Me Apaixonei Por Um Imbecil escrita por eduarda


Capítulo 15
Apenas aproveite. Não entenda.


Notas iniciais do capítulo

Quem sentiu falta da doentinha aqui? Isso, eu estou na maior depressão por causa da gripe que eu peguei pessoal. E tipo, eu to me sentindo muito culpada por não ter postado o capítulo na sexta. Eu não acordei muito bem, com uma dor de cabeça dos infernos, e passei quase o dia todo na cama. E no sábado eu tive que ir no meu colégio apresentar um trabalho extra que valia nota, quando voltei a primeira coisa que eu fiz foi dormir. E dormi acho que umas 6 horas. Além da minha criatividade que não quis me dar um Hello! Bem, aí está um capítulo enorme, muito grande mesmo, e que eu não consegui diminuir. Queria dedicar ele a Escritora Feliz, aquela fofa que me deixou uma recomendação muito perfeita! Obrigada mesmo viu? Eu amei as suas palavras, não sabem o quanto elas me animaram, já que eu to passando a maior parte do dia vejetando por causa dessa gripe. Obrigada mesmão, viu?
Espero que curtam o capítulo!!! Enjoooy!



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P.o.v Austin

A cena era totalmente desconfortante . Eu me sentia na necessidade de coçar a nuca a todo momento e querer sair dali o mais rápido o possível. Mas meus pés não saiam do lugar. A Ally e o individuo se separam e ficaram em um tipo de transe e foi aí que eu não aguentei! Geralmente só eu tenho esse transe com a Ally! Só eu posso ter esse transe com a Ally.

– Oi? Eu ainda estou aqui! - Disse, mas foi completamente inútil. A garota nem sequer olhou em minha direção.

Meu corpo se inundou com um ódio inexplicável, e a única coisa que eu queria - e sentia preciso fazer - era tirar a Ally dos braços daquele garoto. Mas não fiz. Por que eu faria? Eu não sei o que estou sentindo, e nem se isso faz mesmo algum sentido.

Pisquei algumas vezes e me retirei dali, finalmente.

"Caramba, o que foi isso Austin?" Me perguntava a todo instante. Nunca senti algo parecido. É incrível como essa garota está me fazendo descobrir sentimentos tão novos e tão diferentes...

Sem perceber já estava onde meus pais e os pais da Ally estavam. Retribui o sorriso deles, mesmo forçado, e sentei-me na areia quente. Ao longe ainda podia ouvir a conversa que se iniciava entre as duas pessoas. E é sério. Eu fazia de tudo, mas não conseguia não ouvir o que eles falavam.

– Cara, Ally! Eu não acredito que eu vim lhe encontrar logo aqui!

– Ô idiota, foi aqui que nós nos conhecemos e aqui que nos vimos pela última vez, lembra?

– Ah, é verdade. - A cada palavra que aquele tal de Elliot dava eu revirava os olhos. O cara era super amostrado. Estava vestido com aquelas roupinhas coladas de surfista - que eu já usei, claro, mas nele fica ridículo - e com uma prancha rosa e branca - viado - enterrada na areia ao seu lado. Mas meus olhos não conseguiam se desviar do sorriso da Ally. Era aquele sorriso bobo e meigo dela, e que sempre que eu o via, eu me sentia bem. Só que ela não estava sorrindo para mim ou para qualquer outra coisa, e sim para aquele infeliz. - Sabe, fiquei muito feliz de te reencontrar. Poderíamos relembrar os velhos tempos, o que acha? - Meus olhos se abriram um pouco demais quando ele disse aquilo, e eu já podia imaginar o quão vermelha minha cara estava agora. Velhos tempos? Observei as bochechas da Ally adquirirem um rosa claro. Não cara, não aguento mais ver isso. Me levantei da areia e não dei atenção para algumas perguntas da minha mãe. Tirei minha camisa e fui em direção ao mar. Adentrei-o. Eu tinha que parar de pensar nisto. Eu já to começando a achar que estou com... Não! Impossível! Eu não sinto ciúmes. Ainda mais da Ally. Me arrisquei a olhar para lá novamente, e me arrependi. Eles estavam abraçados de novo. Esse cara não cansa de abraçar minha Ally não? Minha... Ai merda!

P.o.v Ally

Eu não acredito que depois de todo esse tempo eu vim reencontrar o Elliot! E nossa, acho que o tempo fez muito bem para ele.

