But...I Like You. escrita por Marril


Capítulo 3
Capítulo 2: Discovering a little more.


Notas iniciais do capítulo

Olá! ^^
Eu queria ter postado este capítulo ontem, mas o site estava em manutenção e não consegui...

Boa Leitura!

PS: A partir de agora também colocarei o título do próximo capítulo nas notas finais.



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–Então quando vai ser essa tour? Depois das aulas não posso. – Informei. Já tínhamos acabado de comer e a faltavam apenas cinco minutos para tocar.

–Hum…Que tal na hora do almoço? Não deves demorar mais de meia hora a comer, certo?

–Está bem. Onde nos encontramos? – Disse preparando-me para levantar.

–Depende. Qual é o teu ano e turma?

–11º5ª e o teu? – Perguntei por acaso.

–Ohh! – Disse a sorrir.

–O que foi?

–Parece que estamos na mesma turma. – Afirmou alargando o sorriso.

–O quê? Ninguém merece! – Bufei visivelmente descontente.

–Ai é assim que se trata os colegas de turma? Que menina má! – Reclamou.

–Cala-te e leva-me à sala!

–E o que eu ganho com isso?

–Nada. Não foste tu que disseste que ias mostrar-me a escola, então anda, senão chegamos atrasados.

–Está bem.

De repente sinto o meu corpo elevar-se e quando dei por mim estava nos seus braços, o chão parecia longe, bem longe, eu tinha percebido que ele era alto, mas não assim tanto, afinal eu só tinha 1,60m e ele provavelmente 1,75m ou até mais. Comecei a esbracejar, até que tive uma excelente ideia, acidentalmente dei ao de leve uma chapada na parte lateral da sua cabeça.

–Ei! – Reclamou sem me soltar.

–Larga-me! Põe-me no chão!

–Não! Disseste para te levar à sala, então não reclames.

–Tu sabes que eu não estava a dizer desta forma. – Ele parecia divertir-se da minha situação, o que me irritou mais.

–Eu não sei de nada. Agora fica quietinha antes que eu faça pior. – Disse num tom de ameaça.

Bufei, provavelmente ele não estava a mentir. Para evitar comentários, que por acaso já não eram poucos, sim porque ter um rapaz a carregar uma rapariga desconhecida ao colo pelo corredor é perfeitamente normal numa escola, preferi ficar quieta. Chegámos à sala um ou dois minutos antes de tocar. Pela primeira vez acho que tive alguma sorte, pois o professor ainda não tinha chegado e a sala não estava muito cheia. Esperei que o loiro me soltasse, mas isso não aconteceu.

–Então? Não vais-me pôr no chão?

–Não. Onde queres sentar?

Derrotada, olhei para sala, acabei por escolher uma carteira na primeira fila que ainda estava vazia, mesmo ao lado da janela. Fui levada até lá e por fim colocada na cadeira, antes que pudesse despedir-me ele sentou-se ao meu lado. Porque é que as carteiras têm de ser em par?

–Que estás a fazer? – Perguntei incrédula.

–A sentar-me.

–Isso eu já percebi, mas porquê aqui? Ao meu lado? A sério?

–Yup, porque acho que vai ser divertido chatear-te.

Revirei os olhos ao mesmo tempo que murmurava um “Que seja.”. O professor chegou logo de seguida, sendo acompanhado por alguns alunos. O silêncio instaurou-se depois que o mesmo se sentou.

–Bom dia a todos! – Começou por dizer, sendo retribuído igualmente por um coro de “Bons dias!” – Durante este ano vou ser o vosso professor de matemática e também diretor de turma, espero que nos demos todos bem. Ah, antes que eu me esqueça, os lugares ficarão assim, mas se eu ouvir alguma conversa não tenho problemas em mudar-vos ou mesmo mandar-vos para a rua, entendidos?

A turma assentiu positivamente.

–Agora quero que todos se apresentem, basta levantarem-se quando for a vossa vez e dizer: o nome, em que escola estudavam no ano passado e mais alguma informação que queiram acrescentar. Comecemos por aqui e neste sentido. – Disse apontando para mim, seguindo um caminho imaginário para o meu lado esquerdo, fazendo uma espécie de ziguezague pela sala.

Levantei-me sem grande preocupação sendo de imediato encarada pela turma inteira, inclusive o meu querido colega de carteira que sorria para mim com uma expressão curiosa. Bolas, será que não há nada mais interessante para olharem? Pensei irritada, nunca gostei de ser o centro das atenções.

–Olá a todos! O meu nome é Aya e vim de uma escola de Londres. – Voltei a sentar-me ignorando alguns comentários que começaram a surgir. O loiro olhava-me de uma maneira estranha que não pude decifrar, até que deve ter-se lembrado que também deveria apresentar-se. Levantou-se e disse:

–Olá! Chamo-me Nathaniel e estudava nesta escola o ano passado. – Sentou-se novamente e encarou-me.

