But...I Like You. escrita por Marril


Capítulo 38
Capítulo 35: Returning home&The next day.


Notas iniciais do capítulo

E que tal um capítulo para terminar o fim de semana? E não é apenas um capítulo qualquer é o penúltimo! Ai, já estamos mesmo a acabar... parece que passou muito rápido :P Deixo-vos com este capítulo e até breve!

Boa Leitura!



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No caminho de volta Ambre e Melody também nos acompanharam no autocarro, ambas pareciam horrorizadas em ter aquele meio de transporte como o eleito para a nossa volta. Num cochicho entre as duas acabei por ouvir por acaso que, por Melody viver perto da loira, as duas iam juntas para a escola num carro pertencente à família da segunda.

No autocarro sentei-me num banco singular de maneira a que pudesse ficar sozinha, ninguém contestou, aliás nem sequer disseram nada. Cada um sentou-se também e a viagem iniciou-se silenciosa, para me animar coloquei os meus phones e deixei a primeira música tocar, tocavaRestless Heart Syndrome – Green Day, à medida que ouvia a música a mesma parecia entrar mais profundamente na minha mente. Teria eu também algum tipo de doença que eu desconhecia?

Estava prestes a cantarolar uma parte quando percebi onde realmente estava, o autocarro não me parecia o local ideal para partir vidros e furar tímpanos, por isso deixei-me ficar quietinha e caladinha para não incomodar ninguém. Não sei quanto tempo mais a viagem demorou, mas também não senti que fosse uma eternidade já que continuava distraída com a música e a analisar a paisagem, que mudava gradualmente.

Quando comecei a avistar prédios e moradias redobrei a minha atenção para ter a certeza em qual paragem iria sair, não demorou muito até começar a reconhecer a rua por onde passávamos, levantar-me no momento certo também não foi muito difícil já que Nathaniel aproximou-se mim para me relembrar que tínhamos de sair.

Nós saímos na paragem mais perto da minha casa enquanto China, Lysandre, Ambre e Melody continuaram no autocarro. Em menos de dez a quinze minutos já eu estava a tomar banho e Nathaniel a arrumar a sua mala, quando terminei o meu duche e voltei para o quarto expulsei (literalmente) o loiro de lá para assim eu poder trocar-me. Vesti apenas uma t-shirt bem larga juntamente com uns calções de pano, depois deitei-me na cama à espera que algo acontecesse.

Quando o rapaz voltou do seu banho e entrou no quarto apenas (mais uma vez) de toalha na cintura tive de me conter para não corar, em vez disso virei-me de costas para ele. Passado alguns minutos sinto um peso a sentar-se na minha cama, levanto-me rapidamente e digo:

–Quem te deu autorização para te sentares na minha cama?

–Que má! Eu só queria descansar um bocadinho, a praia cansa, sabias? – reclamou de volta.

–Não vejo porquê, nem fizeste nada de especial.

–E tu fizeste? – Espicaçou.

–Ao menos fiz mais que tu! Vejamos, comparando as duas vezes que fui à água e tu nenhuma, sim, posso dizer que fiz mais que tu.

–Esqueceste-te da parte em que namoriscaste o surfista. – Murmurou num tom quase inaudível (mas que eu consegui ouvir).

–Desculpa? – Perguntei para ter certeza do que tinha ouvido.

–Nada. – Negou.

–Não sei porque as pessoas insinuam algo enquanto fazem o mesmo. – Comentei claramente dando-lhe a entender que a indireta estava a ser diretamente dirigida a ele.

–Não me digas que estás com ciúmes? – Sugeriu ousadamente.

–Eu? Ciúmes? Pfft, não brinques comigo ‘tá bem?! Não fui eu que comecei com as insinuações, aliás quem me pareceu estar com ciúmes foste tu e não eu!

–E eu é que estou com ciúmes agora? Não sejas parva, porque é que eu haveria de ter ciúmes de ti?! Nós nem temos nada a sério!

–Exatamente, não é a sério e ainda bem que amanhã já vai acabar. – Disse da boca para fora sem pensar em mais nada.

–Se estás assim tão contente com isso ótimo, eu também. Ao menos já não vamos ter de nos aturar mais. – E com isto, em passos largos, saiu do quarto.

