But...I Like You. escrita por Marril


Capítulo 32
Capítulo 29: Finally, some explanations!


Notas iniciais do capítulo

Olá a todas! ^^
Não sei que dizer hoje, mas quero agradecer a todas as pessoas que comentaram a dar-me incentivo e já agora também às pessoas que não comentaram mas continuam a acompanhar-me. Obrigada!

Boa Leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/414862/chapter/32

–Dragon! – Ouvi alguém a chamar ao longe. Dragon? Onde é que eu já tinha ouvido esse nome?

Não foi preciso perguntar uma segunda vez, o dono do cão chegou ofegante, como se tivesse acabado de correr uma maratona, e assim que vi quem era essa pessoa não restaram dúvidas do porquê de aquele animal me parecer tão familiar. O dono era nada mais, nada menos do que Castiel, curiosamente ele era a principal pessoa que eu desejava ver hoje. Eu procurava respostas e Castiel deveria ser aquele que iria dar-mas.

Sentei-me devagar, já que Dragon não facilitava, e encarei Castiel. Ele pareceu surpreso ao ver-me, mas disfarçou desviando o olhar e afastando o cão de mim de modo a que eu conseguisse levantar-me. Fi-lo num salto e antes de me dirigir ao ruivo sacudi um pouco a minha roupa, ajeitando-a também, de seguida encarei-o e disse com a voz mais firme que consegui encontrar:

–Diz-me o que aconteceu na terça, por favor!

–Nem um “olá”? Onde é que foi o respeito pelos mais velhos? – Retorquiu num tom de gozo que me fez revirar os olhos.

–Olha, até agora o meu dia não foi muito conflituoso e eu gostava de deixá-lo assim ou o mais perto passível da estabilidade até ele acabar, então, podemos passar ao que interessa e deixar esses pormenores de parte?

–Uau, estás mesmo stressada hoje, o teu dia não parece ter corrido como o descreveste. – Ele tinha razão, mas a minha vida já estava tão virada do avesso que eu já não tinha paciência para quase nada e o facto de ter uma lacuna nas minhas memórias não ajudava nem um pouco.

–Isso não importa agora! Diz-me, pelo amor de Deus, o que aconteceu na terça! – Repeti.

–Mas porque raios queres tanto saber o que aconteceu? Não te lembras?

–Não! E é por isso mesmo que eu quero saber!

–Porquê? O passado é passado!

–Mas aconteceu assim alguma coisa tão má nesse dia que nem sequer me podes contar?

–Bem, não. – Hesitou.

–Então qual é o problema? – Insisti.

–Nenhum, eu acho. – Ótimo, eu já podia conseguir o que queria. Olhei sugestivamente para Castiel, este ao perceber o que tinha acabado de dizer suspirou como se tivesse desistido e encaminhou-se para um banco de jardim próximo. Segui-o com Dragon ao meu lado, que entretanto tinha ficado entre as minhas pernas a roçar-se, ao que parece ele ainda se lembrava de mim, afaguei-lhe a cabeça e continuei o meu trajeto.

Castiel esperava-me num banco, apressei-me e sentei-me ao seu lado com Dragon ainda entre as pernas.

–Hey! Porque é que ele está aí? – Perguntou o ruivo apontando para o seu cão.

–Porque ele gosta mais de mim do que de ti! – Repliquei tirando a língua de fora.

O rapaz revirou os olhos, mas sorriu divertido.

–Vamos lá ao que interessa, eu tenho mais que fazer. – Reclamei, apesar de não ser completamente verdade. Eu estava ligeiramente ansiosa em saber o que realmente tinha acontecido.

–E não és a única… – Replicou. -A partir de que altura queres que te comece a contar?

–Hmm pode ser desde do momento em que estava nas tuas cavalitas…

–Eu sei que gostaste, mas não sei porque preciso de repetir…

–Não sejas parvo! Mas eu acho que adormeci nessa altura e não me lembro bem do que aconteceu a seguir.

–Tu não tens remédio nenhum, nem vale a pena reclamar, nunca vais aprender!

–Ei! Não me trates como se eu fosse uma criança!

–E queres que eu te trate como?

