But...I Like You. escrita por Marril


Capítulo 8
Capítulo 7: Solving the puzzle.


Notas iniciais do capítulo

Olá! Como vão? Espero que esteja tudo bem e já agora prontas para mais um capítulo ^^

Boa Leitura!



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No dia seguinte acordei demasiado cedo: seis e trinta da manhã, eu acho. Como ainda tinha muito tempo decidi passear um pouco pelas redondezas já que no dia anterior não tinha tido essa oportunidade. Fiz a minha higiene matinal e vesti uma roupa qualquer, apanhei o meu cabelo num rabo-de-cavalo bem apertado enquanto saía do meu quarto.

Parei à porta deparando-me com a que estava à minha frente (a do quarto de arrumações). Decidi entrar, afinal aquele sítio não podia ficar fechado durante tanto tempo, comecei a caminhar entre as caixas mal arrumadas de maneira a chegar à janela, pelo caminho tropecei numa e estatelei-me no chão. Após verificar se estava inteira peguei na caixa pronta a arrumar tudo de novo dentro dela, para minha surpresa deparei-me com os meus velhos patins-em-linha, há algum tempo que não os usava e vê-los novamente fez-me relembrar o quanto eu adorava a sensação de ter o vento a bater-me na cara enquanto deslizava sobre eles. Resolvi levá-los comigo, levantei-me com eles na mão, abri a janela para o quarto arejar e desci.

Lá em baixo peguei numa caixa de bolachas, um sumo e o meu mp3 com os phones já conectados, calcei os patins e saí porta fora pronta para o meu passeio (em direção contrária à escola) ao som de Leave All The Rest – Linkin Park. Apesar de ser difícil manejar a comida só com duas mãos, acabei por apanhar o jeito, passei por uma série de lojas interessantes, mas não entrei em nenhuma delas, pois como não tinha dinheiro comigo apenas iria incomodar. Passei também por um parque que me pareceu muito agradável, talvez um dia pudesse convidar alguém a vir comigo e fazer um piquenique. Mas o que eu estou aqui a pensar? Piquenique? A sério Aya? Que ideias andas tu a ter? Afastei estes pensamentos e continuei a patinar.

Num momento olhei de relance para o meu relógio e assustei-me: já eram sete e quarenta! Soltei um palavrão recomeçando a patinar velozmente de volta a casa. Apenas faltava atravessar uma rua até chegar ao meu destino e talvez não chegaria atrasada à escola, fechei os olhos e deslizei ainda mais rápido, subitamente sinto o meu corpo embater com outro, como ia muito rápido não senti quase nada, o que também era estranho pois devia pelo menos sentir o chão frio, no entanto apesar de sentir algo rígido este também era macio e morno. Abri lentamente o meu olho direito e de seguida o esquerdo, assustei-me com o que vi e gritei, a pessoa com o meu grito assustou-se e agarrou-me na cintura, eu estava em cima dele, a poucos centímetros, demasiado perto, sentindo a sua respiração misturar-se com a minha. Corei com estes pensamentos e ele sorriu maldoso, na mais pequena oportunidade afastei-me rapidamente, o que foi um pouco difícil no início porque ele não parecia querer largar a minha cintura.

-E-Estás p-parvo ou quê?

-Eu? Parvo? Nem por isso, porque perguntas? – Respondeu-me com um ar (supostamente) inocente.

-Sim, tu! Parvo! Dumb! Estúpido! Idiot! Irritante! Jerk! Paler… - Eu ia continuar com os meus insultos e até piorá-los se não tivesse sido calada. Eu não acreditava, ele tinha tapado a minha boca com a sua mão. Tentei soltar-me, contudo estava bem presa pelos seus braços. Tentei gritar, porém os meus gritos eram abafados pela sua grande palma. Numa última tentativa (quase desesperada) tentei morder-lhe, mas acabei por lamber-lhe a mão. Ele pareceu divertido com as minhas tentativas falhadas e até comentou:

-Agora deu-te para lamberes? – Corei novamente ao mesmo tempo que desviava o olhar. -Eu largo-te se prometeres não gritar ou bater-me, okay?

