Me Apaixonei Por Um Imbecil escrita por eduarda


Capítulo 31
Ela é a minha garota.


Notas iniciais do capítulo

CHEGAY GENTE QUE EU AMO TANTO!!
E aí povo? Curtiram a quantidade de palavras que tem esse capítulo? Olha, eu bem que tentei diminuir, mas não deu, e eu acho que vocês merecem por causa da demora, né.
Então, vlw pelos reviews criaturinhas do meu heart. Espero que gostem do capítulo!!
ENJOOOOOOOOOOOOOOOOOOOY!



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Senti que havia algo errado. Não era para eu estar ao seu lado. A sua aproximação me incomodava, e eu não tinha certeza se aquilo – para ele – não passava de uma simples caminhada; um gesto bondoso de um “amigo”.

– Então, por que o interesse assim em querer me levar para casa? – perguntei. Não queria ser indiscreta, e muito menos parecer grosseira ao lado do moreno, mas a minha curiosidade me matava por dentro, e eu tinha que arrancar respostas convincentes da boca do rapaz.

– Eu vejo que você costuma ir sozinha pra casa, e só tive a ideia de te acompanhar. – ele respondeu.

– Assim do nada? – indaguei. O garoto me olhou confuso e eu percebi que o meu tom não foi usado muito bem. – Quer dizer, nós nunca sequer conversamos, Trent, e assim de repente você me vem com esse papo e...

– Eu sou só um amigo levando uma amiga para casa, que mal tem nisto? – ele arqueou sua sobrancelha para mim. Deixei que o ar que se acumulava em meus pulmões saíssem, e eu aceitei de uma vez aquela situação.

– Nenhum, está tudo bem... Então, temos que pegar um ônibus...

– Esquece o ônibus, Ally. Eu te levo em meu carro. – ele sorriu pra mim, mostrando todos os dentes. Sorri sem graça, aquilo não seria bom. – Vem – o mesmo me puxou levemente pelo braço, guiando-me até o seu carro.

Talvez eu tenha ficado surpresa ao ver um daqueles carrões de luxo à minha frente, e na verdade, o carro do Trent era muito maior e mais equipado do que o do Austin. Deixei que um “wow” escapasse por meus lábios, e o moreno riu da minha reação, guiando-me novamente até o lado do carona e abrindo a porta pra mim.

Assim que ele deu partida no carro, senti um desconforto imediato. Era estranho estar assim num mesmo local que um garoto que eu mal conhecia, e que por um acaso era o namorado da minha melhor amiga.

Ficamos calados a maior parte do tempo. Minha casa não era tão longe, e eu me surpreendi ao saber que o Trent sabia o meu endereço. Meus dedos apertavam o banco de couro a cada olhar que o moreno dirigia a mim, e eu não via logo a hora daquilo acabar.

– E a Trish? – perguntei.

– O que é que tem a Trish? – ele respondeu, seus olhos revezando entre a estrada e eu.

– Ela é sua namorada, ou você se esqueceu disso?

– Ah, claro que não. Está tudo bem com a gente.

– Por que não convidou ela para vir com a gente?

Ele demorou de responder, o que só me deu mais nervoso.

– Ela me disse que não podia, que a mãe iria busca-la. – disse por fim. E foi aí que eu percebi. Ele estava mentindo. A Trish odeia que a mãe dela busque-a no colégio, e ela nunca que falaria isso para alguém a não ser eu.

Assenti para ele, e o mesmo sorriu. Um sorriso estranho. Eu só não entendia o que ele escondia através daquele maldito sorriso.

...

– Chegamos! – disse rápido assim que enxerguei o portão da mina casa – Obrigada pela carona, Trent. Agradeço-lhe muito. – já ia tirando o cinto e abrindo a porta, quando o garoto de repente agarra o meu braço, impedindo que eu saísse. Meus olhos encontraram com os seus, e eu me controlei para não demonstrar o medo que eu estava sentindo ali.

– Espera um pouco, quero falar uma coisa com você. – ele sorriu de novo.

– Primeiro me solta, agora. – frisei o “agora” e o garoto pareceu perceber que ainda segurava meu braço. Consertei-me no banco e ele virou-se, de forma que ficou de frente a mim.

– Desculpa é que... – ele me olhou de uma maneira singela, e eu aceitei suas desculpas. – Eu queria falar, er, eu ouvi os boatos na escola...

– Boatos? – arqueei as sobrancelhas. – Que boatos?