– Claro, por que não? - Respondi a ele. Os velhos tempos... Eu e o Elliot fomos melhores amigos durante uns três anos, costumávamos não nos separar quase sempre. Nos conhecemos num acampamento aqui em Sunset Beach, e todo verão nós nos encontrávamos. Passávamos várias horas nas aulas de artesanato, tecendo cestas e eu sempre o convencia a participar das aulas de música comigo. Eu amava aquela época, apesar de que eu já tinha o Austin em minha vida. Mas tudo melhorava quando o verão chegava e eu vinha para cá. Sendo que isso foi parando de acontecer, já que os meus pais sempre viviam ocupados, viajando. E eu ainda descobri que o acampamento fechou. Então, de certa forma não seria tão divertido vir para cá.

– Então, te vejo hoje ás oito aqui mesmo na praia? Recentemente eu comprei uns materiais e nós podemos nos divertir.

– Combinado. E eu posso levar meu amigo? Austin, você... - Olhei para os lados e não encontrei o loiro. Tentei avista-lo em algum lugar, e acabei encontrando a cabeleira loira lá na água. Revirei os olhos.

– Claro que pode. O John vai estar lá...

– John? Quer dizer que você...

– É, meus pais aceitaram! - Ele soltou aquele sorriso empolgado e eu o abracei novamente. Eu esqueci de dizer, o Elliot é gay. Sim, o meu primeiro beijo foi com o moreno, no último ano que nos vimos, pois ele teve que se mudar para New York e me veio a notícia, que o próprio me contou, que ele não gostava do sexo oposto. Tipo, eu fiquei arrasada, porque durante todos os dias que compartilhávamos, a nossa amizade, eu gostava dele. Mas eu entendi o lado dele. Ele me disse que nunca demonstrava isso, porque além de que era muito jovem - tínhamos treze anos - os pais nunca aceitariam. E acabou sendo nosso segredinho. Eu mantive contato com o Elliot durante um tempo, mas fomos parando de nos falar.

– Fico muito feliz, mesmo, por você!

– Obrigado! - Ele disse. - Mas, e esse amigo aí que você quer levar? Era o garoto que tava atrás de você há uns minutos?

– Ah, é sim, o Austin, meu amigo...

– Amigo? Tem certeza que é só isso? Ele é bem bonito, hein...

– Claro Elliot! O Austin é, ou era, um garoto insuportável. Um total imbecil. Não lembra que eu comentava dele com você? - Não dei muita atenção para o seu último comentário, até porque eu não queria deixar na cara que eu concordava. Ele assentiu.

– E por que você é "amiga" dele agora?

– Porque...

– Você gosta dele.

– O Que? - Não consegui evitar a afinada na voz.

– Querida Ally, se você não gosta dele, por que diabos a todo minuto olha lá para o mar, onde provavelmente o loiro deus grego deve estar neste exato momento? - Corei com suas palavras, porque até agora eu não percebia que eu olhava toda hora para onde o Austin estava. Ele permanecia de costas, e parecia lutar para não virar-se. Estava á uma boa distância da beira e de todos os banhistas. Estranhei aquilo.

– Ok, o Austin tá sim mexendo comigo de um jeito meio diferente, e me fazendo ter outros pensamentos sobre o próprio, mas eu não gosto dele.

– Se você diz. - Ele sorriu. - Eu vou indo. Até á noite! Ah, e leve seu amiguinho, vou adorar conhecê-lo. - Rio com as palavras dele.

– Vou dizer para esse John o seu assanhamento com o Austin, viu? - Digo quando o vejo se afastando.

– Que isso Ally. Acho que o Austin já tem uma dona, heim. - Ele sorri e vai embora. Balanço a cabeça negativamente para o que ele diz e olho novamente para o mar. Ele continuava na mesma posição.

Direcionei-me para onde o pessoal estava e tirei minha roupa, deixando-me em meu biquine, e já ia para onde o loiro estava, mas fui abordada.

– Ally, você sabe o que aconteceu com Austin? - Era a mãe dele.

– Não, por que?

– Ele saiu todo estranho daqui, depois de ficar minutos olhando para uma única direção. - Franzi o cenho.

– Vou descobrir agora. - Saí dali e corri pela areia. Mergulhei na água e fui nadando até onde ele estava. Tentei ser o mais discreta possível, indo por baixo, até que eu avistei seus pés flutuando. Subi a superfície para respirar e voltei novamente, mas dessa vez não encontrando nada. Vi apenas alguns borrões e só água. Quando de repente eu sinto algo em meus pés. Dou um pulo e me afasto, a tempo de ouvir umas risadas. Suspiro ao ver que era o idiota.

