I'll Never Let You Go. escrita por Triz


Capítulo 7
Obliviate II


Notas iniciais do capítulo

OLÁ!!! Quanto tempo!! (Ok, nem tanto assim, eu já fiquei sem atualizar mais tempo) Enfim, desculpem ter sumido, eu ia postar o capítulo antes mas minha vida tá extremamente corrida e eu não tenho previsão de quando vou poder escrever, explico nas notas finais.
Preciso compartilhar minha felicidade: dia 09 de março agora, EU CONHECI O OLIVER PHELPS, NOSSO ETERNO JORGE WEASLEY! Cara, foi perfeito, eu tirei foto com ele, ele me deu autógrafos pegou minha carta e ainda por cima postou foto dela no twitter dizendo "very nice gifts from my Brazilian friends" ELE É UM AMORZINHO CARA, FOI MT MT MT MT BOM
Eu espero que gostem do capítulo e não me matem! Doeu na alma escrever ele e lembrem-se que eu amo vocês e que minha dor é muito maior que a de vcs tá? obg



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Hermione estava dormindo a sono solto em meu peito, a respiração pesada, a expressão serena e calma, os olhos fechados e despreocupados enquanto o cabelo cacheado caia-lhe sobre rosto pálido e suavemente descansado. Ela ainda estava sem roupas, usava apenas suas roupas íntimas que eu colocara nela, e seu corpo agora tão pequeno e delicado estava enrolado no lençol branco que minha mente inconscientemente tinha criado na sala precisa.

Eu suspirei pesadamente e encostei minha cabeça a dela, dando um beijo em sua testa. Devia ser de noite, levando em conta que eu a tinha levado para a Sala Precisa durante a manhã, não era algo relevante, Hogwarts não estava cheia e eu não me importava com o tempo, não agora, por mim ele poderia parar e nunca mais voltar a funcionar, porém, infelizmente, desejos não se tornam reais, não todos eles.

Então Hermione se virou na cama e se espreguiçou. Eu tinha tentado dormir, mas não conseguia pregar os olhos me preparando para o que viria a seguir. Suas pálpebras piscaram e seus olhos cor de avelã fitavam os meus, sonolentos, sua bochecha estava rosada e seu cabelo bagunçado, mas mesmo assim ela ficava encantadoramente fantástica.

Respirei fundo e em seguida seus olhos cor de avelã se abriram, sendo acompanhados por um sorriso totalmente branco e perfeitamente alinhado de quando ela me viu. Seus olhos piscaram algumas vezes, acostumando-se com a luz da sala, então ela me beijou brevemente nos lábios, espalmando as mãos com suavidade em meu peito desnudo.

Puxei levemente seus cabelos e acariciei sua nuca, pude senti-la ficar toda arrepiada e sorri, dando um beijo na sua testa.

— Você está bem? — Perguntei tocando a ponta de seu nariz.

— Melhor impossível. — Sussurrou mordendo levemente meu lábio inferior.

Eu me afastei, empurrando-a levemente. Não podia mais fazer aquilo.

Seu olhar sobre mim foi ligeiramente confuso, a testa franzida e as sobrancelhas unidas.

— O que houve? — Indagou ajeitando-se na cama e procurando por suas vestes.

— Nada só... lembrei que estou atrasado para um compromisso e — Suspirei — Vista-se.

Ainda com um olhar confuso, ela deu de ombros e se vestiu. Coloquei minha camisa e ajeitei os cabelos, tateando minhas vestes, conferindo se minha varinha estava ali, e infelizmente estava.

Saímos da sala precisa em silencio, Hermione não se atreveu a perguntar qual era meu compromisso, devia ser pelo tom grosso que acabei a respondendo.

— Vem. Vamos na Torre de Astronomia? — Olhei para ela, segurando sua mão e entrelaçando nossos dedos, a puxando para a Torre.

— Fazer o que lá? — O tom de curiosidade em sua voz era claro.

— Nos despedir. — Murmurei sem real intenção que ela ouvisse, mas ela ouviu.

