Anne escrita por Little cookie


Capítulo 9
Eu não te entendo a começar pelo seu nome.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente linda! Há quanto tempo não venho aqui, uma semana de tortura longe de vocês, então, o motivo pelo qual demoro tanto pra postar é que eu só tenho computador nos fins de semana, então fica meio difícil postar. :(
Queria agradecer às leitoras lindas, a fic está chegando a 50 comentários o/.
Enfim, espero que gostem, boa madrugada e boa leitura!



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- Você está louco?! - gritei pela décima terceira vez enquanto Sam me arrastava pro vestiário masculino, e como nas outras doze vezes, ele me ignorou e continuou me arrastando.

O vestiário estava vazio, tinha armários azuis espalhados e chuveiros em um corredor.

- Cala. A. Boca. - ele disse ríspido - Você sabe quem é aquele cara? Ele é perigoso, e todos os dias fica com mulheres diferentes.

- Nossa! - disse fingindo surpresa - Ele é seu irmão ou algo do tipo? - ele revirou os olhos - Além do mais, não é como se eu fosse transar com ele depois que todos saíssem da quadra.

- Não duvido de nada.

- Eu acho bom começar a duvidar. Dá pra gente sair desse lugar? Leah já deve ter terminado seu pequeno show, e o seu treino já acabou. Se não se importa, quero ir pra casa.

- Você fala demais. - ele disse me puxando pra fora do vestiário.

Quando chegamos na quadra, Leah parecia estar procurando a gente, caminhamos até chegar ao lado dela, Sam cutucou ela, que virou comemorando:

- Eu passei! Ganhei a vaga de capitã! - falou olhando diretamente pra mim. Sam deu um abraço de urso nela, dos tipos que tiram a pessoa do chão e giram ela.

- Eu tô com fome e quero ir para casa!

- Ah, qual é Anne? Não dá pra comemorar uma vez pela sua irmã? - ela disse falando dela mesma na terceira pessoa.

- Dá sim, quando o apocalipse zumbi chegar e os miolos dela forem devorados. - sorri irônica e Leah fez cara de coitada.

- Anne, cala a boca. Às vezes você fala coisas cruéis demais. - Sam interveio.

- Quantas vezes eu vou ter que te dizer que você não sabe sobre nada entre nós duas? Isso não vale nem pelas coisas cruéis que ela já me falou dentro de cinco minutos.

- Não liga Sam. É melhor a gente ir pra casa.

...

Sam estava literalmente me sufocando desde que minha irmã chegou aqui. Não que a culpa seja dele. Ele só se deixou levar pelo poder de dominar as pessoas que a minha linda irmã tem.

- Anne, eu preciso conversar com você.

- Pode falar. - Ele olhou para Leah e Olívia que estavam na sala com a gente e entendi o recado.

 Subi até nosso quarto e ele entrou logo em seguida trancando a porta.

- Sei que essa não é a primeira vez, - ele começou - e nem vai ser a ultima que te alerto pelo jeito que você trata a sua irmã. Mas isso tem que parar, a garota te ama e você só dá patadas nela. Você deveria aprender que você não é o centro de tudo.

- Olha, eu estou me segurando pra não desfigurar essa sua linda - eu falei linda? - cara. Então é melhor parar com essa coisa de me 'alertar'. - disse fazendo aspas no ar.

Saí do quarto e desci até a cozinha, comecei a preparar um creme de salsicha para comer com pão - essa é a minha especialidade - quando fui interrompida.

- Por que você está sempre comendo? - Leah perguntou tentando me atingir. Felizmente ela não conseguiu.

- Porque um ser humano precisa comer para sobreviver.

- Oh! É claro. Mas não comece a descontar na comida o fato de que o papai odeia você, filha bastarda. - ela disse com um sorriso cínico no rosto.

Nos próximos segundos escutei um estalo e um Sam me segurando enquanto eu tentava a todo custo desfigurar a cara da minha irmã.

Fui levada à força para o quarto por Sam enquanto Olívia tentava acalmar Leah, que soltou um sorriso disfarçado para mim. Ela conseguiu o que queria. Fiquei no quarto sem problemas, não relutei, só queria ficar quieta. Sam parecia não aguentar respirar o mesmo ar que eu, então saiu.

Peguei um saquinho amarelo na gaveta no quarto e caminhei lentamente até o banheiro da minha irmã. Peguei o seu creme de hidratação e despejei o pó descolorante em cima dele, misturando em seguida, para ficar despercebido. De repente, eu só queria que minha irmã passasse por todas as humilhações que ela me fez passar.

