Jogos Do Amor escrita por Lost in Nightmare


Capítulo 13
Aquele com o porto seguro


Notas iniciais do capítulo

Oi gente. Antes de tudo: FELIZ ANO NOOOVO!
Gente, desculpa não ter postado sexta, eu acabei saindo o dia todo.. mas aqui esta o novo capitulo. Espero que gostem!



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Acordei cedo na manha seguinte para poder lavar e secar o cabelo. No guarda-roupa eu escolhi uma calça legging, uma regata longa e botas de cano longo marrom. Coloquei um cinto, pulseiras, brincos e anéis, passei uma maquiagem natural deixando a boca em um tom nude. Sai do quarto e encontrei Clara fazendo café e aquilo pesou o meu coração e me trouxe varias lembranças de surpresa.

Na ultima semana eu me levantava, tomava banho e acordava Davi com um beijo. Enquanto ele tomava banho eu preparava uma mesa de café da manha para ele. Dirigia até a faculdade com ele do meu lado e sempre me encontrava com ele no intervalo das aulas. E agora eu estava disposta em dar em cima de outro homem. Não sei mais o que fazer. Ainda gosto muito de Davi, mas Bruno me tirava o fôlego. Talvez deixar as coisas acontecerem seja o melhor a fazer.

Deixar as coisas acontecer? Essa idéia sumiu da minha cabeça assim que eu cheguei à faculdade e encontrei Bruno e uma ruiva tentando fazer parte de um único ser. Me sentei com a turma e Bruno me seguiu, sentando do meu lado enquanto Victor e Guilherme anunciavam seu namoro. Toda a coragem que eu achei que tinha, sumiu. Então levantei e fui para a sala, com um bom tempo de antecedência, e só paro de andar quando Clara entra na minha frente.

– O que aconteceu?

– Eu não consigo, não posso fazer isso de novo – ela me olhou com cara de duvida, então eu contei sobre tudo desde a festa – e hoje eu ia tentar, sei lá, alguma coisa, mas fiquei com medo. Fiquei com medo que ele fosse igual ao Davi.

– Cat, o Bruno pode todos os podres dele, mas ele jamais seria capas de bater em você.

– Fiquei com Davi por dois anos pensando a mesma coisa.

– Dá um tempo, você acabou de sair de todo aquele inferno.

– Tem razão. Vamos, temos que ir para a aula.

Fomos para nossa primeira aula, mas eu não parava de pensar no que tinha falado. Não sabia de onde tinha tirado aquela idéia maluca de que Bruno fosse me bater, mas sei que o medo que eu senti foi real.

Não exagero quando digo que não prestei atenção em uma palavra que o professor disse. Fiquei pensando em varias coisas, mas a que mais me assustou foi pensar, pela primeira vez, que seria questão de tempo encontrar Davi na faculdade. Era capaz que ele faltasse e que logo pararia de ir, mas ele não perderia a chance de me encontrar aqui. Comecei a soar frio e então pedi para sair da sala. Felizmente ele deixou e eu fui para o banheiro lavar o rosto.

Comecei a ficar tonta. Um sentimento de culpa, medo e tristeza se misturavam e pesavam dentro de mim. Afinal, que tipo de monstro eu sou? Nem sai de um relacionamento e já sai com alguém e depois decidi que o irmão dele era melhor. Talvez Davi estivesse certo em bater em mim, devo ter merecido. Talvez não. Não sabia mais até que ponto eu estava errada. Precisava sair dali, daquele banheiro, daquela faculdade, quem sabe até daquela cidade. Então me lembrei de um lugar.

Fui até o carro, decidida que só pararia de dirigir quando chegasse ao lugar onde fui com a minha mãe uma vez. Lembro até hoje do dia que ela me levou lá, era o lugar onde a mãe dela levava quando era criança. Ela costumava ir lá e ver a mãe lendo enquanto desenhava e comia frutas que elas colocavam dentro de uma cesta. E minha mãe fez a mesma coisa comigo. Passamos a tarde inteira sozinha, nem sempre conversando, a companhia dela já me era o suficiente. Eu adormeci no colo dela e acordei dentro do carro, voltando para o hotel. Foi naquele dia que eu decidi que moraria em São Paulo.

Não me lembrava que era tão longe, quase uma hora de viajem. Cheguei por volta das nove horas da manha. Tudo estava igual. O lago, as árvores e até o mesmo cheiro. Me sentei em cima do capo do carro e fiquei sentindo o vento bater no meu cabelo. Senti todos os músculos do meu corpo relaxando e fiquei feliz por ter ido até ali. Era o meu porto seguro.

Ninguém me ligou, mesmo que tivesse ligado eu não saberia, lá não pegava o sinal do celular. Quando minha barriga começou a roncar, por volta da uma hora, eu decidi voltar. Meus amigos poderiam estar preocupados.

Chegando à cidade me lembrei do que me fez ir até ali. Só então percebi o quanto fui idiota de achar que tinha merecido as surras que tinha levado. Fui para casa e encontrei Clara com o telefone na mão andando de um lado para o outro, enquanto os outros estavam sentados no sofá, todos com cara de preocupados.

– Você ficou louca? Sumiu por horas – gritou Clara – achei que aquele maluco tinha te achado ou sei lá.

– Desculpa, mas precisei ficar sozinha – disse me sentindo mal por não ter avisado.

– Podia ter ficado sozinha aqui em casa.

– Não era o suficiente – disse dando de ombros – me desculpa, da próxima eu aviso, ok?

– Da próxima eu espero que você não vá para lugar nenhum – disse ele relaxando – ta com fome? Tem macarrão no microondas.

– Obrigada – fui até o sofá – me desculpa gente, não foi minha intenção.

– Você deixou todo mundo preocupado, mas fico feliz por nada ter acontecido com você – disse Bruno com a voz calma, como de costume.

Dei um sorriso para ele e fui para a cozinha. Tinha que almoçar, tomar um banho e ir trabalhar. Consegui fazer tudo a tempo e ainda consegui fazer com que Gui me esperasse e me desse carona, já tinha dirigido de mais por um dia.


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Notas finais do capítulo

Então gostaram? tenho que ser sincera, não foi meu melhor trabalho. Eu estou com um bloqueio criativo, esse capitulo não me agradou nem um pouco, mas como eu disse que postaria hoje, acabei me sentindo em divida com vocês. Por favor, me deem algumas dicas ou sugestões. Estou aberta a qualquer tipo de ajuda.
Agora, quanto ao dia de postagem.. fiquei pensando, quando voltar as aulas não vou conseguir postar de sexta, então vau deixar para postar só de domingo, ok? Até a próxima xoxo