Apenas acenei (também o que podia fazer mais?), de seguida ele largou-me lentamente.

-Vês, não custa nadas seres boazinha, certo?

Apenas virei a cara, no entanto tinha-me esquecido que estava com patins e acabei por desequilibrar-me, ia fazendo uma nova visita ao chão se o loiro não tivesse agarrado (mais uma vez) a minha cintura.

-Estás bem? – Perguntou-me preocupado.

-Y-Yes. N-Não precisas de te preocupar. E-Eu tenho de ir senão vou chegar atrasada. – A minha voz saiu estranha. Eu estava nervosa com aquela proximidade, mas porquê? Devo ter batido com a cabeça, só pode. Recompõe-te Aya, recompõe-te!

-Ir? Aonde?

-Para casa of course, tenho de ir buscar a minha mochila e tirar os patins.

-Certo. Então eu vou contigo. Vou só avisar que vou indo. – Eu ia recusar, mas Nathaniel foi mais rápido a entrar dentro de casa. Fiquei cá fora à espera. Entretanto observei a sua casa (talvez o mais correto seria dizer mansão), ela parecia-me familiar, tinha quase a certeza que já a tinha visto antes. Comecei a pensar até que descobri quando a tinha visto, mas não podia ser! Ou será que podia? Afinal já eram demasiadas coincidências: o nome, a irmã, a casa…Fui tirada das minhas meditações pela chegada do rapaz.

-Pronto já está. Vamos? – O loiro observava-me curioso. -Que se passa? Que cara é essa?

-Hum? Ah…Nada, não é nada. Vamos?

-Sim. – Disse com uma cara desconfiada.

Recomecei a patinar sendo seguida por Nathaniel. Novamente aqueles pensamentos ocuparam a minha mente, eu queria perguntar-lhe, só não tinha coragem para isso, num momento dei por mim a encará-lo e no momento seguinte os nossos olhares cruzaram-se, virei rapidamente o rosto e deslizei mais velozmente. O loiro apressou o passo e pediu:

-Podes ir mais devagar? Não estamos assim tão atrasados.

Abrandei até parar completamente, fiquei em pé sem me mexer de costas para Nathaniel, eu queria perguntar-lhe já não aguentava mais.

-Ahm…Nathaniel? Posso perguntar-te uma coisa?

-Se eu puder responder sim, mas o que se passa? Estás estranha.

-Não te preocupes não é nada. Hum…Eu gostava de saber há quanto tempo vives naquela casa? – Perguntei-lhe referindo-me à mansão.

-Naquela casa? Desde que eu me lembro, eu acho. Mas, porque perguntas?

-For nothing…Yeah…nothing at all…– Murmurei pensativa. Então é verdade, agora só faltava confirmar para ter a certeza…Será que ele também já descobriu ou pelo menos desconfia?

O resto do caminho foi feito em silêncio. Quando chegámos a minha casa, eu entrei e Nathaniel ficou lá fora à espera. Troquei os patins por uns ténis e peguei na minha mochila juntamente com uma maçã. Voltei a sair, juntando-me ao loiro e caminhamos juntos até à escola, novamente em silêncio. Cumprimentei China e Lysandre que estavam à nossa espera no portão e entramos todos em direção à sala onde teríamos a primeira aula.

As aulas da manhã passaram rápido, a hora de almoço também, eu até podia dizer que estava a divertir-me imenso se eu não tivesse aquela dúvida na minha cabeça a incomodar-me, eu tinha de resolver isso o mais depressa possível. Apenas faltava a última aula do dia antes de podermos ir para casa, ela seria: Educação Física.


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Notas finais do capítulo

Próximo Capítulo - Capítulo 8: Sports? Let's go!
Nota: Eu sei que o título não é original, é que eu estava sem imaginação para melhor -.-'

Bye bye ^^

@Marril .



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