Seu corpo parou bruscamente, e ela me olhou com a expressão dura e séria.

— O quê?

— Vamos. — Suspirei e a puxei pela mão.

Ela me seguiu hesitante, apertando minha mão.

Entramos na Torre de Astronomia e Hermione seguiu para a sacada, cruzando os braços com uma expressão mista em confusão e tristeza, e se encostou ali, observando-me tão intensamente com seus olhos avelã, mesmo brava ela ficava linda.

Mordi o lábio e suspirei pesadamente, contendo as lágrimas que, ainda assim, insistiam em querer escorrer por minha bochecha, porém eu não as deixava.

O clima lá fora estava gostoso, não era frio, nem calor. O céu estava proporcionalmente azul com tons alaranjados, o que me fez supor que já era o fim da tarde, então eu me lembrei das horas perdidas com Hermione naquele local, olhando as estrelas — um universo distante que prometemos que seria só nosso.

— Quando não estivermos juntos, e sentir-se insegura, lembre-se de olhar para o céu, e então estaremos juntos novamente, porque eu estarei olhando pro mesmo lugar que você. Teremos algo incomum. — Eu a dissera enquanto beijava seus lábios lascivamente.

— O céu que me fez salvar a sua vida — Mencionou ela, lembrando-se do dia em que voou em um hipogrifo até a caverna onde ficava a Horcrux porque tinha visto em um espelho que eu estava morrendo afogado, e chegou a tempo de salvar minha vida.

Essas lembranças eram recentes — mas agora pareciam imensamente distantes. Eu só queria me livrar da dor, no entanto, ela seria necessária ou eu compartilharia de uma dor maior ainda, que seria perder Hermione. Eu não podia com minha tia e sabia disso, estava contra a parede, sem escolhas, e dor maior seria a vendo sofrer por minha causa, como já acontecera tantas vezes.

Sem dizer nada, eu me aproximei e puxei seu corpo pelos cabelos, de forma lasciva, e a beijei despreocupadamente, sentindo gosto de metal na minha boca, me enojando de mim mesmo e, a pior sensação de todas, sabendo que era a última vez que eu a teria como minha.

— Eu preciso... — Chorei separando nossos lábios.

— Precisa o que? — Hermione me olhou um tanto confusa.

— Você não vai mais se lembrar disso, de nada disso. Eu vou embora. — Sussurrei encarando seus olhos o mais fundo que eu pude.

Ela riu, como se eu tivesse feito uma piada. Mas então notou que eu estava falando sério quando viu lágrimas em meus olhos e seu semblante se endureceu, contraindo-se em uma mistura de pânico, insegurança e dor.

— O quê? — A castanha se afastou — Não, não! Você não pode fazer isso — Sussurrou para si mesma, passando a mão em seus cabelos — Era só isso não era? — Ela ergueu os olhos, agora sentindo raiva de si e, provavelmente de mim também. — Fez tudo isso pra me levar pra cama, e conseguiu! EU CONFIEI EM VOCÊ, EU TE AMEI, E AGORA VOCÊ VAI EMBORA PORQUE CONSEGUIU O QUE QUERIA MALFOY. Isso, agora espalha pra todo mundo que ‘comeu’ a sangue ruim, aposto que tudo isso fazia parte de uma aposta, então, você venceu! — Hermione bateu palmas dramaticamente.

Sem me preocupar com mais nada, eu deixei as lágrimas escorrerem, apenas balançando a cabeça negativamente, a dor já tomava parte de meu corpo. Como ela podia pensar alguma coisa desse tipo vindo de mim?

— Eu JAMAIS faria isso com você! Tudo que estou fazendo agora é pra proteger você, Hermione. Eu nunca tive intenção de te machucar, e para isso, eu vou machucar a mim mesmo. Sua vida está... — Então, eu notei melancolia em seu olhar, como se flashes do passado agora estivessem presentes conosco naquela sala. Tinha algo por trás de tudo isso, Hermione já passara por tudo que ela estava passando antes. — Já fizeram isso com você antes. — Afirmei. — Não é?

