Cereja - Vic&Teddy escrita por Luna


Capítulo 5
Sobre Vic


Notas iniciais do capítulo

Olá, amores! :)
Primeiro, quero agradecer a cada uma de vocês pelos lindos comentários deixados, porque eu fico muito feliz com cada um deles. OBRIGADA!
E boa leitura! Espero que gostem desse capítulo também, foi o mais difícil de escrever...



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- Posso entrar, Teddy? – perguntou Gina, colocando o rosto para dentro do quarto.

- Claro que pode, madrinha. – respondeu, de pé e de costas para ela, com as mãos nos bolsos da calça, olhando para a praia que se estendia na janela à sua frente.

Ted ouviu Gina fechar a porta com cuidado e se aproximar dele. Ela se colocou de pé ao lado do afilhado e olhou para a praia também.

- É linda, não é? – comentou a ruiva, em tom de conversa. – Deve ser ótimo morar em um lugar assim.

Mas Ted sabia que a madrinha não estava ali para falar da praia. Claro que não. Com certeza, queria falar algo sobre o sumiço dele nos últimos dias. Afinal, se você mora na Londres chuvosa e passa dia após dia escondido em um quarto quando está passando as tão sonhadas férias de verão em algum lugar do Caribe, com certeza algo está muito errado. Ainda mais em se tratando de Ted Remus Lupin. Que sonhava todos os dias com as breves férias depois do primeiro ano de treinamento para auror. Que imaginava, de mil maneiras diferentes, o momento em que veria Victoire novamente.

- Madrinha, você não precisa dar voltas se quer falar comigo. – comentou Ted. Havia algo errado ali também. Gina nunca se demorava em dizer o que queria. E agora dizia uma coisa qualquer antes de começar a conversa.

- Eu não sei o que dizer, Teddy. – confessou a ruiva, sentando-se no parapeito da janela. – Porque foi o Bill quem pediu que eu viesse falar com você um pouco.

Ted franziu a testa.

- O Bill? – repetiu, confuso.

- É, o Bill. Ele acha estranho que você fique todo o tempo aqui e só saia para as refeições, e isso é preocupante mesmo. E me desculpe, querido, mas eu estive tão atarantada de tarefas durante esses dois dias que nem reparei, sabe? Com a cozinha, e o James e o Al brigando o tempo todo... ainda bem que a Marie, a elfo do Percy, veio nos ajudar. – comentou, fazendo sinal para Ted sentar ao seu lado, ao que ele seguiu prontamente. – O Harry disse que você pode ter tirado os dois primeiros dias de férias para descansar um pouquinho, porque os treinamentos são extenuantes. Me lembro de Ron, na primeira vez que teve descanso do treinamento. Dormiu quase três dias sem parar.

Ted sorriu de lado, imaginando.

- É a cara do tio Ron. – comentou.

- Mas não é a sua cara, Teddy. – disse Gina, preocupada, fitando o afilhado com atenção. – E olha para você: está de cabelos castanhos.

Não era preciso muito para concluir que o rapaz estava chateado com alguma coisa. Afinal, sua marca registrada eram os cabelos roxos vibrantes ou azuis.

- Está tudo bem, madrinha. – afirmou, sem conseguir imprimir à voz a convicção que esperava.

- É melhor mesmo que esteja tudo bem. – disse Gina, levantando-se, fingindo que acreditava nas palavras do rapaz. Porque, às vezes, todo mundo precisa de um tempo para conseguir contar o que está sentindo. Caminhou um pouco e parou no meio do quarto, olhando para os beliches que estavam ali. – Você e os meninos conseguiram entrar em acordo com a distribuição das camas, Teddy? Porque a Lily e a Rose acabaram brigando por causa da cama que ficava mais perto da janela do quarto delas, imagine só.

- Não tivemos nenhum problema, madrinha. Se não contarmos que James tentou assustar Al por ele querer dormir na cama de cima de um dos beliches. – comentou, ainda sentado no parapeito da janela, confuso. De repente, Gina mudava o assunto do nada. Com certeza, apenas para fazê-lo perceber que algo o incomodava, e que ele queria falar sobre isso. Por alguma razão, com o padrinho.

