Anne escrita por Little cookie


Capítulo 14
Fantasmas.


Notas iniciais do capítulo

OLHA EU AQUI DE NOVO GALERA!
Hahahaha, hoje eu tô tão boazinha *-*
Meu bloqueio está melhorando! Consegui 800 palavras!
Esse capítulo é mais explicativo! Espero que gostem, boa leitura.



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POV Anne.

Acordei com uma dor de cabeça dos infernos, depois de passar meia hora culpando a bebida para me poupar de tanto xingamento decidi abrir os olhos. Vi Sam sentado na beira da cama com a cabeça apoiada em suas mãos, ele estava com uma expressão perturbada. O que me fez ficar curiosa.

- Sam o que aconteceu? - perguntei cautelosamente, pois previa que se ele estava assim era por minha culpa.

- Você ainda me pergunta? - ele disse rudemente, me fazendo recuar - Você é uma hipócrita. Cansei de seus joguinhos. Claro, você só tinha que me beijar e fazer raiva à sua irmã. Você conseguiu. Não sei como me deixei levar. - ele me olhou com raiva.

- Se deixar levar? - gritei - Olha as merdas que você está dizendo! Você quem me beijou.

- Ah claro, vai dizer que você não deu um empurrãozinho com essa coisa de "medo do escuro". Eu entendo que você não goste de sua irmã até o momento que eu não tenha nada a ver com isso. Mas você me usou pra deixar ela com raiva. - ri, pois já havia entendido tudo que ele tava falando.

- Ela lhe disse isso?- arqueei a sobrancelha.

- Sim.

- E o que garante que ela não estava mentindo?

- E o que garante que você não estava mentindo?

- Sam, eu espero que quando você for no banheiro falte papel higiênico. - falei saindo do quarto.

...

- Você vai me explicar tudo agora! - gritei - Por que você disse todas aquelas merdas pra ele?

- Mas eu não disse nada que fosse mentira! - ela sorriu cínica.

- Não, tudo o que você disse foi mentira!

- Você é louca!

- Olha, a louca aqui é você. Eu te suportei por anos me colocando pra baixo, mas isso tá passando dos limites! Acho que se colocarem uma faca em sua mão você me mataria. Você alguma vez pensou que somos sangue do mesmo sangue? - ela ficou calada - Você precisa deixar de lado algumas coisas, afinal nem eu nem você temos culpa do que aconteceu. Ao contrário do que você pensa, eu não tenho raiva de você, eu tenho pena por você gastar tanto tempo da sua vida arruinando a minha no lugar de culpar o verdadeiro réu deste tribunal. - ela apenas ficou parada olhando pra mim, seu sorriso murchou, e ela parecia querer começar a chorar, então desviou e saiu.

As lágrimas caíram dos meus olhos como se eu ainda fosse aquela garotinha de cinco anos desprotegida que tinha medo de viver. Por que alguns fantasmas sempre voltam?

- Anne? - uma voz me tirou dos meus pensamentos.

Vi que era Sam, enxuguei as lágrimas e forcei um sorriso.

- Você ouviu tudo? - perguntei.

- Sim. - ele respondeu e logo em seguida me abraçou. Um silêncio reinou, mas não era um silêncio desconfortável, era apenas... O silêncio.

...

- Desculpa Anne, sei que pode parecer forçado pra você, mas gostaria de entender melhor aquilo tudo que você disse. Você pode ao menos me explicar qual o problema de vocês duas?

Estávamos no chão do quarto comendo alguns doces e assistindo The Walking Dead no notebook, mas eu vi que ele realmente queria entender tudo, não apenas por curiosidade.

- Vai exigir um pouco de atenção, e tempo. - eu disse.

- Eu tenho muito tempo Anne. Pode começar.

- Ok, tudo começou antes mesmo de eu ou Leah nascer, meu pai era casado, com outra mulher, o nome dela é Raquel, até hoje eles estão juntos. Meu pai é um empresário bastante renomado, e minha mãe, uma atriz. O destino, por mais que eu não acredite nessa porra de destino, fez ele acabar sendo empresário dela. Com o tempo eles foram se conhecendo e ele começou a ter uma vida dupla. Minha mãe não sabia sobre Raquel e Raquel não sabia sobre minha mãe. Mas eles descuidaram, e Raquel pegou eles exatamente na hora 'H'. Ela estava grávida, no dia ainda não sabia, mas estava, e o pior, é que minha mãe também estava. Quando Raquel descobriu que estava grávida quis garantir o futuro da filha. Ela sabia que minha mãe poderia me criar cinco vezes com uma vida totalmente luxuosa. Mas para ela dar tudo isso à Leah teve que aceitar ele de volta em casa. Depois de uns meses nascemos, primeiro eu. Dezenove dias depois, Leah. Ela cresceu com a mãe sempre dizendo o quanto havia sido horrível a traição do meu pai e que eu era a filha menos querida dele. Leah, como qualquer outra criança que toma como verdade absoluta tudo o que os pais dizem, acreditou e seguiu em frente nessa terrível missão de me colocar pra baixo. Quando eu tinha cinco anos o meu pai se distanciou de mim, foi a época em que eu comecei a engordar, e Leah entrou nas líderes de torcida. Eu fiquei extremamente gorda, e sempre que podia, Leah fazia piadinhas. Me lembro que, quando eu tinha sete anos, meu pai só me visitou no Natal e no Ano Novo. E aí eu comecei a acreditar em tudo que ela falava. Minha mãe acabou sabendo, e me fez ficar longe dela, mas agora, ela está de novo aqui. Essa garota é o maior fantasma da minha vida.


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram? Esse capítulo é meio dramático, por isso to meio insegura. Drama não é meu forte. Comentem! Quero saber a opinião de vocês. Beijos ;*