Me Apaixonei Por Um Imbecil escrita por eduarda


Capítulo 4
Um belo par de pernas...


Notas iniciais do capítulo

Hey Oh! Gennte, eu to pirando aqui! Quantos comentários, e que comentários! Respondi gritando, cada um deles. Queria agradecer muitooo a vocês, obrigada mesmo. Caralho, vocês são muito fodas, me deixam a mil, pulando de felicidade. (Desculpem pelo vocabulário, eu me empolgo demais ás vezes.)
Vou deixar vocês com o capítulo, mas antes: Alguém viu o Rock In Rio ontem? Matchbox Twenty? NickelBack? E principalmente, meu amante (Porque meu marido é o Johnny u.u) Jon Bon Jovi?
Puta que Pariu, aquele pedaço de homem é de tirar o fôlego!
Desculpem de novo por isso, fã attack! Ennjooy!



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P.o.v Ally

- O que pensa que está fazendo? - Pergunto, retirando minha mão de seu ombro e pondo-a em seu peito, afastando-o de mim.

- Eu? Nada. Mas você parecia que ia me beijar! - Pôs aquele sorriso sacana no rosto.

- Tá pirando garoto? Você que estava quase me devorando!

- Oh, iludida! - Ele assobiou.

- Quer saber? Vai para merda, Moon! Eu vou esperar o ônibus, já que o meu pai nem sinal de vida deu.

- Vai mesmo negar minha carona? - Ele falou enquanto caminhava atrás de mim para fora daquele cubículo.

- Sim, eu vou! Não quero correr o risco de ser beijada por um imbecil, de novo!

- Eu não ia te beijar sua louca!

- Ah não? - Virei-me na mesma hora, fazendo-o parar de andar e ficar a menos de cinco centímetros de mim.

- Eu não, mas pelo o que eu estou vendo, você queria, não é? Vai, admite Dawson! - Ele sussurrou, sua respiração batendo em meu rosto e o seu olhar cruzando com o meu.

- Eu não vou admitir nada! - Disse afastando-me novamente, e um pouco nervosa pela sua proximidade. -  Eu nem sei porque ainda estou falando com você! Passar mal, Moon! - Completei e saí dali andando.

Depois de uns minutos eu não vi mais nenhum sinal do loiro e dei de ombros, me arrependendo mentalmente por não ter aceitado a carona. Meu pai com certeza não viria mais, e paciência é uma coisa que eu não tenho, ainda mais para esperar ônibus, que a esta hora deveria passar totalmente lotado.

Perdi-me em meus pensamentos, quando ouço um barulho de buzina de carro. Olho diretamente para o lado, vendo o Audi A4 preto do Moon me seguindo lentamente enquanto eu caminhava para o ponto de ônibus.

- Você não desiste não é? - Falo com ele ainda me seguindo.

- Minha mãe me disse um dia, para eu ser gentil com os outros e ajuda-los nas horas necessitadas, e eu estou te ajudando Dawson! Vai, entra aí! Ajude-me a ganhar minha medalha de honra ao mérito por cumprir minha tarefa! - Ele disse.

Revirei meus olhos e parei bem antes de chegar ao ponto, o Moon também parou o carro.

- Sei que vou me arrepender disto... - Falei para mim mesma, mostrando que eu não queria aquilo, mesmo querendo a maldita carona! Abri a porta do carro, adentrando o mesmo. - Se tentar alguma gracinha...

- Relaxe Dawson. Não sou nenhum maníaco!

- Sério? Pois tem cara!

- Sei que me ama, todas me amam!

- Ai meu Deus, um convencido iludido, era só o que me faltava! - Falei e pude ver pelo canto dos olhos que o loiro sorria maroto para mim. Cara, como eu odeio esse seu sorriso!

P.o.v Austin

Como eu amo irritar essa garota! E o bom é que ela sempre come pilha.

Tá bem, Austin Moon, 16 anos. Loiro, amado, popular e... E perfeito né?

Brincadeira, eu não me acho tanto assim. Eu só não consigo demonstrar quem eu realmente sou. Acostumei-me a agir como todos pensam que eu sou, um cara popular e rico. Seria um choque para as pessoas a minha volta descobrir que eu não sou isso tudo, que eu sou um simples adolescente que quer viver sua vida, mas não sabe direito como e qual caminho deve seguir.

E em certa parte, é por isso que eu gosto de irritar a Dawson. Ela é a única pessoa que me despreza naquele colégio, a única que enxerga os defeitos do garoto antipático que eu demonstro ser, ela não age como as outra pessoas, que me bajulam, que querem estar ao meu lado pelo meu dinheiro e minha fama. O problema, é que mesmo eu odiando esse "ser" quem sou, eu já me acostumei com ele, sem ele, tenho certeza que não teria nada do que tenho hoje. Mas a Dawson, eu sei perfeitamente que ela me odeia, mas é irresistível! Eu adoro ver ela ficar brava, até quando falo uma simples besteira perto da mesma. Sinceramente, eu gosto de ficar perto desta garota, por ela ser quem é, e não ter medo e nem vergonha de dar sua opinião e de manter sua personalidade verdadeira.