- Típico do James. Não sei mais o que fazer para ele deixar o irmão em paz. – comentou Gina, parecendo cansada.

- Madrinha, você sabe onde está o padrinho? – quis saber Ted, levantando-se do parapeito da janela.  

- Bem, ele ia ao supermercado com o Ron e o Percy. – disse Gina, pensativa. – Mas não sei se já foram. Se você correr, acho que dá para alcançá-los.

Sem esperar mais, Ted saiu do quarto e desceu as escadas correndo, passando pela cozinha e pela sala de estar como um furacão, e abriu a porta da frente apenas para ver Harry, Ron e Percy já bem longe, apenas um pontinho de carro no final da estrada.

Suado e decepcionado, o rapaz deu meia-volta. Antes de entrar na casa que os Weasley haviam alugado, porém, viu o namorado de Victoire na praia com Fred, James e Louis. Pareciam estar arranjando coisas para um jogo de futebol. Irritado, virou-se para a porta da frente, mas, antes que pudesse abri-la, sentiu uma mãozinha puxando-lhe a calça.

- Teddy... – chamou Lily, baixinho. – Por que você sumiu?

Ele se abaixou para ficar da altura da “irmãzinha”.

- Eu só estava descansando um pouquinho, Lily. Trabalhei bastante esse ano. – disse, com um sorriso.

- Eu pensei que você não gostava mais de mim. – disse a ruivinha, parecendo triste.

- Lily, é impossível não gostar de você. – falou Ted, abraçando a menina com força. – E você sabe que a gente é irmão, não sabe?

- É claro que eu sei, eu que te disse isso. – comentou, convencida, soltando-se do abraço.

- Ótimo, então. Agora eu quero um beijo, pode ser?

Contente, Lily deu um beijo estalado na bochecha de Ted e entrou na casa, correndo, chamando por Rose e Roxanne.

Com um suspiro, Ted entrou também. De longe, viu Victoire, Fleur, Audrey e Gina na cozinha, junto com Marie. Victoire parecia estar fazendo cupcakes, enquanto as outras cuidavam do que parecia ser um almoço. Ted resolveu se sentar em um dos sofás da sala de estar. De lá, podia ver Victoire. Sem que fosse visto. Ela vestia apenas a parte de cima de um biquíni e um short jeans curto. Os cabelos, presos em um coque frouxo. No pescoço, o colar com pingente de coração miúdo que Ted lhe dera no aniversário de oito anos.

- Gina não conversou com você?

O rapaz se assustou ao ouvir a voz de Bill Weasley. Estivera tão distraído, concentrando-se em observar Victoire, que nem o vira entrando na sala pela outra porta.

- Conversou, sim. – respondeu, esforçando-se ao máximo para que os cabelos não ficassem vermelhos, como acontecia quando estava com vergonha. O que era um das coisas que praticava no treinamento para aurores: controlar as transfigurações de metamorfomago.

- Posso perguntar por que você estava correndo porta afora com tanta pressa, então? Tive a impressão que Gina tinha acabado de subir. – comentou Bill, um tom genuíno de curiosidade na voz.

- É, mas... eu queria falar com meu padrinho. Mas ele já tinha saído. Acho que vou esperar aqui. – disse Ted, rezando para que Bill não fosse hábil com Legilimência. Porque se ele ao menos imaginasse como Ted vinha imaginando Victoire em situações comprometedoras, com certeza arrancaria fora a cabeça do rapaz.

Para desespero de Ted, Bill se sentou no sofá à sua frente.

- Mas está tudo bem com você, certo? – quis saber, parecendo levemente preocupado.

- Está, sim. – respondeu Ted, sem muita convicção. Bill ergueu uma sobrancelha, fitando-o com atenção. Mas não disse mais nada.

Ted fechou os olhos e se recostou no sofá, pensativo. Temia ficar com os olhos abertos. E se Bill conseguisse perceber o que estava acontecendo? Ted podia passar o dia todo com os aurores, estudando, treinando feitiços, autodefesa e o que fosse... por mais que o dia fosse estafante, quando chegava na casa do padrinho e caía na cama depois de jantar, só conseguia dormir pensando em Victoire. Em quanto sentia a falta dela. Como ela corava quando estava com vergonha. Na cor dos cabelos dela, indecifrável. Nos sorrisos. Nos abraços. E no beijo, depois daquela fatídica brincadeira em Hogwarts. Beijo sobre o qual eles nunca mais comentaram nada.