– Que susto garoto!

– O feitiço virou contra a feiticeira. - Ele riu.

– Não é engraçado. E se eu tivesse bebido água? Eu poderia morrer afogada.

– Você não iria morrer, Ally.

– Como pode ter tanta certeza?

– Eu não iria deixar. - Fiquei em silêncio.

– Então... Por que saiu sem me falar de lá? Eu queria te apresentar ao Elliot.

– E quem disse que eu queria ser apresentado a esse tal de Elliot? - Sua expressão mudou. Ele fechou a cara e demonstrava um ódio que eu não reconhecia.

– Austin, por que você tá assim? O que aconteceu?

– Nada Ally. Não aconteceu nada. Você apenas me deixou de bobeira lá, enquanto quase engolia o menino com os olhos. E ele o mesmo né? Você viu o jeito como ele te olhou? Aliás, se você passou tanto tempo com ele lá, é porque tava gostando, então porque não volta pra...

– Austin, para! - Ele se calou e olhou em meus olhos. - Você está com ciúmes, é isso?

– Que ciúmes o que! - Defensiva...

– Ah é? E se eu te contasse que eu vou sair com ele hoje a noite? - É, eu sabia que o Austin estava com ciúmes, mas não faz mal ocultar a parte que o Elliot é gay. Quero ver até onde isso vai dar.

Seus olhos expressaram outra emoção. Ele estava decepcionado. Eu só não entendo porque.

– Parabéns então.

– Obrigada. Ai Austin, você nem imagina o que vai rolar lá... - Duas pessoas, ou três, tecendo uma cesta ou fazendo algum instrumento artesanal.

– E nem quero. - Disse, e eu seu tom de voz não parecia muito feliz. - Mas quer saber? - Ele me olhou direito, depois de um bom tempo encarando a água.

– O que? - Desafiei-o. Ele chegou mais perto, e eu não pude negar a minha curiosidade. Seu rosto chegou bem perto do meu, e eu temi que ele fosse me beijar, mas isso não aconteceu.

– Divirta-se. - Disse apenas. Encarou meus olhos - frustrados - e mergulhou, afastando-se de mim. Eu o observei, até ele sair completamente da água. Aquilo seria mesmo ciúmes? Ou eu estava enganada? Austin Moon estava mesmo com ciúmes de mim?

oOoOoOoOo

Aprontei-me para ir encontrar o Elliot. Vesti uma blusa simples com uma frase de estampa, branca e preta, um short jeans e calcei minhas sapatilhas. Deixei meu cabelo solto e pus uma maquiagem leve. Eu estava pronta, mas preocupada. Eu não tinha visto o Austin ainda. Desde o almoço que eu não vejo. Ele disse que ia sair, que precisava de ar, alguma coisa assim. Eu preciso descobrir o que houve com ele.

Saí do meu quarto e desci as escadas, despedi-me de todos e saí. Encontrei o Elliot logo e nós fomos para a casa dele. Tentei esquecer um pouco do Austin. Queria aproveitar meu tempo com o Elliot. Mas não ocorreu exatamente assim.

...

Voltei para casa mais cedo. Tinha ido tudo bem com o Elliot. Eu reencontrei a família dele e pude conhecer o John, que é um cara muito gentil e um pouco mais afeminado que o Elliot. Mas tinha um problema. O Austin não me saía da cabeça. O moreno até insinuou novamente de que eu gosto do Austin, e que eu vim para casa mais cedo por causa dele, e o por quê que ele não veio comigo. Mas eu nem tinha respostas. Resolvi acabar com isso e ir embora, precisava encontrar o Austin. A ideia de que ele não está bem me incomoda e muito. Eu quero saber o que está acontecendo, eu quero poder ajuda-lo se foi possível.

Cheguei em casa já eram onze horas. Vi poucas luzes ligadas e deduzi que todos já estavam dormindo. Eu havia avisado a minha mãe para não me esperar acordada, ela conhecia o Elliot e sabia que eu não faria nenhuma besteira.

Entrei em casa e procurei pelo loiro, mas ele não estava. Já estava entrando em desespero, até que saio de casa e encontro a figura loira sentada no batente da piscina com os pés dentro d'água.

– Garoto, onde você estava? - Corri para perto dele. Seus olhos fixaram-se aos meus e eu vi surpresa neles. Ele sorriu fraco para mim.

– Por aí. Por que?

– Eu... Eu estava preocupada. E ainda estou. Austin, por que você tá assim?

