I'll Never Let You Go. escrita por Triz


Capítulo 9
Confusions.


Notas iniciais do capítulo

Olha quem resolveu aparecer com capítulo novo... Leiam as notas finais, por favor.



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Ponto de vista: Draco Malfoy.

Noites mal dormidas tornaram-se algo comum. Olhar-me no espelho e enxergar uma carcaça pálida e ossuda com cabelos tão brancos quanto a pele, também.

Parecia que as coisas finalmente haviam se ajeitado e voltado ao comum, afinal Hermione voltara a me odiar, nada que nunca tivesse acontecido antes, exceto que agora eu estava apaixonado por ela.

Eu supunha que então o universo tivesse se encaixado em seu devido lugar, e estava esperando pelo que era normal em minha vida: chamados de Voldemort, cartas desesperadas de minha mãe pedindo para que eu tomasse cuidado, cartas de meu pai me cobrando, Snape no meu encalço, e todo aquele resto que costumava ser minha rotina, talvez assim eu conseguisse me adaptar e aceitar que ter tido Hermione em minha vida fora somente um sonho ou coisa do tipo, no entanto nada disso aconteceu; Voldemort estava morto, minha mãe e meu pai provavelmente foragidos, e minha realidade era, infelizmente, acordar todos os dias e ver Hermione me odiando como recompensa por tudo que eu havia feito. Não tinha nada. Missões, corujas de ninguém da minha família, tudo que tinha era enxergar o que eu mesmo havia feito na tentativa de poupar Hermione do sofrimento e do perigo, quando na verdade, ele não chegava até mim. Era frustrante e revoltante saber que eu tinha tirado toda a minha pouca felicidade em vão. Já que havia acontecido, por que não haviam chamados? Por que não havia destruição e a promessa da minha tia de me obrigar a ajudar? Já que havia acontecido, por que aquilo tudo parecia ser em vão?

Eram perguntas sem respostas. Eu sentia raiva, angustia, e tudo ao mesmo tempo. Havia a perdido por absolutamente nada, porque os motivos de eu ter feito aquilo não vinham à tona, mesmo depois de dias, apenas as consequências de vê-la me odiando.

Também havia o fato do Potter e do Weasley não saberem de nada a respeito do término do nosso namoro e da perda de memória de Hermione; eu não conseguia achar uma solução para o problema que não fosse vê-los pessoalmente e explicar tudo ou passar horas escrevendo em uma carta, mas podia haver a possibilidade de eles não acreditarem em minhas palavras...

— Sr. Malfoy? — Professora Minerva tirou-me de meus devaneios.

Olhei para o pergaminho à minha frente e só então notei que haviam rabiscos violentos feitos neles com tinta respingada em tudo que é canto da mesa, em meu uniforme, e também contrastando com minha pele branca. Foi só assim que percebi que meus pensamentos me fizeram fazer aquilo em meio raiva. Hermione me olhava, assim como todo o restante dos presentes na sala.

— Desculpe, professora — Sussurrei constrangido e mordi o lábio inferior. — Com licença. — Levantei e rumei em direção à saída da sala.

Caminhava pelos corredores um tanto aturdido; Minha mão pingava tinta enquanto em procurava um banheiro, tentando enxergar direito em meio a tanta confusão que se passava em minha mente.

— Malfoy — Ouvi uma voz conhecida e passos firmes atrás de mim.

Quando me virei, não podia ter visto algo diferente: O rosto belíssimo contraído em uma feição séria e decida, os cabelos cacheados e negros caindo sobre o ombro e moldando seu rosto divinamente branco, com os lábios pequenos e vermelhos crispados.

— O que você quer, Granger? — Tentei, como sempre tentava ultimamente, usar meu tom ríspido com ela, e da mesma forma, sem sucesso; estava cansado de tudo aquilo.

— Por que está agindo assim? — Ela pareceu um pouco aturdida.

— Assim? Assim como?

— Ora, acha que não percebi? Você parece... mais fragilizado ao falar comigo. Também não mantém o tom arrogante como mantinha antes e fica me olhando o tempo inteiro. O que diabos está acontecendo? Porque eu já estou cansada de vê-lo me encarar o tempo inteiro, você não era assim

— Ora Granger — Assumi o tom ríspido mais uma vez, e dessa vez consegui progresso. — Não pensei que estivesse tão entediada assim para ficar vendo e inventando coisas; Eu estou agindo com você como sempre agi, se sua cabeça está fora do lugar me poupe das suas loucuras. É só isso?