– Que você e o Austin estavam... sabe... – ele disse sem jeito, soltei um “ah”. As fofocas costumam se espalhar em menos de 48 horas...

– E o que você tem haver com isso?

– Ally, eu conheço o Austin há bastante tempo, e sei que ele não é uma boa opção para você e... – cortei-o.

– Opção? O que você tá achando, em? Que o Austin é um brinquedinho que eu escolhi entre tantas outras opções numa loja?

– Não, você entendeu errado.

– Não tenho tanta certeza disso.

– Você não é para ele, Ally. Ele não te merece, ele é um galinha, vive pegando as garotas e as jogando fora! Você não merece sofrer por um cara tão baixo como o Moon.

– E agora eu repito, o que é que você tem haver com isso? Acho que no dia que eu aceitei me envolver com Austin Moon eu medi todas as consequências e sabia no que estava me metendo, não é mesmo Trent? Vou te dar uma dica, da próxima vez se concentre em dar mais atenção para a sua namorada em vez de ficar dando palpites nos relacionamentos dos outros – conclui com um sorriso irônico, rezando para que o cara entendesse logo que eu não queria papo com ele. – De novo obrigada, e tchau. – saí do carro decidida a nunca mais ousar entrar nele novamente.

...

– O Trent te deu carona? Por que? Pra que? E por que diabos você aceitou uma carona daquele otário? – o Austin andava de um lado para o outro no meu quarto, enquanto, dificilmente, eu tentava me concentrar em meu dever de matemática.

– Dá pra parar de andar desse jeito possessivo? – o loiro parou em minha frente, pondo rapidamente as mãos na cintura e me olhando com as sobrancelhas arqueadas – Pra que toda essa coisa, Austin? Foi só uma carona, ele pediu pra trazer-me e eu aceitei, só isso.

– Logo o Trent, Dawson? – ele abaixou as mãos, derrotado, sentando-se na beirada da cama.

Suspirei e desisti de terminar aquela atividade, seguindo em direção ao Austin e sentando em teu colo de lado. Pus meu dedo em seu queixo e levantei seu rosto para que ele olhasse para mim.

– Ei, relaxa. – sussurrei.

– E tem como? – ele disse.

– Bom... – sorri pra ele, e o mesmo pareceu entender o que eu queria dizer.

– Tá desviando do assunto... – ele murmurava enquanto eu distribuía beijos por toda a extensão de seu pescoço.

– Esse é o objetivo. – eu disse, sorrindo para o loiro. Em resposta, Austin agarrou minha cintura, apertando firmemente; o bastante para me fazer suspirar ‘sem querer’, e nós caímos para trás na cama.

...

– Você vai contar a Trish o que aconteceu hoje? – o loiro perguntou sonolento.

– Não tenho certeza. Tenho medo de ela entender errado o que aconteceu e brigar comigo, ou brigar com o namorado dela.

– Ally, se ela brigar com aquele otário, o beneficio vai ser puro e totalmente dela. Ela vai tá é ganhando.

– Qual é dessa sua rixa com o Trent? – perguntei enquanto colocava alguns cabelos loiros, um pouco grandes, do Austin atrás de sua orelha.

Estávamos deitados na cama. Não chegou a rolar nada, existia um motivo muito plausível para não rolar: meu dever de matemática! Eu tinha que termina-lo!

– Isso é uma coisa antiga, esquece.

– Esqueceu com quem você tá falando né, querido? É lógico que eu não vou esquecer!

– “Querido” é? – ele me olhou divertido.

– Seu imbecil – eu ri das piadinhas que ele fez depois do que eu disse. – Mas é sério Austin, o cara tentou dar palpite no nosso namoro e...

– Espera, para tudo Terra, eu quero descer! – o loiro disse do nada, o que me deixou confusa.

– Que foi criatura?

Austin virou pra mim, ficando a centímetros do meu rosto e sussurrou: - “nosso namoro”?

Tá legal, aquilo meio que me deixou embaraçada. Ou completamente sem graça. Ou só sem respostas mesmo.

– A gente tá namorando, Dawson?

– Não combinamos que íamos parar de nos tratar pelo sobrenome? – ignorei seu primeiro comentário.

– Responde a pergunta.

– Você não respondeu a minha.

– Isso é um jogo?

– Talvez.

– Tá ok, você venceu. – o garoto disse, se ajeitando e me pondo com a cabeça em seu peito e o teu braço em meus ombros.