Ela abaixou o olhar, assentindo lentamente. Se eu soubesse...

Hermione já tivera seu coração partido diversas vezes. Eu não permitiria que ele se partisse mais uma vez, nem que pra isso eu tivesse que tirar dela tudo que ela se lembrava de mim, inclusive nosso relacionamento amoroso.

— Krum. Ele fez isso com os amigos dele de Drumstrang. — Murmurou ela. — Mas não conseguiu me levar para cama, porque eu não quis. Foi então que ele disse. Eu confiei nele. — Ela deu de ombros e deixou algumas lágrimas escorrerem — Assim como eu confiei em você, e assim como os outros você está quebrando meu coração de novo.

Seus olhos me encararam tempestuosos, eu podia sentir a dor e mágoa restante neles, enquanto ela hesitava em dizer alguma coisa. Ela estava frágil. Seu corpo magro encostou-se no batente da sacada, colocando as mãos sobre elas abaixando a cabeça, estava atordoada.

— Eu preciso. — Eu disse com a voz embargada, sentindo mais lágrimas trilharem meus olhos.

— Precisa? — Hermione então se virou para mim, me encarando com desgosto, seus olhos pesavam sobre todo meu ser. — Por que precisaria?

— Sua vida está correndo risco.

Então seu corpo se encolheu como se ela tivesse acabado de tomar um chute no estômago, seus olhos me encaram com pavor e amargura.

— Minha tia — Expliquei — Ameaçou matá-la, porque agora ela sabe do nosso relacionamento, e se eu não me “livrasse de você”, ela “faria isso por mim”, e disse que tinha certeza que não gostaria nada que ela fizesse. E ela estava certa.

Agora ela me encarava com raiva.

— Então é isso? É simplesmente assim? Vai me deixar sem ao menos lutar por essa causa? Não é uma causa perdida Draco, nós podemos enfrentar isso juntos, você não pode desistir assim, não! — Ela se aproximou e colocou suas mãos em meu rosto.

Eu a afastei balançando a cabeça, atordoado. Desistir. Era tudo que eu tinha feito a minha vida toda, e ela tinha razão, mas eu não podia deixá-la correr risco.

— Eu sempre desisto. Minha vida toda eu desisti. — Sussurrei.

— Mas agora não é necessário! — A castanha gritou batendo o pé, deixando lágrimas pontilharem seu rosto branco como porcelana.

— É, para sua segurança. — Tentei agir o mais frio que eu pude.

E pela segunda vez na noite, ela recuou. Se encolheu, eu estava a machucando, tinha que acabar com aquilo de uma vez.

— Não vou machucar você, eu jamais seria capaz disso. Você não vai se lembrar de nada disso, jamais se lembrará que um dia foi comensal da morte, que matou pessoas, ou que um dia me amou.

Hermione agora chorava tanto que eu queria sair dali correndo, não tinha forças para falar, seu corpo apenas chacoalhava enquanto ela me olhava suplicante balançando a cabeça de um lado para o outro.

— Por favor... Não — Grasnou ela sem fôlego, um soluço cortando o resto da frase.

Meu peito se contraiu de vê-la naquele estado. É necessário, Draco. Pelo bem dela. Ela não vai se lembrar de nada, um simples “Obliviate” e tudo isso acaba. Pensei.

Ergui a varinha para ela, então ela me olhou aterrorizada.

— Você vai... m-me... matar?

Eu ri sem humor.

— Ainda tenho esperanças que tudo isso acabe um dia e você possa ser minha de novo, eu não te mataria, jamais. Pare de chorar, você não vai se lembrar disso. Obl... — Senti como se uma faca estivesse atravessando meu peito. — Você era melhor nisso. — Sussurrei.

— Draco a gente pode dar um jeito! — Ela veio em minha direção, pronta para que me empurrasse.

Não pensei duas vezes

Obliviate!

Um fio arroxeado dançou da minha varinha até o corpo de Hermione, que ficou inerte, os olhos abertos, encarando o vazio enquanto o vento suave balançava seus cachos castanhos.

