But...I Like You. escrita por Marril


Capítulo 30
Capítulo 27: Where is China?


Notas iniciais do capítulo

Oi! Eu vim aqui deixar um capítulo antes de mergulhar profundamente nos meus estudos, espero que gostem ^^

Boa Leitura!



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Quando a terceira e última aula começou percebi que não via nem falava com China desde ontem, intrigada perguntei a Lysandre pela namorada, este disse-me que ela estava ligeiramente constipada e, por prevenção, tinha preferido ficar em casa. Pedi-lhe a morada da rapariga, pois tencionava fazer-lhe uma visita depois das aulas, já que teríamos tarde livre. Depois de rabiscar uma morada num papel e também algumas indicações de como lá chegar, o platinado entregou-me a folha e eu guardei-a no bolso, prestando por fim atenção à aula, ou melhor, fingir que o fazia.

–Que se passa? – Sussurrou Nathaniel ao ver-me conversar com Lysandre.

–Nada de especial. Vou visitar China depois das aulas. – Informei-o.

–Queres que vá contigo?

–Não obrigada, não é preciso.

–Hmm está bem. – Concordou, com um tom que me pareceu levemente contrariado.

O resto da aula correu normalmente, sem nada de especial a apontar. Quando a aula terminou comecei a arrumar as minhas coisas pensando se seria ou não necessário avisar China da minha visita. Por mero acaso, decidi verificar se tinha o telemóvel comigo, nem por isso. Provavelmente tinha ficado em casa, ou seja, a minha visita seria mesmo uma surpresa.

Saí da escola a caminhar calmamente, procurando que direção deveria seguir, para acompanhar ouvia uma música qualquer do meu mp3, se não me engano Open Your Eyes – Alter Bridge. Demorei algum tempo a acertar ocaminho, mas assim que comecei a perceber a letra de Lysandre o trajeto tornou-se muito mais fácil.

Encontrar a casa de China, ao contrário do que esperava, foi uma tarefa um pouco mais complicada, já que a rua era um pouco estreita e as casas encontravam-se muito juntas, obrigando-me a analisar uma por uma até encontrar a que procurava. A maior parte das casas eram pequenas, no entanto emanavam uma aura de conforto, uma coisa que nunca senti quando observava a minha própria casa.

A casa de China não era muito diferente das outras, mas, na minha opinião, destacava-se ligeiramente devido à grande variedade de plantas que tinha nas janelas e também por haver uma certa fragrância doce no ar, como se alguém estivesse a fazer um bolo. Avancei timidamente em direção à porta, onde provoquei suaves pancadas. Esperei alguns minutos, dos quais aproveitei para desligar e guardar o mp3 na mochila, até ser atendida por uma senhora de certa idade.

Pelas minhas deduções acho que essa senhora seria a avó de China, pois (deixando de parte os meus “cálculos”) o perfil dela parecia-me ser o mais correto para esse papel. Antes que a pessoa à minha frente dissesse algo adiantei-me:

–Boa tarde! O meu nome é Aya, sou amiga da China, prazer. Eu ouvi dizer que ela está um pouco doente e vim visitá-la, importa-se que entre?

–Ohh olá! Eu sou a avó da China, podes chamar-me Emma, muito prazer querida. Entra, entra, eu estava de saída, tenho de fazer umas compras rápidas, não te importas de ficar de olho na China, para ver se ela precisa de alguma coisa? O quarto dela é lá em cima, nas águas furtadas.

–Com licença. – Disse entrando. -Claro que não me importo, esteja à vontade! Muito obrigada, eu vou subindo, com licença. – Repeti.

Quando cheguei lá acima deparei-me com duas portas e uma pequena entrada para o que pareciam ser umas escadas, avancei nesse sentido e espreitei pela abertura, não havia muita luminosidade mas isso não me impediu de avançar. Iniciei a minha subida um pouco à nora e, por não estar ainda habituada à escuridão, acabei por ir várias vezes contra as paredes, outra coisa que também não estava a meu favor era o facto de aquelas escadas serem tão estreitas, murmurei um pequeno palavrão e prossegui a subida, desta vez aos apalpões para ter a certeza da localização exata das paredes.