– Já? Mas nem começamos...

– Você quer que eu conte?

– Conta logo! – disse com uma voz estranha e o loiro riu, começando a contar.

Isso deve ter sido há uns 3 anos. Eu e o Trent treinávamos basquete na quadra da Marino para o próximo campeonato interno que haveria. Naquela época, não sei se você se lembra, mas éramos muito amigos. Fazíamos tudo juntos, desde paquerar as garotas a colar na prova de história. Mas nesse mesmo dia, aconteceu uma coisa que simplesmente destruiu todos os laços de nossa amizade.

– Foi uma garota, não é? – indaguei.

– Se você me deixar contar – ele respondeu.

– Foi? – insisti.

– Sim – ele disse e eu fiquei calada, deixando que ele continuasse.

Na quadra de futebol do outro lado do campo, havia terminado a aula das garotas, ou seja, a aula da garota. Eu e ele, e o time, lógico, não paramos de treinar os arremessos por causa das reclamações delas sobre: como o dia estava quente, ou o porquê da professora de educação física ter pegado tão pesado com elas e essas coisas. Daí as garotas começaram a entrar na quadra, já que só tem um vestiário e fica dentro da quadra de basquete. Sério, eu mal estava ligando para os acenos e os assovios que elas mandavam pra gente, mas o Trent quase tirava a camisa pra mostrar sua barriga lisa para as garotas, até porque com treze anos o máximo que ele teria é, enfim. A última garota passou pela arquibancada, e seu olhar nem para nós ela desviou. É óbvio que eu a reconheci, né? Como eu não reconheceria a menina que eu estava gostando há mais ou menos dois meses?

– Pode pular essa parte... – disse sem ânimo. Pra que diabos eu iria querer ouvir a paixãozinha do Austin da sétima série?

– Não, agora as coisas vão ficar interessantes – ele disse animado – Mas me diz uma coisa, você não lembra nada disso, tipo...

– Não, por que eu lembraria?

– Nada, deixa eu falar.

Enquanto a garota atravessava a arquibancada para chegar até o vestiário, o Trent parou ao meu lado.

– Bem gatinha essa mina, heim? – ele dizia ao meu lado, secando a garota por trás. Não sei bem o que senti na hora, mas meu sangue meio que ferveu na hora e eu me controlei pra não partir pra cima do cara.

– Não acho – respondi frio, pedindo um tempo ao pessoal.

– Ah vai lá Austin, eu sei que você adora ficar atrás dessa garota, vive irritando ela pelos cantos no colégio.

– Tá maluco, cara?

– Tô sim, por essa mina. Vai, qual o nome dela, tenho certeza que pego ela logo agora na saída. – me afastei do Trent, indo para o bebedouro e largando ele no meio da quadra.

– Ela não é para o seu bico, seu idiota. Nem pense em encostar um dedo nela – falei, percebendo que ele me seguia. Virei-me e o moreno me olhava divertido.

– Então você admite que tem algo com aquela putinha? E que aliás, tem uma bundinha bem... – não deixei que o garoto continuasse e prensei-o na parede, puxando um punhado de sua camisa.

– Agora você passou dos limites!

– Ah é? E você vai fazer o que? Me bater? – ele ria descaradamente, e eu me controlava pra não acertar logo um soco em sua barriga.

– Quer testar? Vai Trent, seja homem, acho que toda a Marino sabe que eu sou mais forte que você, não é?

– Você vai mesmo deixar que uma puta duma garota faça isso com nossa amizade? – ele disse abafado, sabia que não conseguiria se livrar assim de levar uma surra.

– Não foi ela, Trent. Foi você. – soltei-o, o que fez com que ele caísse no chão com o impacto. – E da próxima vez que você ousar encostar nela ou sequer falar dela, você vai ganhar tudo que perdeu agora neste momento. Pense bem Trent, a Dawson não é uma garota. Ela é a minha garota.


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Notas finais do capítulo

E aê? Como foi? Eu pensei em ocultar o final e botar aquele "Continua", mas eu achei maldade demais gente huehue'
Deixem suas opiniões, ok?
Obg a todo mundo e queria fazer um desafio! Será que a Cy aqui consegue 25 reviews até quinta? Se eu conseguir, juro gente, que eu posto na quinta mesmo ou até na quarta! E aí vai ter treta do presente, e não do passado heuheuhue'
Amo vocês de verdade (coraçãozinho)
Mil beijos, Até :**