E ali estava eu, acabando com minha vida, tirando de mim mesmo a única coisa que me fazia feliz, meu único porto seguro. E minha última lembrança dela seria assim, lutando pra que não me deixasse fazer o que eu tinha que fazer.

Eu tirei todo nosso passado da sua cabeça, fiz com que ela se esquecesse que um dia foi comensal, que tirou vidas, as lembranças não atormentariam mais seu ser. Então, a pior parte. Apaguei todo nosso relacionamento ali, fiz com que ela voltasse a me odiar como a ‘doninha irritante’, e fiz com que ela acreditasse que Rony e ela tiveram um relacionamento que não deu muito certo porque ele se apaixonara por outra – que morreu assassinada, não por ela, não. – E também implantei memórias novas em relação ao Harry: eles haviam brigado porque Harry não tinha contado à Hermione o que sabia sobre Rony estar gostando de outra pessoa.

Nada disso fugia muito da realidade que ela encarava, mas eu tornei seus sentimentos intensos, de forma propensa à ela nunca mais querer nada daquilo de volta, nem a amizade, e nem o namoro. Seus sentimentos eram os mesmos de antes, porém sem a parte da raiva e da vingança, só a mágoa e a fragilidade.

Então ela tinha voltado para Hogwarts para que pudesse se formar, sentindo raiva de tudo ao saber que estava sozinha e sua companhia mais familiar era o “Malfoy doninha insuportável”.

E essa seria sua vida de agora em diante. Hermione não se lembraria de nada, e todo aquele sofrimento de minutos atrás estavam esquecidos. A vida chata e sem graça da irritante sabe tudo, a rata de biblioteca que ela sempre foi.

Dor. Era tudo que eu sentia. E talvez tudo que eu sentiria para o resto da minha vida. Não... Eu não podia viver assim. Tudo que me restariam seriam lembranças? Lembranças que aos poucos me destruiriam pelo simples fato de saber que seriam as únicas. Ela não se lembraria mais, nunca mais, todas as lembranças que teria de mim é seu sentimento de ódio e repulsa, minhas ofensas e as vezes que piei nela.

Como me arrependo de tudo isso, como eu queria ter feito diferente se arrependimento matasse, eu estaria a sete palmos da terra.

Nunca mais eu poderia fazê-la sorrir. Agora ela me odeia e não se lembra de nada, e a última lembrança que eu tenho dela é a mais dolorosa: seus olhos abertos e sem enxergar, com um brilho vazio enquanto minha varinha soltava um filete arroxeado que estava fazendo-a se esquecer... Esquecer de que me amava.

Como e queria ser um nascido-trouxa. Eu só não queria ser um Malfoy, queria nunca ter sido esse cãozinho ensinado pronto para obedecer a ordens, eu devia ter eito como o padrinho de Potter fez, mas sou um covarde

As lágrimas agora escorriam por meus olhos e queimavam meu rosto como ácido. Era tudo muito doloroso. Eu não ia viver sem Hermione. Vou tê-la de volta, nem que isso me mãe. Chega de ser assim, chega de ser um cachorrinho, isso vai mudar ou eu não me chamo Draco Malfoy


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Notas finais do capítulo

Olha o prólogo aí pessoal!
Então só pra reforçar, EU CONHECI O OLIVER PHELPS!!!!!! parei juro.
Espero que tenham gostado e me perdoem, só Deus sabe o quanto ruim foi escrever esse capítulo
Ah, eu não sei quando vou atualizar agora - pode ser que só nas férias galera, é - porque eu to cheia de provas na escola e dia 13 agora eu tenho SENAI pra fazer e preciso estudar pra passar, espero que entendam de verdade, eu sinto muito, muito mesmo, mas tô extremamente sobrecarregada. Sempre que der eu escrevo um pouquinho, mas minha cabeça está a mil então eu peço que tenham paciencia e não me abandonem porque eu jamais vou abandonar vocês!
AH, eu escrevi uma One Shot Dramione, se quiserem ler, tá aqui o link :) http://fanfiction.com.br/historia/486960/Can_you_hear_me/



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