–Ahm… Bem… Eu… – Eu não seria capaz de dizer a Castiel que o via como um irmão mais velho e que gostaria que ele me visse também como uma irmã mais nova, então, acabei por desviar o assunto. -Podemos deixar as coisas menos importantes de parte e finalmente passar ao que interessa?

Castiel olhou-me como se dissesse “Não sabes disfarçar melhor?”, mas sem comentar mais nada disse:

–Como queiras… Vejamos, depois da menina descuidada adormecer nas minhas costas levei-a para a enfermaria para lhe enfaixar o pé. Depois disto tinha de levá-la para casa, mas como não sabia onde é que ela morava tive de fazer o sacrífico de ir falar com uma certa pessoa de que não aprecio propriamente. Aconteceram algumas confusões, nada de grave ou sangrento, e por fim lá fomos os três para a casa da menina, já que a terceira pessoa não queria dar-me a morada na mão. Quando lá chegámos percebi que não tínhamos maneira de entrar, mas surprise, surprise essa terceira pessoa tinha a chave! Levámos a baixinha lá para cima e voltámos cá para baixo, comecei por perguntar como é que ele tinha a chave e recebi a confissão de que afinal a menina não vivia sozinha! Isso tudo foi uma surpresa para mim e inicialmente não queria acreditar, mas tive a oportunidade de esclarecer as minhas dúvidas quando a Bela Adormecida acordou e desceu ao nosso encontro. Houve uma pequena discussão, ninguém se entendia e quando me fartei fui-me embora, deixando os pombinhos para trás. Até hoje ainda não percebi nada de nada e continuo sem saber o que se passou ou se passa, já que a nossa discussãozinha não deu em nada. – Disse, dando uma vez ou outra um toque de ironia ao seu discurso.

Conforme Castiel contava-me a história as minhas memórias foram-se tornando mais claras, mas, juntamente com elas, uma dor de cabeça começava a atacar-me. Esforcei-me por manter-me concentrada e, num fio de voz, consegui dizer:

–Eu posso explicar-te tudo o que quiseres.

–Acho bem que o faças, não é que eu tenha alguma coisa a ver com a tua vida, mas não percebo o porquê de ele estar a viver contigo.

–Está bem. Mas vais ter de me ouvir até ao fim e só depois é que comentas. – Castiel acenou meio contrariado. -Então é assim, Nathaniel pediu-me para fingir ser sua namorada apenas durante um jantar, pois supostamente o pai dele arranjou-lhe uma noiva. Depois, as coisas correram para o torto e o pai dele acabou por pedir que nós vivêssemos uma semana juntos para comprovar o nosso namoro, sem opção de escolha acabei por aceitar e como vês agora tenho Nathaniel a viver na minha casa.

–E isso é até quando?

–Domingo.

O ruivo suspirou como se estivesse aliviado, mas não transmitiu sentimento algum, em vez disso disse:

–Que tal irmos comer alguma coisa? ‘Tou com fome!

–Eu não tenho muita fome. – Já tinha comido muito bem em casa de China. -Mas aceito um gelado, já que o meu voou…

–Quem disse que eu ia pagar-te alguma coisa?

–Oh vá lá, não sejas mau! – Reclamei com uma voz lamechas e fazendo beicinho.

–Eu não sou mau!

–És sim!

–Se eu te pagar o gelado não reclamas mais?

–Sim! – Concordei com um sorriso que fez Castiel revirar os olhos e murmurar:

–E depois não queres que te trate como uma criança…

Enchi as bochechas de ar, ficando parecida com uma criança amuada, mas não consegui evitar desatar-me às gargalhadas ao ver a cara de “mas que raios estás a fazer?” de Castiel. Fomos juntos comer algo, eu o meu gelado e ele qualquer coisa que não liguei, pois estava mais ocupada em proteger a minha sobremesa de dois chatos que estavam a tentar roubar-ma, sim porque não bastava ter o ruivo a tentar dar uma dentada, também Dragon parecia imitar o dono.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Próximo Capítulo - Capítulo 30: The arrival.

Bye and Kisses

@Marril .



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "But...I Like You." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.