But...I Like You. escrita por Marril


Capítulo 31
Capítulo 28: Tell me more…


Notas iniciais do capítulo

Hi ^^
Apesar das minhas leitoras não gostarem de mim e não falarem comigo nos reviews eu vou ser boazinha e postar um capítulo hoje. Não estava planeado mas apeteceu-me...

Boa Leitura!



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POV China ON

Relembrar a minha história de amor era sempre nostálgico, sentia logo um pequeno frio na barriga ao relembrar o meu primeiro amor correspondido. Inspirei antes de começar o meu relato:

–Eu tive muitas paixões platónicas antes, por qualquer rapaz que era gentil comigo, mas nunca as revelei a ninguém e nunca lhes dei oportunidade de avançarem para outro patamar. Simplesmente ficava a suspirar pelos cantos e a corar feito um tomate quando passava por esses rapazes de que gostava. Às vezes até chegava a ficar sentada num sítio escondido, a observá-los e a sonhar acordada. O Lys foi um caso diferente. Ele foi transferido de outra escola para a minha turma e conhecer alguém ainda mais alto que eu fez-me sentir intrigada. Comecei a "espiá-lo" também e de vez em quando apanhava um ou outro poema que ele perdia pelo caminho. Apaixonei-me pelas coisas que ele escrevia e, consequentemente, por ele. Um dia, ele apanhou-me com os poemas dele nas mãos, e eu fiquei tão envergonhada que ele não se conseguiu zangar comigo. Pelo contrário, isso fez com que nós começássemos a falar sobre poesia e outras coisas, o resto acho que já consegues adivinhar…

POV China OFF

Fiquei sem saber o que dizer depois de China contar-me a sua história. Impressionada, este era o melhor adjetivo que poderia descrever o que sinto agora, eu não esperava que a narrativa fosse assim, aliás eu nunca tinha imaginado uma possível história para China e Lysandre. A rapariga, ao perceber o meu silêncio, continuou:

–Deves agora querer que te responda à segunda parte da tua pergunta, né?

Apenas acenei discretamente como resposta.

–Bem… – Disse esticando as pernas e os braços para a frente como se estivesse a espreguiçar-se. -Gostar de alguém… Eu acho que sabes que gostas de uma pessoa quando ela não te sai da cabeça. Quando, volta e meia, estás sempre a pensar nela e a pensar em todas as coisas que lhe queres contar, todas as coisas que queres partilhar com ela. Quando consegues passar um dia inteiro com essa pessoa sem te cansares dela e ainda te sentires triste na hora da despedida, porque queres continuar ao lado dela, sempre e para sempre...

–Ohh então é mais ou menos isso… – Murmurei.

–Aya, posso perguntar-te agora uma coisa eu?

–Hmm sim, diz.

–Esta conversa toda é por causa de Nathaniel, não é?

Corei, tinha sido descoberta, não que isso fosse muito difícil de descobrir também. Discretamente assenti em concordância.

–Eu sabia! E qual é a tua conclusão?

–Como assim?

–Ora, gostas dele ou não?

–E-Eu não sei… É tudo muito confuso, acho que ainda tenho de pensar melhor sobre o assunto.

–Hmm está bem, mas lembra-te do que te vou dizer: Não vale a pena negar o que sentes, não ganhas nada com isso. Mesmo que negues a ti mesma dizendo que não gostas dele é dessa mesma maneira que vais continuar a pensar nele! Eu não tenho nada a ver com a tua decisão e não te vou censurar por ela, mas gostava que fosses feliz.

–Okay, obrigada China. – Agradeci abraçando-a, sendo retribuída pela rapariga. -Ah acabei de ter uma ideia! Porque é que não vens dormir a minha casa na sexta, podes até ficar no fim de semana?!

–Eu não me importo, tenho só de falar com os meus avós, mas e Nathaniel? Ele não vive contigo?

–Sim, e depois?

–Onde é que ele dorme? Eu não conheço bem a tua casa…

–Bem, há um quarto de arrumações, mas não há nenhuma cama nele, então Nathaniel dorme no mesmo quarto que eu, mas não me interpretes mal, é em camas separadas! Se tu vieres, mandamo-lo para a sala, ele já dormiu lá uma vez, pode muito bem dormir outra!

–Que má! – Reclamou no gozo.

–Sou nada! – Retorqui. -Apenas quero algum tempo para refletir, ter a presença dele tão… presente pode influenciar-me.

China olhou para mim como se eu tivesse dado a desculpa mais esfarrapada do mundo, mas não disse nada, apenas revirou os olhos como sinal de censura. Agarrei na almofada que tinha no colo e atirei-lha começando a rir, ao contrário do que esperava, a rapariga agarrou na mesma e atirou-ma também. Começámos, então, uma luta de almofadas até sermos interrompidas pela avó de China, que entrou calmamente, mas logo se surpreendeu pela confusão que havia-se instalado no quarto. Como num filme, China e eu parámos momentaneamente a nossa luta e olhámos simultaneamente para a avó dela, recompusemo-nos como duas raparigas apanhadas com a boca na botija, eu no puff e ela na cama. Novamente ao contrário do que eu esperava, a senhora começou a rir-se enquanto entrava completamente no quarto, revelando pela primeira vez a bandeja, com um delicioso lanche, que a acompanhava. Pousou-o na secretária e virando-se para nós disse:

–É bom ver um ambiente tão alegre nesta casa!

E com este comentário final saiu tão subitamente quanto chegara, deixando para trás uma China e uma Aya estupeficadas e confusas (mais eu do que ela), de boca ligeiramente aberta, a olhar uma para a outra.

Comemos o lanche calmamente enquanto conversávamos sobre coisas banais, quando terminámos levámos o tabuleiro lá para baixo e fomos falar com a avó de China. Esta, ao ouvir o nosso pedido, aceitou-o de bom grado, mas avisou-nos que deveríamos ter cuidado e juízo. “Duas raparigas sozinhas em casa é perigoso, hoje me dia anda por aí cada maluco.”, disse-nos ela, é claro que nós não tínhamos revelado o facto de haver uma terceira pessoa do sexo masculino!

Antes de me ir embora reparei que China já não aparentava ter nenhum sinal de doença, aliás parecia totalmente recuperada quase como se não estivesse estado doente. Senti-me feliz pela minha dedução, nunca gostei de doenças e estar doente sempre me pareceu algo muito triste, evitava está-lo só para não me sentir mais solitária. Despedi-me com um sorriso rápido e prometi uma futura visita.

No caminho para casa decidi passar pelo parque, apetecia-me um gelado e tenho quase a certeza de ter visto uma banca de gelados algures naquele local. Não foi muito difícil confirmar as minhas suspeitas, a banca era bastante chamativa e, de certa forma, convidativa. Comprei um gelado de chocolate, mas antes de conseguir sequer experimentá-lo fui derrubada por uma sombra rápida e pesada que me levou com ela ao chão, o meu querido gelado desapareceu das minhas mãos e provavelmente ficou com recheio a relva, impossibilitando-me então de comê-lo. Concentrei-me na coisa que ainda estava por cima de mim e percebi que essa tal coisa era um cão, porém não era um cão qualquer, era um cão extremamente familiar.


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Notas finais do capítulo

Próximo Capítulo - Capítulo 29: Finally, some explanations!

Bye and Kisses

@Marril .



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