Claro que, não é a mesma coisa, já que ela é Leah e eu sou Anne, é como se ela fosse os Estados Unidos com o seu subsidio e eu o Brasil, sem nada para me favorecer. - Estranha comparação.

Olhei no relógio e eram sete da noite, eu já estava sem fome, nem mesmo sentir o cheirinho do creme de salsicha me faria ficar com fome. Me levantei, coloquei um gorro azul marinho e um sobretudo de mesma cor. Deixei meus cabelos caírem pelos meus ombros e calcei um all-star. Quando saí, Leah ainda estava fazendo sua ceninha e Sam estava abraçando ela, que fingia chorar. Saí sem fazer nenhum ruído sonoro.

Fiquei na frente do prédio esperando um táxi. Mandei ele ir a uma cafeteria. Eu realmente precisava de cafeína. Depois que percebi que eu havia bebido cinco xícaras de café forte, decidi que era hora de voltar, eu estava com sono, e nem a cafeína me tira isso.

Mas claro que quando se trata de mim, nada é perfeito. Eu havia me esquecido de contar quanto dinheiro tinha antes de comprar tanto café, e eu estava sem celular. Oh, oh.

Comecei a caminhar enquanto me lamentava pela minha burrice ilimitada. Cheguei até um telefone público e digitei o número de Sam.

- Alô? - ele estava com a voz um pouco arrastada e ouvi murmúrios de uma mulher do lado dele dizendo algo como um "quem é?"

- Oi, é a Anne, eu saí e estou em uma pracinha, sem dinheiro pra pagar o táxi, você pode vim aqui?

- Sim, posso. Qual o endereço? - depois de dizer o endereço ouvi ele dizer algo como "preciso ir atrás da Anne" para a pessoa que estava com ele, ela respondeu com um "você vai sair depois do que acabou de acontecer entre nós dois", que deduzi ser Leah.

- Não acredito que você fez isso com a minha irmã. Argh. E você achando que eu iria fácil pra cama com Kyle. - Ele murmurou um "vai se foder" e desligou na minha cara.

...

Esperava que quando chegássemos ele iria voltar para a cama com Leah, mas ele simplesmente me acompanhou até nosso quarto tirou a camisa e se deitou ao meu lado.

...

Acordei com o que julguei ser trovões, mas que depois vi que eram roncos, da criatura com quem dividia quarto abri as cortinas para fazê-lo acordar, mas a praga não acordou, então coloquei o travesseiro em sua cara, ele logo acordou sem fôlego, incomodado com a luz, se levantou e foi fechar as cortinas, examinei seu corpo com os olhos e vi um pouco de volume na parte de baixo, fiquei levemente vermelha. Ele pareceu perceber e disse:

- Preciso de um banho gelado.- entrou no banheiro.

Cinco minutos depois ele saiu, e não comentou nada sobre o acontecido. Entrei no banheiro e fiz toda a minha higiene necessária. Coloquei um moletom, calças jeans e calcei uma sapatilha azul-marinho, descendo logo em seguida para o café.

Peguei algumas barras de chocolate e prendi meu cabelo em um coque. Fui até o carro esperar Sam e Leah, coloquei os fones e abri a primeira barra. Quando eu estava terminando ela vi Sam saindo. Ele entrou no carro e ficamos em um silêncio desconfortável, até ele resolver quebrá-lo:

- Você estava com Kyle ontem? - ele me perguntou.

- Não, não acho que se eu tivesse saído com ele eu teria ficado sem dinheiro e sem um transporte de volta.

- Hm. E pra onde você foi?

- Fui para uma cafeteria. Você está fazendo perguntas demais.

- Não, é só que Kyle é um canalha. Ele fica com todas as garotas. Só não quero que você fique com fama de fácil.

- Sabe, Sam, eu não te entendo a começar pelo seu nome, que parece de mulher. Depois você diz que não quer que eu fique com fama de fácil, mas só faz três dias que minha irmã chegou e você vive defendendo ela contra mim, mas mesmo assim, 'traçou' ela. - fiz uma pausa. - Aliás, você está com ciúmes?


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Notas finais do capítulo

O que vocês acharam desse capítulo? Acho que ele é o maiorzinho que já postei, haha.
Comentem, gostaria de saber a opinião de vocês.
Beijinhos.