Primeiro, ficaram alguns dias sem se falar. Para Ted, aquilo foi terrível. Sentira uma falta absurda de Victoire, mas estava envergonhado demais da atitude que tomara que dizer qualquer coisa, sobre qualquer assunto. Depois, Victoire voltara a falar com ele, em um dia que o time de quadribol da Grifinória jogaria contra a Lufa-Lufa, quando desejou a Ted que ele fizesse uma ótima partida. A partir de então, voltaram a se falar normalmente, como se nada tivesse acontecido. Como se tivessem um acordo velado e não-verbal para não dizerem nada a respeito.

Mas quando Ted saiu de Hogwarts, depois de passar um ano longe de Victoire – porque não conseguira vê-la nem mesmo no Natal –, chegou à conclusão de que uma vida sem Victoire seria extremamente sem graça. Deu-se conta de quanto precisava dela. De como ela o compreendia, sem dizer nada. Em como ela era a melhor companhia do mundo. E passava cada momentozinho de folga que tinha relembrando cada um dos inúmeros momentos que passara com Victoire. Brincadeiras. Sorrisos. O dia em que jogara a menina na piscina, de roupa e tudo. Guerra de balões d’água. A escolinha trouxa. O dia em que dera um nó nos cabelos dela, em uma tentativa frustrada de prendê-los. O dia em que ela lhe contara, radiante, que era não era mais criança, porque tinha ficado menstruada. O dia em que se beijaram depois de brincar de Salada Mista.

Tudo o que Ted conseguia pensar era em como desejava repetir aquele beijo. Embora tivesse apenas quinze anos na época e Victoire, treze, havia sido o melhor beijo de sua vida. E não adiantava sair, vez ou outra, com qualquer outra mulher. O beijo não era como o de Victoire. Os abraços não tinham o calor dos de Victoire. Elas não tinham o olhar azul, doce, terno e cálido de Victoire. Não sorriam com tanta singeleza. E, com o tempo, Ted se deu conta de que estava sempre procurando Victoire nelas.

O que não adiantava, no fim das contas. Porque nenhuma delas era tão especial e encantadora quanto Victoire. Ninguém nunca seria.

E com as férias de verão no Caribe, Ted finalmente encontraria Victoire novamente... o que ele não sabia, até o momento em que a viu, era que ela estava namorando. Um menino da Lufa-Lufa, do 7º ano, Carl. Os pais de Carl eram donos de uma casa vizinha à alugada pelos Weasley. E foi naquele momento que Ted finalmente se rendeu ao inevitável: estava com ciúmes de Victoire. Porque tinha se apaixonado por ela. E precisava falar com o padrinho. Afinal, já tinha ouvido de Hermione dezenas de comentários sobre como Harry e Ron eram estúpidos quando adolescentes, e que só haviam enxergado ela e Gina no dia em que elas começaram a sair com outros garotos...

Ted precisava saber o que fazer. Se havia um jeito de se desapaixonar. Talvez não, já que Harry e Ron haviam acabado se casando com Gina e Hermione, mas não custava tentar. Ou então saber como se aproximar de Victoire de novo. Já haviam ficado afastados antes, quando Ted entrara para Hogwarts, mas eles eram apenas crianças na época. As coisas eram diferentes. Mais fáceis. Havia mais tempo para entrarem em contato um com o outro. Agora, entre o treinamento de Ted e a escola de Victoire, cada vez mais puxada, o máximo que conseguiam era trocar uma ou duas cartas por mês. E Ted nem se lembrava de Victoire ter mencionado algo sobre um namorado.

Abriu os olhos, devagar. Olhou para a cozinha, de esguelha. Victoire estava de costas para a sala de estar, mexendo em forminhas e coberturas.

- O problema é ela, não é? Victoire. – disse Bill, assustando Ted.

Ele não havia percebido que Bill ainda estava ali. Sentado exatamente no mesmo lugar. Talvez tivesse divagado tanto a respeito de Victoire que ficara distraído.