Voltei a deitar-me novamente na cama, desta vez de barriga para baixo e com a cara mergulhada na almofada. Eu já devia saber do principio que não devia ter aceite a proposta dele, já devia saber que, no fim, apenas eu iria ficar com marcas e cicatrizes. Deixei rolar algumas lágrimas, mas assim que percebi o quão patética estava a ser por chorar por alguém que não merece limpei as minhas lágrimas e recompus-me pronta a esquecer esta última semana. Assim que terminasse a conversa com o pai de Nathaniel iria começar a esquecer tudo o que se relacionasse com o loiro, sentimentos, emoções, peripécias, tudo. Não valia a pena relembrar nada disto, que nem sequer foi realmente real, mais valia seguir em frente, agir como se nada tivesse passado.

POV Nathaniel ON

Merda, merda, merda mil vezes! Porque é que eu tinha de abrir a minha grande boca? Acabei apenas por piorar a situação. Em vez de ter aproveitado o conselho de Alexy, não, tinha de estragar tudo! Eu sou um enorme idiota! Eu devia tê-la deixado pensar sozinha e não insistir. Agora pode estar tudo estragado e a oportunidade pode não voltar a surgir.

Desci até lá em baixo e deitei-me no sofá a pensar no que fazer. O melhor seria afastar-me e não dizer mais nada. Esperar e dar espaço parece-me ser a melhor opção.

POV Nathaniel OFF

***

No dia seguinte acordei um pouco mais tarde, para acompanhar estava uma disposição nada agradável e o meu humor parecia mais para discutir do que para mais alguma coisa. Levantei-me sonolenta e depois de trocar de roupa desci, lá em baixo estava Nathaniel que, provavelmente, tinha dormido no sofá na noite anterior. Não o cumprimentei, mas ele também pareceu não importar-se, já que ignorou-me totalmente.

Comi algo rápido, mas satisfatório, pois estava com imensa fome. Nathaniel não se aproximou da cozinha, provavelmente já tinha comido ou então não estava com fome. Afastei rapidamente os pensamentos direcionados ao rapaz e tentei concentrar-me em algo mais importante.

Lembrei-me da roupa que tinha estendido no dia anterior e fui verificar se a mesma já estava seca, após obter a confirmação recolhi cada peça para um cesto grande e subi até ao meu quarto para guardar toda a roupa. Dobrei cada uma e arrumei-as nos seus respetivos sítios.

De seguida desci novamente, Nathaniel estava a ver televisão e eu atrevi-me a interrompê-lo para lhe perguntar:

–A que horas o teu pai pediu para falar connosco?

–Hum… Daqui a três quartos de hora, mais ou menos.

–Está bem. Vou preparar-me então.

–Okay.

Fui até ao meu quarto e abri o guarda-fatos procurando uma outra roupa minimamente formal, acabei por não encontrar nenhuma e optei pela roupa que tinha vestida, também não valia a pena preocupar-me tanto com a aparência. Escovei o cabelo e fiz uma trança de lado, só para fugir do habitual. Depois, como ainda tinha tempo, liguei o pc e verifiquei se tinha algum e-mail, nem um único. Não que eu esperasse algum de verdade, mas confesso que me agradaria receber um dos meus pais. O resto do tempo ocupei-o com a pesquisa de um possível novo livro, encontrei o mais recente de Dan Brown que apesar de já ter sido publicado há algum tempo eu ainda não tinha lido a contracapa sequer. Aproveitei o facto de estar no computador para fazer isso mesmo e depois de uma leitura rápida decido que definitivamente tinha de comprar aquele livro.

Num relance ao relógio digital que o computador tinha percebi que a hora estava a chegar. Levantei-me esperando que o pc encerrasse para posteriormente guardá-lo, de seguida calcei-me e fui buscar a pequena mala que tinha preparado na noite anterior com as coisas mais indispensáveis. Assim que transpus a porta do meu quarto respirei fundo desejando que este dia acabasse rapidamente e eu pudesse, finalmente, voltar a ter uma vida minimamente normal.


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Notas finais do capítulo

Ah se amanhã estiver com vontade posto o último capítulo assim que chegar da escola :)

Próximo e Último Capítulo - Capítulo 36: This is the end.

Bye bye

@Marril .



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