são o que? Donos de uma gravadora ou algum politico corrupto?

Aquilo o deixou nervoso, ele me empurrou e me segurou pelos pulsos na parede.

– Cala a boca, sua vadia de merda!

– Eu te odeio, me solta agora seu...

– Tem certeza? você não é diferente das outras. Deve estar só esperando eu me aproximar o suficiente – ele se aproximou e pude sentir o cheiro de morango e hortelã de seu halito– para me beijar.

Naquele ponto eu já encarava a boca dele, ele estava cada vez mais perto. Eu não queria beijá-lo e ao mesmo tempo desejava que aquele espaço que existisse entre nós sumisse. Sua respiração quente atingia meu pescoço e então vi uma pequena risada se formando no canto de sua boca.

– Eu disse, vocês são todas iguais – ele me soltou e foi em direção do salão aonde ficam as mesas.

– Idiota – gritei para ele.

Voltei para mesa logo atrás dele. Depois de terminar meu lanche comecei a conversar com todos, inclusive Bruno. De certa forma queria mostrar que eu era melhor do que ele. Mas foi Clara que fez a pergunta que eu estava louca pra descobrir.

– Você e Elena? Se conhecem há quanto tempo?

– Umas quatro horas – disse Bruno dando de ombros.

Eu ri – uau? E antes dela, quem era?

– O que você quer dizer com isso? – deu pra ver que ele ficou irritado e na mesma hora me arrependi do que disse.

– Nada, pensei alto – me encolhi.

– Você acha que eu sou desses que ficam com varias? Eu era, mas Elena me tocou de algum jeito que me fez querer tentar algo mais sério.

Aquilo me deixou nervosa e então o arrependimento foi embora.

– Acho e não acredito que alguem como você possa mudar.

Vi que os outros nos encaravam.

– E o que você tem haver com a minha vida?

– Nada, mas desde quando as pessoas param de se meter aonde não devem?

– Já que é para se meter na vida dos outros, que tal começar em uma academia?

Fiquei mal humorada até deixar Bruno e Carlos na porta da casa dele.

Deixei Elena na porta da casa. Ela estava em um hotel bom, mas meia boca. Fiquei imaginando o porque dela morar ali, então perguntei.

– Não achei nenhum lugar para ficar. Vim de Belo Horizonte.

– Bom – disse olhando para Clara, que sabendo o que iria dizer, fez sinal positivo com a cabeça – temos um quarto sobrando. Quer ir lá dar uma olhada? Te dou carona depois.

Levei ela até em casa e ela adorou, o quarto tinha apenas algumas caixas que tiraríamos se fosse o caso.

– De quem é o apartamento?

– Do meu pai - quando disse isso a voz de Bruno falando sobre como as pessoas eram metidas me veio a cabeça.

Elena aceitou o convite e se mudaria amanha, depois da aula. Levei Elena de volta para o hotel dela e quando voltei Clara estava me esperando na garagem para pegar o carro e ir trabalhar. Subi e tirei as caixas, achando coisas que jurava que tinha mandado embora.

Com o quarto arrumado dei atenção ao meu namorado, e se você espera algum detalhe sobre o sexo, sinto muito desapontar. Mas isso não nega o fato de termos feito alguma coisa.

Davi foi tomar um banho enquanto eu fazia um café para nós. Depois de colocar o café para coar ouvi meu celular tocando. No visor li o nome do meu pai.

– Oi queria, tudo bom?

– Oi papai, tudo sim e com o senhor?

– Tudo bem, como foi o primeiro dia?

– Foi tudo bem, adorei minhas aulas.

– Dirigiu com cuidado?

Desde que minha mãe sofreu o acidente de carro e morreu, meu pai ficou preocupado e até meio neurótico. Teve um surto quando eu fiz 18 anos e pedi para ele pagar minhas aulas da auto-escola.

– Sim, papai. Foi tudo bem.

– Graças a Deus, liguei só para isso mesmo. Te amo filha.

– Te amo papai.

Desliguei o celular e servi o café para Davi, que já estava na sala assistindo televisão. Pedi para que ele dormisse comigo hoje, sempre ficava assim quando meu pai me ligava, e ele concordou comigo. Sentei ao lado dele e assistimos a um filme, parando apenas para pedir uma pizza. Clara chegou junto com a Pizza, então eu a fiz descer e pegar.

Faltei à aula no dia seguinte e só acordei quando Clara chegou junto com Elena.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? logo logo a historia vai se desenrolar um pouco mais, e adoraria a sugestão de todos. Até a proxima