- Bem... – fez o rapaz, querendo tempo para pensar. O que dizer numa situação daquelas? Por Merlin, aquele era o pai de Victoire! Não deve ser lá muito agradável para um pai ouvir de um cara que este está apaixonado pela filha dele. Mesmo que o pai conheça o cara há muito tempo.

- Eu sei que é, Teddy. – disse o ruivo, calmamente. – Sempre disse a Fleur que, um dia, chegaríamos a isto. Apesar de ela não levar a sério, mas eu sempre tive razão.

Ted ficou em silêncio e fitou o chão. Não havia o que dizer. Se havia, ele não sabia o que era.

- Teddy, eu quero que você saiba que não me agrada nem um pouco esse namorado da Vic. Carl. – disse, um tom de desgosto na voz. Ted achou que era seguro levantar o olhar. – Não sei, mas fico com uma leve impressão de que ele não gosta da minha filha como ela merece. Às vezes, me parece que a Vic é apenas uma garota bonita que ele usa para desfilar com ele pela escola.

- Eu também não gostei dele. Apesar de só ter visto ele duas ou três vezes. – contou Teddy, um pouco menos nervoso.

- Acredito que eu tenho razão em não gostar dele. Ou melhor, que nós temos razão em não gostar dele. Afinal, eu quero o melhor para as minhas filhas. E você... acho que está apaixonado pela Vic, certo? – perguntou Bill, atento.

O rapaz ficou alguns – longos – segundos em silêncio. Até se decidir o que responderia.

- É, eu estou apaixonado por ela. – admitiu Ted, por fim, fitando os olhos castanhos de Bill. Não iria mentir. Já que Bill estava sendo tão gente boa e honesto. 

- Ouvi Vic comentando com Domi algo sobre uma brincadeira e um beijo entre ela e você. – comentou Bill, esperando a reação do rapaz. – Mas isso já tem um tempo, imagino, apesar de ter ouvido isso esses dias.

- Eu estava em Hogwarts ainda. No 5º ano. – disse Ted, e contou toda a história. Por fim, acrescentou: – Eu sei que não deve ser muito agradável para um pai ouvir isso, senhor, mas foi o melhor beijo de todos até hoje, com a Vic. Mesmo que a gente não tenha comentado nada a respeito depois.

- Realmente, não é agradável, Teddy. – admitiu Bill, olhando para a filha mais velha, de longe. – Mas tenho que admitir que, de certa forma, é bom ouvir isso.

- Como assim? – quis saber o rapaz, curioso.

- Você ama a Vic. É fácil de perceber, só do jeito que você olha para ela. E eu tenho certeza de que você não a magoaria. Não por querer, pelo menos. E que cuidaria bem dela. É o que todo pai quer para uma filha. – disse Bill, sério. – E eu torço por vocês. De verdade.

- Mas e Carl? – perguntou Ted.

- Carl é apenas um pequeno obstáculo, eu acho. Não acho que esse namoro da Vic dure tanto tempo. – falou Bill, despreocupado. – É por isso que você não pode ficar trancado no quarto, Teddy. Você tem que continuar por perto da Vic. Fazer ela perceber que pode contar com você, como sempre foi. Que você ainda tem o mesmo carinho por ela e que o tempo que estão longe um do outro não mudou isso. Mas não tente fazer nada para desmoralizar aquele garoto, ou ela fica contra você. – advertiu.

- Tudo bem. – disse Ted, contente por conversar com Bill.

- E tem mais uma coisa, Teddy: não deixe de viver sua vida por causa da Vic. Eu sei que você a ama, mas se ela demorar demais para perceber isso, saia com outras moças.

- Conheço bem essa estratégia. – disse Ted, com um meio sorriso. – Já vi a madrinha e a tia Mione falando dela diversas vezes, lembrando os tempos de Hogwarts. Foi a mesma que a madrinha usou com o padrinho.

Bill sorriu. Curioso, perguntou:

- É por isso que você parou de chamar a mim e a Fleur de “tio” e “tia”, não foi? Por causa da Vic?

- Não combina muito chamar seus futuros sogros de tios, não é? – brincou Ted.