Agora eu é que estava com uma expressão estranha. Nathaniel…Onde é que eu já tinha ouvido esse nome? Comecei a pensar até que me lembrei, mas não era possível, ou será que era? Fui desviada dos meus pensamentos por uma mão que se movia da esquerda para a direita e vice-versa mesmo à minha frente. “acordei” deparando-me com um Nathaniel confuso, murmurei um “Não me chateies” antes que ele pudesse perguntar algo e voltei a ouvir as apresentações.

Desta vez estava levantado o rapaz que se encontrava atrás de nós. Ele tinha cabelos platinados com pontas levemente escurecidas, olhos desiguais: um era verde e o outro cor-de-mel e vestia uma roupa que parecia da época vitoriana, que por acaso reconheci devido a um trabalho já passado que fiz na altura em que estudámos sobre essa matéria.

–Olá! O meu nome é Lysandre e comecei a estudar nesta escola o ano passado. – Ele disse. De seguida a rapariga que se encontrava ao seu lado levantou-se.

–Olá! Chamo-me China e já estudava nesta escola. – China tinha cabelos negros e lisos, até à cintura, olhos azuis acinzentados e possuía uma silhueta simples, mas bonita. Ela era alta, aliás muito alta até mais que Nathaniel, provavelmente teria 1,80m, no entanto Lysandre chegava a ser um pouco mais, talvez dois ou três centímetros.

As apresentações prosseguiram, mas eu não prestei mais atenção. Já estava farta de ouvir sempre a mesma coisa, de que me serviria ouvir os nomes das pessoas com quem nem sequer, provavelmente, vou falar?

Quando as apresentações terminaram o professor distribuiu uma ficha que seria o teste de diagnóstico. Disse que não contaria para avaliação e que tínhamos trinta minutos para realizá-la. Olhei para a folha à minha frente e sorri, aquilo era canja, afinal não tinha passado as férias a rever a matéria para nada. Terminei em vinte minutos e revisei para ver se tinha deixado algo em banco. Quando acabei ainda faltavam oito minutos, como não tinha mais nada para fazer virei-me para a janela observando o lado de fora.

O céu estava limpo e o sol brilhava, no entanto não estava muito calor, já que o inverno estava próximo. Sem que eu me apercebesse uma mão pousou no meu ombro fazendo-me dar um pulo. Recomposta do susto, virei-me visivelmente aborrecida.

–O stor vem aí! – Sussurrou-me o loiro.

–Obrigada.

Quando o professor terminou de recolher as fichas dirigiu-se de novo à sua secretária, informando de seguida que iria realizar alguns exercícios para rever e também relembrar matéria que seria essencial para este ano. Escreveu alguns no quadro e foi escolhendo aleatoriamente um aluno para resolvê-los no mesmo. À medida que o tempo passava a exigência aumentava, assim alguns alunos tinham dificuldade em resolver corretamente o exercício, o que implicava a intervenção do professor.

Estávamos a resolver inequações, uma das matérias mais odiadas que por acaso eu simplesmente adorava. A que estava no quadro era complexa, pois necessitava de vários passos até obter a solução, inclusive a utilização da fórmula resolvente. O professor apontou para mim e pediu que eu a resolvesse, sorri satisfeita, estava mesmo à espera que ele me chamasse para isso. Levantei-me e comecei rapidamente a resolver, até que cheguei à parte da fórmula resolvente e fui interrompida:

–Sabes o que tens de usar agora?

–Sim claro, a fórmula resolvente. Menos b, mais ou menos raiz quadrada de: b ao quadrado, menos quatro, vezes a, vezes c, isto tudo sobre dois vezes a. É isso, não é? – Disse enquanto retomava a resolução. Eu sabia de cor e salteado aquela fórmula, apesar de isso não ser obrigatório.

–S-Sim. – Respondeu enquanto eu continuava a escrever.

–Pronto, terminei!

–Vejamos…Está c-correto!? – Exclamou surpreso.

Apenas assenti e voltei para o meu lugar, sedo acompanhada por alguns olhares espantados. Sorri ainda mais, aquela aula tinha sido divertida! As duas restantes aulas foram normais, sem que nada de especial tivesse acontecido. Durante os intervalos entre as mesmas não saí da sala, aproveitando essa oportunidade para ler um pouco do meu livro: “A Fórmula de Deus” de José Rodrigues dos Santos. Ouvi o toque que anunciava o final da terceira aula, isto só significava uma coisa: Hora de almoço.


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo:
Capítulo 3: Lunch Time.

Nota: O título pode parecer simples e obvio, mas não quer dizer que o capítulo vá ser aborrecido ou algo assim.

Bye bye! ^^

@Marril.



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