Mas, falando sobre hoje de manhã. Eu não tive saco para aturar quem que fosse. Por alguma razão meus pais decidiram que seria divertido viajar em família. Tipo, o que?

Desde quando eles se preocupam em ficarmos juntos? Normalmente eles ficam trancafiados no escritório lá de casa, discutindo sobre colchões. Eles ficam tão perto de mim, mas é como se estivessem a milhares de quilômetros de distância. Só que, eu não queria viajar neste feriadão, eu queria inventar uma desculpa para os meus "amigos", que eu tinha mesmo ido viajar com meus pais, para assim passar a semana jogando vídeo game com o Dez.

Acho que está aí a prova de que mentir é feio, e que no final tudo pode virar realidade.

O Dez é meu melhor amigo. Um ruivo cheio de sardas e que me atura desde a quarta série. Ele reclama desse meu jeito antipático e do meu ego inflado, mas é difícil para ele compreender, seria difícil para qualquer um que soubesse do motivo. Só que é com ele, apenas com ele que eu posso ser eu mesmo. Aquele cara de bem com a vida, com dificuldade em matemática e geografia, que ama música, cheio de sonhos e desejos. Queria ser mais aberto assim com a Dawson, mas como eu disse, é como um prêmio que eu ganho todo dia, ao ver sua cara brava, seu rosto totalmente vermelho, quando só falta soltar fumaça pelos ouvidos. Ver aqueles lábios formado num bico... Lábios. Eu estava fora de mim naquela hora, eu nunca senti tanta vontade de beijar uma garota, quanto eu quis beijar ela. Eu sempre tratei a Dawson como uma "amiga" na qual eu adoro irritar, uma irmã mais nova que me odeia e que mal fala comigo; mas naquela hora foi diferente. E como eu sei que ela nunca admitiria que ela também queria aquele beijo, eu preferi irrita-la e dizer que eu também não queria. Nossa cara, eu preciso parar de mentir!

This ain't a song for the broken-hearted

No silent prayer for faith-departed [...]

A música de repente entrou pelos meus ouvidos, e eu olhei para o lado imediatamente, vendo a garota sacudindo a cabeça para frente e para trás, ao som de It's My Life.

- Quem te deu permissão para ligar o rádio? - Perguntei, tentando fazer com que minha  voz soasse mais alta que a música.

- Não sabia que gostava do Bon Jovi! - Ela ignorou minha pergunta.

- E desde quando você sabe algo sobre mim? - Ela me olhou e abriu a boca para dizer alguma coisa, mas fechou-a de novo.

Freei o carro quando me deparei com o sinal fechado. A Dawson tamborilava suas unhas no encosto de braço da porta, o que me fez voltar a atenção para sua mão. Mas bem, a atenção mudou de lugar e foi caminhando mais para a esquerda, parando nas pernas dela.

Meus olhos congelaram ali. Suas pernas estavam cruzadas, e a sua saia, ér, ela não cobria muito bem suas coxas. Meu olhar foi descendo, parando em sua tornozeleira de ouro. Nela estava pendido um pequeno pingente em formato da nota Sol. O pingente balançava conforme ela sacudia o pé no ritmo da música.

Ouvi o som irritante de várias buzinas, e reparei que o sinal já havia sido aberto há um bom tempo. Concentrei-me em olhar para frente, tentando inutilmente não olhar com o canto dos olhos para as pernas branquinhas e suaves da Dawson.

- Perdido nas nuvens, Moon? - Ela não tinha reparado para onde eu olhava.

- Não, só em um belo par de pernas. - Respondi por impulso.

- O que?

- Nada, esquece. Hey, chegamos! - Sim, eu sabia onde era a casa da Dawson, ela me odeia, mas eu a conheço mais do que ela gostaria.

- Então, muito obrigada, tchau! - A Dawson disse e abriu a porta, mas eu a impedi de sair, segurando em seu braço.

- Espera! - Ela me olhou e soltou-se de mim - Não mereço nem um beijinho?

A garota me encarou e rapidamente estendeu o dedo do meio para mim.

- Que coisa feia para uma dama fazer. Deus castiga hein? - Observei-a sair do carro.

- Vai se danar Austin Moon! - Gritou já de costas. Ri de sua reação nervosinha e dei partida no carro novamente. 


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Notas finais do capítulo

Curtiram? Ficou legal? Em breve estarei postando o próximo, tá legal? Amo vocês meninas, Milhões de Beijões!!
Obs: A música do capítulo, como eu disse nele mesmo, é It's My Life, do... Bon Jovi, claro!! (Não, eu não sou obsessiva!)