- De fato, não combina. – admitiu Bill, levantando-se. – Você é um bom garoto, Teddy. E eu torço por você, pode ter certeza. – acrescentou, antes de sair da sala.

- TEDDY! – chamou Lily, aos berros, correndo escada abaixo com Rose no encalço. – Brinca com a gente?

- Vocês querem brincar de quê, Lils? – quis saber, colocando a pequena no colo e fazendo sinal para Rose se aproximar também, abraçando-a com um dos braços.

- Não sei, de qualquer coisa. Brincar de boneca ficou chato. – respondeu a caçula.

- Brincar de boneca sempre foi meio chato, Lily. – disse Rose.

- Ler livros também. – respondeu Lily.

- Ok, ok, sem brigas. – disse Ted. – E futebol, vocês não gostam de jogar?

- Eu gosto! – respondeu Lily, na mesma hora.

- Eu não. Nunca fui boa em futebol. – disse Rose, com uma careta.

- É porque os meninos estão jogando lá na praia. Vocês podem pedir para entrar no jogo ou podem ficar de fora, como líderes de torcida, que tal? – sugeriu o rapaz.

- Ótima ideia, Teddy! Rose e eu podemos ser líderes de torcida! – concordou Lily, com os olhinhos brilhando.

- É melhor do que jogar. – admitiu Rose.

- A gente pode pedir ajuda da Domi e da Lucy, para elas brincarem também! – falou Lily, saindo da sala com Rose no encalço, praticamente dando pulinhos.

Victoire se aproximou de Ted, com dois cupcakes nas mãos, olhando para as primas e sorrindo. Sentou-se ao lado do rapaz, fazendo o coração dele saltar no peito.

- Você tem jeito com crianças, Teddy. – comentou, observando-o com carinho. – Sempre tão atencioso com elas...

- Meus três irmãos ainda são crianças, então é meio que uma questão de sobrevivência. – brincou o rapaz.

- Verdade, eu não tinha pensado por esse ângulo. Aceita? – perguntou a moça, estendendo-lhe um cupcake com cobertura branca e uma cereja enfeitando o topo.

- Aceito. – disse Ted, pegando o doce que ela lhe oferecia. Por alguns instantes, apenas comeram os respectivos cupcakes em silêncio.

- E aí, o que achou? – quis saber Victoire, olhando para Ted com atenção.

- Deliciosos, Vic. Está de parabéns.

- De verdade? – perguntou, apreensiva.

- De verdade. Eu não mentiria para você. – acrescentou, erguendo uma sobrancelha.

- Carl nunca gostou de nenhum dos meus cupcakes. – contou Victoire, parecendo magoada.

- Não ligue. Sua família gosta, não é? – disse Ted, tentando animá-la.

- No Natal, acho que só James e Fred comeram uns dez cada um. E fizeram a Lily chorar, porque não sobrou nenhum para ela. – contou a menina, com um sorriso.

- É mais do que suficiente, não acha?

- É, você tem razão. – concordou ela, pensativa.

Mais silêncio.

- Por onde andou esses dias, Teddy? – quis saber Victoire, de repente.

- Descansando. – falou, mentindo deliberadamente. – Os treinamentos são cansativos.

- Imagino. Mas você não vai sumir mais nessas férias, não é? Por que tem muito tempo que a gente não se vê! – comentou Victoire.

- Claro que não, Vic. – disse, pensando de repente em como fora estúpido ficando dois dias inteiros trancado naquele maldito quarto.

- Ótimo. – disse ela, levantando-se, com um sorriso no rosto. – Mas agora eu tenho que terminar os cupcakes. Até o almoço, Teddy. – falou, beijando a bochecha do rapaz.

Ele a observou se afastar, segurando o pingente de coração com uma das mãos. Era uma mania que Victoire tinha. Quando estava nervosa. Ou ansiosa. Ou aliviada por finalmente ter conseguido fazer algo que planejava há algum tempo. 

Naquele instante, Ted teve certeza de que nunca desistiria de Victoire. Jamais.

Seguiria os conselhos de Bill.


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Notas finais do capítulo

Lembrem-se de comentar e fazer uma autora feliz. ;)



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