Hermione então recuou. Parecia se sentir frágil com minhas palavras;

— É, tem razão. — Riu, soando irônica — Acho que sim. Com licença. — E deu meia volta.

Suspirei, perturbado. Era tão difícil fazer aquelas coisas.

Ponto de vista: Hermione Granger.

Eu não sabia o que era e nem porque estava acontecendo, mas algo estava errado, não só com Malfoy, comigo também. Seu jeito de agir havia mudado, mas quando fui tirar satisfações com ele, suas palavras foram verdadeiras e hostis e eu encontrei o verdadeiro Draco Malfoy ali, mas sua arrogância me atingiu de um jeito que não deveria atingir.

Foi como no passado, quando as ofensas dele dirigidas a mim me atingiam; me senti novamente a menina frágil e insegura que não acredita em si mesma e abaixa a cabeça para o que dizem, e o pior de tudo é que eu demonstrei aquilo. Eu só não entendia o que estava tão errado em toda aquela situação, eu não devia me sentir assim, era de Draco Malfoy que se tratava.

É Draco! Aquele que julga todos para se sentir superior ao que é quando na verdade é um comensal morte de merda extremamente covarde.”

Minha consciência alertou, e ela tinha razão, mas aquilo não pareceu tão verídico. Na verdade, não parecia há dias, desde que recebi a carta – falsa –, desde que discutimos no Salão Comunal. Draco parecia ter mudado de certo modo, mas eu não sabia porque aquilo passava pela minha cabeça tantas vezes, e o mais importante, porque aquilo era tão significante, principalmente vindo de quem vinha.

Suspirei enquanto caminhava de volta para a sala, na tentativa de me livrar de tanta coisa, mas no segundo seguinte o sinal soou anunciando o fim das aulas. Fui para a sala de aula e arrumei meu material, colocando a alça da bolsa no meu ombro. Olhei em volta e aquilo tudo parecia extremamente vazio. Às vezes eu parava para refletir, e Hogwarts parecia solitária, e realmente estava, e era uma coisa extremamente triste deprimente, principalmente para mim, que já vira durante anos aquele lugar em perfeita harmonia.

Saí com passos leves e despreocupados, rumando para o salão comunal. Quando estava cruzando uma das escadas do terceiro andar, um vulto de cabelos loiros platinados e impossível de reconhecer passou por mim, aparentemente muito perturbado e nervoso, as mãos ainda estavam um pouco sujas de tinta, então isso era sinal de que ele não tinha se limpado. Não tinha certeza, mas quando vi de relance parecia que ele estava chorando. Seus passos eram largos e quando chegou ao topo da escada pareceu impaciente para ver a mesma virar-se.

Mordi o lábio.

Não faça. É errado. Você sabe.”

Alertou minha consciência.

Que se dane.”

Rebati para ela, e discretamente, segui o dono de feições pálidas e ultimamente bem decadentes. Draco rumava para o corujal. Tentando passar despercebida, eu o segui. Ele entrou no local, eu espiei pela fresta da porta. Draco estava absurdamente perturbado. Apoiou os braços em uma das janelas e abaixou a cabeça, deixando soluços dolorosos esvaziarem seu peito. Seu choro era angustiado, e o que eu ouvi em seguida não foi fácil de processar muito menos de entender.

Aquela situação era bizarra.


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Notas finais do capítulo

Vão saber o que o Draco falou somente no próximo capítulo, porque sim. Ou nem isso. Gente, vou me explicar por ter ficado tanto tempo sem postar, afinal os poucos leitores que ainda leem alguma coisa merecem saber. Well, eu estive sem tempo por causa da escola e tals, mas o que mais me motivou a não postar foi minha falta de ânimo com a fanfic. Eu tô desanimada, sem saber como continuar o enredo e tá muito ruim o que eu to escrevendo porque eu sinto que to escrevendo por obrigação. Eu estou até pensando em excluir a fic e repostar um pouco mais pra frente, ou sei lá, porque deixou de ser prazer. Eu tenho ideias magnificas pra outras fics Dramiones também, e essa aqui me desanimou completamente. Eu ainda não sei o que fazer com ela e preciso de ideias, ideias do que fazer, ideias do que escrever, e se eu devo ou não parar de postar. Enfim, desculpe pelo capítulo estar ruim e é isso ai



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