– Eu não to "assim". Eu to normal. - Ia falar algo. Dar um sermão nele, mas preferi ficar calada. Retirei meus sapatos e sentei ao seu lado, pondo meus pés na água, que para constar estava gelada.

–Ui. - Murmurei, tentando me acostumar com a frieza.

– A água tá fria. - Ele falou.

– Não me diga. - Disse e ele riu. Ficamos uns segundos em silêncio.

– Como foi o encontro? - O loiro se pronunciou.

– Que encontro?

– O teu encontro lá com o tal Elliot.

– Ah, foi tudo ótimo. Nós três nos divertimos muito. - Respondi.

– Três? - Olhou para mim.

– Sim, três. - Sorri, decidi falar logo a verdade. - Eu, ele e o John, o namorado dele. - Vi os olhos de Austin se arregalarem e eu ri.

– Namorado?

– Quer parar de repetir o que eu digo? - Ele sorriu, parecia aliviado.

– Desculpa, é que... O Elliot é gay?

– Sim Austin. O Elliot é gay. - Ele encarou a água. Parecia alegre e aliviado.

– Desculpa então.

– Por?

– Por ter te dito aquelas coisas sem sentido, por ter desaparecido e tal.

– Tudo bem Austin. Eu sei o que é ciúmes.

– Eu não estava com ciúmes.

– E por que você agiu daquela maneira defensiva? Se importando um pouco demais com a minha relação com o Elliot?

– Porque eu descobri uma coisa. - Eu o olhei, acenando para que ele continuasse. O mesmo soltou o ar de seus pulmões e retirou os pés da piscina, sacudindo-os para tirar o excesso de água. Fiz o mesmo, ficando de frente para ele. - Eu descobri que... Que eu não consigo te ver com outra pessoa, especificamente com outro garoto, a não ser eu.

– Isso é ciúmes. - Surpreendi-me com o que ele disse, e deixei um sorriso de canto escapar. Ele piscava poucas vezes e seus olhos não se desgrudavam dos meus.

– Não Ally. Isso não é ciúmes. Eu não sei o que eu sinto, é um embrulho na barriga. Minhas pernas ficam meio trêmulas e eu sinto meu corpo ferver, de raiva, de ódio, eu não sei. Eu tenho vontade de te pegar pela cintura e arrasta-la do lugar o mais rápido o possível. Sinto como se todos a sua volta a fizessem mal, e só eu posso te fazer bem, posso te proteger. E isso é totalmente inacreditável, porque a pelos menos uns cinco dias atrás era ao contrário. Eu não sei se você vai entender, porque eu realmente não entendo e... - Interrompi-o. Avancei alguns centímetros e capturei seu lábio inferior com os meus. Soltei-o e pus minhas mãos em seu rosto.

– Por que fez isso? - Sussurrou.

– Eu também descobri uma coisa. - Levantou uma sobrancelha.

– O que? - Perguntou. Sorri para ele e fiz uma coisa que ele realmente não esperava. Usei toda a minha força e o derrubei na água, caindo nela logo em seguida. Permanecemos a uma boa distância após subir a superfície. Ele sorriu maroto para mim e balançou a cabeça negativamente, com os cabelos molhados colados na testa. Sorri de volta e desci lentamente para baixo d'água, a tempo de vê-lo fazendo o mesmo. Nadei até que meu corpo ficou colado ao seu e nossos lábios estarem colididos, e subirmos novamente, envolvidos naquele beijo inacreditável.

–Nós não precisamos entender nada, Austin. Apenas aproveite. Não entenda.


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram? Bom, apesar de grande e muito difícil de ser completado, eu gostei do resultado. Então, obrigada mesmo pela recomendação Escritora Feliz, eu amei. E obrigada também pelos reviews, meus loves, eu responderei eles jájá!
Alguns links que eu não resisti e decidi postar:
Primeiro "Beijo" do Austin e da Ally: http://1.bp.blogspot.com/-TVIRhDKh1VQ/UT5aVbpOyUI/AAAAAAAAAGg/RI6xAagVuZ0/s1600/bj+2.gif
Segundo beijo: http://25.media.tumblr.com/72622111e2fa8682b013b4865f5b8cad/tumblr_mpum0v6RlD1sq9bgoo1_500.gif
Terceiro: http://31.media.tumblr.com/tumblr_matjj0XMt11rxgb7fo1_500.gif
Roupa da Ally: http://www.polyvore.com/me_apaixonei_por_um_imbecil/set?id=104877804
E é isso. Muitos links, eu odeio isso, mas não resisti. Espero que tenham curtido. Milhões de Beijos, Byee :**