Quando cheguei ao meu destino respirei aliviada, nunca subir umas escadas tinha sido tão difícil e doloroso. Observei aquele espaço e surpreendi-me como este tinha sido tão bem aproveitado! O quarto era todo revestido de madeira escura, uma das paredes estava cheia de prateleiras e estas recheadas de livros, por baixo havia um pequeno mas adorável puff com algumas almofadas ao lado. Perto da única janela estava a cama de China, onde a mesma dormitava, percebi que a cama não possuía armação sendo apenas constituída por um colchão com almofadas e cobertores por cima. Na parede oposta à das prateleiras estava o que parecia ser um guarda-fatos, ao lado estava um espelho de corpo inteiro e, depois do espelho, uma secretária. Outra curiosidade era só haver duas fontes de luz no quarto (para além da janela), um candeeiro em forma de bola poisado no chão ao lado da "cama" e coberto por um pano e um candeeiro de escritório na secretária, o que provocava uma espécie de aura misteriosa no ar.

Depois de observar o quarto confirmei as minhas deduções, o quarto era simples e não tinha nada de extravagante, mas parecia ser confortável e cómodo. Por um momento invejei China, preferia mil vezes ter alguém que se preocupasse comigo do que ter dinheiro. Sempre que ficava doente não havia ninguém da minha família que me levasse uma sopa quente ou tratasse de mim, apenas empregadas desconhecidas. Os meus avós já tinham morrido e os meus pais estavam sempre a trabalhar, então nunca vivi naquele ambiente familiar feliz…

Percebi que estava a perdida nos meus pensamentos quando ouvi China espirrar, sacudi a cabeça e dirigi-me à “cama”. A rapariga encontrava-se por baixo dos cobertores, de barriga para baixo, a ler um livro completamente entretida. Aproximei-me mais e ponderei se deveria ou não pregar-lhe um susto, da última vez que tentei fazer isso com alguém as coisas não correram propriamente bem para o meu lado, será que esta vez seria diferente?

Pelo seguro acabei por não pregar nenhum susto à rapariga e, em vez disso, sussurrei:

–China?

Provavelmente por não ter notado a minha presença e por não estar nada à espera que alguém estivesse no seu quarto, China deu um pulo em cima da cama largando o livro, que se fechou rapidamente, perdendo-se assim entre as páginas a que estava a ser lida. A rapariga virou-se com a mão ao peito, mas estacou a meio do movimento quando me viu, como resposta sorri-lhe acenando timidamente. Ficámos uns segundos em silêncio até eu quebrar o silêncio:

–Surpresa? – Questionei, à espera que China dissesse algo em resposta. Esta pareceu-me recuperar do choque pois respondeu-me:

–Aya que surpresa! Não estava nada à espera da tua visita!

–Pois… Eu estava preocupada contigo, então perguntei a Lysandre a tua morada e vim visitar-te, desculpa ter vindo se avisar… Hmm e como é que estás?

–Não há problema, eu é que não estava à espera. Estou bem melhor, acho que era só uma constipação ligeira, a minha avó já tratou de mim, deu-me logo uma data de remédios e fez-me comer bem, tu sabes o que eu quero dizer…

Yeah… - Na verdade eu apenas tenho uma leve noção do que isso é, mas não importa, não há grande diferença em sabê-lo. -Sabes, para além de ter vindo saber como estás, vim conversar contigo, há algo que quero perguntar-te…

–O que é? Oh olha as minhas maneiras, senta-te! – Disse apontando para o puff. Aproximei-o um pouco mais da cama levando uma almofada comigo e sentei-me.

Ainda a pensar em como começar a conversa fitei as minhas mãos, lá estava ele no meu dedo anelar esquerdo, a brilhar só para mim, interrompi os meus pensamentos e voltei a concentrar-me em China.

–Ahm bem, a pergunta que te vou fazer pode parecer um pouco estranha e o assunto é um pouco embaraçoso para mim…

A rapariga acenou como se concordasse, o que me incentivou a continuar:

–Sabes, o único “amor” que conheço é o dos livros e esse parece-me ser profundamente falso e superficial comparado a coisas reais, então eu queria saber como é eu tu conheceste Lysandre e como é que te apaixonaste por ele? E-E também qual é a sensação de gostar de alguém? Como é que se sabe isso? Basicamente preciso de um relato real...

–Ahh… Humm talvez eu não seja a pessoa ideal para te aconselhar sobre essas coisa, mas eu vou tentar fazer o meu melhor. – Disse um pouco atrapalhada.

–Não faz mal, a mais pequena luz é suficiente para clarear pelo menos um pouco a minha mente…

–Okay, então, vejamos… Queres ouvir primeiro a minha história ou o que eu penso?

–História! – Eu estava curiosa em saber como é que o namoro deles tinha começado.


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Notas finais do capítulo

Próximo Capítulo - Capítulo 28: Tell me more…

Bye bye ^^

@Marril .



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